NÃO NECESSARIAMENTE NESTA ORDEM!

NÃO NECESSARIAMENTE NESTA ORDEM!

Amigos do blog, vejam esta. A coisa está ficando preta para os lados do tucanato engalanado. A turma finge que não vê, que não está nem aí, mas sabe e está aflita com Serra. A pré-candidatura do ‘vampiro brasileiro’ “está fazendo água”. A cada pesquisa de intenção de voto que sai, mostra a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à sucessão presidencial, subindo, subindo e subindo. Agora já está perto do Governador de São Paulo, em situação de empate técnico. A imprensa em geral coloca o Serra como “provável candidato da oposição”, mas sabe-se que ele só não será candidato se não quiser. Ou, se o Alckmin, mais uma vez, não deixar (rrssr). No principal cenário da pesquisa CNT/Sensus, divulgada nesta segunda-feira, Dilma alcança 27,8% da preferência em janeiro, ante 21,7% em novembro, ou seja, a mulher cresceu 5,1 pontos percentuais em dois meses, indiscutivelmente. Nessa toada, daqui a pouco Serra vai estar comendo poeira. Vejam só o que aconteceu com ele: subiu menos, de 31,8% para 33,2%. Ou seja, apenas 1,4 ponto percentual neste mesmo espaço de tempo. Como a margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, os dois candidatos estão em empate técnico. Já os candidatos ‘outsiders’ Ciro Gomes (PSB-CE) e Marina Silva (PV-AC), seguem bem lá atrás. Ciro, aliás, até caiu nessa pesquisa: tem agora 11,9%, frente aos 17,5% de novembro, e a senadora 6,8%, ante 5,9% na sondagem anterior. Ou seja, Ciro caiu quase cinco pontos e Marina subiu quase um ponto em dois meses. Mas, observem bem: 20,4% disseram ainda não ter candidato. Isso muda qualquer resultado. Não para Ciro e Marina, claro!

SEM O CIRO
A pesquisa fez uma outra sondagem: a campanha sem Ciro Gomes (o que muito provavelmente acontecerá). Neste caso, Serra teria 40,7% contra 28,5% de Dilma Rousseff. Marina Silva alcançaria 9,5%. Mas, atentem novamente: 21,4% se disseram sem candidato. Portanto… E mais um detalhe: Dilma tinha, neste quesito, 23,5% em novembro. Portanto, seus cinco pontos permanecem inalterados, ou seja, estão já cristalizados. Serra, por sua vez, tinha 40,5%. Não subiu nada. Já a Marina, ganha, dentro da margem de erro, 1,4 ponto percentual. Os que não tinham candidato, em novembro, neste cenário, eram 28%. Portanto, fácil constatar que os indecisos estão migrando para Dilma. Não é isso que mostra o quadro? Sendo assim, tem como os tucanos não estarem de plumagem eriçada?

E AGORA VEJAM ISSO
N votação espontânea, sem os candidatos serem indicados pela pesquisa (o entrevistado tem que lembrar do nome do candidato em quem pretende votar), Lula, que não pode ser candidato a um terceiro mandato, ficaria em primeiro, com 18,7% dos votos, seguido por Dilma, com 9,5%. Serra teria 9,3% e Aécio Neves, 2,1%. Um quadro aterrador para as pretensões tucanas. Por isso talvez que Serra está fazendo ‘doce’ para sacramentar sua candidatura. Medo. Principalmente sabendo que pode ser governador por mais quatro anos (se as enchentes e os desabamentos de pontes, metrôs e rodoanéis da vida deixarem, rrrsrsr). Aí vem o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e diz: “Os números não são tão significativos assim”. Como diria o Arnold, fazendo aquele biquinho: “Que papo é esse senador?”.

E O SEGUNDO TURNO, ENTÃO?
A diferença percentual entre Serra e Dilma caiu quase três vezes na pesquisa de segundo turno. Em novembro do ano passado, Serra tinha 46,8% das preferências de voto no segundo turno, contra 28,2% de Dilma – a distância entre os dois era de 18,6 pontos percentuais, portanto. Já no levamento feito em janeiro, essa diferença caiu para 6,89 pontos porcentuais, com Serra tendo 44% da preferência e Dilma, 37,1%. Brancos e nulos somam 10,1% e não sabem ou não responderam, 8,9% dos entrevistados. Arrrepiiiooo!!!

FALA, RICARDO!
O diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, em vista dos números, fez o seguinte comentário: “A pesquisa mostra que a ministra passa a ser uma candidata competitiva e intuitivamente diria que Serra parece estabilizado”. Segundo ele, fazendo uma comparação mais retroativa, o avanço da candidatura da ministra é mais evidente. Na pesquisa de segundo turno realizada em fevereiro de 2008, Serra tinha 57,9% dos votos e Dilma aparecia com 9,2%. Impressionante, não? Foram amealhados pela ministra 28 pontos percentuais em um ano, exatamente. E Serra, por sua vez, perdeu 13,9 pontos percentuais neste mesmo período de tempo. Muito louco isso!

CAIU ATÉ NA REJEIÇÃO
Outro fenômeno que na eleição é muito importante, diz respeito ao índice de rejeição de cada candidato. Segundo a pesquisa, a ministra-chefe da Casa Civil tem o menor índice entre os pré-candidatos: 28,4% disseram que não votariam nela. Já a pré-candidata do PV, Marina Silva, tem o maior índice de rejeição, com 36,6%. A rejeição de Serra é de 29,7%, enquanto a de Ciro é de 30,3%. E para matar a “maria antonieta” do PSDB de inveja, a aprovação do desempenho pessoal do presidente Lula passou de 78,9% em novembro para 81,7% em janeiro.

E AS INSTITUIÇÕES?
Dado interessante este apurado pela mesma pesquisa da CNT/Sensus, é aquele referente ao grau de confiança do povo nas intituições. Adivinhem qual delas é a que o povo menos bota fé. O Congresso Nacional está na rabeira da credibilidade popular, batendo no chão com seus 9,3%. E não é para menos. Ao mesmo tempo, o povo dá mostras de que ama o verde-oliva, espera-se que não como contraponto às canalhices democráticas dos nossos políticos. Nada menos que 69,8% dos entrevistados disseram confiar sempre ou na maior parte das vezes nas Forças Armadas. Já nosotros até que não ficamos mal na fita. Há ainda crédulos 49,8% de brasileiros que se fiam na imprensa (ufa!). Outros 40,1% acreditam no governo; 37,8%, na Justiça; 37,5, na Polícia; 36,0%, no Serviço Público; e no Congresso Nacional, 9,3%. Pobre Congresso. Tá só o “pó da rabiola”, como se diz por aí.