Amigos do blog, o título acima era para ser uma pergunta, mas continuo com problemas com sinal gráfico da interrogação. Mas, avaliando melhor o tema e as circunstâncias dos fatos, talvez melhor mesmo que seja  uma assertiva. Ficando assim, “o que esperava’ o vereador João Magalhães (PMDB) do encontro de ontem à tarde na Câmara Municipal era que seu trabalho fosse reconhecido. Mas, seu comportamento, a bem da verdade, acabou contribuindo para que as coisas se dessem da forma como se deram. Talvez ele até tenha facilitado as coisas para quem não queria seu nome envolvido na solução de um problema que, justiça seja feita, vem sendo tratado por ele há alguns anos – desde  2006, mais precisamente. Este fato ninguém pode negar. Mas, o vereador não pareceu disposto a somar ontem. O que, convenhamos, seria o melhor caminho a seguir, a melhor decisão a tomar. Sozinho, não iria peitar e vencer a força maior que é o prefeito e um  deputado federal. Experiente que é nas coisas da política, devia saber disso. Mas, ao mesmo tempo, também, forçoso reconhecer que ele foi colocado na maior “geladeira”, numa manobra à qual acabou emprestando a maior colaboração, dando a maior força. Manda a regra da “boa política” que é preciso sair na foto. E sempre sair bem. Magalhães preferiu ignorar este preceito básico e sequer ficou em plenário para ser chamado à mesa principal. Porque não é crível que, uma vez estando ali, à vista de todos, não  seria chamado para compor mesa, discursar e, ao final,  colocar seu “chamegão” na papelada toda, como fez, por exemplo, até o presidente da Câmara, Hilário Ruiz (PT), que nunca sequer pisou o chão do elevador do Setor de Patrimônio da União, na Capital, como fez, por várias vezes, o vereador. O mesmo vale para o vereador Bertoco. Assim, o espaço era, por direito, em termos de vereança, todo de Magalhães. Mas ele preferiu a via do confronto, da cobrança forte a quem apenas ali estava cumprindo ordens superiores, casos da diretora da SPU, e o presidente da Agência Nacional de Águas-ANA (não entendi qual a relação, mas tudo bem!). Vejam bem, enquanto as coisas se desenrolavam em plenário, com direito a falas de todos que ali estavam – Ruiz, Bertoco, Prefeito Geninho (DEM) e deputado Costa Neto (PR), nesta ordem, Magalhães debatia com o agente das águas no balcão do cafezinho, após falar por tempos ao celular, até em voz alta, com interlocutor não identificado. Só voltou ao plenário quando tudo estava consumado. E foi cobrar da moça da SPU explicações sobre o ocorrido. Claro que ela não podia dizer a ele que estava ali porque é subordinada, e quem a trouxe foi ninguém menos que um dos dez deputados federais de maior prestígio junto ao Governo Federal. Tanto, que resolveu um problema que Magalhães buscava a anos, em apenas uma semana, depois de um telefonema de Bertoco (PR), seu correligionário na cidade. Não restam dúvidas de que pelos caminhos burocráticos outros bons anos se seguiriam até a solução da questão.
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VER PARA CRER
Não se sabe, no entanto, se os fatos viriam, depois, dar razão a Magalhães, caso ele tivesse comportamento inverso ao que teve. Se seria de fato chamado a compor a mesa. A fazer discurso, e a “chamegar” a papelada, ainda que por rubrica, como a maioria o fez, exceção do prefeito, que assinou de verdade. O vereador Bertoco, bastante contrariado com tudo, depois do evento, confidenciou a este que vos escreve que sim, iria chamá-lo à mesa, dar a ele o espaço que julgava merecedor. Ou seja, deu a entender que o vereador se auto-sabotou fazendo o que fez, da forma como fez. A propósito, o secretário Amaury Hernandes também estava por lá e ficou o tempo todo em plenário a tudo assistindo, de longe. Foi citado nos discursos do vereador Bertoco e do prefeito, portanto, uma vez a mais que Magalhães, que só foi lembrado de passagem por Bertoco. E mais ninguém. Também, se fosse citado mais vezes nem teria ouvido, por razões já expostas acima. Ou seja, politicamente, o acontecimento de ontem foi péssimo para Magalhães. Bertoco marcou ponto, Hernandes subiu no conceito do prefeito, este, por sua vez, vai faturar enormemente em cima do feito, e todos – que quiseram, claro, saíram na foto. Menos Magalhães. Áh, e faltou o secretário de Esportes, Cultura, Turismo e Lazer, Beto Puttini. Sua presença seria importante porque parte destas áreas será destinada à sua Pasta.
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AGORA, O COTIDIANO
Resta agora acompanhar o dia-dia da política local e observar as reações daqueles que foram protagonistas do evento de ontem na Câmara. O quão desgastado será, só o tempo dirá. Se vai haver mudanças de comportamentos, também só o tempo dirá. Um recrudescimento nas relações, o tempo mostrará se vai ocorrer. Ou, ainda, se este mesmo tempo, ao contrpário, vai cuidar de curar as feridas.
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dot final. por enquanto.