Amigos do blog, dado o processo entrópico a que foi submetida esta cidade, cada dia nos reserva uma surpresa. E quando se alardeia festivamente que o nosso Festival do Folclore terá de volta os concursos para escolha de uma rainha – haverá também as princesas e a miss simpatia? E que tal o “rei” da festa, também? – é para preocupar. E quando se tenta passar uma imagem de “retorno” à raiz, quando se diz, baseado em informações da Comissão organizadora, que escolher a rainha da festa seria “um evento que foi retomado dos primórdios da ‘Era Sant’anna’, é preciso colocar os pingos nos ‘is’. Escolha de rainhas do Fefol nunca passaram pelo crivo do folclorólogo José Sant´anna. Era um acontecimento à parte, dentro do segmento do parafolclore, realizado pelos responsáveis pelo segmento, que faziam, ainda, os “desfiles alegóricos em homenagem ao Festival do Folclore”, porque era assim que Sant´anna os classificava e, cá entre nós, não admirava muito, esta é a verdade. Quem participou à época, e ainda hoje participa das coisas do Fefol sabe muito bem disso. Então, alto lá! “Retornar às raízes do Fefol” tem muitas outras implicações de resoluções não tão fáceis quanto fazer um concurso para escolher uma gracinha e seu séquito, para sorrirem para as câmeras. E ainda se fossem exigidos delas um  mínimo de conhecimento sobre o que vão representar ao longo de oito dias, para pelo menos não dizerem bobagens nos momentos que tiverem que explicar o que estão fazendo ali, já seria um bom caminho andado. Então, é preciso que não se misturem as coisas. E esta obrigação, a de separar o joio do trigo, competirá, em grande medida, ao mais novo assessor de imprensa contratado (?) para a festa, o blogueiro-amigo Leonardo Concon (torço para que desta vez tenha a autonomia necessária, para não ter que jogar o boné). Fazer assessoria para um festival deste gênero é preciso muito discernimento para não replicar as muitas bobagens que se diz e se fala sobre a festa propriamente dita. E uma delas já está no ar: a que liga escolha de rainha à “retomada dos primórdios da ‘era Sant´anna'”. É preciso tomar cuidado com as colocações. A gente sabe que há muita vontade de fazer barulho, mas é a quem tem a incumbência de replicar idéias, opiniões e ações que cabe filtrar o que deve ir para o público, e o que deve ir para o lixo. Festival do Folclore não é festa de peão ou outro evento que clama pelo glamour, pelas cores mil, os ‘glitters’ tão ao gosto de uma certa parcela que circula pelos corredores do poder.
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******A propósito, o Festival será realizado de 7 a 15 de agosto, no Recinto, com entrada gratuita. Este ano o Estado homenageado será o Paraná. E no dia 21, no Thermas, acontece o lançamento oficial do cartaz da 46° edição, quando então…hããnn… será escolhida a Rainha do Festival.
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VAI MUDAR DE NOVO
Depois de três tentativas feitas pelo Executivo de licitar a folha de pagamento dos funcionários públicos municipais, o prefeito Geninho (DEM) resolver botar um ponto final nesta questão. E da maneira que já se tornou usual em sua gestão. Por meio de dispensa de licitação, ele vai outorgar a folha, por R$ 2 milhões, para a Caixa Econômica Federal, a partir de agosto. Ou seja, lá se vão novamente os funcionários mudar de agência. Saem do Itaú e passam para a Caixa Federal. A folha de pagamento esteve por muitos anos, aliás desde os primórdios, no Banespa, depois Santander, e foi vendida para o Itaú, na gestão passada – em 2005-, por R$ 1,5 milhão. Vencido o prazo de cinco anos, o prefeito atual tentou licitá-la por três vezes, primeiro pedindo R$ 3 milhões, depois R$ 2,5 milhões, sem sucesso. E agora, para resolver logo as coisas, decidiu dispensar licitação e passar tudo para a CEF, conforme publicação no Diário Odficial do Estado-DOE –
Contratante: Prefeitura Municipal de Olímpia. Contratada: Caixa Econômica Federal. Objeto: Contratação de serviços bancários relativos a gerenciamento da folha de pagamento dos servidores da Prefeitura Municipal de Olímpia. Valor: R$ 2.000.000,00. Origem: Dispensa de Licitação nº 10/2010. Data de Assinatura: 24 de junho de 2010. Eugenio José Zuliani Prefeito Municipal”. Os pregões suspensos, que receberam o mesmo número (49/2010), tinham sofrido alterações, dadas as reclamações dos interessados, que acharam muito caro o preço pedido, de R$ 3 milhões, baixando-o para R$ 2,5 milhões, cujas conclusões eram para maio e junho. Mas, sem interessados, foram suspensos. Agora, sem licitação, a CEF vai assumir a incumbência. Não se sabe qual o prazo do contrato ainda.

Até.