É tão chato isso tudo, tão óbvio, afinal, acreditamos que ele não faz jornais para meros “homers simpsons”, e seu leitorado já percebeu que apito o senhor editor do semanário que mia está tocando ultimamente.

Mas não se pode deixar passar em branco uma coisa como a que vem estampada na coluna que leva a sua assinatura, nada menos que um preito em favor do atual governo, que ele insiste em dizer que não apoia incondicionalmente, mas não deixa de demonstrar tal apoio a cada linha, a cada texto, a cada edição do semanário.

A ponto, vejam os senhores, de retornar à cátedra jornalística, na verdade ao “A,B,C,D,” do ofício, quando busca o contraditório, o outro lado, junto ao governo de turno, quando o assunto em pauta é de teor negativo. Coisa que nunca teve a preocupação de fazer no governo passado. Neste caso, só valia um lado. O seu lado.

O ponto é o fato de este blog ter feito duas análises pontuais do governo Cunha na semana passada, onde foi dado como encerrado este ano de 2017, com zero realizações e total falta de caminhos administrativos ou um conceito administrativo que o alcaide pudesse chamar de seu.

Considerando nossas postagens verdadeiras diatribes, o senhor editor diz que não é “a favor nem contra ninguém” (não riam), acrescentando depois que “não dá pra nenhum prefeito fazer milagres no primeiro ano de governo”.

Bom, quanto a ser “nem a favor nem contra”, há sérias controvérsias, nem preciso especifica-las aqui. E sobre o “milagre”, primeiro só observando que não foi essa a sua tônica pelo menos com os dois últimos governantes, já que após seis meses de administração ele estava, como se diz, “descendo a lenha” (os pormenores, sonego-os). Mudou a política, ou mudou o senhor editor?

Segundo, ninguém que eu saiba está esperando um milagre de Cunha, afinal ele não foi eleito “santo”, mas, prefeito. Sendo assim, está desobrigado de cometer milagres administrativos, mas está obrigado a realizar, pelo menos.

Leiam, abaixo, uma das pérolas de sua coluna de sábado passado:

MESMO ASSIM, …

… como ainda não existem máculas administrativas para se denunciar, os penas compradas e os rancorosos, por terem deixado de mamar na teta da vaca, ou simplesmente por terem sido preteridos de alguma forma, se apegam em picuinhas para tentar destruir o atual governo que ainda não teve tempo para cometer os seus pecados, nem imprimir direito a sua marca.

Como seria bom saber, então, o que foi feito do “rancor” que ele sempre destilou sobre os políticos que antecederam Cunha. Cujas “máculas” denunciadas nem sempre tinham o peso que ele dava em suas letras garrafais. Depois, se aqueles deixaram de “mamar na teta da vaca”, ele então começou a fazê-lo?

Sobre não ter tido tempo para “imprimir direito a sua marca”, há divergência séria. Ele “imprimiu” sim, uma marca: a da lentidão e falta de norte administrativo.

Outra pérola da tal coluna:

ATÉ PARA …

… puxar o saco ou advogar para terceiros é preciso fazer isso direito, com elegância no linguajar, conhecimento do que se está comentando. E isso se atinge através de pesquisas na história, na filosofia e em outras áreas que o tema se encaixe, para, aí sim, não cair no ridículo de defender o indefensável, de se criar fatos e situações difíceis de se fazer crer.

Pelo que estamos vendo, o nobre editor não está seguindo à risca a própria cartilha, conforme todo mundo já entendeu. A partir do “cair no ridículo..” e adiante, vou usar para rir um pouco.