O resultado da mais nova sistemática criada para medir a eficiência das gestões municipais no país, o chamado Índice de Governança Municipal, coloca Olímpia em situação de destaque nos rankings nacional e estadual IGM, nos quesitos Gastos/Finanças, Qualidade de Gestão e Desempenho Administrativo.

O resultado, referente a dados coletados de outros sistemas já consolidados, como o Índice Firjan, por exemplo, coloca Olímpia na 120ª posição em relação ao país, e na 29ª posição em relação ao Estado, em eficiência administrativa. Um detalhe: este resultado diz respeito ao período de 2015/2016.

Foi a generalizada falta de planejamento e controle, o desperdício de dinheiro público, o gasto desenfreado e a corrupção, principais causas para a crise política e econômica que o Brasil tem vivido, que levou o Conselho Federal de Administração-CFA, por meio da Câmara de Gestão Pública-CGP, a criar o Índice CFA de Governança Municipal (IGM-CFA). O indicador foi lançado no dia 8 de dezembro, em Reunião Plenária realizada no CFA.

Trata-se de um indicador que servirá para promover melhorias e ajustes na gestão dos municípios, sendo um insumo indispensável para os prefeitos recém-eleitos na elaboração de políticas públicas, segundo seus organizadores. É também um referencial para o planejamento estratégico dos municípios.

A partir dele os prefeitos poderão elaborar e  justificar  a captação de investimentos  e melhorar  os índices  dos municípios, mediante  a utilização de 60 indicadores,   da qualidade  da gestão pública municipal, dos gastos e das finanças e da entrega de resultados para a sociedade. As três dimensões pesquisadas no trabalho e  a utilização de 60 variáveis em mais de quatro mil municípios denota uma grande representatividade para a profissionalização da gestão e a melhoria da governança no  Brasil.

METODOLOGIA
O estudo, realizado em parceria com o Instituto Publix, reuniu índices já consolidados no mercado como o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEGM), Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), entre outros. Foram mais de 400 variáveis encontradas, sem que nenhuma delas avaliava a qualidade da gestão pública, de acordo com o presidente da instituição, Sebastião Mello.

Os pesquisadores fizeram um filtro e foram selecionadas variáveis com alta correlação. Posteriormente, elas foram agrupadas em três dimensões consideradas indispensáveis na gestão pública: Qualidade Fiscal (QF), Qualidade da Gestão (QG) e Desempenho (D). A soma desses índices gerou a métrica adotada para chegar ao IGM-CFA.

O indicador criado pelo CFA condensa a informação de diversas variáveis como educação, saúde, gestão, gestão fiscal, gestão ambiental, transparência e accountability*, efetividade, informatização, planejamento urbano, articulação institucional, recursos humanos, habitação, vulnerabilidade social, e Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).

Basicamente, os índices que medem a eficiência de uma gestão municipal estãop distribuidos da seguinte forma: de 0,9 para mais ou para menos indica uma correlação muito forte; de 0,7 a 0,9 positivo ou negativo indica uma correlação forte; de 0,5 a 0,7 positivo ou negativo indica uma correlação moderada; 0,3 a 0,5 positivo ou negativo indica uma correlação fraca e 0 a 0,3 positivo ou negativo indica uma correlação desprezível.

Assim, os números em relação a Olímpia são os seguintes, numa tabela que constam quase a totalidade dos municípios do Brasil e a totalidade dos municípios paulistas: Ranking Nacional, 120º; IGM (Índice de Governança Municipal), 0.644;  Ranking Estadual, 29º; Gastos/Finanças, 0.515; Qualidade da Gestão, 0.659 e Desempenho Administrativo, 0.758.

Como se vê, são números bastante expressivos, o que denota certo zelo com a coisa pública, conforme mostra o resultado final e a classificação geral. Cabe ao atual gestor, pelo menos manter ou melhorar estes índices. Qualquer outro resultado denotará um fracasso administrativo retumbante.

*Em se tratando da esfera pública, o termo Accountability encontra-se frequentemente relacionado à fiscalização, avaliação e, muitas vezes, à ética no trato do bem público, visto que seu significado remete à obrigação da prestação de contas de membros de um órgão administrativo ou instituição representativa à instâncias controladoras ou a seus representados.

CADÊ O ‘FAIR-PLAY’ POLÍTICO?
O prefeito Fernando Cunha (PR) deu mostras no sábado passado, na cerimônia de entrega das casas do ‘Vida Nova Olímpia’ que não faz lá muito gosto pela gentileza política.

Ou que explicação ele teria para trazer para a cerimônia políticos em declínio visível como Orlando Bolçone e Valdomiro Lopes? Destes seres, os olimpienses não têm qualquer memória de benefícios que possam ter trazido para esta urbe. E nem há a menor possibilidade de faze-lo doravante.

Em contrapartida, Cunha deixou de convidar o ex-prefeito Geninho Zuliani (DEM), principal responsável por trazer aquele número extraordinário de casas populares para Olímpia. E, detalhe: sua ausência foi notada por inúmeros futuros mutuários. O que é bem pior para Cunha.