Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Tag: Paulo Marcondes

Que os turistas não saibam como nossos políticos agem

Chega a ser descarada a forma como determinados políticos, quando no poder, agem. Houve um tempo em que havia “pudor” no despudor, tempo em que políticos mal intencionados ou interessados apenas nos resultados eleitorais imediatos, agiam à socapa, sempre temendo que o cidadão percebesse qualquer manobra. Digo o cidadão, porque da Justiça medo nunca tiveram.

A política dos tempos modernos tem outra faceta, outras artimanhas foram desenvolvidas mas, à diferença dos tempos passados, hoje o político age à luz do dia, sob os holofotes, sem temor algum e, triste constatar, em grande parte das situações, com a conivência do cidadão que agora se faz personagem despudorado do enredo.

Exemplo maior é a segurança com que o prefeito de turno desta Estância Turística diz aos quatro ventos que vai ganhar a eleição porque tem muito dinheiro para gastar. E mais ainda entristecedor é ver que tal discurso tem encontrado eco junto a grande parte dos formadores de opinião, linha de transmissão para o personagem zé povão.

E quando só o discurso não convence, há também a alternativa da caneta, aquela que nomeia e “desnomeia” e depois nomeia de novo a seu bel-prazer e com a participação luxuosa de uma vergonhosa Casa de Leis que temos.

Esta caneta também possibilita o gesto de vingança política, a perseguição aos desafetos, que igualmente às atitudes narradas acima, agora são feitas às claras, não importando que a sociedade civil tome conhecimento dos seus detalhes, eis que amanhã o dinheiro à farta cuidará de “deletar” as memórias.

Dias atrás narramos aqui a “aquisição” por parte do prefeito, de um ajudante-em-chefe para sua campanha pela reeleição, Paulo Marcondes, deixando antever que, junto com ele, o prefeito mais cedo ou mais tarde iria “adquirir” também a esposa deste.

O que acaba de acontecer, com sua nomeação para um cargo em comissão, provavelmente para ocupar a cadeira que a funcionária parente do vereador Flávio Augusto Olmos, do DEM, foi convidada a deixar vazia. E as razões todos conhecem.

De quebra, Cunha também levou para próximo de si o ex-vereador Leonardo Simões, também chamado de Pastor Leonardo, que deve ocupar, por ora, a cadeira no Procon. Depois, deve ser mais um candidato a vereador numa das chapas montadas a peso de ouro pelo alcaide, para ser um puxador de votos.

E assim caminham as coisas na Estância Turística de Olímpia. Dá vergonha? Dá. Mas vergonha e jogos de azar foram feitos para se perder. No caso de certos políticos, necessariamente nesta ordem.

Paulo Marcondes é algo de novo no ‘front’ cunhista?

Ontem me ocorreu um pensamento enquanto caminhava que julguei tão pertinente a respeito dos tantos acontecimentos percebidos ao longo dos últimos dias que até postei-o no Facebook. Diz: “Já começou o bombardeio e tem muita gente achando que são só trovões”.

isso vale para aqueles que acham que observar as coisas em sua superficialidade, é enxergar tudo o mais. Mas o profundo é que revela-se na medida em que se busca compreendê-lo.

Este blog tem esta função, entre tantas, a de trazer à tona o que querem que fique escondido. Pois o que não querem publicado, já se disse, é que é a noticia. O resto é mercadoria, como também já se disse.

Por isso que, na medida em que se aproxima o pleito de 2020, mais e mais vezes temos publicado aqui textos reveladores dos bastidores, que se por um lado irritam este ou aquele, por outro informa tantos outros que, se não fosse assim, permaneceriam como eterna massa de manobra política.

Foi imbuído deste espírito que falamos ontem a respeito da pretensa candidatura a prefeito do jornalista Cléber Luis, que por inusitada, tomou a todos de surpresa. E que, também por inusitada, justificou o espaço neste blog. Sobre isso, ainda voltaremos ao assunto.

Para hoje, o que temos é também uma inusitada novidade surgida nos arredores do prefeito Fernando Cunha (ainda sem partido, mas de malas prontas para o PSD). Ocorre que o alcaide, como poucos sabem, não sendo o grupo da Saúde, ex-petistas que o apoiam em troca da Pasta e suas facilidades, não tem quem mais, incluindo aí até secretários, lhe tem estima política.

Vendo-se solitário e sem articulação nenhuma, sem base de sustentação, o alcaide teria ido buscar de volta Paulo Marcondes, também chamado Paulinho da UVESP, para assessorá-lo politica e eleitoralmente.

Marcondes, até então, era fiel escudeiro de Dr. Antônio, ex-prefeito de Altair e candidato não eleito a deputado estadual nas eleições do ano passado. Cunha acerta com esta contratação, no tocante à articulação de base, contatos com vereadores, dirimição de problemas de relacionamentos, que Cunha os tem aos montes.

Marcondes não tem voto. Mas conhece um pouco de sedimentações de caminhos para os alcançar. Esta é mais uma das muitas atividades político-eleitorais que a cidade tem vivido.

Não parece, mas o cenário político local está borbulhando. Mas, aquiete-se o leitor porque, na medida do impossível, por aqui será filtrado cada grão em cozimento, cada gota desta fervura.

É nossa missão. E missão dada é missão a ser cumprida.

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