Amigos do blog, acabo de ser ‘massacrado’ por certa figura abjeta do meio, por causa de algumas colocações feitas aqui na sexta-feira, cobrando postura, atitude, ação de quem de direito, mas não gostaram, e responderam não com argumentos, mas com agressões até em nível pessoal. Um jeitão anacrônico de se posicionar sobre questões que deveriam fazê-los refletir e discutir em alto nível. Mas, não há de ser nada. A história fará justiça. E hoje, quero também fazer uma observação sobre chamada de capa de matéria publicada sábado passado no jornal ‘Tribuna de Olímpia’, semanário que está se especializando na invenção dos fatos e não cumprindo simplesmente sua função básica, que é a divulgação dos fatos. Mas, quando não os há, o jornal os tem inventado, pude constatar ao longo das suas últimas edições. Especificamente a de sábado – não vamos falar aqui daquela presepada criada contra o secretário municipal de Cultura, Esporte,Turismo e Lazer, Betto Puttini, que gerou uma crise devidamente ‘abafada’, mas ainda mal resolvida no Governo Municipal. Trata da sessão ordinária da Câmara Municipal de Cajobi, acontecida quarta-feira da semana passada, onde foram rejeitadas as contas do prefeito Dora Sandrini, de 2007, por causa de não pagamento de precatórios. O jornal chamou a matéria na capa e tascou lá que, após a sessão, houve ‘quebra-quebra’. Levei um susto.
ALUCINAÇÃO
Já conversei até informalmente com a repórter daquele semanário sobre isso, já que láestive também e não vi ‘quebra-quebra’ nenhum, garanto. Comentei isso com ela, e acolega me garamtiu que sim, tinha havido ‘quebra-quebra’, e que eu não tinha visto, em outras palavras, “porque não quis ver”. “Cada um vê o que quer ver, ou o que interessa ver”, me disse ela. Bom, então tá. O que houve lá, após a sessão, ainda classifico como bate-boca, e não como uma quebradeira geral tal aquela no campo do Coritiba. Ainda fiz esta observação. “Quebra-Quebra é aquilo, falei”. Não adiantou. Mas, a bem da verdade, ali está explicita uma imprecisão jornalística, para dizer o mínimo. Alí está a invenção dos fatos, necessária para fazer casar o acontecimento com os interesses do dono da publicação.
A RAZÃO
Porque aquele jornal ataca Dora Sandrini? Não são por razões diferentes daquelas pelas quais ‘fabricou’ enquete sobre o secretário Puttini: patrocínio publicitário. Dinheiro. Grana. Bufunfa. Aquele mesmo que ele busca nas demais prefeituras, com a condição de “não meter o pau” no prefeito. Há relatos, inclusive, de certa prefeitura da região, onde se disse claramente porque eram dadas tantas ‘pauladas’ no prefeito. Ele não estava soltando a ‘ferpa’. Hoje não sei como anda a relação do jornal com aquele alcaide, mas vazou que a pedida, pelo menos, foi alta. No caso de Sandrini, há ramificações que alcançam o prefeito olimpiense, e já teria havido tentativas de ‘acomodação’ da situação, mas ainda a questão está pendente.
A LAMENTAR
Infelizmente ainda se faz este tipo de imprensa em Olímpia. Melhor dizendo, infelizmente trouxeram de volta este tipo de imprensa para Olímpia. Um capítulo doloroso do meio, sendo revisitado por figuras que nem sequer conhecem a fundo a alma olimpiense. Um tipo de jornalismo que julgava-se banido por aqui, já que os profissionais ‘das antigas’ – ainda que sem ‘deproma’ – são respeitáveis e sabem os limites de um texto, respeitam os parâmetros de uma reportagem, respeitam, acima de tudo, a inteligência do leitor. Trabalham com decência. Profissionais que deveriam, isto sim, serem condecorados pelo sindicato, e não perseguidos por ele. Sindicato que, por sua vez, deveria fazer blitz, ‘pente-fino’ ou o que seja, nestes antros de pérfidos caçadores de ‘recompensas’ (perdoem os amigos por tantas aspas, mas analogias são necessárias). E, o pior de tudo, é que certa parcela do poder constituído local também lê e professa esta cartilha (mas este é um outro capítulo).
POLÍTICAS CULTURAIS?
A assessoria de Imprensa do prefeito Geninho envia release aos veículos de comunicação da cidade, informando que “Olímpia discute políticas culturais em Conferência Estadual”, destacando que “durante o evento, quatro olimpienses foram eleitos delegados e irão à (assim mesmo, com crase) Brasília em 2010”. Diz o texto que foram dois eventos promovidos pela Secretaria de Estado da Cultura, nos dias 25 e 26 de novembro: a 1ª Conferência Estadual de Arte e Cultura e a 1ª Conferência Estadual de Culturas. E que os quatro olimpienses eleitos entre os 50 delegados que representarão o Estado são Rodrigo César Marini (representante do Poder Público), Diego Ribeiro Dimarco, Jair da Silva Rego e José Roberto Pimenta (representantes da sociedade civil). Produtores, artistas, representantes de entidades e instituições culturais e dirigentes municipais discutiram as políticas de fomento da Secretaria, e os delegados e dirigentes de Cultura do Estado discutiram e debateram depois “políticas culturais”.
IMPORTÂNCIA
Depois, o release do Governo diz, sobre a ‘importância’ do evento, que Olímpia representou a região administrativa de Barretos, englobando 17 cidades, e que “além de representarmos uma região, elegemos quatro pessoas para a delegação, mostrando que estamos com prestígio”, conforme disse o secretário municipal de Cultura, Beto Puttini. Malgrado o ufanismo oficial pela ‘participação’ em tão ‘importante’ acontecimento, as perguntas do blog são: e daí? Qual o resultado prático disso? O que Olímpia levou como proposta cultural? Quem são e qual a bagagem na área dos quatro delegados eleitos? Quais as principais diretrizes a serem defendidas por eles? Levaram para o encontro algo como um ‘caderno’ de ações previstas na área para a cidade nos próximos anos, etc? Isso o release não diz. Fica apenas no lufa-lufa governamental, tais como: “Pela primeira vez o Poder Público tem dado esta oportunidade de participarmos”; “Isso tem feito a nossa cidade conquistar mais espaço no cenário Nacional”, ou a pérola do secretário: “(…) Pois o verdadeiro estadista não é aquele que faz sozinho, mas sim aquele que realiza em grupo”. Muito bem, vamos aguardar então e ver o que o grupo realizará em 2010.
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E internamente, o que estamos discutindo sobre o tema?
FALANDO NISSO
Passou a vigorar desde o dia 2 último, a lei que institui o Dia Nacional do Bumba-Meu-Boi, a ser comemorado em 30 de junho. A publicação saiu no Diário Oficial da União. O folguedo sintetiza a história do brasileiro na época do Ciclo de Gado no século XVIII. A festa enfoca as relações sociais entre escravos, índios e senhores da casa grande. A lei foi proposta pelo deputado maranhense Carlos Brandão (PSDB/MA) e teve como relator o deputado Pinto Itamaraty (PSDB/MA). O Bumba-Meu-Boi é representado de acordo com as peculiaridades de cada lugar, mas sem desrespeitar a lenda que o originou, que consiste na ressuscitação de um boi que não deveria ter morrido. No Maranhão, a festa é promovida no meio do ano, durante as homenagens a São João e a São Pedro. E aqui em Olímpia, todos sabem, os bois, em suas várias facetas (quando deixam vir) nos enchem de viva alegria sempre em agosto, no nosso Festival do Folclore. E sabiam que só São Paulo, no Brasil, não tem boi?
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E a Casa do Caipira, ou Caboclo, no Recinto? Vai ficar lá, às moscas? Será que uma roda de viola, uma boa noite de causos, regada a boa música regional, com comidas típicas, até, ficaria tão caro assim, secretário?
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