Como elucidar este dilema?

Estamos diante de um equívoco de dados, ou de um fenômeno eleitoral? Voltando a atenção hoje, para a última pesquisa de intenção de votos encomendada pela campanha do candidato eleito a prefeito Geninho Zuliani (União), ficamos surpresos com os quadros que ela mostra.

O primeiro deles, é da não fidelidade dos percentuais finais coletados em 22 de setembro, com 800 eleitores olimpienses, pela agência Sinfor. A tabulação e o resultado foram divulgados no dia 3 de outubro, a quinta-feira anterior ao dia da votação. Do dia 22 até dia 6, se passaram exatamente 15 dias.

O segundo quadro vislumbrado é a distância percentual apontada pela pesquisa, e o resultado final alcançado pelo candidato Luiz Alberto Zaccarelli (PSD). Aliás, as distâncias também dos outros dois candidatos, Tarcísio Cândido de Aguiar (PL) e Márcio José Ramos (PT), embora nestes dois casos, a margem de erro deva ser considerada.

Bom, acontece que a Sinfor cravou na última pesquisa divulgada pelo SBT regional, que Geninho, seu contratante, fecharia o embate com 58% (assim, fechado!) dos votos, contra 16,2% de Luiz Alberto Zaccarelli, 13,2% de Tarcísio Aguiar e 4% (assim, fechado!) de Márcio José Ramos. Em termos numéricos, a diferença de Geninho para Zaccarelli, segundo a Sinfor, seria de 36,14%. Mas ficou em 22,23% e estava caindo.

Ok., passou batido, votação feita, votos contados e nada do que a Sinfor registrou aconteceu considerando apenas os dois candidatos em vantagem. Em todos os percentuais havia uma distância acima da margem de erro de 3,5% para mais ou para menos, que foi a margem divulgada pela agência.

Dos 58% de Geninho, foram apurados 52,34%. Dos 16,2% de Zaccarelli, foram apurados 30,11%; dos 13,2% de Tarcísio, foram apurados 15,30% e dos 4% de Márcio Ramos, foram apurados 2,25%.

Para não sermos encarados como maldosos, diríamos que os percentuais finais de Aguiar e Ramos estavam dentro da margem de erro, pois o primeiro oscilou para cima 2,1% e o segundo oscilou para baixo 1,75%.

Porém, quanto aos dois candidatos melhor posicionados, o erro foi grosseiro, porque ambos ficaram bem distantes da margem de erro. Geninho, 5,66% para baixo da contagem da Sinfor, e Zaccarelli 13,91% para cima.

Ou encontram uma justificativa para isso ou vamos aceitar a tese de que o candidato indicado por Fernando Cunha foi um fenômeno extraordinário, mais que dobrando sua intenção de votos num espaço de 15 dias (22 de setembro a 6 de outubro). Salvo melhor juízo, o candidato teria crescido 0.9273333333 na intenção de voto por dia. Arredondando, quase 1% ao dia.

Ou a intenção ali foi a de “puxar” o candidato, ou houve erro crasso na formatação ou na coleta dos dados, ou Zaccarelli é o mais novo fenômeno eleitoral dos últimos anos. Nesse ritmo, e numa suposição de que tivéssemos mais 15 dias de campanha, Zaccarelli teria subido, então, mais 13% ou 14%, podendo chegar aos 45% contra os 52,34% de Geninho. Claro, não contando que este crescimento fosse baseado numa eventual “sangria” de votos do candidato vencedor.

A coisa fica pior ainda quando se tem a “evolução” dos dados, desde praticamente o começo do ano, primeira pesquisa alardeada pelo candidato via SBT: 50,2%, 53,5% e 58%. A medição do meio bateria melhor, e sem erro, com o resultado oficial, no caso de Geninho: 52,34%.

Zaccarelli, 12,5%, 14,5% e 16,2%. Todos os percentuais estão muito longe da margem de erro na comparação com o resultado final de 30,11%. Mais exatamente, 13,91% de erro.

Os números de Tarcísio Aguiar foram 8%, 12,5% e 13,2%. Aqui, há que se considerar a margem de erro, porque a diferença foi de apenas 2,1%.

Por último, Márcio José Ramos, com os índices de 2,7%, 3,8% e 4%. Na contagem oficial, 2,25%, ou 1,75% abaixo da amostragem. Aqui também há que se considerar a margem de erro.

Mas, então o que aconteceu nas outras duas compilações ou, mais severamente, o que terá acontecido na tabulação dos números de Zaccarelli? A favor da agência, pode-se dizer que há sempre um movimento de reta final, uma certa ebulição, por um motivo ou por outro, por parte do eleitor, o que “derrubaria”, eventualmente, qualquer prognóstico.

Teria sido esse o caso? Então essa movimentação de eleitores teria ocorrido nos últimos 15 dias das eleições, nos quais Geninho teria começado a perder votos e Zaccarelli a ganhar? Ou marca o período em que mais efetivamente o prefeito Fernando Cunha entrou na campanha de Zaccarelli? Ou alguém entornou o caldo no meio da prosa?

Quem tem a resposta para esse dilema?

DOIS NOVOS, CINCO VOLTANDO E
CINCO REELEITOS, EIS O LEGISLATIVO!
O retrato final das eleições para o Legislativo na Estância Turística de Olímpia aponta poucas novidades em termos de nomes e personagens eleitos para a Legislatura 2025/2028 à Câmara Municipal da Estância, uma vez que só dois eleitos domingo nunca foram vereadores, enquanto outros cinco estão retornando após uma ou mais legislatura afastados da função e, dos dez atuais edis, somente cinco foram reeleitos.

Renato Barrera Sobrinho, agora um neo-socialista, foi reeleito pelo PDT com 722 votos; Edna Marques, reeleita com 652 votos pelo União Brasil, Fernando Roberto da Silva, com 939 votos, pelo PSD, José Roberto Pimenta, o Zé Kokão, com 974 votos pelo União e Marcelo da Branca, com 739 votos pelo Republicanos, são os edis que se manterão nos cargos na próxima legislatura.

Flávio Olmos, o mais votado entre os eleitos, com seus 1.422 votos, candidato do Partido Progressista, Gustavo Pimenta, com 625 votos, também pelo União Brasil, Beto Puttini, com seus 806 votos, outro do União Brasil, Marcão Coca, com 526 votos, pelo MDB, e Salata, também pelo MDB, com exatos 500 votos, são os ex-vereadores que retornam à Casa de Leis, depois de tempos afastados, sendo que Salata e Beto Puttini são os que ficaram longe da Câmara por mais de uma legislatura.

Por fim, os novatos em legislaturas Lucimara do Povão, a grande surpresa, destas eleições, com seus 769 votos, pelo Progressistas, Luciano Ferreira, com seus 816 votos também pelo Progressistas e Charles Amaral Ferreira, outra grande surpresa, com 691 votos vão atuar como edis pela primeira vez, embora Luciano Ferreira já tenha atuado por um brevíssimo período enquanto suplente.