Prefeito, secretário e coordenadordo 'Pró-Vicinais' quando vistoriavam a obra, ano passado

Prefeito, secretário e coordenador do 'Pró-Vicinais', quando vistoriavam a obra, ano passado

Muito bem, amigos, agora façamos as devidas observações naquilo que postamos aqui hoje de manhã, dando conta dos acontecimentos – se é que se pode chamá-los disso, dos últimos dias da semana passada. Quais sejam, as pirotecnias midiáticas do prefeito Geninho Zuliani (DEM).

Pela ordem, vamos comentar os R$ 800 mil que o ex-prefeito Carneiro “deixou” de assinar, impedindo que tal montante viesse para Olímpia fazer 120 quarteirões de recape, segundo o alcaide. O secretário de Obras do município, Gilberto Toneli Cunha, disse que houve, neste caso, “um desencontro” apenas, e nenhuma atitude política do ex-prefeito, como tentam passar à opinião pública.

Cunha explicou que a papelada chegou à prefeitura no dia 30 de dezembro, pedindo projetos e relatórios técnicos para que pudesse ser liberado o dinheiro. “A Secretaria trabalhou até por volta da zero hora ou um pouco mais do dia 31 para atender as exigências do Governo”, informou.

E quando tudo foi concluído, já não havia mais tempo hábil de colher a assinatura do prefeito, que havia se despedido das funções na tarde do dia 30, e nem tomou conhecimento do convênio. “E pode ser que até hoje ele ainda não saiba de sua existência”, frisou Cunha.

O ex-secretário de Carneiro e atual de Zuliani fez questão de assinalar não ter havido nenhuma atitude maledicente ou politiqueira do ex-prefeito. Inclusive, informou que outro convênio de mesmo valor – R$ 1 milhão, com R$ 200 mil de contrapartida do município -, veio entre os dias 17 e 26 de dezembro, quando o vice Dr. Pituca era o prefeito interino, “e não teve problemas, foi assinado, e está em andamento”. Palavras do secretário.

OS PRECATÓRIOS
Já em relação aos precatórios, Cunha diz que, também, tratam-se de “informações desencontradas”. O valor anunciado no final do ano passado, de pouco mais de R$ 6,4 milhões em dívidas, não constavam juros, “era o valor da contabilidade da prefeitura”.

E que os precatórios devem ser vistos caso-a-caso, junto aos defensores dos credores. Há valores que têm juros, outros não. “Pode sim, até passar de R$ 10 milhões, mas não sei se chegaria a R$ 15 milhões”, observou Cunha. Ou seja, a informação do prefeito foi, no mínimo, “apressada”.

VICINAIS
Quanto à verba para as vicinais e estradas rurais, a informação é aquela mesma, a de que o dinheiro já estava alocado e as obras projetadas desde 2007. E o valor de R$ 13 milhões e quebrados, não virá de uma só vez e nem está liberado já.

Por enquanto, só pouco mais de R$ 2,8 milhões está liberado para uma determinada obra, e o restante, até completar o valor anunciado, virá por etapas. E tem mais: o dinheiro não vem para os cofres da prefeitura, como tenta fazer crer Zuliani mas, sim, em obras: o Estado manda fazer, o Estado paga. Sem triangulações. É isso ai.