Amigos do blog, o presidente do clube Thermas dos Laranjais, Benito Benatti, acaba de conceder uma ‘entrevista exclusiva’ ao jornal ‘Folha da Região’, tratando das questões em discussão hoje na cidade, relativas àquela associação, da maneira que quis tratar.
Portanto, foi uma ‘entrevista exclusiva’ em termos, porque por tudo o que se vê e se lê naquelas duas páginas, fica a nítida impressão de estarmos diante de uma peça de publicidade. Propaganda com sua fala, é o que fez o senhor Benito Benatti.
Basta observar as características: páginas ‘casadas’, coloridas, centrais; fotos à exaustão de novas dependências do clube, outras fotos corriqueiras, fotos do presidente em situações que lhe favorecem e à sua imagem etc.
Ou seja, não deixa dúvidas o jornal – embora tenta de todas as formas dar ares de material jornalístico à publicação – que se trata de mera propaganda. Matéria paga. Publicidade com ‘cobertura’ de jornalismo.
Nada contra, afinal a diretoria do clube tem uma relação histórico-comercial com aquele jornal. Conheço a estória em detalhes. O que me leva a fazer este comentário é o fato do presidente não ter se preocupado em fazer a coisa certa.
Qual seja, convocar uma coletiva, que a imprensa local e até regional iria atender de pronto. Afinal, o clube, por sua grandeza e importância local e regional, sempre desperta interesse jornalístico, dado o alcance e a repercussão daquilo que se diz a seu respeito.
Fazendo da maneira como foi feito, o presidente contribuiu ainda mais para fazer arderem as chamas deste incêndio de vaidades que insiste em não dissipar. Algo como jogar gasolina no fogo. Porque, nestas condições – fazer inserir como matéria paga -, ele diz o que quer, como quer e manda publicar do jeito que lhe convier. As melhores fotos, os melhores ângulos, as perguntas que quer ouvir, a respostas que quer dar.
Assim funciona a danada da matéria paga, a propaganda revestida de jornalismo. Se bem repararem os amigos, verão que ali, naquele espaço todo, está contido o óbvio. Tudo o que se falou e se fala sobre o clube. A cobrança por algo que todo mundo reconhece.
Com um título ‘rasgado’ nas duas páginas coloridas centrais e chamada de capa (para quem não sabe, nestes casos, também paga) digamos, conveniente. Fazendo o jogo do contrário, atacando os contrários (passa-se por vítima, buscando a simpatia irrestrita do público – isso é Maquiavel puro!).
No mais, os assuntos mais relevantes, como a qualificação de Utilidade Pública, como quer a Câmara; o devido detalhamento da lacração e deslacração dos poços; o registro dos poços em nome próprio; as questões internas cobradas pelo grupo de oposição; as mudanças na sistemática relacionada à Receita Federal, anunciada em um confuso comunicado e tantas outras, foram tratadas de forma superficial. Da maneira que quis tratar o senhor Benito.
Por isso permanece a pergunta, que certamente ficará sem resposta: Por que não numa coletiva, senhor Benito?
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