Amigos do blog, começo este post pedindo desculpas a todos pelos contratempos que venho sofrendo com essa tal Telefônica – que bem poderia mudar o nome para Calafônica, de tanto que dá ‘breakes’ nas comunicações de modo geral. Uma tragédia efeagáceniana!

Mas, sempre que possível, aproveito a ‘lacuna’ do mal serviço prestado por ela e mando minha mensagem. Como a que segue, expressando um ponto de vista que a cada dia, cada ato, cada fato, ou factóide, mais se cristaliza: o culto à personalidade exercido pelo prefeito Geninho Zuliani (DEM).

O leitor mais atento aos detalhes – e aqueles que não o forem, atentem-se a partir de agora – hão de notar no ar algo que politicamente vai muito além dos limites de nossa terra, ultrapassam as fronteiras do muito querer fazer só para o bem estar da nossa urbe e seus urbanóides e rurais.

Caracteriza-se, este Governo, por tantas e tamanhas já vistas, um pólo germinador de algo maior, que sempre foi o foco do nosso alcaide, o que nunca, aliás, escondeu de ninguém: alcançar uma cadeira na Assembléia Legislativa, no princípio, e depois…Bem, o céu é o limite…

Se não, puxemos nossa memória – cognição nem é preciso – para fatos relacionados ao alcaide Zuliani: Ele brigou por isso e conseguiu ser eleito presidente da União dos Municípios do Vale do Rio Grande (Umvarig), no dia 15 de maio pasado. Até trouxe a eleição para Olímpia, seu território.

Alvo principal: Os 21 municípios que integram a tal Umvarig, entre eles Altair, Barretos, Bebedouro, Cajobi,  Guaraci etc., só para citar os maiores e os da região próxima a Olímpia. E isso é tudo? Não! Houve antes, lá atrás, outra eleição de caráter colegiado, e quem se elegeu presidente da tal entidade?

Na eleição para o Comitê da Bacia Hidrográfica do Turvo-Grande-CBHTG, em abril, haviam 54 pessoas com direito a voto: 18 prefeitos, 18 do Estado e 18 da sociedade civil. E Zuliani, inclusive, chegou mudando a escrita: fez-se eleger o primeiro prefeito a presidir o nosso Comitê, que há 13 anos era dirigido por um ‘civil’. O alvo: os 61 municípios que o integram.

Claro que, em virtude dos fortes rumores à época, o alcaide negou com veemência sua mais legítima pretensão: “É fofoca de quem não tem o que fazer”, refutou. Disse que seu compromisso, como não podia ser de outra forma, “é ser prefeito de Olímpia durante quatro anos” (aqui não se fala, especificamente, do próximo pleito).

Depois, ‘criou’ uma festa de peão que alardeou ter sido “a maior de região” – exageros à parte, este foi pelo menos o seu desejo, e para isso gastou mundos e fundos. E para quê?, perguntamos, considerando que festas deste gênero nada trazem de positivo a quem quer que seja – a menos, claro, que você seja amigo do ‘rei’.

Ou seja o próprio ‘rei’ que, fazendo barulho além-fronteiras de seu reinado, atraiu para cá as atenções de dezenas de outras urbes, e de milhares de outros seres, autoridades ou gente do povo, que sempre se deixam atrair por este tipo de evento. À frente de toda repercussão, o nome da cidade? Nã-nã-ni-nã-não.

O que regurgitou forte em meio a todo movimento, a toda euforia de próximos e distantes, foi outro nome: o do próprio prefeito, Geninho Zuliani. Até outdoors de agradecimento a deputado com o nome dele em destaque e do agradecido bem lá embaixo se viu na cidade.

Este blog ousa dizer que o político Geninho Zuliani, um dia eleito prefeito da cidade, está focado em si mesmo. Egocentricamente voltado para suas pretensões futuras, busca fazer deste seu poder temporário trampolim para galgar outros degraus, embora negue. Mas sabe que não cola.

O grande ‘barato’ do culto à personalidade, é que trata-se de uma estratégia de propaganda política baseada na exaltação das virtudes – reais e/ou supostas – do governante, bem como da divulgação positivista de sua figura. Até aí tudo bem.

Mas, cultos à personalidade são freqüentemente encontrados em ditaduras, embora também existam em democracias. Um culto da personalidade é semelhante ao apoteose, exceto que ele é criado especificamente para os líderes políticos.

Isso lhes parecerá familiar, amigos do blog: O culto à personalidade inclui cartazes gigantescos com a imagem do líder, constante bajulação do mesmo por parte de meios de comunicação, e perseguição aos dissidentes deste mesmo líder.

Os perigos da prática do culto à personalidade: O individualismo, o narcisismo e o hedonismo associados impedem as pessoas de conseguir ver isso, uma forma sofisticada de corrupção não imediatamente visível. Além disso, fica dificíl ver nos políticos, aqueles que nos vendem a mensagem de acordo com os nossos desejos.

E essa mensagem é um espelho que fala e reflete para nós, mas o reflexo é sempre uma enorme mentira. É o reflexo que nos vende as coisas que nós achamos que devem ser as nossas, que achamos que devemos ter que comprar.

Mas, a grande verdade é uma só: o culto à personalidade nos explora, explora a cada um dos cidadãos, que não obstante custear – e caro – o fausto de que se reveste tal anomalia, ainda consta adorar, sem perceber que estão, na verdade, sendo explorados. Sugados até os ossos.