Imagens da noite de ontem na Matriz de
N.S. Aparecida e Câmara Municipal
Amigos, não se assustem com o título acima. Antes, por “renascimento”, do Latim renascere, por renasci, peguem do verbo intransitivo da nossa flor do láscio, inculta e bela, apenas o seu significado mais “radical”, ou seja, “tornar a nascer”, ou, ainda, “ressurgir”, que são bastantes, e esqueçam os demais.
Assim terão o entendimento suficiente para degustarem o título acima, com sua, digamos, metáfora – conforme classificou Toninho Macedo (na foto última, à direita, ao lado de Rosiane Nunes, na Câmara, ontem à noite) -, e também a curiosidade aguçada sobre seu real significado no contexto do Festival do Folclore olimpiense.
É que há um projeto de se “resgatar” a tradição do Fefol olimpiense, na busca, talvez, do crescimento cultural do evento, ao invés do crescimento comercial tão somente – com todas as suas implicações. Trata-se de trazer de volta às suas raízes, o legado do mestre José Sant´anna.
Para isso estão sendo adotadas medidas, para isso estão sendo agregadas aos tradicionais executores de nossa festa maior, pessoas outras que também lidam com o resgate e a preservação das mais puras raízes brasileiras, manifestadas em artesanato, fé, canto, vestimenta e danças.
Talvez o termo “resgatar”, no seu sentido mais amplo seja adequado para definir o trabalho a que se propõe este grupo, mas no caso de Olímpia, ele cabe, isso é sabido, apenas em sentido restrito, qual seja, aquele que o define como remição, o que já não é pouco.
Mas, enfim, o foco deste post é dizer que alguma coisa nova está para acontecer neste 45º Festival do Folclore, em agosto – e eis um derivativo que no âmbito da questão é delicado. Portanto, entendam o “coisa nova” como algo diferente do que já existe, e não como algo “remoçado”, “rejuvenescido”, que são outros dois sentidos para “renascer”, e que não cabem, absolutamente, no âmago do tema.
Enfim, vamos torcer para que isso não seja mero “fogo de palha”, para usarmos uma expressão popular – folclórica? A julgar pela movimentação havia da noite de terça-feira, 27, na Igreja e na Câmara, com a Missa pela intenção da alma de Sant´anna, que nos deixou há exatos dez anos – ecumênica, lindíssima, carregada de significados, como ele sempre gostou.
E, depois, com a implantação na cidade de um Núcleo de Ação Cultural, entidade que tem muito a ver com a preservação de nossas raízes, é esperar para ver se tudo realmente vai sair do papel, se tudo será efetivado na prática porque, sendo assim, não há dúvidas de que o Fefol de Olímpia vai, de fato, “renascer”, independentemente do sentido que se queira dar à metáfora.
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