Amigos do blog, não sei se foi seu ‘rei’ quem mandou, ou se algum ‘assessor’ mais afoito tomou para sí esta ‘responsabilidade’. Fato é que, no jornal “Gazeta Regional”, da minha amiga jornalista Andresa Maieiros, assessora de imprensa do atual Governo, este pisou na bola.
Eu quero crer que seja, de fato, algo que tenha se originado nos porões do imaginário grotesco de algum assessor, porque o formato ressuscita um período dos mais medonhos que esta cidade já viveu em termos de imprensa, ao mesmo tempo que revela exatamente quem, ou quais, dos assessores zulianistas têm este pendor.
A coluna se chama “Metendo o Bedelho”, que o pai dos burros ensina ser um substantivo masculino, com várias significações, nenhuma delas, digamos, auspiciosa. Se não, vejamos:
bedelho
be.de.lho
s.m. 1 – Tranqueta ou ferrolho de porta. 2 – Pequeno trunfo, no jogo. 3 – Criançola, fedelho, rapazelho. Meter o bedelho: intrometer-se em assuntos em que não é chamado.
Bastava o texto acima, extraído do Michaelis, para definir esta gente, autora de tão doentias letras, que busca, por meio da ofensa, da agressão pessoal, da invencionice pretensamente engraçada, rebater questões que melhor seriam rebatidas com argumentos sérios, claros e profundos.
Esta cidade carece, de há muito tempo, ser sim, redescoberta, rediscutida, repensada, como já disse aqui tempos atrás. E não é alimentando picuinhas, vendo monstros onde eles não existem, que vamos chegar a algum lugar. Por isso, a criancice beirando à demência publicada na coluna esta semana, choca.
Inventar apelidos, fazer colocações não verdadeiras, é fugir do debate. Usar colunas de jornais para fazer blague de autoridades políticas está fora de moda. Haja vista que tudo o que se tem visto na imprensa de modo geral – exceção às currutelas – são posturas sérias, de questionamentos e debates.
E, acima de tudo, de argumentos sólidos. Até charges se aceitam, desde que tenham um condão de entreter mostrando realidades, verdades. A charge existe para isso. Tratar temas caros ao cidadão de forma branda, mas ao mesmo tempo fazendo a crítica pertinente, inteligente, criativa. O resto é lixo, é o rabo do cachorro.
E, vejam bem, amigos do blog, que não estamos aqui defendendo este ou aquele personagem, nem procuração para isso temos. Teria eu a mesma postura com qualquer outra manifestação contra quem quer que fosse, que não trouxesse luz ao debate, como é o caso.
E o pior é que não se pode ter o que está escrito na coluna como algo apartado dos interesses do Governo Municipal, porque não o é. Se ali estão aquelas letras, houve uma comunicação prévia, uma aceitação tácita do senhor-todo-poderoso. A menos que, neste Governo, cada um faz o que quer, liberou geral.
É triste termos que ocupar, por vezes, este valioso espaço, para espantar as aves de mau agouro que insistem em trazer de volta a estas plagas uma aluvião de más recordações e comportamentos, dos quais seus mais lídimos representantes, hoje cronologicamente provectos, ainda arrastam correntes.
E, depois, incomodarem-se com o que passou, com imagens mortas no cenário político, revelam as fraquezas destes senhores. Se, postados no poder, não conseguem fazer desvanecer as fuligens de outras figuras passadissas, então faltam-lhes estatura, simplesmente isso, para estarem onde estão.
São um equívoco político. E dos grandes. É só.
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