Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Tag: Selim Jamil Murad

SAÍDA DE SELIM: UM É POUCO, TRÊS É BOM!

A saída de Selim Jamil Murad das secretarias de Turimo, e Cultura, Esporte e Lazer, foi mais do mesmo, dentro do contexto desta que se tornou uma atitude quase corriqueira do prefeito de turno, que ao longo dos últimos três anos de governo, já mandou às favas sete auxiliares de primeiro escalão.

Pode se dizer, no entanto, que Selim caiu para cima. Deixa a Cunha um sabor amargo de derrota. Em um momento inapropriado. Mas Murad sai das pastas com tom apaziguador, metralhadoras guardadas, diz apenas que não havia “compatibilidade administrativa” (adendo: por que demorou quase dois anos e meio para descobrir?).

Ele chegou a dizer que tudo “são coisas pequenas” para se desgastar com elas. “A vida é curta”, sentenciou. O ex-secretário revela que a situação de desencontro com o alcaide já vinha se arrastando “desde o Natal”, a partir de quando passou a ser difícil ter um relacionamento tranquilo. Cortês, afirma: “Saio sem mágoas”.

Na Câmara, disse que atuará “conforme o momento”, junto ao grupo coeso, embora não tenha dito nem lhe tenha sido perguntado, que grupo é esse. E ele nega peremptoriamente ter intenção de alçar vôos para além da Casa de Leis. “Me desincompatibilizei para voltar a ser vereador, realmente”, afirmou.

Aliás, não se pode descartar a possibilidade de Cunha fazer surgir agora três secretarias, com a finalidade de contemplar parceiros. Novos e antigos.

‘FREIO DE ARRUMAÇÃO’ DE CUNHA APAZIGUA
AS COISAS NA CÂMARA… POR ENQUANTO

O blog recebeu a informação esta semana que dias passados o prefeito Fernando Cunha teria juntado sua base na Câmara em torno de uma suculenta e abastada churrasqueira para um “momento relax” entre parceiros políticos.

Mas, o prato principal não foi a picanha ao alho e óleo. Foi a situação caótica em torno da Mesa Diretora da Casa de Leis. Sem primeiro-secretário e agora sem vice-presidente, e sob a iminência da renúncia do segundo secretário, o presidente corria sério risco de encarar a abertura dos trabalhos legislativos, no dia 3 de fevereiro, sozinho no comando da Casa.

Por isso dizem que Cunha teria lançado mão do irresistível momento-churrasco para impor um “freio de arrumação” na situação. De cara, convenceu Luis do Ovo, do DEM, a não renunciar. Depois, convenceu Fernandinho, do PSD, a assumir a vice-presidência da Mesa. Por fim, alçou João Magalhães, o indefectível suplente líder do alcaide na Casa, a primeiro-secretário de Niquinha. E a fumaça branca espargiu-se no ar.

Muito provavelmente o prefeito Cunha também deverá mexer seus pauzinhos se vir a situação do seu presidente preferido complicar-se diante da guerra declarada de Gustavo Pimenta, do PSDB, para cassar o seu mandato.

Esta semana que entra deverá ser marcada por uma sessão extraordinária, a fim de definir, primeiro, o afastamento ou não de Niquinha da presidência, e depois a abertura de processo de cassação. São necessários sete votos e um desgastante processo. Este início de trabalhos legislativos promete.

QUAL FOI, AFINAL, O CUSTO DO CARNAOLIMPIA?: 300, 440 OU 740 MIL?

É para dar o que pensar este tal “carnaval da iniciativa privada” que foi feito em Olímpia durante os últimos cinco dias. O evento foi “vendido” como uma realização das cervejas Crystal, “com total apoio da prefeitura municipal”.

O secretário de Turismo, Cultura, Esportes e La­zer, Selim Jamil Murad, estimou horas antes do início dos festejos que a Prefeitura Municipal da Estância Turística de Olímpia teria um gasto de aproximadamente R$ 300 mil com sua organização. O semanário Planeta News havia apurado um valor de R$ 309 mil.

De acordo com Murad, esse valor, significaria um gasto bem menor do que o valor que foi destinado para o mesmo evento em 2018. “Isso por conta das Parcerias Público-Privadas (PPP), que foram firmadas neste ano”, afirmou.

Se é assim, então porque sobrou nada menos que R$ 436.999,72, ao que se saiba, para o município pagar? E tanto melhor se neles estiverem incluídos os “aproximadamente” R$ 300 mil. Porque se não, a conta vai remontar a mais de R$ 740 mil, com o privado faturando o que lhe coube nestes cinco dias.

A menos que os Extratos de Atas de Registro de Preços logo abaixo queiram dizer outra coisa, aguarda-se que os organizadores da festança de Momo venham a público esclarecer. Se não, vejamos:

Contratado: José Roberto Ruiz Junior – ME. Objeto: Registro de preços para contratação de empresa para locação de aparelho de som para atender às necessidades do município de Olímpia. Data de Assinatura: 19/02/2019. Valor: R$ 136.999,72. Vigência: 06 meses. Origem: Pregão Presencial nº 02/2019. Ata de Registro de Preços nº 48/2019. (pelos seis meses, R$ 22.833,29/mês, se for o caso).

Contratada: Mega Produções Artísticas Ltda. Objeto: Contratação de um show artístico com a dupla “Diego e Arnaldo”, para o Carnaval 2019. Data da assinatura: 11/02/2019. Valor: R$ 70.000,00. Vigência: 30 dias. Origem: Inexigibilidade nº 02/2019 – Contrato nº 07/2019.

Contratada: Booking Mix Produções e Eventos Ltda. Objeto: Contratação de um show artístico com a banda “Exaltasamba”, para o Carnaval 2019. Data da assinatura: 11/02/2019. Valor: R$ 45.000,00. Vigência: 30 dias. Origem: Inexigibilidade nº 03/2019 – Contrato nº 08/2019.

Contratada: Comercial FP Artefatos de Madeira e Produção Musical Ltda. -ME. Objeto: Contratação de um show artístico com a banda “A Zorra”, para o Carnaval 2019. Data da assinatura: 11/02/2019. Valor: R$ 65.000,00. Vigência: 30 dias. Origem: Inexigibilidade nº 04/2019 – Contrato nº 09/2019.

Contratada: Atitude 67 Produções Artísticas Ltda. Objeto: Contratação de um show artístico com a banda “Atitude 67”, para o Carnaval 2019. Data da assinatura: 25/02/2019. Valor: R$ 120.000,00. Vigência: 30 dias. Origem: Inexigibilidade nº 05/2018 – Contrato nº 12/2019.

A menos que exista algum mecanismo de ressarcimento ao Erário pela iniciativa privada, e este blog desconhece, foi o município, retirando dos cofres públicos, ou mais exatamente ainda, dos nossos impostos, que pagou a festança?

Se foi, urge um esclarecimento por parte do Poder Público, para não parecer que estamos aqui desvendando uma mentira oficial.

Afinal, quanto custou o CarnaOlímpia?: R$ 0 reais, R$ 300 mil, quase R$ 440 mil, ou quase R$ 740 mil? Com a palavra o secretário Selim Murad, ou o próprio prefeito Fernando Cunha (PR).

COM MUDANÇAS À VISTA, CUNHA PODE DAR UM ‘SACODE’ EM SEU GOVERNO; OU NÃO?

E o pré-roteiro elaborado neste espaço em publicação do dia 4 de agosto, começa a se definir exatamente como foi tratado aqui. Alguém poderá imaginar que foi o próprio prefeito Cunha (PR) quem nos deu as linhas mestras do que viria a fazer dias depois, como é praxe sua comunicação com o semanário “gatinho-que mia” e seu poderoso editor, mas não.

Isso tudo é resultado do nosso incansável labor diário na busca pela informação em primeira mão, aquela que ainda está fervilhando nos bastidores. Bom, como se sabe (ou não?), Cunha está recriando a Secretaria de Agricultura, desmembrando a de Turismo, blá,blá, blá…

E assim, confirmando roteiro traçado neste blog, sem por nem tirar. A menos que resolva contrariar e mude tudo, embora a esta altura seja um tanto quanto difícil, uma vez que as peças no tabuleiro de xadrez já foram mexidas, e uma delas, pelo menos, já tenha mudado de lugar. Mas, vamos aos fatos.

O prefeito Cunha encaminhou à Câmara de Vereadores na sessão de segunda-feira da semana passada, dia 14, o projeto de Lei 5.262/2017, recriando a Secretaria Municipal de Agricultura, Comércio e Indústria, que no início do ano havia desativado alegando economia de recursos.

Com esta nova Secretaria, já aprovada em primeira discussão e votação de primeiro turno em Urgência, o prefeito teve que recriar também três novos cargos, o do próprio secretário e de dois assessores de Secretaria (Divisão de Agricultura e de Comércio e Indústria). Os três consumirão mais de R$ 17,2 mil por mês (o assessor percebe R$ 4.122,30 mensais e o secretário, R$ 9.005,79).

A medida foi necessária, entre outras coisas, para acomodar Tarcísio Cândido de Aguiar, o Sargento Tarcísio, que até a semana retrasada era suplente de vereador, exatamente em lugar de Luiz Antonio Moreira Salata (PP), que se desentendeu com o prefeito, a quem chamou de “neurótico”, e cujo governo tachou de “pornografia política”, e voltou para a Câmara.

Por enquanto, Aguiar ocupa o lugar de Salata em Turismo, mas deverá ceder a Pasta a outro vereador, Selim Jamil Murad (PTB), tão logo a Agricultura, Comércio e Indústria estiver consolidada.

A Secretaria de Agricultura estava atrelada a Turismo, e tinha se transformado em uma Diretoria. Agora volta a ter status de Secretaria e Turismo volta a ficar independente. Assim, Olímpia passará a ter 11 secretarias, não computando a Controladoria Geral do Município, cujo titular tem nível hierárquico de secretário.

A mudança obrigou também o encaminhamento do projeto de Lei Complementar 238/2017, este criando o cargo de secretário de Agricultura, Comércio e Indústria, revogando a LC 189, que em dezembro de 2016 extinguiu-a. Ambas as proposituras tiveram os votos contrários de Flávio Olmos (DEM) e Salata. Os projetos voltam para segunda discussão e votação na sessão do dia 28 de agosto.

O blog relatou tudo isso em primeira mão no dia 4 de agosto, especulando sobre a saída iminente de Salata, a volta dele à Câmara, a ida de Tarcísio Aguiar para Agricultura e a de Selim Murad para Turismo, abrindo vaga para Marcão Coca (PPS) na Casa de Leis.

Até este exato momento é este o desenho político para os próximos dias se concretizar. Se houver a mudança de alguma peça neste tabuleiro, terá sido meramente para contradizer o que aqui vem sendo narrado há dias. Ou por ter o alcaide vislumbrado um diferente ponto de “costura”.

Mas, dada a sua pouca habilidade política, talvez até por comodismo, ou para não correr o risco de apostar ainda mais em mediocridades, o que aqui foi dado, assim será cumprido. Oxalá!

…E SALATA SAIU….

Sexta-feira ele estava lá. Mas, desde ontem à tarde, não está mais. O vereador Luiz Antonio Moreira Salata, que ocupava a Pasta do Turismo, Agricultura e Desenvolvimento Econômico, pediu exoneração do cargo na tarde de ontem, e agora pela manhã já deverá voltar à Casa de Leis.

Como sabem nossos leitores, esta decisão de Salata, ou mesmo este afastamento das hostes cunhistas, já era favas contadas, embora aqui e ali tentassem disfarçadamente dizerem que não era bem assim.

O blog já adiantou todo o roteiro (leiam as publicações da última sexta-feira, 4, “Afinal, Salata Sai, ou Salata fica?”, e segunda-feira, 7, “Secretário Salata leva ‘bola nas costas’ de Cunha”, para entenderem o que se prenunciava e o que ainda tem por acontecer nas próximas horas).

Havia, é certo, uma insatisfação de ambos os lados, que se diziam contrariados um com as atitudes do outro, e o prefeito Cunha saiu-se com um “ato de desobediência” de Salata para endurecer a relação. Mas Salata já vinha reclamando de falta de apoio ao seu trabalho há muito mais tempo, até externa-lo em declarações ao semanário Planeta News na sexta-feira da semana passada.

A partir daí, Cunha apressou-se em colocar para fora, também, suas intenções quanto àquela Secretaria, e quanto a Salata. Mas, como de praxe, o fez de forma estabanada, antecipando e tumultuando as coisas, uma vez que, aqueles que lhe prestam assessoria disfarçada de jornalismo não concatenam situações, expressões e narrativas. Tornam pior a emenda que o soneto. Entornam o caldo.

Agora, resta saber como a situação se desenrolará com Salata e seu “sangue nos olhos” na Câmara. Como a própria Câmara se comportará doravante. E se o alcaide estará sujeito a ventos e tempestades oriundos da Casa de Leis.

Casa esta que, também em função desta exoneração, sofrerá profundas mudanças. Sai o suplente Tarcísio Aguiar, do PRTB, fiel defensor de Cunha, para entrar Salata. E deve sair Selim Jamil Murad, do PTB, para a entrada de Marcão Coca, do PPS, já que tudo indica ser o vereador petebista o nome a ser escolhido para ocupar a vaga de Salata em seu estafe. Não sendo ele, teremos surpresas. E, espera-se, não seja mais uma decepção.

Para Tarcísio, talvez esteja reservada a Secretaria de Agricultura, que Cunha deverá recriar, aquela mesma que nunca deveria ter desativado, embora pareça não ter lá muitos amores pelo setor. Se não for ele, nova surpresa teremos. E, da mesma forma, espera-se não ser mais uma decepção.

Sim, os dados estavam rolando. Aliás, ainda continuam rolando. Aguardemos.

AFINAL, SALATA FICA, OU SALATA SAI?

“Hoje estou aqui!”

Foi assim que o secretário municipal de Turismo, Luis Antônio Moreira Salata, vereador licenciado do PP se manifestou a respeito do intenso zum-zum-zum que correu pelos bastidores esta semana. Chegou-se a dar como favas contadas a sua volta para a Câmara, desalojando de lá seu suplente, Tarcísio Cândido de Aguiar, o Sargento Tarcísio (PRB).

Sabe-se que o secretário conversou na tarde de ontem com a reportagem do semanário Planeta News, quado foi questionado sobre tais rumores. Salata classificou de “fofoquinha” o que tem circulado sobre sua saída da Pasta, observando que “ela vem de muito tempo”. Diz estar lá “cumprindo agenda, apesar das dificuldades de pessoal”, pois foi uma Secretaria fundida, juntando três outras pastas.

No início de seu Governo, o prefeito Fernando Cunha (PR) extinguiu a Secretaria de Agricultura, formando assim uma Secretaria conjunta: Turismo, Agricultura e Indústria e Comércio. Agricultura tornou-se apenas um Departamento, malgrada a importância do setor para a cidade. E aí está um ponto a ser ponderado já, já.

Salata não demonstra estar preocupado com sua permanência ou saída da Secretaria. Pelo menos não deixa transparecer, se de fato estiver. “Não tenho apego a cargo, aliás, tenho uma vida simples, quase Franciscana, e estou aqui a convite do prefeito. Mas, se for da vontade dele e tiver que voltar para a Câmara, o farei também, pois estou a serviço de Olímpia”, discursa.

Mas, não é segredo para os mais próximos e os da política, a insatisfação latente do vereador-secretário frente à Pasta, conforme deixa antever na frase: “Só preciso de instrumentos para trabalhar cada vez mais por Olímpia”. Ou seja, faltam-lhe instrumentos, ainda, após sete meses? Estes instrumentos podem ser traduzidos por recursos humanos, estrutura, apoio político e, sobretudo, financeiros.

 

TABULEIRO DE XADREZ
A saída ou permanência de Salata e sua consequente volta para a Câmara, mexe inteiramente no tabuleiro do Legislativo e na composição da base política do prefeito Fernando Cunha (PR).

Sim, porque Salata, uma vez retornando à vereança, dada as circunstâncias relatadas acima, não estará, como se diz, enquanto vereador, de bons amores com o Executivo, eis que estaria deixando a Pasta por excesso de contrariedades e falta de apoio ao seu trabalho.

Sua volta implicaria na saída de Tarcísio Aguiar, hoje ferrenho defensor de Cunha na Casa. Este, por sua vez, poderia vir a ser “premiado” com um cargo talvez de secretário, ou diretor. Mas, os rumores dão conta de que Cunha estaria propenso a recriar a Secretaria de Agricultura e lá acomodar seu “soldado”.

E, ainda no âmbito dos rumores, o seu “ungido” para ocupar a Secretaria de Turismo, em lugar de Salata, seria o vereador Selim Jamil Murad, do PTB, partido do candidato a prefeito derrotado em outubro, Beto Puttini, de cuja coligação fez parte, mas, digamos, sem lá muita convicção.

Sendo assim, voltaria para ocupar uma cadeira na Casa, o vereador-suplente Marco Antônio Parolim de Carvalho, o Marcão Coca, do PPS, outro que integrou a coligação de Puttini, e continua muito próximo do ex-prefeito Geninho Zuliani, do DEM. Neste caso, Coca terá que fazer a opção: vereador ou prestador de serviços para o município, onde tem contratos com a prefeitura.

Mas, percebam a linha fina que Cunha estaria tecendo, o que lhe exigiria habilidade política e visão macro de futuro administrativo. Porque perderia, em tese, dois fortes componentes de sua base, Tarcísio mais ainda, porque está sempre na defesa incondicional do prefeito.

Coca voltando, como se comportará? Será sempre o suplente à mercê dos humores de Cunha? Terá independência a ponto de garantir espaço político? Ou apenas “cumprirá tabela”, conforme o jargão futebolístico. Mas o alcaide estaria sempre “pagando pra ver” (observem as aspas, portanto não se trata do sentido estrito do termo, certo?).

Brincadeiras à parte, a Casa de Leis, com esta “virada na mexida” ficaria, digamos, um pouco mais agitada? Um pouco mais turbulenta? Um pouco mais problemática para o prefeito? A resposta para todas estas pergunta é: sim.

Basta nos lembrarmos que Salata estaria de volta, defenestrado de um cargo importante, por questões de não afinidades político-administrativas. Basta dizer, ainda, para usar um termo chulo, que ele estaria voltando “com sangue nos olhos”. A Casa de Leis passaria a contar com um debatedor e questionador experiente e que sabe provocar, incendiar, quando preciso.

Seria um inimigo e tanto do governo que, ao mesmo tempo, estaria perdendo uma voz considerável lá dentro, a de Tarcísio, sabedores que somos que seu atual líder, João Magalhães (PMDB), não é dos melhores oradores, embora sua experiência legislativa, nem tampouco forte nos embates. Mormente com Salata, de quem ele perdeu todas, até hoje.

A ver. Estão rolando os dados. (Estão?)

ASSUNTO DELICADO, PROJETO DOS AMBULANTES SAI DA PAUTA

A Câmara de Vereadores de Olímpia havia aprovado em primeira discussão e votação na sessão do dia 5 passado, o projeto de Lei 5.216, de autoria do Executivo, que institui as normas de posturas no tocante aos vendedores ambulantes, que tanta polêmica gerou recentemente, devido à ação dos fiscais da prefeitura, apreendendo e multando a maioria deles.

O projeto, que estava na pauta para votação em segunda discussão na noite de ontem, recebeu pedido de vistas feito pelo líder do prefeito Fernando Cunha (PR na Casa, vereador João Magallhães (PMDB), sob o argumento de que precisava ser “aperfeiçoado” devido a emendas que havia recebido, quatro no total.

Esta lei altera profundamente a atividade ambulante e eventual na cidade, a começar pela obtenção do licenciamento, que agora será concedido somente ao titular da atividade, passando pelo pagamento da taxa de até 50 Unidades Fiscais de Referência-Ufir por dia, dependendo do produto comercializado.

Há cerca de um mês atrás a apreensão de ambulantes em alguns pontos da cidade, principalmente os de hortifrúti, gerou enorme repercussão na Câmara, quando vários deles lá estiveram cobrando uma posição do vereadores. Foi quando o líder do prefeito, João Magalhães (PMDB), prometeu o encaminhamento de um projeto normatizando a atividade, o que agora está em votação. Em primeira discussão, teve aprovação unânime.

O projeto caracteriza como ambulante a prestação de serviços ou a venda de produtos de forma itinerante, vedada a fixação de bancas, barracas, mostruários, etc., nas vias, canteiros, passeios e demais áreas públicas. A lei alcançará também os chamados eventuais, aqueles que vendem produtos, ou prestam serviços em locais fixos em datas e períodos pré-determinados, como exercício da atividade de comércio eventual.

Neste caso, estão incluídos os food-trucks, que tanta polêmica tem causado, com reclamações de comerciantes instalados na cidade, cuja modalidade de fast-food acaba atrapalhando por alguns dias, já que têm vindo, esporadicamente, em grande número e se instalando próximos aos estabelecimentos fixos. O vereador Selim Jamil Murad (PTB) tem batido nesta questão em quase todas as sessões, denunciando a prática prejudicial aos estabelecimentos.

A licença para a atividade de ambulante só será possível mediante a prévia inscrição no Cadastro de Contribuintes do Município, e só será concedida a quem exercer a atividade, sendo pessoal e intransferível. A taxa a ser cobrada varia conforme os produtos comercializados.

Por exemplo, eletrodomésticos, joias, cristais, porcelanas, móveis e demais produtos considerados de alto custo, cuja taxa está estipulada em 50 Unidades Fiscais de Referência-Ufir por dia. Cada Ufir vale R$ 3,1999, ou seja, a taxa em questão será de R$ 159,995 por dia.

Já alumínios, louças, confecções, artigos de couro e demais produtos assemelhados, tem taxa de 20 Ufirs diárias; gêneros alimentícios, frutas, verduras e legumes, 10 Ufirs; produtos importados em geral, 30 Unidades Fiscais; carnês e planos de capitalização ou não, com sorteios, 50; livros, revistas, publicações e artigos escolares, 10 Ufirs; e outros produtos não previstos nos itens anteriores, 25 Unidades Fiscais diárias.

A fiscalização estará a cargo da Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento, que para isso terá cargos de agente fiscal de posturas designados para a atribuição de fiscalização. A futura lei prevê ainda que a prefeitura poderá estabelecer local e dias fixos para o exercício da atividade de comércio eventual em locais públicos por meio de autorização da STD.

A lei ainda trata das proibições no âmbito destes comércios e das infrações, entre elas comercializar produtos fora daqueles constantes no pedido de licença. As penalidades começam com simples notificação para retirada da mercadoria, depois multa, multa em dobro na reincidência e apreensão de mercadorias e cassação de licença.

A multa prevista no caso será de 10 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo, a UFESP, este ano valendo R$ 25,07. E no caso de apreensão de mercadorias, serão cobradas diárias pelo depósito dos bens no valor de uma UFESP por dia, além da multa de 10 UFESPs.

TAXA DE TURISMO VOLTA À BAILA – O QUE VOCÊ ACHA DISSO?

Taxa de Turismo volta ao debate na Câmara. O que você, leitor, acha disso? Agora chamada de Taxa de Segurança, cobrança a ser feita de turistas que frequentam os parques aquáticos locais seria destinada à Santa Casa de Misericórdia. O que você, leitor, acha disso?

Os vereadores da Câmara Municipal de Olímpia puseram novamente em debate a cobrança de uma taxa extra dos turistas que vêm ao município a fim de usufruírem dos parques de águas termais que a cidade possui, ideia levada à Casa ainda em 2013 pelo vereador-suplente Paulo Poleselli de Souza, no entanto ignorada pelo Executivo.

Agora, chamada de Taxa de Segurança, a ideia voltou ao debate, já que vereadores acreditam ser a única salvação possível para a Santa Casa de Misericórdia de Olímpia. Esta taxa, no entanto, não seria cobrada de olimpienses, mas daqueles visitantes que se hospedam nos hotéis e pousadas, embora também possa se discutir a cobrança de todos os turistas que passam pela cidade em busca do Thermas ou, agora, também o Hot Beach.

Acredita-se que a Taxa possibilitaria zerar o déficit de R$ 4 milhões do hospital, e dotar Olímpia de uma Saúde “de fazer inveja”, conforme definição de Hélio Lisse Júnior (PSD). “Nós temos dois milhões de visitantes anuais, poderíamos muito bem direcionar essa taxa para a área da Saúde, poderíamos inclusive estar resolvendo o problema da Santa Casa”, corroborou Selim Jamil Murad (PTB). “É uma forma de aliviarmos os cofres públicos e podermos fazer a manutenção da Saúde no município”, complementou Tarcísio Aguiar (PRB).

O ex-vereador Paulo Poleselli de Souza (PR), havia apresentado no ano de 2013 uma indicação ao então prefeito Geninho (DEM) por meio da qual sugeria a criação da “Taxa de Turismo Sustentável”, por meio da qual se cobraria certa quantia de cada turista hospedado em hotel ou pousada da cidade, para posteriormente dividir o montante arrecadado entre Saúde, Limpeza Pública e até com o marketing em torno do setor. Ele propunha a cobrança de R$ 2 por pessoa, valor que viria incluído na conta de hotéis e pousadas. Mas não obteve sucesso.

“Essa taxa de turismo é utilizada em todas as Estâncias Turísticas do Estado de São Paulo. Inclusive estivemos discutindo sobre isso (com o prefeito), essa Taxa de Turismo, para vocês terem uma ideia, em Brotas, é em torno de 3% do valor (da conta a ser paga a hotéis e pousadas), mas na verdade eles cobram R$ 1 de cada pessoa que passa pela cidade. Nós temos dois milhões de visitantes anuais, poderíamos muito bem direcionar essa taxa para a área da Saúde, poderíamos, inclusive, estar resolvendo o problema da Santa Casa e outros órgãos de Saúde”, relatou Selim Murad.

E você, leitor, o que acha disso?

 

Blog do Orlando Costa: .