A Praça de Atividades Folclóricas “Professor José Sant´anna” está passando por uma transformação radical em sua arquitetura histórica, por causa da festa do peão que acontecerá ali entre os dias 24 e 28 de junho.

A passarela que fazia a interligação de um lado a outro da arena, e que abrigava a Esplanada das Bandeiras, não existe mais. Foi derrubada e depois destruída.

Parte da arquibancada, com cerca de 30 metros de extensão, alcançando todos os assentos neste espaço, está sendo transformada em “camarote” de alvenaria.

Embora o secretário de Obras do município, Gilberto Toneli Cunha, negue que a mudança arquitetônica do Recinto seja só para atender a festa do peão, é sabido que até hoje, após quase 23 anos de realização da festa ali, nunca se cogitou a construção de camarote em alvenaria, até então considerado gasto desnecessário.

“Caso contrário, faria parte do projeto original do local”, observou fonte ligada à obra. Cunha disse não ter feito levantamento de custos da obra, que está sendo executada com recursos públicos, pela prefeitura municipal.

O “camarote” do Recinto do Folclore terá 300 metros quadrados de construção, e abrigará entre 400 a 500 pessoas sentadas. Ele ocupará todos os assentos existentes numa extensão de pelo menos 30 metros, por cerca de 10 metros de altura.

De acordo com Cunha, o “camarote” virá substituir aquele que sempre foi instalado na Barraca da Apae, pré-moldado, que se montava e desmontava todos os anos. “Agora será um local fixo, para todos os eventos”, justifica.

As obras estão sendo executadas a “toque-de-caixa”, para terminarem antes do dia 24 de junho, razão pela qual se pode concluir que o objetivo é a festa do peão. Também porque dentro do contexto da festa o item que mais vem sendo comentado é o chamado “Camarote da Brahma”, principal patrocinadora do evento, que pede uma estrutura diferenciada. Afinal, quem se aventurar a “encará-lo”, terá que desembolsar R$ 400 para as quatro noites.

“Não é só para a festa do peão, ele vai atender também ao Fefol”, insiste Gilberto Cunha. Ele não diz exatamente quanto o município está investindo no “camarote da Brahma”. Prefere falar em termos globais.

“Estamos contabilizando cerca de R$ 30 mil até agora, mas incluindo outras obras que virão depois”, disse. Há projetos de se construir, até o 45º Fefol, salas para escritórios da Organização e a Casa do Caboclo, ao lado da Igreja de Santos Reis.

Mas, “só o camarote vai ficar pronto até o dia da festa do peão”, informa o secretário de Obras. As outras obras e melhorias deverão ficar prontas até julho, segundo ele.

O que se espera, com tudo isso, é que, de fato, todos os sonhos, aspirações e planos da comissão do Fefol se concretizem. Sem aquela chatissima lenga-lenga oficial da falta de verba.