Até que ponto os alunos e ex-alunos da Faculdade Brasil-Campus de Olímpia podem ser prejudicados com a prisão do proprietário da instituição, seu filho e reitores de campos espalhados por aí?

O vereador e 1º secretário da Mesa Diretora da Câmara Municipal desta Estância, Gustavo Pimenta (PSDB), manifestou-se preocupado com esta questão esta semana, na sessão ordinária de segunda-feira passada, 9 de setembro, embora ressaltando que o problema maior estaria nos cursos de medicina, que Olímpia não dispõe.

Mas, segundo o vereador, o curso que os alunos locais fizeram -notadamente Direito, mas também Administração, Letras, etc., foi financiado pelo FIES.

No contrato de financiamento, consta que o aluno teria que cumprir horas de trabalho voluntário em entidades de assistência, sem fins lucrativos, após concluir o curso com notas acima da média, para poder contar com o “pacote de benefícios”.

Porém, houve aqueles que não terminaram o curso por conta disso, por desconhecerem esta cláusula do contrato firmado com a instituição e a CAIXA, mantenedora do FIES. “A fatura chegará no ano que vem”, avisa o vereador. “Muitos já estão formados e trabalhando, mas com débito junto ao FIES”, complementa.

Para Pimenta, com o “imbróglio” criado com estas prisões, “isso tudo virá à tona”, de forma que é melhor os alunos em questão começarem a pagar as mensalidades.

Pimenta ainda ressaltou estar “assustado com documentos que vi de alunos que não concluíram o curso, mas vão ter que pagar uma ‘conta gorda’ para a CAIXA, que subsidia o FIES”.

“A Faculdade deveria orientar os alunos e correr atrás para que eles possam fazer as aulas nas entidades do terceiro setor e não querer fazer uma Semana Jurídica, quando o dono da faculdade está preso”, cobrou.