O vice Gustavo e o prefeito Geninho: Acordo eleitoral?

O vice Gustavo e o prefeito Geninho: Acordo eleitoral?

Amigos do blog, se vocês bem se lembram, postei aqui ainda nos primeiros dias do Governo Zuliani, ou talvez até antes dele tomar posse, que sua aspiração política suplantava a de ser um “simples” prefeito de Olímpia. Dizia que ele apenas pretendia fazer da prefeitura um trampolim para suas vontades futuras.

 Houve quem contestasse, até me mandasse comentário malcriado, dizendo cousas e lousas deste humilde escriba. Então, gostaria que os amigos lessem abaixo o cabeçalho da “Coluna do Diário”, assinada pelo jornalista olimpiense Alexandre Gama, e publicada na edição de sábado passado, naquele jornal rio-pretense:

Depois de oito anos sob a presidência do engenheiro Germano Hernandes Filho, o Comitê das Bacias Hidrográficas do Turvo-Grande está desde hoje sob o comando de um político, o prefeito de Olímpia, Geninho Zuliani (DEM). Em votação apertada, o político bateu o técnico por 28 votos contra 25. Têm direito a voto segmentos da sociedade civil, prefeitos e órgãos governamentais. O Comitê das Bacias do Turvo-Grande era a única do Estado de São Paulo ainda administrada por um não-prefeito, no caso Germano. Seu afastamento do comando da entidade é visto como uma necessidade de o comitê se aproximar dos prefeitos e do próprio governo estadual. “O Germano fez um bom trabalho. Mas há muito tempo havia uma pressão do segmento dos prefeitos para que um político assumisse”, diz Geninho. Já o ex-presidente diz esperar que o trabalho técnico e apartidário desenvolvido por ele nos últimos oito anos não seja desvirtuado, já que o papel do comitê é desenvolver políticas e projetos para a preservação e desenvolvimento dos mananciais e recursos hídricos da região. E não atender interesses partidários de olho em dividendos políticos.

Perceberam que até o ex-presidente bate nesta tecla? Se não, alguém pode me responder qual o real interesse do prefeito olimpiense em assumir a presidência do tal Comitê, até então presidida por um técnico, e de forma apartidária e apolítica?

E mais: quais forças ele conseguiu aglutinar para obter uma vitória pela diferença de três votos apenas à frente do técnico? Que trabalho realizou ao longo destes anos para conseguir de uma hora para outra o necessário prestígio para alcançar a vitória?

Não restam dúvidas de que o prefeito de Olímpia quer projeção regional para dar o “start” em sua caminhada rumo à Assembléia Legislativa. E para tanto, ao que parece, conta com apoios importantes e estratégicos. Portanto, aquilo que falei lá atrás, ganha corpo agora. Na verdade, um “corpão”.

Naquela ocasião muitos me disseram que as pretensões de Zuliani existiriam, sim, mas para 2014. Conheço-o bem. Açodado como é, não duvidem se a busca pela cadeira no Legislativo Paulista já não for para agora, em 2010!