Desde quando publicou a Portaria nº 49.616, de 30 de julho de 2019, dispondo sobre a promoção horizontal, o prefeito Fernando Cunha (Sem partido) vem sendo alvo de críticas de uma parcela muito grande do funcionalismo municipal, que não consegue vislumbrar justiça no que foi feito.

Inclusive o Sindicado dos Servidores Públicos Municipais de Olímpia entrou na briga. A instituição, que no dia 2 de julho encaminhou ao Executivo Municipal ofício cobrando o cumprimento da medida por parte do governo municipal, diz que acionou o seu Departamento Jurídico para apurar os reais critérios desta promoção.

Por parte do Executivo, há a alegação de que “foram levados a efeito os procedimentos concernentes à avaliação dos servidores públicos municipais visando à respectiva promoção horizontal”, conforme prevê a Lei Complementar Municipal nº 138, de 11 de março de 2014.

Nas listas publicadas na edição de quarta-feira, 31 de março, do Diário Oficial Eletrônico, constam 118 nomes, dos quais quase metade é de professores. Mas não é por isso, que houve a chiadeira. A categoria está cobrando a razão pela qual não teria havido maior abrangência na contemplação, e quais foram os critérios de seleção.

Como resultado disso, e corroborando com a insatisfação na categoria, o Sindicato, que registra ter recebido muito e muitos telefones de funcionários queixosos, emitiu a seguinte nota, publicada em sua página no Facebook.

Evolução Funcional.
A falta de transparência da Prefeitura em divulgar os critérios da “evolução funcional” dos servidores, causa indignação e revolta da categoria. O que deveria ser transformado em motivação, acaba tornando um desestimulo, tamanho a obscuridade que persiste, tanto nas avaliações, bem como na divulgação dos servidores “beneficiados” com a mesma.
Relatamos isso, visto ao grande número de servidores que em apenas 2 dias procuraram nossa entidade para reclamar.
Diante da insatisfação da categoria, passamos para o jurídico do Sindicato, para analisar quais medidas podem ser tomadas para amparar a categoria.
Saudações.

Feito isso, os comentários surgiram, de funcionários da ativas, aposentados, familiares de funcionários, todos em tom de crítica à concessão da evolução funcional sem o que eles consideram, a devida transparência.

A internauta Cris Silva disse: “Um balde de água fria!”. Regiane Nogueira Zelli, em seguida, emenda: “Que situação”. Para Sidney Carlos Schalch, é importante que “lembremos disso e outras atitudes que prejudicam os servidores daqui a um ano e pouco (eleições municipais). Não acreditemos em promessas enganosas”.

A internauta de nome Andreia, por sua vez, disse que “é bom resolver mesmo pq já virou uma falta de respeito com os servidores. Na realidade deveria era acabar com isso. Outra coisa, cadê os concursos internos que temos direito? Isso sim, seria uma ótima opção pra valorizar o servidor”. Neide Olmos lamentou: “Infelizmente”.

“Já disse e repito: essa evolução deveria acabar pois não incentiva ninguém, pelo contrário, desmotiva. Esse pessoal q foram contemplados trabalham sozinhos (sic), e os outros q também dão duro?”, pergunta Elisabeth Calistro. Depois, complementa: “Concurso interno tb não vira nada, às vezes ninguém nem fica sabendo, E qdo fica vc vai lá, participa, e o tal concurso já tem endereço certo. É triste, viu?”.

O Sindicato dos Servidores volta a comentar: “Por isso é que conclamamos os servidores a participar das assembleias e reuniões do Sindicato, e, ainda precisamos nos politizar, só assim vamos ser ouvidos e respeitados”.

Danilo Goyano também emite sua opinião, dizendo “estou muito desmotivado, sentido q meu trabalho não teve valor, senti como se tudo aquilo que fiz e faço independente do local onde trabalho não teve nenhum reconhecimento. Falta de respeito com os funcionários que, faça chuva ou faça sol, estão lá, trabalhando”.

Outro funcionário descontente que se manifestou foi Fabrício Henrique Raimondo: “O funcionalismo precisa de união, sem unidade entre os mais de 1200 funcionários não haverá mudança. O processo de avaliação de desempenho é falho desde a criação, mas conseguiram transformá-lo em algo pior do que já foi. O governo não tem olhos e ouvidos para aqueles que conduzem o município. Estamos vigilantes e cabe a nós transformarmos a administração no futuro próximo”.

Milton Monteiro concorda com ele: “Sem dúvida meu amigo Fabrício, dessa vez mais decepção dessa administração”.