Amigos do Blog – que não são poucos, este mês quase chegamos a 900 visitas – boa tarde. Começo este post lembrando que o prefeito Geninho Zuliani (DEM) vem seguindo à risca os mais radicais preceitos políticos de que temos conhecimento.
Ele, que vem praticando o mais puro fundamentalismo político-administrativo em tão poucos dias, não foge à regra da máxima maquiaveliana, e agora mostra, também, estar afinado com outra prática das mais criticadas pelas cabeças pensantes de um tempo não muito distante, a do pão e circo, embora neste momento com a supressão do pão.
A saber, a política do pão e circo (panem et circenses) foi criada pelos romanos, e prevê o provimento de comida e diversão em detrimento da liberdade, com o objetivo de diminuir ou acabar com os conflitos. Percebam que todos os ingredientes estão contidos na saga zuliano-governista.
Mas, se Zuliani tirou o pão que ainda restava nas mesas pobres e necessitadas – talvez para devolver depois?, quem se arrisca apostar? – ao mesmo tempo proporciona o circo nestes últimos dias, com a batelada de duplas caipiras contratadas para se esquelar em favor dos 106 anos de fundação de Olímpia.
O povo vai cantar e se esbaldar, não restam dúvidas, nestas horas que lhe são dedicadas, e até se emocionar com a queima de fogos – ou do nosso dinheiro?; aliás, se não há dinheiro para nada, como há dinheiro para fogos?
Voltando ao ponto, a receita está sendo seguida à risca – o mal que se faz de uma vez, o bem que virá (?) depois, o pão que se suprime, e o circo que se dá. Perfeito. Parabéns a seu orientador político, à coragem do prefeito em seguir esta cartilha.
Mas, pergunto: em que medida corre-se o risco de a ela juntar-se a ignorância destes mesmos orientadores em relação ao comportamento social do olimpiense? Lembrando que desconhecer este detalhe, fundamental, pode vitimizá-lo futuramente.
Ele, o povo, aqui, se subvidide em estratos. E frequenta lugares e eventos – circos – distintos. Pensa distintamente e vê com olhos ultrapessoais. Tem discernimentos diferenciados e capacidade de análise dos fatos e acontecimentos de diferentes matizes, conforme o estrato em que se encaixe.
Se deste pretencioso universo de astúcia no qual se envolveu o prefeito e seus mais próximos restarem incólumes suas pretensões políticas futuras, quais sejam, a reeleição e, depois, a conquista de uma cadeira na Assembléia Legislativa, então restará a nós, outros, meros amadores políticos, a rendição definitiva.
O contrário revelará, como dito acima, a absoluta ignorância do que vai no âmago do povo que Zuliani pretende governar. E se ele não está levando isso em conta, é sinal de que, se leu, não entendeu o espírito do “Principe”, ou não foi ele quem leu. E quem leu, pulou capítulos.
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