Amigos do blog, vem aí mais um atentado ao bom senso perpetrado pelo prefeito Geninho Zuliani (DEM), na certa aproveitando-se do luco-fusco das festas de final-de-ano e o apagar das luzes de 2009. Trata-se de um projeto encaminhado à Câmara Municipal, em regime de urgência (eita, vício!), visando conceder uma benesse ao clube Thermas dos Laranjais, benesse esta que não será concedida às demais empresas de grande ou pequeno, ou médio portes locais que, da mesma forma, contribuem para o desenvolvimento da cidade e com a geração de empregos. O prefeito quer reduzir a alíquota do ISS, aquele imposto que se paga pela prestação de serviços – aliás, que todo mundo que atua neste setor paga – de 4% para 2%. Segundo as informações preliminares, não há melhores esclarecimentos por parte do Executivo, para tal pedido. No documento, o texto trazido é excludente, quando especifica que o tal desconto só será concedido para empreendimentos aquáticos termais. Ou seja, é para o Thermas. Poderia, como sugestão, caso houvesse intenção outra de não apenas beneficiar o clube, a inclusão do CCAB, que está combalido. Viria em boa hora. Ou mesmo para outras empresas locais que podem estar necessitando muto mais que o clube, cujo caixa sempre esteve, digamos, bem recheado. Qual será a ‘pegadinha’ embutida neste projeto? Que será votado em sessão extraordinária na próxima semana. O projeto irá contar com os votos dos dois neo-zulianistas, Toto Ferezin e Zé Elias de Morais? Mesmo sem melhores justificativas do prefeito para o tal projeto? Esperar para ver.

BRIGADA
Como já imagino que a brigada em defesa do clube daqui a poco vai se arrepiar, reforço aqui que este blog nada tem contra o clube, mas tudo tem contra certas atitudes pouco explicadas em relação a ele. Principalmente quando estas atitudes envolvem recursos públicos – porque em última análise, deixar de recolher 2% de ISS dos cofres do clube, é se abster de dinheiro público devido pelo estabelecimento. De resto, pode-se considerar, no mínimo, imoral tal iniciativa do Executivo. A menos que suas justificativas convençam da necessidade imperiosa de liberar o clube de metade de suas obrigações enquanto empresa regularmente constituída no município. Dio contrário, a opinião pública deve sim, se indignar. Afinal, um clube que fatura algo em torno de R$ 350 mil por semana só com o fluxo de turistas não é exatamente um empreendimento necessitado de tantas benesses com dinheiro público. Ou eu estou enganado?

‘RUIDOS’ PROPAGANDÍSTICOS
Só um comentário breve: pelo preço que foi contratada, esta tal de Preview poderia cuidar melhor da propaganda do Governo Municipal. Está muito ruim. Tem gente por aqui que faria melhor, bem melhor, e por um preço bem mais, digamos, ‘camarada’. Há muitas imperfeições estéticas, gráficas, sonoras e, pasmem, de redação! Não se pode admitir que numa publicidade oficial a Avenida Aurora Forti Neves apareça como “Fortes Neves” em um quadrinho, e com o nome correto no quadrinho logo abaixo; ou o conjunto Augusto Zangirolami (CDHU III) apareça como “Zangirolam”; que a praça em construção na CDHU II, seja localizada, também, na Cohab II (ou é um, ou é outro! O certo é CDHU II mesmo!); cuidado maior com enunciados: “Obras que não acabam mais” pega mal; “estação de tratamento esgotos?” (cadê o ‘de’?). E as inúmeras placas espalhadas pela cidade, dando “oportuInidade a todos”? E no rádio, “prefeitura de Olímpia cada vez melhor para você”? Ué, num intindí. Cada dia melhor para quem, cara pálida? Para ‘limpar’ a imagem de um Governo, é preciso um trabalho, no mínimo, profissional e cuidadoso. E este cuidado deve ser de cabo a rabo. A propaganda apressada e descuidada tem sempre efeito contrário. Só isso.

INÉDITO
Já se viu de tudo nesta cidade? Quem imagina que já tinha visto de tudo, se engana, redondamente. Agora vem de ser inaugurada, em Olímpia, a homenagem pela simples presença. O detalhe foi observado na manhã de ontem, sábado, na inauguração do Centro de Referência do Idoso, o CRI. Na placa, junto aos nomes de quem de direito, estava inscrito, também: “Inaugurado com a presença do deputado Rodrigo Garcia”. Quanta demonstrações de carinho e fidelidade! Como o ‘homi’ não moveu um graveto em favor do CRI – aliás, parte da ‘herança bendita’ tão contestada pela milícia zulianista – deu-se um jeito de perpetuá-lo também naquela obra. Isso é que é criatividade!