Amigos do blog, antes mesmo de completar os 90 dias previstos pelo decreto do prefeito Geninho (DEM), com base em “determinação” do Ministério Público, a Junta Interventora da Santa Casa de Misericórdia de Olímpia marcou eleição para a nova diretoria do hospital. O prazo dado para a intervenção, com direito a prorrogação, vence no dia 4 de junho próximo, já que oficialmente o vice-prefeito Gustavo Pimenta e sua equipe chegaram por lá e tomaram assento na tarde do dia 4 de março passado, uma quinta-feira. Mas, a assembléia que vai escolher a Diretoria e a Mesa Administrativa está marcada para o dia 27, próxima quinta-feira, à 19 horas, portanto sete dias antes do prazo da intervenção estourar, contando os dias úteis, sábado, domingo e feriado, ou quatro dias, não contando sábado, domingo e o feriado do dia 3, Corpus Christi. A pergunta que fica é: por que a eleição antecipada? Há especulações no sentido de que, antecipando o pleito, a diretoria sob intervenção fica impedida de participar – embora ninguém tenha apresentado embasamento legal para isso – e assim o prefeito pode colocar – ou manter – gente dele lá dentro. Havia rumores de que a Interventoria iria mudar o estatuto da Santa Casa – também não apresentaram embasamento legal para isso – para garantir que a diretoria sob intervenção não concorrese, se fosse o caso. Porém, como tudo indica que não mudaram nada, então teriam antecipado o pleito – lembrando que, com a saída da Helena Pereira, o hospital virou um “poço de silêncio” sobre as coisas internas. Ou seja, no entender dos interventores e do prefeito, bem como da secretária municipal de Saúde, Silvia Storti, fazendo a eleição antes de vencer o prazo, elege-se quem eles quiserem, e vencido o prazo da intervenção, em 4 de junho, os eleitos tomam posse.
DE VOLTA AO
PASSADO
E assim volta o hospital à sua sina histórica: a de sempre estar em mão de grupos políticos. Que quase a quebraram – acho até, que podemos tirar o “quase”, porque uma instituição com dívidas que passavam de R$ 1 milhão há quatro anos, e sem nenhuma previsão de caixa, era o quê? Um buraco enorme cheio de pacientes, médicos e funcionários dentro, nada além disso. Quem chegou depois encontrou um verdadeiro e incontestável “paraiso”. Em tempo: ao que tudo indica, a interventoria deixa(?) o hospital sem resolver nada daquilo a que se propôs resolver. Talvez o prefeito só estivesse mesmo interessado era no barulho que sua decisão iria render. Vai saber.
HOLLYWOOD
Lembram da nota inserida aqui no sábado, dando conta da desapropriação encaminhada de 78.337 metros quadrados de áreas nas imediações do Thermas dos Laranjais, ou cerca de 3.2 alqueires para a construção de uma via que facilitará o acesso aos condomínios ‘high’ construídos e a construir ali, e ao próprio Thermas? Pois bem, não se trataria só da via. Não se sabe quanto da área será efetivamente usado para a construção da ‘estrada-vip’, mas há informações de que para aquelas imediações está projetada, também, a implantação de grande, enorme… campo de golfe. Sim, isso mesmo. A menos que algo não saia nos conformes, Olímpia pode vir a ser dotada de um empreendimento deste naipe. Para poucos. Turistas endinheirados. Se for verdade, pelo menos poderá gerar alguns empregos para a meninada. Afinal, em todo campo de golfe, ao longo das partidas, não tem os chamados “caddies”? Pois é. Cada prefeito gera emprego conforme sua visão de progresso. Ou não é? Além disso, a proposta do aeroporto também não morreu. Está só “adormecida”. Esta semana João Pesareli, um dos mentores da idéia, voltou a lembrar do assunto. É só aguardar.
FILHO ILUSTRE
A Câmara irá votar – certamente aprovar – em suas próximas duas sessões, o projeto de Decreto Legislativo 314/2010, de autoria do vereador Lelé (DEM), dispondo sobre a concessão de Título de Cidadão Honorário de Olímpia a ninguém menos que o geólogo Enzo Luís Nico Júnior, num tempo algoz, noutro “salvador da pátria” no tocante ao clube. Ele, que veio à cidade lacrar os poços, que causou prejuízo de milhares de reais ao empreendimento e à cidade como um todo, que logo em seguida veio deslacrá-lo, com direito a festa e tudo o mais, se tornará “olimpiense”, “em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à comunidade”. Pergunta: que “relevantes serviços”? O de lacrar, ou o de deslacrar os poços? Até onde se saiba, o que ele provocou foram “relevantes” prejuízos à comunidade, isso sim! Além disso, hoje, ainda, até onde se sabe, também, esta estória ainda está mal contada.
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