Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Tag: Edna Marques

E agora, prefeito?

Como não é novidade para ninguém, por meio de dois projetos, um de Lei (5.644), e outro de Lei Complementar (289), já aprovados pela Câmara de Vereadores em sessão extraordinária na sexta-feira, 11 de novembro, o prefeito reeleito Fernando Augusto Cunha agrupou quatro secretarias, e criou as de Esportes, Lazer e Juventude, e de Zeladoria e Meio Ambiente, e na mesma levada, extinguiu dois cargos de Assessor de Gabinete I, o que não chega a ser lá uma boa notícia.

No total serão 77 funcionários comissionados, dos quais 65 ocuparão os cargos de assessores de Gabinete I e II e os demais ocuparão os cargos de secretários municipais.

Para 2021 serão no total 13 secretarias, incluindo chefe de Gabinete do prefeito e Controladoria Geral do município. Secretarias foram desmembradas ou tiveram suas nomenclaturas mudadas, mas não houve redução nos cargos de secretários.

Vendo a estruturação de apoio ao governo municipal que se iniciará a partir de 1º de janeiro, percebe-se que não muda muito o quadro de assessores de primeiro e segundo escalões do prefeito reeleito.

As novidades serão poucas, talvez nas áreas de Educação e Assistência Social. No primeiro caso, dizem os corredores que a própria atual secretária deverá pegar o boné e voltar à função anterior. Mas, dos nomes ventilados, nenhum notável para ocupar a Pasta.

A menos que haja surpresa.

Na Assistência Social ainda permanece a dúvida se Edna Marques será pinçada da Câmara para ocupar a Pasta, com grandes possibilidades de isso ocorrer.

Até mesmo para que a primeira suplente do DEM, Priscila Seno Mathias Netto Foresti, a Guegué, possa ocupar a cadeira no Legislativo.

Se não, ela pode vir a ocupar uma Pasta no Executivo? O deputado Geninho terá que desatar ainda outro nó, chamado Salata, segundo suplente do Democratas.

Para que ele volte ao Legislativo, teria que sacar mais um dos dois eleitos pelo DEM, caso Edna Marques tenha sido a escolhida para Assistência: Márcio Iquegami. Este iria para onde? Ser a “sombra” de Marquinhos (veja abaixo)? Improvável (mas não impossível).

Salata, como sabemos, já foi secretário de Cunha e saiu “atirando”. Difícil uma reconciliação neste nível, quando há quebra de confiança.

A Secretaria de Turismo, que agora é também de Cultura (incrível que Olímpia, Capital Nacional do Folclore, não tenha a Cultura como secretaria independente), pode permanecer sob o mesmo comando de Beto Puttini, que estaria “pagando para ver” o alcaide peitar os barões do turismo local, já que ele se julga o “xodó” da turma.

Saúde. Os corredores dizem que Cunha não quer correr riscos de trocar o mais ou menos certo pelo inteiramente duvidoso. Bem ou mal, Marcos Pagliuco, até agora, vem segurando o “rojão” da Secretaria mais visível do governo.

Uma troca abrupta, por certo, provocaria rupturas um tanto violentas que podem acarretar retrocesso nas ações, dada a necessidade do novo detentor se “aclimatar” no cargo, com o pessoal, e nas ações.

A alternativa possível é Cunha colar uma “sombra” em Marquinhos, por um certo período, talvez meio ano, um ano, para depois fazer a troca. A ver.

No tocante ao vereador Fernando Roberto da Silva, o Fernandinho, do PSD, parece que caminha para se concretizar sua saída do Legislativo, para ocupar a nova secretaria de Esportes, Lazer e Juventude, seu sonho de consumo.

Se não for isso, com certeza o nome a ser escolhido sairá de sua manga do colete.

Já a Zeladoria e Meio Ambiente parece ter destino certo, as mãos de Tina Riscali, que disse na análise anterior, ficaria na Daemo Ambiental. Mas, faz sentido que ela vá para esta nova Pasta, “mais leve”.

Assim, Cunha pode acomodar ali outro compromisso político que por ventura tenha. Falam em Marcão Coca, que na gestão Geninho passou uma temporada por lá. Portanto, tem cancha.

Só não se sabe o tamanho da importância de Coca no universo político de Cunha.

A Secretaria de Agricultura está com um interino, técnico, que dificilmente permanecerá, já que a Pasta é de forte apelo político.

Para ela, no entanto, até agora nenhuma especulação forte de nomes. Será outra grande surpresa quem quer que seja nomeado para ocupá-la.

Depois tem as secretarias menores ou de ordem interna, mas não sem importância política ou estratégica, como as secretarias de Governo e Finanças.

No primeiro caso, parece que o atual detentor será “rebaixado” para outra função na assessoria de Gabinete, carecendo de uma forte especulação sobre quem o sucederá.

O mesmo acontece com Mary Brito Silveira, de Finanças, se realmente fizer as malas para São José do Rio Preto.

A grande novidade será o nome para ocupar a função. Sem especulação forte, também, já que não se poderá, neste caso, lançar mão o prefeito, de um arranjo político, dada a função estratégica do setor.

Enfim, poderá ser tudo isso, um pouco disso, ou nada disso. O prefeito tem o livre arbítrio e suas próprias convicções para surpreender este blog e a tantos quantos se debruçaram sobre ele para a leitura do raciocínio aqui exposto.

Em artigo publicado no Diário da Região, de São José do Rio Preto, do qual copiamos o título, Fernando Augusto Cunha dá a entender que “já está definida a equipe nos cargos principais”.

Basta, então, anunciá-la. Provavelmente já nesta semana entrante poderemos por fim às nossas (in)certezas. Oxalá!

Um exercício de imaginação sobre a Mesa e secretarias

No dia 1º de janeiro, será a posse dos eleitos e a consequente eleição para a Mesa Diretora. Ainda não se sabe como isso se dará. Resta à Câmara decidir (A diplomação será virtual).

Sobre este tópico já comentamos no artigo anterior, mas há sempre novidades: tudo indica que Fernando Roberto da Silva, o Fernandinho, do PSD, irá assumir a Secretaria de Esportes, que terá que ser desmembrada de Cultura, onde está hoje. Talvez fique Secretaria de Esporte e Lazer.

Assim, não é absurdo pensar-se em Zé Kokão, do Podemos, na presidência. Reza a lenda que ele é homem da confiança do prefeito reeleito Fernando Cunha, mais que qualquer outro que tenha sido eleito por sua coligação.

Márcio Iquegami e Edna Marques, ambos do DEM, são da confiança do deputado Geninho Zuliani, não inteiramente de Cunha.

Cristina Reale, também do PSD e Tarcísio Cândido de Aguiar, eleito pelo MDB, parecem não terem sido boas experiências para o prefeito, indisposição que teria crescido ao longo da campanha eleitoral.

Quanto a Hélio Lisse, outro peessebista que poderia ascender ao cargo, por enquanto são só fracas especulações, embora seus fortes desejos. Há resistências. E ainda que se rebele, nunca teria votos suficientes.

Dito isso, há outra questão que excita no momento os olimpienses mais chegados às conversas políticas: as secretarias.

Como se comportará o prefeito em relação aos já ocupantes dos cargos? Quem fica? Quem sai?

Dizem que Educação fica. Daemo também. Prodem muito provavelmente, Obras, Engenharia e Infraestrutura, idem. Administração e Finanças podem perder suas titulares para a prefeitura de Rio Preto.

Caso se confirme, serão duas pastas difíceis de serem preenchidas. Mas, ao mesmo tempo, mais duas vagas para contemplar parceiros.

Controladoria Geral sem sustos, é ocupada por funcionária de carreira. Gestão e Planejamento também não deverá sofrer mudanças, pois seu ocupante foi colaborador de primeira hora de Cunha quando este ensaiava sua primeira candidatura e, salvo rusgas aqui e ali, deverá permanecer.

No Turismo, o atual secretário deverá manter-se, até por força de acordo político e por reivindicação dos investidores no player turístico da cidade. Só que Beto Puttini é também, cumulativamente, secretário de Cultura, Esporte e Lazer. E aí começam as “mexidas”.

Falamos de Fernandinho lá em cima, que deve ir para a Secretaria de Esportes, a ser criada após desmembramento de Cultura e Lazer. Talvez fique também com Lazer.

Percebam que abrirá uma vaga para secretário, já que o alcaide não irá deixar de contemplar parceiros, tendo a faca e o queijo nas mãos. Resta saber quem será o nome da Cultura.

E a Secretaria de Governo? Seu ocupante alçou ao cargo por engenharia partidária, mas segundo alguns próximos, teria acumulado dissabores ao chefe, embora não se saiba se a ponto de cortar-lhe a cabeça.

Mas, há compromissos a serem saudados, e com o atual secretário, vantagem política nenhuma terá o prefeito. Portanto…

Aí chegamos a um nó górdio deste governo. A Saúde. Pagliuco fica, ou Pagliuco sai? Se sair, quem ocupará sua cadeira? No entorno político do prefeito há dois médicos: Márcio Iquegami e Dr. Antônio.

O primeiro, eleito vereador, o terceiro mais votado entre os dez, assimilaria as críticas que por certo virão de seus 1.156 eleitores? Aliado a elas, teria condições de garantir uma gestão livre da crítica popular e mais profícua que a de Pagliuco?

Dr. Antonio, por sua vez, passada a estranheza inicial de olimpienses, devido a episódios retroativos, poderia ganhar a simpatia da opinião pública a posteriori, caso se mostre competente e resolutivo na área.

Mas, pode ser que Cunha tenha um terceiro nome na manga ou decida por manter o atual ocupante da Pasta, o que parece improvável.

Assistência Social. Fala-se muito, ainda, no nome de Edna Marques, sexta vereadora mais votada, pelo DEM, por seu conhecimento do setor. Mas, o detalhe havido com Iquegami é também o seu detalhe. Como se justificar perante os seus 943 eleitores?

Ou isso é de somenos importância? Resolvida esta equação e dando asas aos indícios, ela até pode deixar a Câmara. E depois arcar com as consequências. O cargo, então, hoje ocupado por uma técnica, voltaria a ser de teor político (Mas, caso queira não abalar as estruturas, Cunha pode lançar mão de Priscila Seno Mathias Netto Foresti, a Guegué).

Por fim, Agricultura, Comércio e Indústria. Olha que, dependendo das circunstâncias, esta Secretaria pode até ser desmembrada? E dois nomes despontariam como fortes candidatos a ocuparem as Pastas: aqui também Priscila Seno Mathias Netto Foresti e Luiz Antonio Moreira Salata, ambos suplentes, nesta ordem, do DEM.

Salata já ocupou a Agricultura. Não deu certo. Brigou com o chefe e saiu falando mundos e fundos do Governo. Mas, depois se juntou, pediu votos e está aí, flertando com a sorte.

O lado bom de lançar mão desta solução, é que Cunha não precisará sacudir radicalmente as estruturas da Câmara, já que estaria tirando de lá apenas um vereador.

E todos envoltos em compromissos primeiros de campanha, estariam contemplados. Embora as rupturas…

Blog do Orlando Costa: .