Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Por que Olímpia perdeu mais de 4,5% de eleitores em menos de quatro anos?

Como decifrar este fenômeno da diminuição de votos para as eleições deste ano em comparação às anteriores municipais na Estância Turística de Olímpia? Como explicar que o eleitorado olimpiense 2024 cresceu 3,3% frente às últimas eleições municipais, mas caiu 4,59% comparado a 2022 em Olímpia?

Este fenômeno está registrado no Tribunal Superior Eleitoral-TSE e, de forma surpreendente para quem consulta a plataforma onde foi divulgado o levantamento feito pelo órgão junto aos municípios e tornado público no dia 17 passado, Olímpia teve crescimento de 3,31% de novos inscritos aptos a votarem nas eleições de outubro próximo, comparado a 2016, medição anterior feita pelo TSE, mas teve queda acentuada neste quesito, quando comparado ao eleitorado de 2020, último pleito municipal, cujo eleitorado teria caído 4,59%.

E não é normal essa diferença, e não são eleitores diferentes a votar numa ou noutra eleição. São os mesmos eleitores. Então, como explicar esta queda no número de votantes que, em relação ao último pleito, irá provocar uma modificação, ainda que ligeira, no quociente eleitoral termos 1.241 votos a menos? Se bem que, vendo pelo lado do “copo meio-cheio”, esta diminuição derruba também este quociente. Ou seja, um candidato pode se eleger com um tiquinho menos de votos.

Mas é um fator não apenas curioso, mas que chama a atenção das autoridades sobre as razões disso estar acontecendo. Onde estão estes eleitores? Para onde foram? E não é tanto tempo assim, comparando com o último pleito municipal, em 2020. São apenas três anos e sete meses o tempo que “engoliu” estes 1.241 eleitores.

Em 2020 éramos 42.922, hoje 41.681. O fato torna-se ainda mais surpreendente quando comparamos o eleitorado de hoje ao de 2012, ou seja, 11 anos e sete meses atrás. Lá, Olímpia tinha 37.939 eleitores inscritos e votantes, 3.742 menos que agora. Em 2016, sete anos e sete meses atrás, éramos 40.344 votantes. Subimos para quase 43 mil em 2020, e caímos para 41.681 em 2024. Quem explica? (PS: deste total, 38.045 votarão com biometria, 91,28%, e 3.636 votarão sem biometria, 8,72%)

Também caiu o número de cidadãos filiados a partidos políticos na cidade. Dos 7.957 de 2018, hoje eles são 6.791, segundo os dados de 2022 do TSE. Ou seja, 1.166 menos filiados.

Outro fator importante, o eleitorado olimpiense, em sua maioria é feminino, em qualquer faixa etária, com percentual de 52% do total, enquanto homens são 48% dos eleitores. A maioria tem idade entre 45 a 49 anos, seguido de eleitores na faixa dos 35 a 44 anos. Também tem de médio a baixo nível escolar, já que a maioria possui Ensino Médio completo e Ensino Fundamental incompleto, de acordo com o TSE.

Na microrregião de Olímpia, temos um total de 74.341 eleitores aptos a votarem em outubro próximo. Tirando Olímpia, Severínia é o município com maior eleitorado, 11.543, seguido de Guaraci, com 8.171; Cajobi, com 7.449; Altair, com 2.996 e Embaúba, com 2.501 votantes. Todos eles com a totalidade de votos via biometria.

O Aeroporto Internacional e o PPA que Tarcísio não viu

O pré-candidato a prefeito da Estância, Tarcísio Cândido de Aguiar, não deve ter lá fontes bem enfronhadas no caso do aeroporto de Olímpia, como diz ter. E afirmar que não conseguiu encontrar o documento que aloca R$ 1 bilhão para o Aeroporto Internacional do Norte Paulista só é mais um exemplo da falta de bons contatos do pré-candidato a prefeito. Porque este blog conseguiu localizar.

Na entrevista que concedeu a um veiculo de comunicação da cidade na sexta-feira, o sargento licenciado do Exército agiu mais como candidato do que como alguém realmente preocupado com tão estratégico assunto.

Primeiro, ele deveria estar manifestando enorme indignação pelo fato dos “seus” deputados terem votado favoráveis ao realocamento dos R$ 104 milhões de emenda parlamentar. Ao contrário, procurou justificar a ação dos parlamentares, usando como pano de fundo a tragédia do Rio Grande do Sul.

“Hoje tem zero reais para o aeroporto de Olímpia”, decretou, ignorando por completo a possibilidade contida no Plano Plurianual-PPA do Governo Federal. Perguntado sobre o Plano, disse que procurou e não achou, e que “enes” pessoas ligadas ao setor lá em Brasília também procuraram “e não encontraram”.

Até mesmo seu entrevistador, jornalista experiente, disse que não conseguiu achar, mesmo porque, “são muitas páginas”, e ele não ia ler todas. Mas observou que “apareceu um monte” de aeroportos e “nenhum” tinha um bilhão e “nenhum” era para Olímpia.

Tarcísio, porém, disse uma meia-verdade e, portanto, uma meia-mentira, quanto à outorga do aeroporto para a Infraero: “Existe uma solicitação para transferir a outorga para a Infraero, mas não existe dinheiro, e por isso pode não haver o interesse (por parte da empresa estatal)”.

E a partir daí passou a falar como pré-candidato à cadeira principal do sobrado da Rui Barbosa, criticando a intenção de outorga, alegando “possíveis prejuízos ao município”.

Aquele que no princípio festejou a alocação de recursos para o aeroporto, interpondo-se entre a conquista e o poder público -o único que pode querer ou desquerer algo em torno do tema- até se anunciando como um dos “pais” da “criança”, agora, decepcionado porque não vai mais poder projetar-se na paternidade, passou a ser um crítico dos métodos pretendidos pelo chefe do Executivo olimpiense, a quem cabe todas as prerrogativas sobre o tema.

Para o vereador pré-candidato, o anunciado R$ 1 bilhão “é extrapolado”, que não viu nada a respeito, mas não pode dizer “que não tem ou que tem”. “O fato é que ninguém está achando”, afirmou, para ao fim decretar: “Não tem mais dinheiro (para o aeroporto)”.

Sem querer ser específico, mas o sargento simplesmente ignorou as ações do ministro de Relações Institucionais do Governo Federal, quando este garantiu ao prefeito, por meio do seu interlocutor olimpiense, advogado Willian Antonio Zanolli, que o aeroporto de Olímpia “está garantido”, que “é ponto pacífico”.

Assim, a título de prestação de serviços, segue abaixo a parte “que ninguém conseguiu encontrar” do Plano Plurianual do Governo Federal, onde consta a alocação de recursos e até o método de fracionamento do dinheiro, para a partir de 2025, como disse o alcaide esta semana:

Já o pré-candidato Geninho Zuliani foi verdadeiro neste aspecto, após a viagem que fez a Brasília, para a posse do novo presidente do União Brasil, seu partido, Antônio Rueda. Em postagem de vídeo ao lado de Rueda na sua página do Facebook, Zuliani confirmou que a licitação do aeroporto vai ser feita este ano e as obras começam no ano que vem. Ele não citou o PPA, mas deu a entender que o assunto não morreu, e que Olímpia vai precisar continuar a ter força política para garantir que tudo tenha um resultado prático esperado.

Aeroporto ‘vai muito bem, obrigado’: PPA federal tem R$ 1 bilhão de reserva para obras

De uma forma um pouco irônica, o prefeito Fernando Augusto Cunha começou seu discurso em uma cerimônia de inauguração de um estabelecimento comercial na cidade dizendo que “o aeroporto vai muito bem, obrigado”, em resposta aos que ele classificou de “contrários” à iniciativa.

Observando que não precisava dos R$ 104 milhões para este ano, e até chamando de “bobagem” a emenda parlamentar, Cunha lembrou que para não precisaria de dinheiro para este ano, uma vez que as obras só começam em outubro ou novembro, e a primeira medição sairia talvez em dezembro, para recebimento em janeiro ou fevereiro.

“O aeroporto está sendo federalizado, o governo federal terá um aeroporto no Estado, e é o Aeroporto do Norte Paulista. Ele não será da prefeitura”, começou explicando o chefe do Executivo olimpiense.

Ainda de acordo com Cunha, vai haver a contratação do Edital ainda neste mês ou, no mais tardar, em julho. “As obras serão contratadas em outubro ou novembro, portanto, não há dispêndio financeiro que dependa dos R$ 104 milhões”, garantiu.

O prefeito chegou a dizer que os R$ 104 milhões eram desnecessários nesta altura das tratativas, porque era um dinheiro que iria ficar parado no Orçamento. “Ainda bem que remanejaram, que seja para a Saúde, que seja para o Rio Grande do Sul”, frisou.

Como sempre extremado, disse que a emenda orçamentária de R$ 104 milhões foi “uma bobagem que colocaram lá (no Orçamento)”, porque este dinheiro não seria gasto, “não havia necessidade do ponto de vista da técnica orçamentária”, explicou.

Depois, Cunha revelou que Olímpia tem, no Plano Plurianual-PPA do Governo Federal, colocado em 10 de janeiro, a previsão de construção de um Aeroporto Internacional, com orçamento da Infraero de R$ 1 bilhão. “Neste ano a previsão é gasto zero, os recursos serão despendidos em 2025 e 2026, portanto, não havia necessidade daqueles R$ 104 milhões do Orçamento este ano”.

De fato, o blog pesquisou junto ao PPA federal e constatou estar mesmo nele recurso da ordem de R$ 1 bilhão para “investimento plurianual” na construção do Aeroporto Internacional do Norte Paulista. Embora não conste especificamente o nome de Olímpia, diz no documento que a obra será no Estado de São Paulo.

O recurso é de R$ 1 bilhão, com início em 1º de janeiro de 2024 e término em 31 de dezembro de 2026. Para este ano, de fato é zero de desembolso, mas há previsão da liberação de R$ 30 milhões, divididos em três parcelas de R$ 10 milhões para 2025, 2026 e 2027, registrando que a reserva total é de R$ 1 bilhão.

O programa orçamentário pesquisado é o 2317 – Desenvolvimento Regional e Ordenamento Territorial” – Ação Orçamentária 7XZ2 – Localizador 035.

“Está tudo muito bem, obrigado. Olímpia vai continuar em busca do seu destino nacional e internacional”, finalizou o prefeito.

BUSCANDO HOLOFOTES?
Nas últimas horas soube-se que os pré-candidatos a prefeito da Estância, Eugênio José Zuliani (União Brasil) e Tarcísio Cândido de Aguiar (PL), estariam se dirigindo a Brasília para “tratar do assunto aeroporto”.

Porém, o que parece é que a situação já está mais que consolidada, uma vez que o ministro Alexandre Padilha, de Relações Institucionais do Governo Federal, já havia anunciado para o advogado olimpiense Willian Antônio Zanolli, de quem é próximo na cidade, que a situação já estava resolvida.

Zanolli tem estreita relação com Padilha, e foi o responsável por aproximar o prefeito Fernando Augusto Cunha do ministro, que por sua vez acionou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a fim de bater o martelo sobre o assunto.

Passadas as águas em que foi mergulhada a emenda parlamentar de R$ 104 milhões -que covardemente o mesmo deputado que a colocou no Orçamento por meio de emenda parlamentar, votou favorável ao seu remanejamento- houve uma mudança radical nas tratativas.

Os dois pré-candidatos citados correram atrás de deputados isso, deputados aquilo, sempre sob o foco de seus celulares, para “informar os olimpienses”, e colecionando promessas de que resolveriam tudo.

Porém, enquanto isso, Padilha era acionado pelo seu amigo olimpiense e já tratava de botar panos quentes na situação, garantindo solução. Na manhã desta segunda-feira, ligou dizendo que estava tudo certo. O aeroporto estava garantido.

À noite o prefeito rompeu o silêncio sobre o tema e disse aquilo tudo que está narrado acima e, de fato, numa pesquisa no PPA 2024-2027 do Governo Federal, fica-se sabendo daquilo que o alcaide dissera: há R$ 1 bilhão em reserva, dos quais R$ 30 milhões já estão alocados para os próximos três anos, divididos em três parcelas.

Dito isso, o que resta aos dois cavaleiros andantes fazer em Brasília em torno do assunto? A menos que aqui chegando afirmem e atestem que o prefeito e Zanolli estão em estado de delírio completo e não é nada disso, então a viagem é mesmo só pra lacração.

Porque de momento, a impressão firme que há é a de que o DNA impuro do aeroporto não teria mesmo informações genéticas de ambos.

Comissão explica necessidade da palavra ‘Nacional’ no Fefol

Nestes últimos dias, desde o lançamento do cartaz oficial do evento, na noite do dia 4 de junho passado, a polêmica se instalou até em alguns casos de forma desrespeitosa e mal intencionada quanto ao vocábulo “Nacional” inserido entre Festival e Folclore, passando a ser denominada a 60ª edição da festa de “Festival Nacional do Folclore”.

É claro que causou estranhamento entre tantos observadores próximos do Festival, que viam no vocábulo “enxerido” uma espécie de desmistificação daquilo que o criador do maior festival nacional em seu gênero, José Sant’anna, prezava muito. E até xingava com palavras duras quem se atrevesse a fazê-lo quando ele em vida.

De acordo com texto publicado neste fim de semana no semanário “Folha da Região”, Sant’anna sempre tinha uma resposta “na ponta da língua” quando alguém chamava o Fefol de Festival Nacional. “Não existe Festival Nacional, é Festival do Folclore e só. Não sei de onde esses morféticos ficam tirando esses nomes”.

É que houve um tempo em que se usou farta e despudoradamente, e sem maiores reparos por quem quer que seja, o vocábulo “Nacional” para designar o Fefol, uma vez que, por alguns anos, realizou-se na cidade o Festival Internacional do Folclore, cognome Fifol que, aliás, Sant’anna detestava por entender que poderia levar as pessoas a erros de entendimento e interpretação.

“Não dá para alterar o nome de uma festa tradicional para diferenciar de uma outra, cujas atrações se presenciam em qualquer churrascaria de São Paulo”, esbravejava ele à época, de acordo com o jornal.

Porém, na manhã desta segunda-feira, 10, a assessoria de imprensa do Festival houve por bem fazer um esclarecimento sobre este detalhe na denominação dos 60 anos do Festival, informando que a inclusão do “Nacional” foi feita a pedido do próprio prefeito Fernando Augusto Cunha, garantido o sentido geográfico e dada a proporção que a festa olimpiense alcançou em nível de Brasil, culturalmente falando, por representar a cultura popular de todo país.

Dentro do universo semântico, aliás, isto se chama denotação, aquilo que designa o sentido real, literal e objetivo da palavra, explorando uma linguagem mais informativa, em detrimento de uma linguagem mais poética, que seria a linguagem conotativa, que bem pensando estava presente no “Nacional” em contraposição ao Internacional dos idos anos 90. A denotação, inclusive, é muito utilizada nos trabalhos acadêmicos, jornais, manuais de instruções, dentre outros.

Inclusive, informa a assessoria, este vocábulo acrescido ao título do Festival teria sido pauta de conversas do prefeito Cunha com a ministra da Cultura, Margareth Menezes, meses atrás, com a finalidade de buscar viabilizar recursos via Lei Rouanet para o evento, tirando dele uma característica injustamente a ele atribuída, a de evento regionalizado, ou até mesmo “doméstico”.

Geninho e o aeroporto – as ilações de um chato de galocha

Esta semana a Estância Turística de Olímpia foi sacudida por seu primeiro fato inusitado nessa ainda pré-campanha eleitoral. Digo inusitado porque, ao longo de minha longa trajetória enquanto ativista da mídia local e alhures, nunca tinha visto um candidato a prefeito tomar as vezes de um prefeito legitimamente no cargo e sair por aí tratando de tema afeito à gestão pública, como se gestor de turno fosse.

Sim, estou falando da “visita” feita pelo pré-candidato a prefeito do União Brasil, Geninho Zuliani, a deputados e ministério em Brasília, para tratar do assunto Aeroporto Internacional, que está prestes a ser concretizado na cidade. Diz o pré-candidato em sua postagem nas redes sociais e nos releases distribuídos à imprensa, que integrava uma “comissão” para tratar do tema. Veja o texto:

“Com apoio dos deputados federais Fernando Marangoni e Luiz Carlos Motta, nos reunimos nesta terça-feira, com o Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para pedir celeridade na licitação do Aeroporto Internacional em Olímpia. Com R$ 104 milhões previstos, precisamos garantir que essa obra saia do papel ainda este ano. Nosso receio é que o governo efetue cortes no orçamento geral da União e o investimento no aeroporto seja suspenso e todas as tratativas perdidas. Seguimos em Brasília, conversando com outros órgãos para acelerar o projeto”.

Eu, do alto de minha significativa ignorância, pergunto: com que autoridade o pré-candidato se autonomeou representante legítimo do poder público olimpiense ou, mais diretamente, do prefeito Fernando Cunha? Está implícita aí uma tentativa de enfraquecer a voz de comando do chefe de turno frente a este assunto tão caro à sua gestão? Ou entendi mal?

Sim, porque quando ele diz: “Nosso receio é que o governo efetue cortes no orçamento geral da União e o investimento no aeroporto seja suspenso e todas as tratativas perdidas”, ele coloca em suspenso todo trabalho feito até agora, e que lá atrás, reconheçamos, teve sim um pouco de seu esforço enquanto deputado federal.

E ainda busca colocar em cheque a capacidade do gestor em manter de pé as tratativas já mantidas, perante a opinião pública. Justiça seja feita, houve um corte de R$ 52,29 milhões na cota-parte do Ministério dos Portos e Aeroportos no Orçamento deste ano. Mas, até agora não se ouviu falar de reversão nos R$ 104 milhões destinados a Olímpia. E a declaração do prefeito, que verão logo abaixo, tira qualquer dúvida que possa haver diante desta possibilidade.

Isso é golpe baixo. Intromissão indevida. Porque se não, vamos lá: até onde sabemos, Zuliani não representa ninguém a não ser a si mesmo, a esta altura dos acontecimentos. Ele não detém um cargo no município. Não detém um cargo qualquer que seja, em nível regional. Não detém um cargo em nível estadual ou federal. Não é mais deputado federal. O que é Geninho Zuliani hoje? Um político em busca de um cargo.

Um cidadão como outro qualquer, portanto, exceto pelos arroubos de autoridade que não mais possui seja em que nível for. E a cadeira de prefeito, que almeja tanto, ele ainda não alcançou. Assim, a nosso ver, soou muito, muito estranha esta movimentação junto a autoridades para tratar de assunto que não lhe diz respeito, pelo menos por enquanto.

Nos pareceu apelação, num momento em que o próprio prefeito Cunha trouxe novidades sobre o tema, conforme declarou no dia seguinte ao périplo de Zuliani pelos corredores políticos de Brasília.

Cunha confirmou em entrevista ao site de noticias Diário de Olímpia, na quarta-feira, dia 24, “que o projeto do aeroporto internacional da cidade está avançando, com os recursos já aprovados e não vetados pelo presidente da República, e que a Infraero já programou a primeira parcela do pagamento das obras para novembro próximo, sinalizando que, aprovando os projetos em andamento, a licitação esteja em ordem até setembro”.

Ou seja, a declaração indica que as ações em torno do tema continuam avançando, e não estão estagnadas como quer fazer parecer o pré-candidato.

E segue a entrevista: “Por outro lado, frisou Cunha, está sendo discutida em uma reunião em Brasília há dois meses com o ministro Alexandre Padilha (ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República), a ‘federalização’ da gestão do aeroporto”. O grifo é nosso. Para realçar a linha do tempo.

Mais adiante, em outro trecho da entrevista: “Sobre o financiamento, ele informou que os pagamentos estão programados para começar em novembro deste ano, com a expectativa de que a obra seja iniciada em setembro e concluída em 2026”.

Isso mostra o quão estariam adiantadas as negociações. O que caracteriza esta viagem de Zuliani como atitude de oportunismo político, para criar uma narrativa.

O que é preciso são programas e projetos alternativos aos que aí estão, caso entenda que não são importantes, fundamentais para o desenvolvimento estruturante da cidade. Porque imiscuir-se em projetos estratégicos e com andamento bastante adiantado, deixa transparecer que o pré-candidato estaria buscando agarrar-se a uma tábua de salvação. E que não teria propostas outras exequíveis para a cidade. E isso é perigoso demais.

Está certo que o ex-prefeito só tem coisas velhas para narrar em seu périplo pela cidade. Aliás, as más línguas andam dizendo que ele estaria conhecendo a Olímpia que deixou quando foi deputado federal, já que mal se elegeu bandeou-se para São José do Rio Preto. Onde, inclusive, buscava oportunidade para candidatar-se a prefeito.

É certo que batalhou e conseguiu muito recurso para obras e instituições da cidade, mas agora é focar na urbe que pretende administrar. Ficar posando de “estadista” invasivo em questões internas do governo municipal, sem ser o governo municipal, não contribui para o debate.

Claro que a esta altura muitos devem estar dizendo: “Deixa de ser chato, o cara só está querendo ajudar!”. Entendo. Mas é por ser chato mesmo que dedilhei estas mal traçadas linhas. Afinal, o que seria do mundo sem os chatos de galocha?

De Prodem a perueiros, e de opositores armados até os dentes

Uma turbulência desnecessária. Ou pelo menos evitável. Um pouco mais de cuidado não faria mal nenhum. Esta semana está fechando com situações nada positivas para o mandante de turno, que está tentando emplacar seu sucessor na corrida eleitoral. Mas os pontos de desgastes, somados, foram muitos até aqui, embora nada que não se possa, com habilidade, contornar.

O substantivo feminino aqui usado, entre outras coisas quer dizer “exercícios ginásticos de destreza”. A esta altura da corrida eleitoral, haja exercícios ginásticos de destreza para contornar o senso comum. No grito, os opositores, odientos, acabam convencendo a grande parcela dos cidadãos, que suas mentiras ou exageros, são suaves verdades.

O caso rumoroso desta semana tem a ver com a mudança de transportadora de alunos da zona rural para a cidade e vice-e-versa. A prefeitura fez licitação ano passado, onde três empresas participaram, uma delas a Cooperativa de Perueiros que cuidava deste transporte há cerca de 40 anos em Olímpia.

Sob acusação de favorecimento à empresa vencedora, que seria um braço estendido daquela que cuida do transporte coletivo urbano, a Cooperativa deu entrada na Câmara de Vereadores um pedido de Comissão Processante “contra o Prefeito Municipal, senhor Fernando Augusto Cunha, por infração político-administrativa fundamentada no Art. 4º, VII e VIII do Decreto-Lei Federal 201/1967, Regimento Interno da Câmara e da Lei Orgânica do Município”.

O documento pede investigação contra o prefeito, mas não diz o que ele fez. Nem cita que é sobre a licitação do transporte. Este trecho acima é o único que faz referência a Cunha. Porque imediatamente após, já no segundo parágrafo do documento protocolado na Câmara, há uma “Exposição dos fatos”, que literalmente é a seguinte:

“No último dia 27 de março do corrente ano, na sede do Poder Executivo desta cidade, houve uma reunião solicitada pelo Nobres Vereadores Hélio Lisse Júnior, Edna Marques da Silva, Weliton de Souza (Lorão) e José Roberto Pimenta (Zé Cocão), reunião esta para tratar de problemas que vem ocorrendo com os membros da Cooperativa que ora formula o presente requerimento.
Com efeito, é de todo oportuno relatar que, os Vereadores são as principais ferramentas da população em geral para fiscalizar os serviços públicos. Durante a reunião supra citada, foram debatidos diversos assuntos pertinentes ao procedimento licitatório que a Cooperativa ora requerente vem litigando judicialmente com o Município de Olímpia.

Contudo, no final da aludida reunião, que contava com a presença dos Vereadores acima citados, bem como do Secretário Municipal de Governo (Dr. Edilson Cesar De Nadai), Secretário de Administração (João Luiz Alves Ferreira) e do Advogado contratado pela Cooperativa Dr. Gustavo Matias Perroni, o Vereador Weliton de Souza (Lorão), acusou os perueiros (Cooperados), que os mesmos “supostamente” cometiam crime contra a administração pois disse em bom tom: ‘QUANDO O MUNICIPIO PASSOU A FISCALIZAR VOCÊS ATRAVÉS DE GPS, A QUILOMETRAGEM DO TRANSPORTE DE ALUNOS CAIU. EM UM MÊS SEM O GPS DAVA 6.000 KM E NO MÊS QUE PASSOU A MARCAR COM O GPS DEU 4.000 KM.’
Neste caso, a acusação feita pelo Vereador é gravíssima, sendo obrigação dos Nobres Vereadores desta Edilidade investigar o ‘suposto’ fato criminoso. De acordo com o artigo 4º, incisos VIl e VIII, do DECRETO-LEI Nº 201, DE 27 DE FEVEREIRO DE 1967, assim prescreve: Art. 4º- São infrações político-administrativas dos Prefeitos Municipais sujeitas ao julgamento pela Câmara dos Vereadores e sancionadas com a cassação do mandato: VII – Praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência ou omitir-se na sua prática; VIII – Omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município sujeito à administração da Prefeitura.
Entendemos que estes Nobres Vereadores descumprem normas importantes do arcabouço jurídico, ao não investigar a grave acusação feita pelo Edil Weliton de Souza (Lorão).

Pedidos
Considerando a exposição dos fatos, requemos que, nos termos do Decreto Lei 201/1967, faça-se admissão desta representação e se promova abertura de Comissão Processante.”

O nobre leitor leu aqui a íntegra do pedido dos perueiros. Numa análise mais detalhada, vê-se que o pedido foi mal formulado. Porque pede investigação contra o prefeito mas não diz o que ele fez. Nem cita que é sobre a licitação do transporte, perceberam na leitura? E ainda emenda com o pedido do Lorão. Assim, fica difícil mesmo para que a Casa de Leis investigue alguma coisa.

E mais: consta que não juntaram nenhum documento para provar qualquer indício de erro na licitação. Assim, a probabilidade do pedido ser arquivado é quase de 100%. Vai haver barulho na Câmara nesta segunda-feira? Vai. Mas será a título de desgaste da imagem do governo municipal. Mas sem provas de indício não há mesmo o que fazer. o Requerimento sequer fala da licitação.

Eles têm a possibilidade de reformular o pedido caso se confirme o arquivamento. Mas, desta vez terão que anexar documentos, provas do “crime”. O que eles têm hoje, mas nem sequer isso colocaram no documento, são acusações de que o pregoeiro teria travado o sistema para prejudicá-los. Dedução sem provas. Que a empresa que ganhou tem uma frota de veículos que não são de 12 lugares. Mas lei estadual pede de 5 a 20 lugares. Que foram tirados do serviço para beneficiar a empresa vencedora, a Viação Satível Ltda., da capital, que seria do mesmo grupo da empresa que cuida do transporte público urbano (Auto Viação Suzano Ltda), também da capital. Mas não há evidências disso. Portanto, são todas questões num nível sentimental, nenhuma documentada.

A empresa, dizem, convidou a cooperativa ou seus integrantes individualmente, para prestar serviços a ela, mas o coletivo não aceitou, bem como nenhum deles individualmente. Alguns pais manifestaram insegurança com relação à situação, dizendo uns e outros, que não enviaria seu filho ou sua filha à escola, por não conhecerem quem dirigirá o veículo. Porém, o fato é consumado, e essa medida terá que cessar em algum momento.

Só lembrando que a este barulho vêm se somar a Área Azul, a concessão da Daemo à Sabesp e a desativação da Prodem, com o consequente descontentamento do quadro de funcionários. Todos estes fatores contribuem na atualidade para o desgaste da imagem de administrador do prefeito e no imaginário popular fica a sensação de Je ne sais quoi, no original francês (só pra ser chique!), ou de jenesequá, na facilitação linguística de Luiz Fernando Veríssimo.

De qualquer maneira, o mandante de turno terá que buscar meios de contornar esta situação, antes que se alastre pela urbe um sentimento de rejeição a si e a seu candidato, eis que o senso comum contrário é o maior inimigo público de que se tem conhecimento. E foi uma sequência de motivos a se perder o fôlego.

Um político traquejado tiraria isso de letra. Mas Cunha vive se apregoando um não-político. E seu candidato também acaba de fazê-lo. Ou seja, há de encontrar um meio técnico para reverter esta situação? Porque no mero discurso informativo-esclarecedor não irá muito longe.

Os opositores, sem qualquer escrúpulos, mentem ou transgridem a ética ao atacar. O fim justifica o meio. Compete ao alcaide, daqui pra frente, encontrar um meio de mudar este fim.

PS: APÓS A ELABORAÇÃO E POSTAGEM DO TEXTO, A PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE OLIMPIA VOLTOU ATRÁS, CANCELOU O CONTRATO COM A SATIVEL E RECONTRATOU A COOTRANSPE, EM CARÁTER EMERGENCIAL, POR DOIS MESES. PORÉM, AINDA NÃO HÁ UMA CONFIRMAÇÃO OFICIAL, A PREFEITURA NÃO EMITIU NENHUM COMUNICADO SOBRE A MUDANÇA. O QUE SE SABE É POR MEIO DO PRESIDENTE DA COOPERATIVA, EM ENTREVISTA CONCEDIDA A UM VEÍCULO DE INFORMAÇÃO VIA INTERNET. AGUARDEMOS. A REFLEXÃO POSTADA CONTINUA VALENDO.

Três pré-candidatos e um ‘outsider’: a procura do vice perfeito

Uma vez sabido quais concorrentes estão no páreo eleitoral de logo mais, a expectativa agora do povo é saber quem será o vice de quem. Até o momento o pleito eleitoral de 2024 na Estância Turística de Olímpia conta com quatro pré-candidatos oficializados: Geninho Zuliani, com uma plêiade de partidos que lhe dará a maior dor de cabeça na hora de formar chapa de vereadores; Luiz Alberto Zaccarelli, mais comedido, com apenas três siglas o apoiando, tornando mais fácil lidar com o quadro de candidatos ao Legislativo, e Márcio José Ramos, como pré-candidato de sigla única pelo Partido dos Trabalhadores.

Sobre Tarcísio Cândido de Aguiar, que vem já há tempos se anunciando pré-candidato pelo PL bolsonarista e tem andado por aqui e ali na cidade, visitado autoridades em nível estadual e federal, postando-se como legítimo representante da extrema-direita na Capital do Folclore, ainda há uma sombra de dúvidas sobre se vai mesmo levar até o fim sua pretensão, eis que nos últimos dias, dizem, esteve em périplo pelas cercanias dos pré-candidatos Geninho e Zaccarelli.

No entorno de Zuliani destacam-se como prováveis vice, o vereador Márcio Eiti Iquegami e Gustavo Pimenta. Iquegami já até foi anunciado como o vice em postagem recente nas redes sociais, mas sem a confirmação do grupo. E Pimenta é sempre o coringa de plantão, nome limpo, boa reputação, embora um político mediano.

O que é sabido: Geninho não goza muito da simpatia das classes média e média alta, exceto de um restrito grupo que alçou a grandes investimentos na cidade graças às suas facilitações enquanto prefeito da urbe. Mas, em contrapartida, tem ótima penetração nas classes média-média, média baixa, e junto ao povão. Por isso, um nome que se contraponha a esse quadro lhe será indispensável.

E aí se encaixam, cada um à sua maneira, Iquegami e Pimenta. A menos que Geninho tire da manga um nome fora do burburinho político, talvez um empresário médio da cidade, sem trânsito por eleições passadas. De qualquer forma tem que ser alguém que se contraponha à sua falta de consistência no seio das classes mais abastadas.

Não trago aqui a vereadora Edna Marques nem a ex-vereadora e primeira suplente do União Brasil, Priscila Foresti, a Guegué, porque à primeira não seria uma decisão sensata novamente lançar-se em uma aventura que pode redundar em nada, e perder sua cadeira no Legislativo, enquanto à segunda há um firme propósito de não se lançar candidata a nada, apenas ser uma colaboradora de bastidores da campanha de Zuliani.

Pelo menos este é o quadro que se apresenta no momento neste universo. Porque, parafraseando velho e tradicional saudoso político, “a política é como nuvem, você olha ela está de um jeito, olha de novo e ela já mudou completamente”.

Já Luiz Alberto Zaccarelli é o contrário: bem visto e aceito nas classes média-média e média alta, precisa de um contraponto junto ao povão. E neste aspecto, está melhor servido que Geninho, à primeira vista. Porque do seu lado, embora a plêiade de partidos seja reduzidíssima, tem mais nomes com penetração popular que seu oponente.

Dizemos isso porque não basta ser popular junto à massa, é preciso ter poder de carreamento de votos. E, no caso de Zaccarelli, esta necessidade é premente, já que seu nome circula pouco pelas periferias da cidade, ele próprio circulou e ainda circula pouco ou quase nada pelas periferias da cidade.

Então, o nome a dar-lhe suporte na corrida eleitoral terá que ser de alguém que saiba decifrar essa parcela maior da população que, se faltar, impede o candidato de galgar o posto almejado. Zaccarelli tem em seu redor, por exemplo, Cristina Reale, vereadora eleita que ocupava, até então, a Secretaria Municipal de Assistência Social.

Independentemente do juízo técnico que se possa fazer dela, até porque não é isso que a torna um nome a se considerar, muito pelo contrário. Trata-se de alguém que atuou politicamente 24 horas por dia à frente da pasta e ninguém há de negar, porque é isso que ela fez o tempo todo, digamos, “dentro das quatro linhas”. Talvez aí resida o balão de ar periférico que Zaccarelli precisa.

Não sendo assim, tem ainda o Fernando Roberto da Silva, o Fernandinho, até então secretário municipal de Esportes, Lazer e Cidadania, que ao dar um forte e transformador impulso no setor de esportes em geral na cidade, lidou com centenas, milhares de pessoas nas regiões periféricas e numa área bastante agregadora de pessoas de todos os níveis, que é o esporte. É alguém também com capacidade de decifrar a massa. Tem aceitação nas periferias.

Também neste âmbito falam em Hélio Lisse Júnior, vereador, a nosso ver, um tanto errante, que tem um nome familiar, fez uma gestão legislativa que se não foi brilhante, também não comprometeu, mas difícil mensurar qual seria o seu poder junto ao povão.

Até arriscamos dizer que seu público estaria na mesma faixa do de Zaccarelli hoje, e seria um concorrente no nicho de Tarcísio Cândido de Aguiar (caso este de fato leve até o fim a candidatura majoritária), eis que até manifestação de protesto da extrema-direita na cidade ele coordenou.

O ex-provedor da Santa Casa ainda conta no grupo com outro nome bem conhecido dos olimpienses, o ex-vereador, ex-presidente da Câmara, sindicalista e já candidato a prefeito e a deputado federal por Olímpia, lá atrás: Hilário Juliano Ruiz de Oliveira. Ele até é bem quisto nas periferias da cidade, mas não é o tipo de político que desperta as paixões da massa. E, sejamos verdadeiros, goza de uma certa rejeição junto às classes média-média e média alta, por causa de seu engajamento sindical, basicamente. Principalmente agora, nestes tempos de recrudescimento político, no qual este tipo de atividade é visto como um espectro mais feio que o diabo.

Os nomes são apenas sugestões, ok?, não quer dizer que Zaccarelli tenha que necessariamente escolher entre um dos três. De repente, a exemplo de Geninho, ele pode tirar um nome da manga que venha surpreender a todos. Mas, assim, num grosso modo, difícil de imaginar quem. E seja quem for o escolhido fora dos nomes especulados, terá que reunir as qualidades políticas intrínsecas neles.

Márcio José Ramos, o pré-candidato já oficializado do PT não tem lá muitos dilemas a resolver. Geralmente o nome do vice sai de dentro mesmo da sigla, dadas as peculiaridades do partido na cidade, que não tem lá muita aceitação popular devido ao preconceito político de uma população que sempre votou à direita. Haja vista que o partido elegeu até hoje apenas um vereador, exatamente Hilário Ruiz, que depois se bandeou para o PSB, hoje no PSD, e contou com a suplência de uma vereadora, mas por apenas três meses.

o PT já teve um vice-prefeito eleito, em 2000, quando o oftalmologista Guilherme Kiill Júnior “carregou” o médico Luiz Fernando Carneiro, elegendo-o na primeira campanha, mas depois defenestrado da prefeitura pelo próprio Carneiro, em desentendimento até hoje mal explicado. Kiill passou a ser, então, um vice “non grato”, e até inimigo político do eleito, em seu primeiro mandato.

Em síntese é essa a passagem do PT pelas cercanias do poder na cidade. É árdua e penosa a missão petista local mas, é também, sobretudo, corajosa. Assim, não dá para extrair, mesmo das hostes do partido, um nome de vice que venha agregar ou mesmo fazer a diferença. As opções são diminutas, o quadro é reduzidíssimo e nada de novo se pode contar. No caso, é aguardar as novidades, se as há.

Fechando o contexto, temos Tarcísio Cândido de Aguiar, a incógnita. Levará mesmo sua pré-candidatura até o fim, entrará de fato no embate político que se avizinha? Ele nos parece um tanto quanto “outsider”, candidato de si mesmo, sem base de sustentação, sem partidos agregados, sem grupo político. Difícil imaginar alguém ir longe numa situação como essa.

Ou ir a fundo, pra ver no que dá. Talvez ele esteja usando uma estratégia “mercadológica”, ou seja, está na “prateleira” das intenções, mantendo ora um contatinho aqui, ora um contatinho ali, pois há quem já o tenha visto trespassar umbrais cá e acolá, convocado que teria sido para as tradicionais sondagens.

Tarcísio Aguiar não tem nada a perder. Já que até vice ele pode ser. Ou buscar de novo uma cadeira na Câmara. E depois, claro, algo a se fazer no entorno do Executivo. Neste caso, a bem da verdade, eleito ou não. Por isso ele se impõe no momento como candidato majoritário, detentor de um partido forte, o PL: para ter moeda de troca, porque, com certeza ele sabe, ganhará muito mais não sendo majoritário. Candidato a prefeito, perdendo (e claro que perderia!), cairia no limbo político.

Mas, emprestando apoio a qualquer das duas candidaturas mais à direita, se cacifaria para voltar à Câmara ou, em outra hipótese, vencendo seu candidato (e ele alcançando ou não uma cadeira), assumiria uma secretaria. Ou seja, seria uma situação de ganha ou ganha. Privilégio raro para quem chegou agora à política local.

O ‘trevão’ da discórdia

Novo trevo de Olímpia vai receber o nome de ‘Dr. Nilton Roberto Martines’’.

Esta foi a manchete de um release encaminhado pela assessoria de imprensa do ex-deputado federal Geninho Zuliani esta semana. Assim mesmo, grafado com “S”, embora o filho, vice-prefeito, assine seu Martinez com “Z”, e a comunidade olimpiense como um todo sempre conheceu o Martinez médico com “Z”.

Mas, isso é o de menos, quando se desconta que quem cuida destas questões de divulgação do pré-candidato a prefeito não é da cidade e por aqui não conviveu com figura tão impar quanto o médico.

O ponto principal da questão é a própria informação espalhada aos quatro ventos pelo ex-prefeito. E ela dá conta de que a Assembleia Legislativa de São Paulo publicou nesta quinta-feira, dia 4 de abril, o autógrafo 33.748, que trata sobre a aprovação do projeto de Lei 1.464, denominando o novo trevo que está sendo finalizado na entrada de Olímpia, fazendo interligação com a Avenida Benatti, na rodovia Assis Chateaubriand, de “Dr. Nilton Roberto Martines”, assim mesmo, com “S”.

E prossegue o texto: Aprovado pelos deputados, o projeto agora segue para sanção do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, nos próximos dias.

Bom, a justificativa, curta e enviesada, vem no final: A homenagem, um pedido pessoal do ex-prefeito e ex-deputado federal Geninho Zuliani, secretário-geral do União Brasil, foi feita em reconhecimento aos préstimos de Martines (assim mesmo, com “S”!) à (assim mesmo, com crase!) Olímpia. Um dos co-autores do projeto foi o deputado Itamar Borges (MDB), que é de Rio Preto (isso mesmo, “que é de Rio Preto”!).

Mas, lá atrás, quando o ex-deputado trouxe a novidade para Olímpia, o atual mandatário estrilou. Porque sua intenção era dar o nome do benemérito Renato Augusto Costa Neves, o Renatinho como era conhecido entre os olimpienses. Pelo simples fato de ele ter sido o doador (isso mesmo, “doador”!) de dois alqueires de terras para que o Clube Termas dos Laranjais pudesse ser “plantado” em solo seguro.

Evitando, também, que logo de cara fosse necessário alto investimento para que isso fosse possível. Analisando a fundo talvez o projeto do empresário Benito Benatti só tenha ganhado força e se tornado realidade a partir do compromisso de doação das terras.

O prefeito Fernando Cunha mostrou-se chocado com o anúncio feito com estardalhaço pelo ex-deputado, lá atrás quando, segundo ele, já havia protocolado junto ao então presidente da ALESP, Carlão Pignatari, um pedido de nominação do “trevão” como “Dr. Renato Augusto Costa Neves”.

A proposta de denominação, inclusive, já havia sido comunicada à família do homenageado, segundo nota divulgada em outubro do ano passado, após a manifestação pública do ex-deputado. O ofício a Pignatari datava de setembro de 2022, portanto no apagar das luzes do mandato legislativo de Geninho que, aliás, àquela altura já corria o mundo como candidato a vice-governador de Rodrigo Garcia.

O prefeito disse que havia reiterado a solicitação no início de outubro do ano passado, durante uma agenda em São Paulo. Era dia 4 de outubro. Porém, no dia 5, ato contínuo, logo pela manhã a imprensa local divulgou que o deputado estadual Itamar Borges, a pedido de Geninho, havia protocolado um projeto de Lei na Assembleia Legislativa, para que o trevo recebesse o nome do dr. Nilton Roberto Martinez.

Em nota, a Prefeitura observava que “apesar de considerar Dr. Nilton digno de homenagens, já que seu nome é atribuído ao Centro Cirúrgico da Santa Casa de Olímpia e há planos para futuras homenagens em grandes obras de saúde, expressa seu desconforto diante da situação criada pelo conflito de informações e da proposição feita sem alinhamento com as indicações previamente estabelecidas e comunicadas pelas autoridades municipais”.

E reforçava dizendo que a prefeitura “continuará comprometida com sua proposta inicial de homenagear Renato Augusto Costa Neves e permanece trabalhando em projetos e obras que beneficiem os cidadãos olimpienses”. Não sabemos a esta altura, o que é possível fazer ou desfazer.

Mas tudo cheira a golpe baixo do ex-deputado, inexplicavelmente apressado na reivindicação de nome para o “trevão”. Nos parece pouco racional de sua parte, uma vez que sem a benevolência de Costa Neves, ouso arriscar dizer que o surgimento do clube que transformou Olímpia teria, pelo menos, uma maior dificuldade para ser implantado. Costa Neves foi um facilitador e peça primordial na engrenagem do pensamento do empresário Benito Benatti.

Faço essa defesa de Costa Neves desinteressadamente, por reconhecer e conhecer os fatos. Quando do início de tudo, diga-se de passagem, Geninho era um garotinho de apenas oito anos ou pouca coisa acima ou abaixo disso. Dez anos depois, quando o clube se consolidou, ele ainda cuidava das suas questões adolescentes.

E os adultos já reconheciam naquilo tudo o futuro da cidade. E quem era quem naquele gigantesco projeto.

E vejam bem, não se quer aqui desmerecer o nome de tão imponente figura que era Dr. Nilton, pois ele é merecedor de tantas quantas homenagens a cidade quiser lhe prestar. Ele mora no coração de cada olimpiense que esteve ou teve algum entequerido em suas mãos cuidadosas. Mas, como dizia a nota da prefeitura, sua estatura estava mais moldada para ser homenageada em um grande empreendimento na área da saúde.

Por exemplo, arriscamos dizer, no anexo da Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, obra de alto quilate que está por sair, ou mesmo no ARE, o Postão, após a reforma e readequação pretendidas de suas instalações. No complexo médico da Zona Leste. Com certeza a autoridade política da cidade avaliava com carinho estas possibilidades.

Não sendo assim, tudo não deixa de parecer uma queda-de-braço entre as duas forças políticas ora no embate na cidade. De um lado um ex-prefeito que sim, deu o empurrão para que a cidade abraçasse o turismo e seus investimentos, e do outro o prefeito que ampliou e não mediu esforços para que a cidade tivesse meios e equipamentos para suportar a avalanche turística que se anunciava. É tipo, um terraplanou e o outro plantou, com sucesso.

Portanto, não se trata de diminuir em nada a figura de Martinez (que vou grafar com “Z”!), que mudou-se para Olímpia na década de 70, quando a cidade ainda patinava em suas monoculturas e parecia não ter um caminho econômico e de desenvolvimento promissor.

Ele acreditou na cidade. E para cá veio com a família para atuar pela medicina. A Santa Casa de Misericórdia foi o seu xodó, e dela cuidava com alma e coração, pela qual brigava por seu bem estar material e financeiro, sempre.

Além da medicina, Martinez atuou também na vida pública da cidade, tendo sido vice-prefeito e por duas vezes o vereador mais votado de Olímpia (1989 a 1992 e 1993 a 1996). E um adendo: sempre convidado a ser prefeito de Olímpia, nunca aceitou. Priorizava a medicina, mas não se furtava em ajudar os companheiros políticos, por exemplo, sendo vereador ou vice-prefeito.

“O dr. Nilton, por várias décadas cuidou da população de Olímpia, sempre foi muito atencioso, é uma homenagem justa”. Assim Geninho fechou o material de divulgação.

Já o prefeito deu o seguinte desfecho à sua manifestação: “Apesar de considerar Dr. Nilton digno de homenagens, já que seu nome é atribuído ao Centro Cirúrgico da Santa Casa de Olímpia e há planos para futuras homenagens em grandes obras de saúde, continuaremos comprometidos com a proposta inicial de homenagear Renato Augusto Costa Neves”.

E assim declaramos aberta a temporada eleitoral de 2024 na Estância Turística de Olímpia.

Os adeptos da campanha do ódio já estão se juntando

Ainda não estamos em plena campanha eleitoral. Mas já se percebe aqui e ali que o que vem por aí não será coisa para principiantes. Interesses maldisfarçados começam a pontuar aqui e ali. Malversações de fatos e atos começam a ganhar corpo aqui e ali. Ou seja, a campanha do ódio bate à porta.

Há muita gente “grávida” de argumentos pronta a “parir” desavenças entre partes interessadas, há aquela gente que até já “abortou” algumas delas e vai tempo que está plantando picuinhas em redes sociais, meios de comunicação, em comum, o ódio, a dissimulação, a infâmia, a calúnia e os exageros acerca desta ou daquela situação.

Os dois casos mais rumorosos a registrar envolve, primeiro, um certo vídeo que circulou e “bombou” na net, dando conta de atos indecorosos em plena via pública. O vazamento deste vídeo, primeiro foi atribuído a desafetos políticos da personagem principal do acontecido, que tem pretensões políticas na urbe.

Depois, “descobre-se” que o impulsionador deste vídeo seria uma autoridade legislativa. Daí parte-se incondicionalmente, a um pedido de cassação de mandato em função disso. Quem está certo, quem está errado nesta medida de força, só o tempo dirá. Mas não se pode querer desqualificar o fato em si, de alta gravidade ética e moral.

Depois, o episódio do Conselho Municipal das Pessoas LGBTQIA+, que a Câmara de Vereadores deu pau esta semana. Se não considerarmos o fato político por trás disso, teremos que classificar como fruto da ignorância legislativa local a não-aprovação do projeto de Lei. Mas vamos considerar o aspecto político da coisa.

É sabido que três vereadores votaram contrários à propositura, dadas as suas convicções religiosas, o que em si já denuncia a falta de discernimento destes edis. Sobraram seis votos. Destes, três votaram favoráveis. E três votaram contrário. Eram necessários cinco votos, maioria simples. Mas aí está o nó górdio da questão.

Três vereadores votaram contra o projeto visando punir uma desafeta, ex-vereadora que teve seu mandato cassado e até hoje não deixou de ser um espinho na garganta de alguns ex-pares da Casa de Lei. A vergonhosa justificativa comentada à boca pequena aqui e ali, seria o fato desta ex colega ter espalhado vídeos cobrando dos senhores edis a aprovação do dito projeto de Lei.

Não gostaram. E por isso não aprovaram o projeto. O que é bem quinta série no nosso entender. Pois colocaram uma responsabilidade maior com o município e em atenção a uma categoria social, a serviço de suas raivinhas de ocasião.

É vexatório. Mas aí também se vislumbra um viés político-eleitoral porque a Câmara, de uma hora para outra, tornou-se um reduto oposicionista. Um oposicionismo de ocasião, porque todos que ali estão até outro dia mesmo rezavam na cartilha do mandatário de turno. E dele obtinham o que bem queriam.

Mas, agora o legislativo olimpiense está rachado em três blocos: os cunhistas, os genistas e os, digamos, tarcisista(s) que, no caso, é bloco de um sozinho. E não bastasse isso, é “bloco” móvel, que ainda está pendente de decidir para onde vai. Mas, enquanto isso, faz lá suas performances políticas.

Assim, no frigir de tantos ovos, dá para ter uma expectativa de como será a disputa eleitoral de logo mais. Cheia de ódio, rancor, vingança. Alguns por interesses financeiros contrariados, outros por interesses políticos contrariados e outros ainda por simplesmente se engajarem nas correntes que optarão pelo quanto pior melhor.

Argumentos frágeis não vão levar ninguém a lugar nenhum desta vez. Simplesmente trazer à memória do eleitor um “passado de glória” frente ao presente factual não terá força suficiente para levar quem quer seja a algum lugar. Então muito barulho será necessário. Não importando com que conteúdo se fará este barulho. Importará tumultuar o processo.

Enfim, com os tais episódios acima relatados, não restam dúvidas de que a campanha do ódio já está entrando pela sala.

Olímpia seria ‘prêmio de consolação’ para Geninho? Cunha acha que sim

O prefeito Fernando Augusto Cunha não economizou farpas ao analisar o quadro eleitoral que se anuncia, mirando mais claramente, sem dúvidas, no seu oponente mais forte, Geninho Zuliani. E foi contundente. Disse, entre outras coisas, que o ex-deputado federal e ex-prefeito da Estância por dois mandatos, “não tem prestígio, não arrumou nada (em nível estadual)” e só lhe teria sobrado Olímpia. Ou seja, teria vindo buscar o seu “prêmio de consolação”, é o que dá a entender o alcaide.

Fazendo um retrospecto das andanças de Geninho, facilmente chegamos à especulação de Cunha, uma vez que até se insinuar candidato a prefeito de São José do Rio Preto Geninho teve a audácia. Tanto, que mudara seu domicílio eleitoral para aquela cidade, tão logo se elegeu deputado federal. E sempre procurou manter isso na surdina.

Depois de fazer a bobagem de abdicar da candidatura à reeleição à Câmara Federal (opinião do blog), acreditando na aventura Rodrigo Garcia, que ao final negligenciou a campanha se fiando eleito antes de estar eleito, Geninho ficou sem nada, politicamente falando.

De imediato perdeu prestígio e espaço em Rio Preto, perdeu prestígio e espaço no Estado, quando esperava a vitória de Garcia e uma secretaria de bônus, e veio então, aos poucos, se achegando à Estância, como todo mundo sabe. E já comete outro erro: o de alardear por aí que já está eleito, como a turma de Garcia fazia, antes mesmo do candidato decolar.

A propósito, Geninho está bem, mas não está eleito. Ele tem uma campanha pela frente, um adversário com campo para crescer, e seu natural desgaste a enfrentar. Ignorar tudo isso quando ainda nem foi deflagrada a disputa propriamente dita, é mergulhar na presunção de que é melhor do que o atual prefeito, mentor do seu oponente.

“Não ‘arrumei’ nada, então quero ser prefeito de Olímpia”, resumiu o prefeito em entrevista à Rádio Espaço Livre na quarta-feira passada, referindo-se a Geninho.

Sobre ter decidido pela candidatura a prefeito de Luiz Alberto Zaccarelli, provedor da Santa Casa, Cunha observou que tem “obrigação de ter um candidato”, porque “apoiar o Geninho até acomodaria, mas assim não apresento uma alternativa para a população, e grande parte da população não gostaria que eu fizesse isso”.

“Tenho obrigação de apresentar um nome que represente uma forma de trabalhar, que é aquilo que eu fiz em sete anos”, observa o chefe de turno. Ele diz que os “canais” em Brasília e São Paulo “vão estar ‘arejado'” para seu candidato uma vez eleito, quando então ele poderá “conseguir as coisas como eu consegui, por isso tenho obrigação de apresentar um nome”.

Para o prefeito seria “uma covardia perante a população” não ter um nome viável. Ele demonstrou ainda preocupação com os vereadores que ao longo do tempo estiveram ao seu lado. “Aqueles vereadores que trabalharam comigo, não vou deixá-los na mão”.

Depois, observou: “Espero que compreendam, não quero simplesmente derrotar o Geninho, o Tarcísio, é que me sinto na obrigação de apresentar um nome, exatamente para trabalhar diferente de Geninho e de Tarcísio. Por isso que estou apresentando o Luiz Zaccarelli”. Ao mesmo tempo, Cunha taxa Geninho como “profissional da política”.

“Agora que começa o jogo político, a gente vê que tem muito profissional da política nele. Nós estamos ainda organizando a campanha e é a população que vai avaliar o que é melhor para a cidade”.

Ainda sobre os vereadores, reforçou que “até 5 de abril vamos saber quem são os vereadores que ficaram comigo nestes sete anos e são coerentes, que têm a postura honesta e correta que tive com a população. Porque ficar sete anos ‘grudado’ e depois desembarcar porque quer levar vantagem, nós vamos saber quem são eles, quem estava com o prefeito só para se beneficiar, pessoas de pouca confiança”, avalia.

E complementa: “Este (vereador) que trai uma administração de sete anos, pode trair qualquer um. E pode enganar o eleitor também. No dia 6 de outubro vamos saber quem é sério e quem tem coerência. (Luiz Zaccarelli) que eu espero que ganhe, seria o melhor para Olímpia”.

Ele reconhece que os vereadores que estiveram ao seu lado, o ajudaram a construir uma nova Olímpia. “Não fui eu sozinho quem fiz, todo mundo ajudou, e eu espero que continuem filiados, mantendo a coerência, e não montando em outra canoa por algum tipo de vantagem”.

Cunha diz confiar no julgamento da população de Olímpia, assim que conhecer as ideias de Zaccarelli e de quem está com ele. “Temos R$ 500 milhões para serem investidos nos próximos cinco anos. Na mão de quem vou colocar? São R$ 300 milhões da prefeitura e R$ 200 milhões você tem que buscar fora. E eu vou estar do lado dele, ajudando, como fui buscar o aeroporto”, reforçou.

“Tenho acesso (aos órgãos governamentais superiores), ao contrário de outros que estão aí, um que não tem mandato. Aquele que disse que ia ser secretário, ia ser ministro, e não arrumou nada, e agora diz ‘vou ser prefeito de Olímpia'”.

“O aeroporto ficou aí parado, só saiu comigo, foram quatro anos de pouco aproveitamento (de Geninho enquanto deputado federal), e agora que está sem mandato vem para cá mas, se tivesse prestígio, não viria ser prefeito de Olímpia”, atacou.

“Cuidado com as espertezas”, alfinetou, para finalizar, quanto a Geninho: “Preciso de um mandato, não consegui nada, vou ser prefeito de Olímpia. É o que está acontecendo, não tenho nada que fazer, vou ser candidato em Olímpia”, debochou.

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