Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

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AS MENTIRAS DO SENHOR EDITOR

Niquinha cancela o ato de Pimenta que renovou contrato de jornalista sem concurso na Câmara

“Folha da Região”, 5 de janeiro de 2019

O enunciado acima, é título de uma das matérias do jornal citado, aquele mesmo que é do “bolso” do Cunha, e parte de um pressuposto perigoso: a mentira. Ou, pelo menos, a falta de verdade absoluta, conjugada com a intenção espúria de enganar seus próprios leitores, induzi-los a erro na avaliação do fato.

E a isso dou o nome de canalhice jornalística, na falta de uma classificação ainda pior. Vejam o que diz parte do texto entregue aos leitores como fato verdadeiro:

“O presidente da Câmara Municipal da Estância Turística de Olímpia, Antônio Delomo­darme, Niqui­nha, cancelou o termo a­ditivo publicado pelo ex-presidente da mesa diretora, Luiz Gustavo Pimenta (suprimo trecho em que ele faz uma ilação sem nexo com o contexto), que, dias antes de deixar o cargo, ignorou a lei que obriga a realização de concurso para o cargo e fez um aditivo em um contrato para recontratar o jor­nalista Or­lan­do Ro­dri­gues da Costa (suprimo outra ilação sem nexo com o contexto).

A mentira está expressa no trecho “ignorou a lei que obriga a realização de concurso”, eis que o concurso já foi realizado e basta agora o resultado final a ser divulgado pela VUNESP, para convocar o jornalista aprovado.

Quem sou eu para dar lição de moral ou profissional a jornalista calejado, formado na lida, como o editor em questão, mas o pressuposto de não dizer o que sabe jornalisticamente a seus leitores é má-fé pura. E caso, apesar de toda divulgação, ainda não soubesse da verdade, então é hora deste leitor mudar de semanário.

Prossegue o inominável editor: “Como se recorda (Quem se recorda? O leitor não é obrigado a se recordar de nada, lembra?), no apagar das luzes e quase no escuro, Luiz Gustavo Pimenta fez um aditivo em um contrato para re­contratar o jornalista Or­lando Rodrigues da Costa (suprimo ilação fora de contexto).

Comete outro erro primário ou usa de novo da má-fé. O contrato não foi aditivado “no apagar das luzes”, nem “quase no escuro” porque, ao que se saiba, não houve corte de energia na Casa de Leis. E, também, porque o contrato original venceu no dia 11 de dezembro e naquela data ele foi aditivado. As razões, já expliquei num post anterior (Covardes Detratores, Não Passarão, de 4 de janeiro último).

No trecho que vem a seguir, o editor daquele semanário que antes urrava feito leão e agora mia feito gatinho, principalmente quando diante de seu “dono”, dá mostras do que, na verdade, o incomoda.

Demonstra ser uma postura política de defesa do atual alcaide seus ataques à minha pessoa, quando me critica por publicar textos não ofensivos contra o ex-prefeito e agora deputado federal Geninho Zuliani. Como se isso justificasse sua sanha. Nem vale a pena reproduzir.

Mas vejam logo depois o que vem: “A recontratação de Or­lando Rodrigues da Costa se deu através do Termo Aditivo número 17/2018, do dia 11 de dezembro próximo passado, adi­tando o contrato número 26/2017, que foi assinado no dia 11 de dezembro de 2017, passando a valer entre os dias 12 de dezembro de 2018 e 11 de dezembro de 2019.”

Portanto, o aditamento foi assinado no dia 11 de dezembro, bem longe do “apagar das luzes” citado pelo indigitado editor, em seu texto pobre. A publicação no Diário oficial Eletrônico é que foi feita no último dia útil do ano e, aí, já foge de nossa compreensão a razão disso. Mas, com certeza, ele recebeu cópia do contrato antes mesmo da publicação.

Então, como fait divers, mas na verdade como fator de indução a erro dos seus próprios leitores, ou para justificar o ataque gratuito e sem sentido à minha pessoa, ele manda ver ao final da matéria caluniosa, a mais escancarada mentira ou má-fé, o complemento com subtítulo “LEI OBRIGA CONCURSO”.

Trata-se da Lei Municipal que foi aprovada pela Câmara no dia 12 de fevereiro de 2016, ainda no governo Eugênio José Zuliani, que obriga a realização de concurso público para a contratação de jornalista.

E saca essa: “Seria esta, possivelmente, a principal situação de irregularidade encontrada pela reportagem na contrata­ção do jornalista Orlando Ro­dri­gues da Costa (…)”.

E aí você tem uma sensação de estar diante do mais baixo nível de jornalismo de que já se ouviu falar, uma vez que o próprio semanário publicou em data recente, material oriundo da Câmara de Vereadores, relatando, passo a passo, as ações em torno da realização de concurso para oito cargos e sete vagas para a Casa de Leis, entre as quais a de jornalista.

Ele publicou a contração da Fuvest, ele publicou a data de realização do concurso, ele publicou o número de candidatos inscritos em cada modalidade e publicou a provável data de divulgação dos classificados.

Então, como pode omitir isso de seus leitores? Como pode imaginar que eles sequer se lembrariam destas matérias, já que lá em cima ele abre um texto de forma primária dizendo “Como se recorda”? Ora, ora, ele acredita ou não na memória de seus leitores?

É de dar pena. Porque sequer original ele consegue ser ao dar vazão a seu sentimento de sei lá o quê, são tantas coisas… Mas nenhuma delas sãs, acreditem. A mais visível, no entanto, é a sociopatia latente e manifesta neste panfleto pró-Cunha a cada semana, ou naquela emissora on line onde, juntamente com sua “cria” melancólica, destila sua prepotência diária.

Em ambos os meios, não esconde sua visão paranoica de tudo e a respeito de todos, que a seu ver são os inimigos a serem derrotados, para não impedir seu “tutor” de “se reeleger para deixar seu nome inserido na história da cidade em que nasceu”.

PS: Para quem já disse que o ex-prefeito agora deputado federal Geninho Zuliani “era o melhor prefeito que Olímpia já teve”, vê-se que a coerência e firmeza de opinião não são o seu forte. Forte deve ser o seu “caixa”.

GENINHO QUER ‘DESBANCAR’ BENITO? (OU: A ANATOMIA DO PENSAMENTO RISÍVEL!)

Está tudo muito esquisito. Por que será que de uma hora para outra ficou tão nítida a impressão de que os pensamentos por esta urbe estão ficando um tanto quanto embotados? E por que, cada vez mais, certa parcela de olimpienses passaram a “demonizar” o upgrade turístico da cidade conquistado por volta dos últimos 10 anos?

Claro está que o olimpiense nunca foi um povo de dar-se as mãos e caminhar em uma direção, com foco no futuro comum, haja vista os momentos de apogeu e queda econômicos que a cidade viveu, pode-se dizer, em pouco tempo, já que falamos de uma localidade com apenas 114 anos.

O arroz, o café, a laranja e até o gado, ditaram as normas econômico-financeiras de Olímpia ao longo destes anos todos e, em todas estas fases, o que prevaleceu foram os interesses de grupos, sejam políticos, sejam econômicos, em detrimento de uma maioria que vivia a reboque das nuances e dos humores daqueles “coronéis” e magnatas de então, a usufruírem de tudo o que esta terra dava, a seu bel-prazer, tratando os despossuídos como choldra, à qual se agraciava com benesses poucas.

Entre os “caíres e levantares”, caminhamos. E cá estamos. Mergulhados num momento jamais imaginado por aquelas épocas. Fim do ciclo da laranja, chega a cana, laranjais arrancados, terras arrendadas, fim do sonho dourado, éramos um da “Califórnia Brasileira”, à qual dávamos adeus, lembram?

Economicamente, a cidade ficou à deriva por mais de uma década, ao sabor do que podia render nossa usina de açúcar e outras tímidas iniciativas governamentais. Então chegamos ao Thermas dos Laranjais. Nascido tímido, pequeno, do tamanho que a cidade comportava e seus associados locais ansiavam. Passado um tempinho, clube maior, mais gente chegando, mas ainda apenas uma atração regional.

As “maria tur” a todo vapor trazendo gente para desfrutar de um clube já ampliado, com novas atrações e a proposta de abarcar um público mais distante e de melhor poder aquisitivo.

Com muito esforço, dedicação, imaginação, criatividade e execução de projetos à farta, o Thermas torna-se, então, o maior do Brasil, o mais visitado na América Latina, e o quinto no mundo, com seus cerca de 1,8 milhão de visitantes anuais. E o 11º melhor parque aquático do mundo, segundo recente pesquisa.

E assim muda todo o panorama econômico do município.

Então, por que o olimpiense, nos últimos tempos, foi tomado por um estado de mal humor e pessimismo com relação à própria cidade e suas conquistas no âmbito turístico?

Mais uma vez, quando é preciso que se deem as mãos, ao contrário começam a atirar pedras uns nos outros. Briga de irmão contra irmão. Olímpia dá a nítida impressão de não ser uma comunidade. Há muitos individualismos onde viceja o fogo das vaidades.

Por que, em um momento tão crucial de nossa cidade, os concidadãos se apegam a minúcias, premissas falsas, não-verdades, apenas com o fito de, eventualmente, preservar um feudo? Do que têm medo?

Exemplo recente foi a publicação de uma reportagem de página inteira na revista Exame, renomada, que cumpre a função de, antes informar, depois fazer propaganda indireta do que temos na cidade. A chamada mídia espontânea. E o que se tem em resposta? Críticas ao ex-prefeito por ter concedido entrevista ao órgão de imprensa.

É claro que, do ponto de vista político, Geninho (DEM) não poderia deixar nunca de “faturar”, afinal ele é aquele político que todos conhecemos. E do ponto de vista administrativo, o que ele disse demais se não a verdade?

Idiossincrasias à parte, quem pode negar que nos oito anos do prefeito Geninho, goste-se ou não deles, Olímpia viveu o seu “start” principal e passou a conviver mais claramente com o conceito de uma cidade turística?

Então o prefeito vai lá, expõe o universo de possibilidades que oferece a nossa urbe, e de imediato tem como respostas muxoxos, beicinhos, ciuminhos bobos e gente criticando este universo em expansão com olhos fixos nas pontas dos sapatos. É de doer!

Aí vem um certo tipo de imprensa local dizer que o prefeito quer “desbancar” o principal ideário em torno de tudo isso, Benito Benatti, como se isso fosse possível nos corações e mentes de todos. Ao invés de louvarem o conteúdo, criticam a forma.

A reportagem da revista foi perfeita. Racional, séria, bem escrita, com abordagem ampla da situação econômica da cidade pós-Thermas, não deixando de enfocar também os outros investimentos -detalhe importantíssimo do ponto de vista da divulgação da cidade.

E para corroborar tudo isso, ouviu aquele político que esteve à frente da condução do município por oito longos anos. E tudo o que têm a dizer é que o prefeito teria “a finalidade de assumir a paternidade do desenvolvimento do turismo na cidade”, conforme o semanário Folha da Região, crítica corroborada por vereadores na Câmara ontem à noite. Pequeno demais isso.

Enquanto a revista fala dos planos de Olímpia para se tornar a “Orlando Brasileira”, por aqui debate-se sobre o nada, destila-se mesquinhez e se elabora pensamentos imperfeitos.

Não é crível que tal posição do jornal tenha saído como orientação de dentro do próprio clube. Pois se existe algo incontestável dentro da história de Olímpia, é a certeza de que Benito Benatti está à frente do nosso tempo, e com olhos, sempre, no porvir. Sem tempo para políticas comezinhas.

E essa é a nossa sorte!

SÃO TEMPOS DE ‘PÓS-VERDADES’: TODO CUIDADO É POUCO

Não chegou até nós estes números, que conforme disse, no release disparado à imprensa não constava contagem de espectadores, mas o semanário Folha da Região trouxe em sua edição de sábado que “Mais de 6 mil pessoas viram desfiles das escolas de samba”, bem como “Cerca de seis mil foliões foram aos bailes de carnaval no recinto”.

Este segundo título, até nem carece de comentários, porque é descarada e vergonhosamente mentiroso (não que seja culpa do jornal, mas também não dá para dizer que foi induzido seu editor a erro, dada a experiência na estrada).

Acertadamente pode se dizer que nem mil pessoas foram aos bailes de carnaval no recinto. E pode-se dizer, também, que nem chamando o reforço do público do show da sexta-feira daria este tanto de gente. Ou até daria. Mas compondo cerca de 90% ou pouco menos que isso do total de público no sambódromo do curupira.

Para comentar a quantidade de gente na Avenida Menina-Moça, nas duas noites de desfiles carnavalescos, reproduzo, antes, o critério técnico oficial usado para medir multidões.

Existe uma certa tendência dos organizadores de determinado evento em “inflar” o número de pessoas que participaram. Em um evento político, o partido que organiza sempre tende a aumentar o número de pessoas. Já o partido contra tende a diminuí-lo. Como chegar em um número satisfatório e próximo do real?

De acordo com engenheiros e estudiosos, o número de pessoas que cabem em 1 m², em um local com grande concentração de pessoas, é de no máximo 7 pessoas com estaturas medianas e com peso de 60 kg. Isso com as pessoas se espremendo umas nas outras. É mais objetivo levar em consideração um número de 3 a 4 pessoas, mas este número ainda pode variar.

Vamos considerar seis pessoas por metro quadrado, para ficarmos nos números divulgados? Um metro quadrado, seis pessoas. Dez metros quadrados, 60 pessoas. Cem metros quadrados, 600 pessoas. Mil metros quadrados, seis mil pessoas. lembrando que esta medida seria a de um campo de futebol, com as pessoas aglomeradas entre si, e ocupando um metro quadrado cada seis delas.

Agora voltemos nossos pensamentos ao local de realização dos desfiles e façamos um cálculo… Vejam a foto acima. Calculou? Fim.

(PS: disse no post anterior que era o balanço final do Carnaval. Mas não poderíamos nos calar diante desta “pós-verdade” somente hoje chegada ao nosso conhecimento)

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