Amigos do blog, a ainda resvalando pela entrevista que o prefeito Geninho (DEM) concedeu ao blog ‘da casa’ falando sobre o ‘imbróglio’ do contrato com a empresa do primo para fornecimento de cimento betuminoso usinado a quente-CBUQ (consta que mais de mil e quinhentas toneladas), um detalhe nos saltou aos ouvidos. Num dado momento o ‘repórter’ perguntou se o prefeito temia algum tipo de atitude dos vereadores de oposição quanto ao assunto. Ele não só disse que não temia, como também soltou lá uma frase comprometedora: disse que no grupo de vereadores da coalizão havia um que “já estava arrependido”, porque percebeu “a barca furada em que havia entrado”. Só que ele não deu pistas de quem seria. Na sexta-feira à tarde, na Câmara Municipal, tentamos auscultar alguns vereadores da coalizão, no sentido de apurar se havia arrependimento no olhar e nas falas, mas nada conseguimos. Os dois com os quais mantivemos contato – Guto Zenette (PSB) e João Maglhães (PMDB), negaram de pronto que estejam “arrependidos” com o que quer que seja. Com outros três vereadores não conversamos, mas, eles, que se elegeram pela coligação do candidato derrotado Pituca – Bertoco (PR), Zé Elias e Toto Ferezin, ambos do PMDB, já votam em tudo que o prefeito manda para a Câmara, sem discutir, embora também arrependimento ali não resta demonstrado, pelo menos. E Bertoco, a bem da verdade, não tem nenhum compromisso firmado com a coalizão, desde o princípio. Portanto, está fora da lista dos eventuais “arrependidos”. Quanto aos dois que sobram, não se pode descartar que um deles – se não ambos – poderia, sim, estar “arrependido”, seja por qual motivo for. Mas, até agora não houve manifestação explícita, e se perguntados, com certeza vão negar. Como negaram Magalhães e Guto Zanette. Por quê não coloco na lista a vereadora Guegué (PRB)? Porque por motivos óbvios, ela jamais seria a “arrependida” da vez. Mas, há uma ‘historieta’ que bem poderá ilustrar esta colocação do prefeito. Leiam abaixo.
SEDUÇÃO
Já não é de hoje que o blog tem recebido, aqui e ali, insinuações de que algo poderá mudar dentro do grupo de coalizão até a eleição da Mesa Diretora da Câmara, em dezembro. Houve até quem desse certeza desta mudança, com riqueza de detalhes, inclusive. Estas fontes, no frigir dos ovos, dão conta de que Toto Ferezin estaria sendo tentado de todas as maneiras para aceitar ser o próximo presidente da Casa de Leis. É claro que ser um presidente afinado com o Executivo. A proposta sedutora estaria partindo do Palácio 9 de Julho, sede do Governo Municipal. Todos sabem que Ferezin é vereador integrante da coalizão e teria seu voto “preso”, por trato formal, a João Magalhães, para presidente da Casa. O mesmo a se dizer de Zé Elias. Mas, o foco é Toto Ferezin. Há quem conte que ele já andou matutando aqui e ali, conversando com um ou outro pelos corredores da Câmara, como que a se “queixar” do assédio. O fato é que a próxima Mesa, a prevalecer o acordo, terá, além de Magalhães na presidência, Zé Elias na vice, Guto Zanette na 1ª secretaria e Toto, hoje vice-presidente, na 2ª secretaria. A ação do grupo do 9 de Julho visa exatamente quebrar esta corrente. Aliás, esmigalhar esta corrente.
A TÁTICA
Para isso, basta convencer Toto a aceitar a presidência e, mais que isso, até, ser o ‘judas’ do grupo. Sendo assim, com os outros quatro votos que Geninho já dispõe na Câmara – Salata (PP), Lelé (DEM), Primo (DEM) e Bertoco – pelo menos leva a disputa para o empate. Então, Geninho vai precisar de mais um voto, certo? Porque no empate Magalhães leva. E aí entraria, então, o vereador “arrependido”? Sim, se ele, de fato, existir. O foco, não se sabeporque, voltou-se para Guto Zanette nos últimos dias. Conversamos com ele, e inclusive colocamos isso de ele ser o vereador “arrependido”. Ele negou com veemência, e explicou o que segue relatado abaixo.
TELEFONE
SEM FIO
“Outro dia eu estava na sala de espera do Gabinete do presidente e o Toto veio conversar comigo. Disse que estava sob uma pressão muito grande para ser o presidente da Câmara. E me sondou sobre esta possibilidade. Disse a ele que meu compromisso era com o meu grupo e que pelo acordo firmado iria ser o primeiro-secretário da Mesa. Acho que ele entendeu que o que eu disse fosse, talvez, uma ‘mensagem’ cifrada, qualquer coisa assim. E deve ter levado para ‘eles’ (grupo do prefeito) que eu poderia mudar de lado, se levasse a primeira-secretaria da Mesa ou outro cargo acima. Mas, não houve ‘mensagem’ nenhuma, falei sobre o que foi acordado entre os seis do grupo, incluindo ele. Não sei se foi isso que aconteceu, mas para o meu nome estar circulando por aí, a única coisa que explicaria tudo seria esta conversa que tivemos.” Ou seja, pode ser tudo um mal entendido. Ou ninguém estaria sacando quem é o verdadeiro “arrependido” desta estória. Poderemos ficar surpresos e chocados no final?
MÃO DUPLA
A Imprensa Oficial do Município de Olímpia-IOM, trouxe publicados, na dição de sábado passado, nada menos que seis decretos declarando de utilidade pública para fins de desapropriação, seis áreas na circunvizinhanças do clube Thermas dos Laranjais que, somadas, chegam a 78.337 metros quadrados, ou 3.2 alqueires. Segundo informações do secretário municipal de Obras e Viação, Gilberto Toneli Cunha, estas áreas, localizadas no espaço entre a Vicinal Dr. Wilquem Manoel Neves (saída para o trevo da Cutrale) até a Aurora Forti Neves, e dali até a Vicinal Álvaro Marreta Cassiano Ayusso (saída do Tamanduá) servirão para abrigar uma extensa via interna, uma vicinal, que partindo das imediações do Ceagesp (Italcabos), interligará estas vias urbana ou de entrada-saída da cidade. O que chama a atenção, no entanto, é que o traçado imaginado se tornará, com mais força, uma ‘servidão’ para acesso aos condomínios ali existentes – incluindo um que se iniciará em breve – e ao próprio clube. Resta saber depois, após conhecido o projeto no papel, qual a vazão que esta via dará ao tráfego da cidade propriamente dito. Espera-se que esta obra, que se apresenta gigantesca, pelo menos tenha caráter social, no sentido amplo do termo, e não ‘associativo’, no sentido restrito. Entenderam?
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