Amigos do blog, parece que o alívio chegou. Embora negando que houvesse atraso nos pagamentos a fornecedores e prestadores de serviços ao município em tempo acima do normal – 30 dias -, de certa forma o Executivo Municipal parece ter apressado um pouco as coisas e feito o pagamento a 90% destes comerciantes ou profissionais. “Ontem liberamos R$ 700 mil em pagamentos”, disse o agora secretário de Planejamento da prefeitura municipal, Valter José Trindade, hoje no começo da tarde.

Ele atribuiu as dificuldades de caixa – embora sem assumir de público o problema – à Receita do município que, disse, “caiu bastante”. Disse ainda o secretário que serão preciso “ajustes” nas contas, que no seu entender “é diminuir a despesa”. “Os cortes seriam em gastos com obras que podem ser adiadas, treinamento de funcionários que podem ficar para mais tarde, despesas de viagens que podem diminuir”, relaciona.

“Como é volume grande (em arrecadação), em torno de R$ 8 milhões por mês, qualquer ação faz economizar R$ 500 mil, a R$ 1 milhão”, acredita.Trindade garantiu, ainda, que, “o município, com esta liberação de R$ 700 mil, não tem mais débitos com fornecedores e prestadores de serviços”. Embora admita que “tem alguns casos que é problema de documentação”. “Mas, o grande volume de pagamento foi liberado ontem (terça, 10). Se ficar (sem pagar) é obra não terminada ou não aprovada”, completa.

De acordo com o secretário, “os fornecedores terão situação regularizada. Vamos tentar, até o final do ano, não ter mais dívidas. E o atraso era de 30 dias. 90% estava com 30 dias, que é um período normal de pagamento”.

A novidade trazida por Trindade dá conta de que, às vezes, o comerciante ou o prestador de serviços mente para seus credores, para não pagar contas.  E joga a responsabilidade nas costas da prefeitura. “Tem muita gente que diz que não recebeu da prefeitura e a maioria não é verdadeiro. Pode ser desculpa”, disse. Para ele, a situação financeira da prefeitura, “pelo ‘feeling’, está tranquila, desde que diminua a velocidade dos gastos”.

Até porque, “o ano que vem será de ‘vacas magras’, ‘pão e água’. Ninguém vai soltar dinheiro como foi este ano. A ‘fonte está secando’. Quem assumir (no Estado ou União) vai analisar, fazer mapeamento político e isso demandará um ano”, observa Trindade.

Pois é. Será que passou o susto?

Até.