Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Página 4 de 161

RMDPLF, as exclusivas da semana

Repasses de ICMS e IPVA
Ainda que a situação do cidadão como um todo esteja difícil, uma coisa que é economicamente certa em sua vida é o pagamento de impostos. Dinheiro que volta ao seu município, teoricamente para que o poder público possa transformá-lo em obras e novos equipamentos urbanos.

Além de certo, o imposto a ser pago pelo cidadão tem sido alto, a julgar pelo retorno baseado no Índice de Participação dos Municípios no “bolão” estadual, que no caso de Olímpia, até setembro passado, foi de mais de R$ 51,2 milhões, somando ICMS, IPVA, IPI e a chamada “Compensação” Financeira sobre Exploração de Gás, Óleo Bruto e Xisto Betuminoso.

No período em questão, janeiro a setembro, Olímpia recebeu R$ 38.725.617,01 em ICMS, sendo o mês de maior repasse março, com mais de R$ 5,3 milhões, seguido de agosto, com mais de R$ 4,92 milhões. O IPVA, por sua vez, “rendeu” aos cofres públicos R$ 12.146.818,50, de janeiro a agosto, sendo o maior volume recebido, claro, em janeiro, na ordem de R$ 4,613 milhões e em menor volume, agosto, com apenas R$ 596.596,95.

O chamado Fundo de Exportação, que na verdade é o recolhimento do IPI das empresas exportadoras da Estância, retornou em R$ 231.127,72, enquanto a “Compensação” ficou em R$ 171.332,52. Na soma geral, janeiro se destacou com um volume recebido de R$ 8.669.819,69, seguido de março, com total de R$ 6.749.412,15. Em valores exatos, até o mês passado Olímpia recebeu do Estado R$ 51.274.895,74.

De janeiro até setembro de 2021, a Estância Turística de Olímpia havia recebido em repasses do Governo do Estado, valores pouco superiores a R$ 43,619 milhões, dentro de sua cota-parte em ICMS, IPVA, Fundo de Exportação-IPI e “Complemento”.

Em ICMS eram R$ 33,48 milhões, seguido do IPVA, que rendia R$ 9,75 milhões. Já os repasses em IPI e a chamada “Compensação financeira”, alcançavam, respectivamente, R$ 271 mil e R$ 114 mil. Na totalização do período, os repasses ficaram, então, 17,5% abaixo nos nove meses comparados com este ano.

Os valores repassados correspondem a 25% da arrecadação do imposto, que são distribuídos às cidades com base na aplicação do Índice de Participação dos Municípios (IPM) definido para cada cidade. No caso, o nosso em 2022 teve acréscimo de 1.6% passando a ser de 0,12138048.

Município abre consulta pública para
Plano Municipal de Saneamento Básico

A prefeitura da Estância Turística de Olímpia abre a partir de hoje, 13 de outubro, o processo de consulta pública via internet para o cidadão poder opinar ou dar sugestões ao Plano Municipal de Saneamento Básico, a fim de contribuir no processo de elaboração e aprovação do Plano, conforme determinação da Lei Federal nº 11.445/07 e da Lei Municipal nº 4.763/2022.

A Consulta Pública tem por objetivo colher contribuições e informações que auxiliarão no processo de elaboração e aprovação do Plano Municipal de Saneamento Básico. Instrumento de transparência e participação social, a Consulta permite que os interessados encaminhem suas contribuições a respeito da Minuta do Plano Municipal de Saneamento Básico, bem como seus pedidos de esclarecimento a respeito dos documentos apresentados.

Poderão participar desta Consulta Pública pessoas físicas ou jurídicas interessadas na matéria. Os interessados em participar poderão fazê-lo analisando a minuta do Plano Municipal de Saneamento Básico e estudos que a fundamentam, que estão disponíveis, a partir de hoje, 13 de outubro, no site da Prefeitura Municipal da Estância Turística de Olímpia.

As contribuições deverão ser feitas por escrito, obedecendo ao formulário online disponível no site, e enviadas até às 18 horas do dia 28 de outubro. As contribuições também poderão ser protocoladas na Prefeitura Municipal da Estância Turística de Olímpia, na Nove de Julho, aos cuidados da Secretaria de Planejamento e Finanças, com preenchimento do formulário padrão disponível no site.

Somente serão apreciadas as contribuições que contenham identificação do participante e contato (telefone e e-mail) e que estejam devidamente inseridas no formulário padrão (disponível no site da Prefeitura Municipal da Estância Turística de Olímpia juntamente com as minutas do Plano Municipal de Saneamento Básico).

Decreto aprova Regimento Interno do Conselho
Municipal de Usuários dos Serviços Públicos

Por meio do Decreto nº 8.567, de 7 de outubro de 2022, o Executivo Municipal está aprovando o Regimento Interno do Conselho Municipal de Usuários dos Serviços Públicos, regulamentado pelo Decreto Municipal nº 8.089, de 6 de maio de 2021, e que será regido pela sigla Comusp, órgão colegiado, de caráter consultivo.

O Conselho irá se reunir em sessões plenárias, decidindo, após discussão e por maioria de votos, todas as matérias de sua competência. O Conselho terá a seguinte estrutura: Plenário; Diretoria Executiva e Comissões. O Plenário sendo o órgão soberano, compondo-se de membros em exercício, com direito a voz e voto. É por onde se iniciarão as discussões.

A Diretoria Executiva será composta de um Presidente, um Vice-Presidente e uma Secretaria-Executiva.

A Política Municipal de Proteção e Defesa do Usuário de Serviços Públicos tem como objetivos promover a participação do usuário na Administração Pública, de acordo com as formas previstas na legislação pertinente, assegurar a participação e o controle social dos cidadãos sobre a prestação de serviços públicos, fomentar e incentivar a adoção de mediação e conciliação de conflitos entre particulares e a Administração Municipal, etc.

Visando à realização dos seus objetivos, na execução dos serviços públicos, serão observadas as seguintes diretrizes: respeito e cortesia no atendimento aos cidadãos; presunção de boa-fé dos cidadãos; utilização de linguagem clara, objetiva e compreensível, evitando o uso de siglas, jargões e estrangeirismos; simplificação dos processos e requisitos para atendimento, com foco na melhoria dos serviços públicos, vedada a imposição aos cidadãos de exigências não previstas na legislação; transparência nos procedimentos de atendimento, possibilitando o acompanhamento pelo usuário requisitante e a disponibilização de informações claras e precisas sobre os serviços públicos oferecidos, além de efetividade no atendimento, pautando a atuação conforme as necessidades e expectativas dos cidadãos, publicidade dos horários e procedimentos, compatíveis com o bom atendimento ao cidadão, etc.

Prefeito encaminha projeto sobre
piso dos professores à Câmara

O prefeito Fernando Augusto Cunha protocolou na manhã de ontem,  quinta-feira, dia 13 de setembro, o projeto de Lei 5.911/2022. O projeto trata da alteração do anexo V da Lei nº 2727/1999, que institui o Plano de Carreira, Vencimentos e Salários para os integrantes do quadro do Magistério da Secretaria Municipal de Educação.

Mais exatamente, trata-se da adequação do piso salarial dos professores da Estância Turística de Olímpia à Portaria nº 67, de 4 de fevereiro de 2022, do Ministério da Educação. Com a aprovação da propositura, o que deve acontecer na sessão ordinária do dia 24 próximo, já que o projeto foi protocolado com pedido de urgência, os valores recebidos pelos integrantes do Magistério serão reajustados de acordo com o Piso Nacional da Educação Básica Pública, aprovado em fevereiro deste ano, cujo valor teve acréscimo de 33% na comparação com o ano passado.

A adequação do município com relação ao Piso Nacional da categoria vem ao encontro da política de valorização da Educação na cidade, comprovando o esforço que os poderes Executivo e Legislativo vêm tendo para a melhoria das condições para os servidores públicos locais. A conquista está sendo atribuída ao empenho dos sete vereadores que compõem a bancada situacionista na Câmara.

A Escala de vencimentos constantes do projeto a ser modificada no Anexo V da Lei 2.727/99 vem dividida em três tabelas, com três modalidades de carga horária: 30, 24 e 20 horas semanais, enquanto os valores expressos dividem-se em 10 níveis nas três tabelas e em faixas I e II, cada nível um valor de piso, que são iguais nas faixas I e II.

Por exemplo, na TABELA I, para 30 horas semanais, a tabela começa com R$ 2.884 para Nível I, faixas I e II. Na Tabela II, para 24 horas semanais, o piso parte de R$ 2.307,60, também Nível I, faixas I e II, enquanto na tabela III, 20 horas semanais, o piso parte de R$ 1.923 no nível I, e nas faixas I e II.

Nestas mesmas faixas, mas no nível X, por exemplo, o maior da tabela, os valores são, respectivamente, de R$ 3.749,85 para 30 horas, R$ 2.999,88 para 24 horas e R$ 2.499,90, para 20 horas semanais, respectivamente. Há dez variações de valores, um para cada nível.

Lei Complementar restringe salário-família
ao municipal ‘de baixa renda’ que receba
no máximo três salários mínimos
A Lei Complementar nº 265, de 13 de outubro de 2022, aprovada pela Câmara de Vereadores e publicada na edição desta quinta-feira, 13 de outubro do Diário Eletrônico do Município está alterando o que dispõe o Artigo 180, da Lei Complementar nº 01, de 22 de dezembro de 1993, que por sua vez dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Município, para estabelecer que o salário família só será paga ao municipal efetivamente pobre.

O Artigo 180 da referida Lei está contido na Seção VI – DO SALÁRIO FAMÍLIA, e passa a vigorar agora com a seguinte redação: “Art. 180. O salário família será concedido a todo servidor ativo “de baixa renda”, considerado aquele que perceber a título de remuneração até três salários mínimos.

Sobre quem tem direito a receber, o texto permanece o mesmo: filhos e enteados menores de 18 anos de idade; filho inválido; filho solteiro, se estudante, até 21 anos de idade; o cônjuge ou companheiro(a) e o menor de 18 anos que, mediante autorização judicial, viver na companhia e às expensas do servidor. O Parágrafo único também permanece o mesmo: “O valor do salário-família corresponderá a 5% do menor vencimento pago pela respectiva entidade, por dependente”.

Funcionalismo municipal já tem horários
flexibilizados para a festa da Copa do Mundo

Por meio do Decreto nº 8.569, de 11 de outubro de 2022, o prefeito Fernando Augusto Cunha está alterando o funcionamento das repartições públicas municipais, nos dias em que houver jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, que começa em 20 de novembro próximo, no Catar, país do Oriente Médio.

Diz trecho do Decreto: “Considerando que, no horário da realização dos jogos disputados pela Seleção Brasileira, todas as atenções estarão voltadas para o referido evento esportivo; Considerando que o fechamento das repartições públicas municipais, nos dias de jogos, deve se efetuar sem redução das horas de trabalho a que os servidores públicos municipais estão sujeitos nos termos da legislação própria; e Considerando ainda, a necessidade de se continuar a prestar os serviços considerados essenciais, bem como de se manter o funcionamento das creches municipais, (o prefeito Fernando Cunha) D E C R E T A:

Art. 1º – O expediente das repartições públicas municipais será encerrado antes do início dos jogos da Seleção Brasileira de Futebol, nos seguintes horários: das 7h30 às 15h, quando os jogos forem às 16h; das 7h30 às 12h, quando os jogos forem às 13h.

Parágrafo único. A alteração do expediente das repartições públicas municipais, a partir das oitavas de final, só prevalecerá mediante classificação da Seleção Brasileira, conforme o disposto neste artigo. Art. 2º, os servidores deverão compensar as horas não trabalhadas, conforme escala organizada pelos respectivos Chefes de Seções.

Art. 3º – As disposições constantes do artigo 1º não se aplicam aos setores que prestam serviços considerados essenciais, bem como às creches municipais, os quais terão expediente normal nos dias assinalados no mencionado artigo 1º deste decreto”.

E agora, é vida que segue, dupla dinâmica?

Há exatos dois meses e dois dias se completando hoje, questionávamos aqui se a dupla então formada Rodrigo Garcia/Geninho Zuliani como candidatos à reeleição de governador e seu vice, seria “uma jogada de mestre” ou “um tiro no pé”. Quem leu em Geninho vice de Garcia, ‘jogada de mestre’ ou ‘tiro no pé’?, postado em 6 de agosto, quando do anúncio-surpresa da dobradinha, vai se lembrar.

A dupla, que de imediato foi apelidada de “pão-com-pão”, por representar um mesmo segmento de público-eleitor, causou surpresa com o anúncio a tantos quantos aguardavam um ou uma vice chave para Garcia, e um Geninho aguerrido na busca pela reeleição à Câmara Federal, a condução “quadradinha” e perfeita para a campanha de ambos, na visão dos entendidos.

Notem que os dois separados seriam um a força do outro, engrenagens que se retroalimentariam. Juntos, perderam força. Fraqueza que, aliada à mesmice e à apatia da campanha, à falta de uma identidade ideológica, e até mesmo à tentativa de esconder o patrono João Dória, que lhes dera a oportunidade de galgar o posto máximo do Estado, custou o futuro político de ambos.

Para muito além do desaforado “eu avisei”, seria interessante para quem não o fez e mesmo para aqueles que o fizeram poder refrescar a memória, uma busca nos nossos arquivos pelas postagens que trataram unicamente de Garcia e Geninho, a partir de 6 de agosto.

Ali está contada a trajetória da malograda campanha, seu começo errático, seu desenrolar anempático envolto em um tanto de soberba e arrogância, e tão pouco em criatividade, ousadia e firmeza.

O resultado, que trataremos agora, todos já sabem. Assim como todos já sabem o constrangimento que foi Garcia e Geninho se atirarem nos braços de Bolsonaro e serem rejeitados por Tarcísio de Freitas, o candidato ao posto de governador, chamado de “carioca” pela campanha rodriguista, e até mesmo por Bolsonaro, cuja expressão facial ao lado de Garcia deu bem a medida do seu desprezo.

A nosso ver, este “pulo do gato” tentado, à revelia dos cabeças do partido, daqueles que fundaram a histórica sigla, que há 30 anos detinha o Estado nas mãos, falhou, da forma mais retumbante e vexatória possível.

Na “trilha” de postagens deste blog o leitor vai perceber que fazíamos o alerta quanto à possibilidade de Garcia vir a ser o “coveiro” do PSDB no Estado, e quanto isto lhe custaria politicamente.

Porém, a situação se torna ainda mais grave quando este, não contente em tirar a sobrevida dos tucanos no país, ainda correu de imediato a jogar seus restos na vala da extrema-direita, de onde os figurões do tucanistão trataram de tirar.

Ou alguém vê ou ouve falar do apoio de Garcia e Geninho na campanha bolsonarista ou tarcisista, este ainda dizendo que “não fazia sentido” estar ao lado de Garcia ou, traduzindo, não precisava dele para ter os votos dele. Vergonha alheia à máxima potência.

Não nos arrogando vaidades desnecessárias, e tirando o acontecimento inesperado e atabalhoado da dupla se bandeando para o lado da “força do mal”, este blog narrou ponto a ponto a caminhada já antevendo seu resultado, nas entrelinhas.

Não por vidência, adivinhação ou coisa que as valha, mas muito mais por capacidade de observação e compreensão do que estava acontecendo, para nós algo impressionante que pessoas tão preparadas no entorno da dupla não estivesse percebendo. Sabem o tal do óbvio ululante? Então…

Interessante que se diga também que, até hoje, Geninho e Rodrigo Garcia nunca haviam perdido uma eleição. Rodrigo desde os tempos em que fazia uma dobradinha imbatível com Kassab -para os braços de quem, dizem, escolheu voltar ao pedir “bênção” a Tarcísio em São Paulo (Kassab é um dos principais coordenadores da campanha do “carioca”)-, e Geninho, que quando perdeu, ganhou.

Explico: Quando decidiu disputar uma cadeira à Câmara de Vereadores na Estância, em 1996, o então muito jovem Zuliani empatou em número de votos com o saudoso Vicente Augusto Baptista Paschoal, o Guga, que acabou tomando posse por ser mais velho. Ambos receberam 438 votos.

Passados alguns poucos meses, Zuliani acabou assumindo enquanto primeiro-suplente do PMDB, em lugar de Nego de Melo, que adoecera. A partir daí, o olimpiense que se bandeou para São José do Rio Preto não perdeu mais nenhuma eleição. Até o último domingo. Agora resta saber o que será de ambos no âmbito político-eleitoral.

É de se imaginar que Garcia está envolto numa situação absurdamente desagradável frente aos “caciques” tucanos e, não demora muito vai voltar às suas origens, à direita que não ousa dizer o próprio nome. Por si mesmo, ou por defenestração. Ele não tem mais o que fazer no partido, não agregou coisa alguma, não faz um bom “resto” de gestão, não edifica o “santo” nome PSDB.

E Geninho? De líder de uma fração antes do DEM hoje União Brasil, passará a ser um coadjuvante implorando por espaços e atenção? Não é do seu feitio. Mas fica a impressão de que a partir de 2023 será um mero segundo ator no meio desta plêiade de gigantes da política esquizofrênica que se faz no país.

Vão amargar quatro anos de ostracismo?

E Geninho nem pode alimentar pretensão de voltar à prefeitura de Olímpia daqui a dois anos, pois seu gesto de mudança para Rio Preto soou aos corações dos olimpienses um menosprezo, diminuídos que foram ante a gente rio-pretense, entendida como mais “gente” que a “gente” da Estância.

E não deve alimentar sonhos de se candidatar em Rio Preto junto com Garcia, que por lá houve gente mais vitoriosa que eles, que perderam feio, ficaram na terceira posição, com mais de 79,2 mil votos de vantagem para Tarcísio de Freitas. E, pasmem!, quase 2,9 mil votos abaixo de Haddad -Garcia recebeu 50.429 votos em Rio Preto, dos 239.043 válidos. E a cidade elegeu deputados.

E em Olímpia, na “hora da onça beber água”, Garcia até que foi bem, se contarmos apenas o resultado final, quando recebeu só 561 votos a menos que Tarcísio -11.940 a 11.379.

Tratando cá da nossa província, se Zuliani não tivesse tomado a decisão que tomou, e permanecesse como fiel da balança por aqui, não estaria claro que talvez Garcia recebesse quantia bem superior de votos? Ou, quantos anti-petistas votaram em Tarcísio por “ranço” a Garcia motivado pelo vice?

Claro que maior número de votos aqui, em nada mudaria o quadro de derrota estadual. Mas manteria Zuliani como o histórico vitorioso desta urbe. Achamos que vencer aqui serviria para pelo menos alimentar seu ego. Fazê-lo sentir que ainda possuía uma “residência” política não-física. Mas, perder aqui, também, fez dele um pária eleitoral.

São questões que ficam. Pormenores, porém, nem tão desimportantes. E talvez seja cedo para cravar aqui que a dupla dinâmica está morta e enterrada em suas pretensões. A política é dinâmica. Geninho é dinâmico.

Deste modo, o bom senso nos diz para aguardarmos os próximos capítulos. Assim que a poeira assentar, vai ser possível vislumbrar o horizonte. E lá estará a luz. Resta saber, com que intensidade…

Campanha de Garcia retrata a ‘angústia do goleiro na hora do pênalti’

O governador candidato à reeleição, Rodrigo Garcia, e sua trupe, podem bater os pés e dizerem que não, mas a candidatura do tucano para permanecer no Bandeirantes deu uma estacionada. Uma inesperada e trágica estacionada. Não é segredo para ninguém que já se dava como certo Garcia atropelar Tarcísio de Freitas, o candidato bolsonarista que nem se lembrou do nome do colégio onde votará, mas isso não aconteceu.

Também não é segredo para ninguém que essa realidade gelou as espinhelas de tantos quantos já davam como certa a disputa, a partir daqui, de Garcia contra Haddad e sua aposta no antipetismo. Mas, embora ainda venha insistindo nesta tese e arrogantemente ignorando o bolsonarista, o governador tucano sabe em seu íntimo que, para chegar a Haddad precisará antes, transpor o aparato de arame farpado que é Tarcísio.

Acreditamos que todo mundo mais próximo do círculo da campanha de Garcia sofreu um baque. A semana foi de total frieza no tocante aos atos de campanha. E contra isso o tucano precisa lutar. Então vejam que Garcia tem uma primeira barreira a transpor, que é a da contaminação pelo desânimo, de sua trupe. E esta semana já deu para sentir uma campanha mais esvaziada.

Feito isso, deve partir então para a barreira de arame farpado que é Tarcísio em seu caminho, que aliás esta semana, não bastasse a surpresa ruim do Datafolha na quinta-feira, e até mesmo do Ipespe/TV Cultura ontem de manhãzinha, que manteve Garcia no mesmo lugar, ainda surge a figura de um prefeito dos arredores da capital com artilharia pesada contra a campanha tucana.

A saber: Acusado de ligação com o PCC, o prefeito de Embu das Artes, Ney Santos (Republicanos), usou suas redes sociais para ameaçar o governador Rodrigo Garcia. O prefeito falou em “revelar detalhes” do que o irmão do tucano, Marco Aurélio Garcia, teria feito, segundo ele, “a pedido” do chefe do Palácio dos Bandeirantes.

Em uma publicação em seu Instagram, Santos afirmou que era “parceiro” e mantinha “intenso contato” com Garcia no “palácio do governo e em outros lugares”. “Ou já se esqueceu?”, indagou. E prosseguiu: “Por que não olha para dentro de sua própria casa, como, por exemplo, para seu irmão Marco Aurélio Garcia, que deve muita explicação à polícia e ao povo paulista, ou o senhor quer que eu exponha detalhes do que ele fez ao seu pedido e ainda está fazendo nesse exato momento?”. Tirombaço.

Explica-se: O irmão do governador foi condenado por lavagem de dinheiro sob a acusação de integrar a Máfia do ISS. Denunciado pelo Ministério Público de São Paulo, o grupo de fiscais da Fazenda da Prefeitura de São Paulo foi denunciado por cobrar propinas de empreiteiras.

Mas, foi Rodrigo quem começou, ao colocar em sua propaganda eleitoral a imagem do prefeito como integrante do PCC parceiro de Tarcísio, numa cena em que o candidato carioca diz: “Estamos juntos”. Mexeu num vespeiro, porque isso pode lhe render desagradáveis “ferroadas” eleitorais. Tarcísio, por sua vez, se cacifou. E bem cacifado. Do tipo: “Vem que tem”.

Mas, enfim, a pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada no início da noite de quinta-feira, dia 22, indica um cenário de estabilidade, com o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) na liderança, com 34% das intenções de voto ao governo de São Paulo, oscilando negativamente dois pontos percentuais. Empatados tecnicamente na segunda colocação, aparecem Tarcísio, com 23%, e o atual governador Garcia, com 19%.

O levantamento anterior, publicado na quinta-feira da semana passada, dia 15, já indicava Haddad à frente dos adversários, com 36%, e o mesmo cenário de empate técnico entre Freitas e Garcia, que tinham 22% e 19%, respectivamente.

Na última rodada da pesquisa, há uma semana, a briga por uma vaga no segundo turno se acirrara entre Rodrigo, que subira quatro pontos, e Tarcísio, que variara um ponto para cima na ocasião. Observem que os quatro pontos de Garcia se juntou ao longo da campanha até o dia 15. E no dia 22, estagnou. Já Tarcísio vem crescendo um pontinho outro pontinho em todos os levantamentos.

Quem tem acompanhado as postagens deste blog que trata da campanha estadual vai reconhecer que a linha traçada em todas elas está se consumando. Então, não foi por falta de aviso. Até o desenho da transferência de votos antecipamos aqui (‘Pega-pega’ entre Rodrigo e Tarcísio é a incógnita do 2º turno) e o Datafolha o repete agora.

Se não, vejamos: “No segundo turno, a pesquisa mostra um cenário mais apertado entre Haddad e Rodrigo (5 pontos) do que entre o petista e Tarcísio (11 pontos), o que tem estimulado a estratégia tucana de pregar o voto útil no governador contra o PT”, diz o Instituto.

“Haddad tem 46% contra 41% de Rodrigo (era 47% a 41%, uma diferença de 6 pontos, na última pesquisa, mas observem que Garcia não saiu do lugar). Entre Haddad e Tarcísio, o placar é de 49% a 38% a favor do petista (antes era de 54% a 36%, diferença de 18 pontos, mas observem a queda vertiginosa do petista e a subida em dois pontos do carioca; talvez o antipetismo apregoado por Garcia esteja rendendo mais para o outro que para si).

Se a segunda etapa ocorrer entre Haddad e Tarcísio, os eleitores de Rodrigo iriam para Tarcísio (45%) e Haddad (35%). Já se o segundo turno for entre Haddad e Rodrigo, os eleitores de Tarcísio declaram migrar para o tucano em sua maioria (67%) ante 11% para o petista (Vejam no post marcado acima esta mesma radiografia).

Até na espontânea Garcia amarga esquecimento. De acordo com a pesquisa, Haddad marca 21% (tinha 19%), Tarcísio 13% (era 12%) e Rodrigo mantém os 9%. Ou seja, uma campanha via TV e redes sociais ineficaz?

E agora vejam isso: Os eleitores de Haddad e Tarcísio são os mais convictos. São 67% de decididos para ambos, enquanto 32% do ex-prefeito podem mudar e 33% do ex-ministro podem mudar. Para Rodrigo, as marcas são de 59% de convictos, mas 41% podem mudar. O que neutraliza a intenção de segunda opção de voto nele, que é de 20%.

A entourage de Garcia não se manifestou nas redes sociais quanto ao Datafolha como vinha fazendo ao longo dos últimos levantamentos, e já se sabe porquê. Mas, atitude diferente teve quanto à pesquisa Ipespe/TV Cultura divulgada ontem de manhã, afirmando que “Rodrigo sobe 5 pontos e fica empatado em segundo lugar”. Aí a própria assessoria se incumbiu de distribuir o material.

Segue o texto afirmando que Rodrigo “registrou o maior crescimento entre os outros candidatos na pesquisa Ipespe/TV Cultura, que divulgou nova rodada de números nesta sexta-feira (23). O atual governador de São Paulo subiu 5 pontos, chegou a 21% e está em segundo lugar, tecnicamente empatado com Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 23%”.

Estes “5 pontos”, observem, foi angariado ao longo da campanha, a partir do dia 9 de setembro, não foi na última semana. Aliás, é bom que se diga, Garcia ficou no mesmo lugar apontado pelo Datafolha um dia antes.

Não teve como fugir dos 23 pontos de Tarcísio. Que aliás cresceu apenas dois pontos neste mesmo período, mas suficientes para jogar o governador paulista para a terceira colocação, numericamente falando.

E vejam outro dado preocupante: a situação de empate técnico entre ambos nos vários segmentos medidos pelo Ipespe, exceto apenas entre os jovens, a menor parcela do eleitorado. “Rodrigo tem desempenho melhor do que Tarcísio em alguns segmentos de voto, como a preferência entre as mulheres (20% a 17%), entre os jovens de 16 a 24 anos (20% a 11%), entre os eleitores acima de 60 anos (25% a 22%) e entre aqueles que recebem até dois salários-mínimos (18% a 14%)”.

Portanto, senhoras e senhores, é árdua a luta e íngreme a estrada a ser percorrida por Garcia nestes oito dias que faltam, contando hoje e não contando o dia do voto. A bem da verdade, não lhe falta muito em termos quantitativos. No caso dos 19%, Garcia teria garantidos 6,586 milhões de sufrágios.

No caso dos 21%, teria 7,280 milhões. Com 23%, Tarcísio detém 7,973 milhões. Então, no primeiro caso, Garcia precisa correr atrás de, no mínimo, mais 1,387 milhão de votos, enquanto no segundo caso, mais 700 mil. Em tese, certo, cálculo feito a grosso modo, somente a título de ilustração.

Bem observado, não é muita coisa para quem tem a máquina, a estrutura do estado e, segundo a campanha, “a maioria dos prefeitos dos paulistas”, além de 99,99% dos prefeitos da Região Metropolitana de São José do Rio Preto”, composta de 37 municípios e quase 700 mil votos. O problema é se esses 700 mil votos já estiverem incorporados à totalização atual de Garcia.

Advirá a debacle. Uma tragédia política sem precedentes. No nível pessoal, de grupo, partidário e de sigla, para o candidato majoritário e seu vice. Ambos estreantes e necessitados de emplacar seus nomes.

Perdendo, Garcia enterra o PSDB em São Paulo o que, por consequência, o enterrará também nacionalmente. Geninho Zuliani enterra seu estreante União Brasil, tornando-o uma sigla sem a menor representatividade no estado e, por consequência, também nacionalmente.

É muito peso nas costas de ambos que, mesmo calejados na peleja, podem vergar. Esta semana que entra veremos a quantas anda a capacidade de mobilização e convencimento da dupla. E na quinta-feira conferiremos no último Datafolha antes da votação. É só o que nos resta fazer.

‘Pega-pega’ entre Rodrigo e Tarcísio é a incógnita do 2º turno

O vento do otimismo parece soprar favoravelmente para os lados da campanha do atual governador Rodrigo Garcia, tucano que tenta a recondução ao cargo, e seu vice Geninho Zuliani, do União Brasil, a dupla “pão com pão” que parece estar “desencravando”.

Os números do Datafolha desta quinta-feira, 15, injetou adrenalina nos candidatos e seus correligionários que agora, mais do que nunca, passaram a apostar em Garcia no segundo turno, e na vitória sobre Fernando Haddad, candidato do PT, que tudo leva a crer está consolidado para a próxima fase da disputa.

Os números da pesquisa divulgado pelo JN e depois espalhado pelas redes sociais e outros canais de TV mostraram o ex-ministro e ex-prefeito petista à frente, com 36% das intenções de voto, depois o ex-ministro de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, com 22%, e o atual governador, Rodrigo Garcia, com 19%. Como a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, haveria um empate técnico no segundo lugar.

Há muito pouco indecisos, na casa dos 7%, enquanto “brancos” e “nulos” somaram 11% dos entrevistados. E o que se vê neste momento, é Garcia crescendo entre os eleitores que não são de Tarcísio nem de Haddad. Porque ambos cresceram também neste levantamento.

Tarcísio vem crescendo na sequência de apurações, como Garcia. Portanto, a prosseguir esta situação, ambos talvez cheguem às urnas em situação de empate técnico se não houver uma disparada de um ou de outro, ou a queda ou estagnação de Tarcísio.

A impressão que dá é que o governador-candidato está conseguindo convencer indecisos e os “brancos” e “nulos”. Portanto, não estaria “virando voto”. Até mesmo porque, quem é Haddad não o deixaria por Rodrigo, o mesmo dizendo dos bolsonaristas, que neste primeiro turno jamais vão abandonar o ex-ministro pelo tucano.

Mas, no cenário de segundo turno, a migração dos votos de Tarcísio para Garcia é grande. A ponto de colocar em risco a superioridade numérica de Haddad. A ponto de levar a trupe garciista a “ter certeza” que num segundo turno com o petista eles levam. A ponto de já se observar que aquilo que estaria ainda num estágio de esperança, já o suplanta e se transforma em estado de arrogância por parte de certos correligionários.

O quadro de segundo turno, mostrado pelo Datafolha, coloca Fernando Haddad com 54% contra Tarcísio de Freitas, que teria os mesmos 36% de Bolsonaro no estado, aparentemente, e contra Rodrigo Garcia, Haddad teria 47% por 41%. Apenas 6% à frente estaria Haddad. Ou quase 2,1 milhões de votos.

Observem a “dança dos votos” apurada aí. Percebe-se que o petista atrai votos de Garcia, porque vai de 36% para 54%, ou seja, ganha 18% dos votos “soltos”, uma bagatela de 6,24 milhões de sufrágios. O bolsonarista, por sua vez, ganharia 14% mais de votos, perto de 4,8 milhões. Ou seja, mais votos de Rodrigo e alguns dos demais candidatos somariam com Haddad.

Porém, a segunda hipótese, Rodrigo versus Haddad torna-se mais reveladora sobre a tendência de migração de votos. Rodrigo pularia de 19% para 41%, ganhando, portanto, 22% dos votos numa cacetada só, presumivelmente votos bolsonaristas da primeira disputa, enquanto o petista perderia 7% do total registrado contra o bolsonarista, batendo nos 47%.

Observem, pois, que Garcia ganha algo em torno de 7,63 milhões de votos e ainda chega à “arena” do segundo turno com quase 2,1 milhões de votos a menos que Haddad.

Tarefa hercúlea a ser desenvolvida pela máquina estatal, que o governador tem usado despudoradamente, na sua necessidade insana de ganhar esta contenda. E não só para preservar a hegemonia tucana entre os paulistas mas, principalmente, para não vir a ser o “coveiro” dela.

O quadro está dado. Sem senões, nem quês, nem porquês. Unicamente baseado nos últimos números do Datafolha, talvez o instituto de maior credibilidade entre políticos, imprensa e pensadores do meio, formuladores de estratégias.

Pode ser que daqui uma semana, quando outro levantamento surgir, tudo tenha mudado. Para melhor ou para pior. E este quadro de agora de nada valha.

Mas, antes de saírem por aí dizendo que Garcia já ganhou a eleição contra o primeiro colocado neste primeiro turno e o de maior intenção de votos no segundo, é preciso tirar uma pedra do caminho, e ela se chama Tarcísio de Freitas.

No momento 3% ou pouco mais de um milhão de votos à frente do governador-candidato. E, repetimos, Garcia não está tirando votos dele, nem de Haddad, à primeira vista.

E se a tendência de subida do ex-ministro de Infra-Estrutura se mantiver neste nível e a de Garcia também? Vamos ter uma corrida de “pega-pega” até o momento final, para se decidir na boca-de-urna? Esta que já foi mais efetiva antes das “amarras” impostas aos pleitos eleitorais pelo TSE?

Bom, logo mais adiante seremos testemunhas de uma espécie de “milagre da multiplicação dos votos”, ou assistiremos a um esgotamento deste crescimento. A partir de amanhã, 18 de setembro, faltarão exatos 15 dias para os eleitores digitarem os números de seus candidatos nas urnas eletrônicas.

E daqui uma semana, com novo Datafolha, teremos novas informações sobre os números da disputa paulista. Podem ser iguais, podem ser diferentes, pode haver reviravolta entre os dois segundo colocados, pode acontecer uma tragédia e Haddad despencar…

Tudo é possível. Mas, acreditamos que então já dará para saber quem a moça bonita do baile -a vitória-, escolherá para a primeira contradança.

MUDANDO DE ASSUNTO:
Arrecadação com IPVA até agora na
Estância está 12% acima de 2021

A arrecadação com o Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores, o IPVA deste ano, em relação a 2021 na Estância Turística de Olímpia, está pouco mais de 12% maior, segundo valores expressos no setor de “Repasses de Tributos a Municípios”, na página oficial da Secretaria Estadual da Fazenda, na internet.

No ano passado, com repasses de valores variáveis por 12 meses, o total da arrecadação ficou em R$ 11.084.517,11. O mês de maior volume em dinheiro foi janeiro, claro, quando o proprietário pode fazer a opção pelo pagamento à vista, rendendo aos cofres da prefeitura, R$ 4.661.879,41.

O mês de menor volume financeiro foi novembro, com apenas R$ 248.033,45, enquanto fevereiro foi o segundo mês de maior valor de repasse, R$ 1.912,566,73, e março o terceiro, com R$ 1.349.983,99. A partir de abril, todos os repasses ficaram abaixo de R$ 500 mil.

Este ano de 2022, os repasses ficaram acima de 2021 mesmo computando-se apenas oito meses até agora, não se sabendo se haverá montante a receber a partir deste mês, uma vez que na segunda semana de repasses, setembro está zerado em IPVA. Os repasses da Fazenda, incluindo o ICMS, Fundo de Exportação e “Complementos”, são feitos sempre às terças-feiras.

Computando-se então oito meses de 2022, o caixa da Estância foi recheado com R$ 12.146.818,50. Porém, na arrecadação de janeiro, no ano passado o montante ficou quase R$ 50 mil acima do deste ano, mais exatamente R$ 48.254,08. Em janeiro 2022 o repasse foi de R$ 4.613.625,33, contra os R$ 4.661.879,41 de janeiro/2021.

O mês de menor arrecadação, desta vez foi julho, com R$ 484.863,74. Fevereiro, igualmente a 2021, foi o segundo em valores, com R$ 1.641.643,89. No quadro deste ano, março, abril e maio tiveram repasses acima da casa de R$ 1 milhão.

A título de informação, computados todos os demais itens dos repasses até a segunda terça-feira deste mês, em oito meses e meio, portanto, Olímpia já recebeu mais de R$ 47 milhões em tributos remetidos como cota-parte à cidade pelo Governo do Estado. Em 2021, nos 12 meses corridos, estes repasses ficaram na casa dos R$ 56,2 milhões.

Periferia também quer a atenção dada ao lado ‘chique’ da Estância…

A pergunta do dia é: o que acontece com o prefeito Fernando Cunha que não consegue dar visibilidade ao seu trabalho enquanto gestor? Por que nas vilas ele é visto como algoz do povo mais humilde e pobre, da classe média-média e baixa?

Será que o alcaide, de fato, só tem os olhos voltados para o turismo, conforme estes segmentos sociais o acusam reiteradamente? E que sempre consideram “migalhas” uma ou outra obra que faz nas periferias da cidade?

Chegamos a pensar que Cunha já havia se reeducado politicamente, deixando de lado o personalismo, o centralismo, a arrogância “dos-que-sabem-tudo-e-os-outros-nada-sabem” mas, ledo engano, ao que parece.

Se o prefeito ainda não sabia disso, ou não havia medido isso com suas ferramentas próprias de consulta popular, há quem o faz presencialmente e apure tal quadro. Em regiões importantes da cidade. De altas densidades populacionais. E, consequentemente, eleitorais.

Acreditamos que por estes tempos eleitorais tanto se me dá o prefeito quanto a este detalhe, uma vez que os nomes a “turbinar” são de alhures e bastam por isso meras formalidades e encenações de partidarismos, para não ter as portas fechadas no amanhã seguinte.

Ainda mais com a cidade perdendo o deputado federal Geninho Zuliani (União Brasil), que embora já tivesse se bandeado para a capital da Região Metropolitana, ainda mantinha laços políticos com a administração, ainda que num esforço de tolerâncias que ambos exerciam.

Piora ainda mais o quadro futuro quando se tem à frente uma muito provável dêbacle dos “meninos dos seus olhos” Rodrigo Garcia e o ainda deputado federal. Embora não nos surpreenderá em nada se ambos não se atrelarem ao governo de turno se, claro, o vencedor for Tarcísio de Freitas.

O cara está totalmente vendido em São Paulo, não conhece um palmo além do nariz deste vasto estado e suas nuances, e a “mão-de-obra” experiente de Garcia e Zuliani bem viria a calhar (conjectura pessoal, ok?, surgida no calor da escrita).

Assim, Cunha houve por bem “liberar geral” para que mais nomes sejam agregados ao seu universo político, uma vez que ainda tem mais dois anos, três meses e vinte dias de governo e muita água para passar por debaixo da ponte do desenvolvimento urbanístico da cidade. Digo urbanístico porque, conforme as narrativas daqui e de acolá, Cunha “só pensa no turismo”.

No tocante ao “liberou geral”, significa que o alcaide abriu as porteiras para seus secretários municipais, comissionados, principalmente os indicados por vereadores, e a própria bancada na Câmara, que apoia determinado candidato a federal, indicado por Zuliani, mas para estadual cada um foi para onde lhe era mais vantajoso, porque é assim que funciona.

Os senhores verão logo abaixo o quão poderosa financeiramente é a Estância Turística de Olímpia e seus parques aquáticos e demais atrativos turísticos, que acena para uma ainda maior diversificação. Para 2023 ele terá o acréscimo de quase R$ 50 milhões em relação aos valores em vigência.

Essa dinheirama toda tem origem no “trade” turístico da cidade, embora haja a participação do próprio cidadão local nas suas contribuições via IPTU, prestação de serviços de toda espécie e comércio, este setor que ainda não vem desfrutando da pujança turística como deveria estar.

Enfim, já disse há algumas postagens atrás que Cunha não tem qualquer dificuldade para tomar conta da cidade, ou não teria que ter (Administrar a Estância não parece um ‘Lego’ de montar?). Basta organização, projetos, bom senso e um pouco mais de preocupação com os demais pontos da cidade (de novo, as narrativas periféricas) e, se tiver atendendo estas regiões no que é possível, fazer estes moradores entenderem isso de uma vez por todas.

E aí entra em ação uma coisa chamada propaganda que, diga-se de passagem, malgrados todos os esforços, tem deixado a desejar. Sempre se comemora tantas e quantas visualizações disso e daquilo nas redes sociais. Se isso é o suficiente, então por que a impressão que fica é sempre a de que as ações de Cunha não têm visibilidade nenhuma?

Em função disso, reproduzo aqui comentário entreouvido outro dia por aí: “O prefeito não dá ouvidos àqueles que vivem na periferia: comunica-se apenas com aqueles que formam o núcleo mais chique da cidade”.

EXECUTIVO ENCAMINHA À CÂMARA
ORÇAMENTO 15,6% MAIOR PARA 2023

A Câmara Municipal da Estância Turística de Olímpia deliberou na segunda-feira passada, em sua primeira sessão ordinária do mês de setembro, o projeto de Lei nº 5887/2022, de autoria do Executivo, que estima a receita a fixa a despesa do Município de Olímpia para o Exercício de 2023.

Para a Câmara, o valor estimado de gastos é 37,78% maior que o deste ano. O Legislativo olimpiense tem tido crescimento substancial em seus gastos. Entre 2021 e 2023 o volume de recursos para os gastos da Casa de Leis passou de 104,89%, saltando de R$ R$ 4.705.000 em 2021, para os atuais R$ 9.640.330.

A estimativa orçamentária geral para o ano que vem está 15,6% maior que a deste ano. O Orçamento Geral do Município de ­­­­­­­­­­­­­Olímpia para o exercício de 2022 estimava a Receita e fixava a Despesa em R$ 310.066.273,74. Para o ano que vem, a LOA prevê receitas e despesas na casa dos R$ 358.486.117,84. Em valores nominais, a diferença é de R$ 48.419.844,10.

Do total do Orçamento Geral do Município de Olímpia para o exercício de 2023, R$ 261.207.827,21 são do Orçamento Fiscal e R$ 97.278.290,63 são do Orçamento da Seguridade Social. Lembrando que o Instituto de Previdência do Município prevê gastar 31,7% acima da estimativa de arrecadação, que é de R$ 20.844.400, para gastos de R$ 27.462.400, ou seja, R$ 6.618.000 acima do arrecadado no período.

Sendo assim, no projeto está delineado que a Prefeitura Municipal de Olímpia estima arrecadar R$ 303.898.167,84 e gastar R$ 287.639.837,84. Já a Câmara Municipal de Olímpia, que só tem gastos, estes poderão chegar a R$ 9.640.330, enquanto a Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Olímpia estima arrecadar R$ 33.743.550 e gastar os mesmos R$ 33.743.550,00.

Somados aos valores do OlimpiaPrev, de R$ 20.844.400, o Orçamento total para 2023 é de R$ 358.486.117,84, cujas despesas estimadas estão em valores idênticos. A prefeitura terá uma reserva de contingência de R$ 1.500.000.

O Orçamento da Superintendência de Água e Esgoto da Estância Turística do Município de Olímpia para o Exercício de 2023 estima a Receita em R$ 33.743.550 e a Despesa em R$ 33.743.550, com uma reserva de contingência de R$ 200.000.

O Orçamento do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Olímpia para o exercício de 2023 estima a Receita em R$ 20.844.400 e fixa a Despesa em R$ 27.462.400. Ou seja, o OlimpiaPrev vai gastar ano que vem acima da arrecadação, R$ 6.618.000.

O ‘pão com pão’ vai atropelar? A trupe acredita nisso

A trupe rodriguiana está em festa. O governador e candidato à reeleição deu uma longa caminhada em direção aos oponentes que estão à frente. Os números mostrados esta semana pelas recentes pesquisas dão ânimo e faz crescer entre eles a esperança de um segundo turno básico, até mesmo contra Tarcísio de Freitas, eis que a crença da turma do governador é a de que Haddad continuará caindo até sair da disputa.

Excesso de confiança à parte, continuo a dizer que, enquanto esperam pelo inesperado, a artilharia de Garcia tem que mirar o bolsonarista, por via das dúvidas. Mas, no horário eleitoral gratuito vê-se o candidato de Dória atacar Haddad, talvez por imaginar maior fragilidade no candidato petista, apostando forte no antipetismo dos paulistas.

E também vislumbrando as dificuldades havidas para abater o bolsonarista. E o mote de que ele é “carioca” parece não estar colando porque na mesma medida em que o paulista não gosta do PT, parece que gosta de quem vem da cidade maravilhosa. Ainda que seja para governá-lo. E de nada adianta enfatizar que estão entregando o destino da “locomotiva do Brasil” para quem não conhece os trilhos a serem percorridos.

Chega a ser surreal porque se pedirem para Tarcísio sair de São Paulo e ir, por exemplo, para um município pequeno ou médio qualquer do Estado sem uso de indicadores de direção, e apontar apenas a estrada a seguir, duvidamos que tenha noção de para onde está indo.

Mas é esse cidadão sem noção de Estado que faz sombra a Garcia, aquele que já foi deputado estadual por três mandatos e deputado federal por dois mandatos seguidos, por São Paulo. Incongruência paulista, a gente vê por aqui.

Mas, Garcia e sua trupe estão firmes no propósito de que a paulistada vai ter um breve surto de racionalidade e vai esquecer a aventura de querer ter um “carioca” no comando do governo. Até porque, se isso não acontecer, tudo vira esperança: a de que Haddad não estanque uma provável tendência de queda, abrindo-lhe a vaga para o segundo turno. Onde, acreditam piamente, baterão Tarcísio.

Mas, o que diz o último Datafolha sobre a contenda em São Paulo? Que Garcia tem 15% da preferência dos eleitores, subindo, portanto, quatro pontos em 30 dias; Tarcísio tem 21% do eleitorado, subida de cinco pontos, enquanto Haddad caiu de 38 para 35, três pontos.

Bom, para almejar o segundo turno Rodrigo depende de três coisas fundamentais: ser um fenômeno do crescimento na preferência do eleitorado, tipo formar uma “onda” rodriguiana na base da empolgação, e crescimento mínimo de 0,5% ao dia, para somar 15% até o pleito; ou crescer pelo menos 5% nos próximos 29 dias que faltam para o pleito; neste caso, Tarcísio tem que parar de crescer, estacionar nos 21%, o que parece ser impossível; e por fim, que o candidato petista caia como em um profundo abismo, abrindo a vaga para ele disputar com o “carioca”.

Porque ainda que Haddad perca mais cinco pontos até o dia da eleição, ficará com 30%. Ainda que Tarcísio não cresça mais que os 21%, ainda está no páreo do segundo turno. E se Garcia crescer cinco pontos neste mesmo período, baterá nos 20% às portas da votação. Empate técnico.

Já vi eleições virarem na boca de urna. E caso chegue em situação de empate com Tarcísio, não tenham dúvidas que Rodrigo e sua trupe ganham a vaga no segundo turno. Mas, para isso acontecer, avaliem bem as condições postas acima.

Um amigo comum próximo a Garcia me disse outro dia: “O pão com pão vai atropelar”, tendo como base pesquisa divulgada pelo SBT, que encomendou o serviço junto à Sinfor, uma agência de propaganda e pesquisa com fortes laços com a administração municipal olimpiense e agora também com o Legislativo da Estância Turística.

A área de abrangência foi só São José do Rio Preto, onde Rodrigo aparece com 29,8% da preferência do eleitorado, tendo crescido praticamente seis pontos de junho para cá, portanto, em 90 dias. Mas Haddad, o segundo colocado, partiu de 18% em junho, para 22,9% agora, crescimento de praticamente 5%. E Tarcísio, o “carioca”, partiu de 15,5% em junho para o patamar atual de 20,4%, também cravando cinco pontos de crescimento.

Rodrigo vencerá em Rio Preto, o maior colégio eleitoral da Região Metropolitana, não tenham dúvidas. Mas, e o entorno? E Olímpia? Aqui não se tem uma medição divulgada publicamente. Tudo leva a crer que haverá uma vitória de Tarcísio, se ficarmos na análise superficial levando em conta o comportamento do eleitorado desta terra nos muitos pleitos havidos.

Somado a isso, há a mágoa do olimpiense com a mudança de endereço e cidade feito por Geninho Zuliani, seu vice, migrando para Rio Preto, desprezando a urbe onde foi prefeito por duas vezes.

Essa é a incógnita a ser posta em relação aos demais municípios, onde Garcia e sua trupe garantem ter a supremacia e apoio de todos os prefeitos. Este mesmo amigo disse também: “No interior é nosso”.

A crer nisso, o neotucano já ganhou. Agora só falta ganhar.

No ‘curral eleitoral’ de prefeitos Garcia está bem, mas, cadê seus eleitores?

Em termos de apoio entre a prefeitaiada da Região Metropolitana de São José do Rio Preto, o governador candidato à reeleição pelo PSDB, Rodrigo Garcia, “é o bicho”, como se diz. Estes são os cabos eleitorais sempre cobiçados por postulantes aos governos estadual e federal. E seriam, em tese, os donos de mais de 750 mil votos que a região comporta.

E desta vez, como pontua reportagem do jornal “Diário da Região”, de Rio Preto, esta trupe de gestores foi colocada à prova na corrida ao Palácio dos Bandeirantes.

Porém, quando o comando da campanha de Garcia “enche a boca” para falar que o tucano conta com apoio da maioria esmagadora dos prefeitos paulistas, cria um contrassenso: porque ao mesmo tempo, este mesmo comando manifesta a preocupação com o fato dele ser “pouco conhecido” neste mesmo estado, a ponto de estar, neste início de campanha eleitoral via TV e rádio, fazendo sua apresentações, no estilho “olá, sou Rodrigo Garcia”.

Não é segredo para ninguém que Garcia gastou os tubos na pré-campanha, liberando dinheiro a torto e a direito para a prefeitaiada. Porém, até o momento ainda não se pode sentir o peso deste apoio na posição do governador na corrida pelos votos.

Porque, com apenas um apoio de prefeito, no caso a “entusiasmada” prefeita de Potirendaba, Gi Franzotti, do PTB, que também defende a reeleição de Jair Bolsonaro, do PL, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, está na segunda posição, e Fernando Haddad, do PT, que tem apoio zero de prefeitos deste mesma vasta região, está disparado na frente.

Então, será que é algo para se comemorar, ou para se preocupar? Última pesquisa Datafolha divulgada no dia 18 de agosto mostra o ex-prefeito Fernando Haddad com 38% das intenções de voto, seguido pelo ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas com 16%, e o governador candidato à reeleição com 11%.

Este resultado já abarca a repercussão e o trabalho de apoio maciço dos prefeitos ou tudo vai começar agora? Os prefeitos ainda não se empenharam na campanha, não arregaçaram as mangas, ou se empenharam e se empenham, mas precisam trabalhar mais efetivamente se querem a reeleição do chefe-em-turno?

Porque já disse aqui e repito. No momento, o adversário de Garcia é Tarcísio. Ele precisa galgar o degrau que o levará ao segundo turno. A menos que Haddad dê sinais de fraqueza, de definhamento na preferência do eleitor, assim facilitando uma artilharia mais pesada, possibilitando ir ao segundo turno com Tarcísio, Garcia tem endereço certo para seus ataques.

Há outras pesquisas que a assessoria do candidato distribui nas redes sociais para seguidores e incautos, onde o governador é colocado em situação de empate, e com 20% das intenções de votos, por exemplo, mas com certeza esta trupe reconhece que o Datafolha é o que inspira maior confiança.

E terá uma nova rodada na semana que vem, com o Horário Eleitoral já bombando. E faltando 32 dias para o eleitor digitar os números de sua preferência nas revolucionárias urnas eletrônicas. Se a situação não tiver mudado nada em favor de Garcia, ou se mudada, Tarcísio apresentar uma melhora, mantendo o distanciamento, e Haddad der sinais de consolidação, haverá tempo para uma disparada?

Talvez uma das maiores dificuldades de Garcia no PSDB até então hegemônico no Estado, seja a falta de “aderência” ao tucanato. Ou seja, o governador não conseguiu introjetar em si o espirito tucano, os trejeitos, a mensagem que fale direto ao coração tucano de modo geral. Ainda é tido como “um estranho no ninho”. Talvez até mesmo como um “usurpador” desta simbologia. E sabemos que não é fácil esta tarefa da conquista de tão diversificada fauna.

Mas, talvez Garcia tenha já abocanhado os “tucanos possíveis” e agora precise “caçar” em outras paragens onde tucanos não habitam. E aí que estaria o nó górdio da questão. Ou ainda faltem tucanos a conquistar e estes poderão fazer a diferença em seu favor (uma hipótese).

Lembrando que fazemos aqui um retrato do momento, do visto até aqui. Amanhã será outro dia, e os outros amanhãs, dias seguidos de trabalho. Garcia não é bobo. Seu vice, Geninho (União Brasil), o mais improvável dos políticos de nossa região (numa remissão ao passado nada remoto), de ascensão meteórica, muito menos. Ambos se entendem perfeitamente, e ambos sabem como jogar nos campos do interior.

E a bola está em jogo. O campeonato é curto, na verdade um torneio onde o adversário mais ferrenho de Garcia e Geninho está posto, jogando o jogo de seu treinador, o presidente Jair Bolsonaro. Lembrando que Garcia não tem um treinador de peso na área reservada, a “puxar” a equipe. Todos os caciques tucanos o abandonaram.

E ele atualmente representa o mais demista dos tucanos em plena campanha. Ou seria o mais uniãobrasilista dos tucanos. Aí está. Pode ser apenas uma questão de falta de identidade. Fazendo o tucanato-raiz manter um pé atrás. Veremos no correr dos dias…

Sobre ‘cartilha’ do Fefol e o ‘frio na barriga’ de Geninho

Clamando por especiais desculpas por ter me ausentado deste espaço por um breve período, volto a ter com os senhores e senhoras. A razão do meu afastamento foi, claro, o advento do Festival do Folclore, que em sua 58ª edição, infelizmente nos mostrou um plano nada animador.

Foi possível ver então que há uma “cartilha” a ser rasgada e outra por ser elaborada, se pretendemos que a nossa festa, que já foi “maior”, volte a ser cenário de descobertas do conhecimento e da troca verdadeira de impressões, da valorização entre diferentes passadismos.

Estamos, perigosamente, mergulhando no mais do mesmo, no que pode ser facilitado, viabilizado tecnicamente e menos no que pode despertar emoções verdadeiras, despertar a curiosidade intelectual e daí o fascínio às almas mortais.

Que seja então, no mais tardar a partir da nossa 60ª edição, em 2024, a grande partida para algo renovado, revigorado, com nova força e destemor, em síntese, que saiamos do curso “natural” no qual nos enredamos, mas sem apelarmos para a facilidade da tal “modernização”, projeto execrável que já rascunham e escondem nos escaninhos aqui e ali, porque este conceito implica em “atualizar” aparências ou comportamentos, transformando completamente a cena histórico-folclórica buscada. Espero que tenham me entendido. Ou, melhor, espero que tenha me feito entender.

Mas, vamos ao tema da semana:

O ‘FRIO NA BARRIGA’ QUE PERPASSOU
GENINHO E A CAMPANHA
A semana começou na Estância com um tremendo solavanco político-eleitoral. Na tarde de terça-feira, caiu sobre as terras de Curupira a notícia de que a candidatura do deputado federal Geninho Zuliani, do União Brasil, a vice-governador na chapa com Rodrigo Garcia, do PSDB, que tenta a reeleição à cadeira principal do Palácio dos Bandeirantes, estava sob pedido de impugnação.

Surpresa geral, o próprio candidato, sua assessoria e apaniguados trataram logo de vir a público apaziguar as almas em desalento, garantindo, da parte do candidato, que tudo não passava de “mera formalidade”, “atos burocráticos” e que em poucas horas tudo estaria esclarecido.

Temia-se, claro, que isso pudesse vir a “contaminar” a candidatura Garcia, que já não anda bem das pernas (a saber se não teve alguma influência no Datafolha coletado na quarta e na quinta-feira). Dito e feito, na quinta-feira, final do dia, começa a correr a informação de que o procurador regional eleitoral auxiliar Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, havia emitido parecer no qual pedia que a impugnação apresentada por ele mesmo contra a candidatura de Zuliani, seja julgada improcedente.

O procurador citou a defesa apresentada por Geninho e apontou “erro material” na impugnação. O pedido ainda está por ser julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), mas não há a menor nuvem de pressentimento ruim sobre o que decidirá a corte eleitoral. Bom, o resto da história todo mundo conhece e os motivos pelos quais idem. Pode-se creditar o fato a um excesso de zelo do magistrado? Acreditamos que sim.

Mas, o nó górdio da candidatura tucana de Garcia não está desfeito. Está em outro ponto. Como fazer para derrubar o candidato bolsonarista Tarcísio de Freitas do segundo lugar, almejando aí um segundo turno presumivelmente com Fernando Haddad, do PT?

Pela lógica, o seu alvo tem que ser o Tarcísio, seu adversário mais próximo. Porque se tentar tirar Haddad de sua posição aparentemente consolidada, ignorando Tarcísio, vai perder tempo e, como consequência, a eleição.

A turma do governador diz estar apostando muito no horário eleitoral gratuito da TV, onde tudo muda, sempre. Sei não, mas vejo excesso de otimismo aí. Simplismo eleitoral. Garcia não terá nada mais a mostrar ao público televisivo, do que vem mostrando já nas redes sociais. E a repetir esse mote de campanha na TV só terá a repetição do mais do mesmo, porque a marquetagem anda muito insossa.

Por exemplo, essa de “paulista raiz” não cola, porque Haddad também é “paulista raiz”. Da mesma forma o petista nasceu no interior paulista e migrou para a capital. Portanto, presume-se que seu alvo seja Tarcísio, “carioca da gema”, como se diz. E que assim seja, mas percebem a ineficácia disso? Só fará lembrar, acreditamos, a situação análoga de Haddad.

Um segundo ponto é o mote “Nem direita, nem esquerda, é pra frente”, numa evidente postura de “candidato isentão”. E esperamos que seja evidente também para o núcleo da campanha, ou seja, que estejam fazendo isso de propósito, não por lapso, eis que ali está um grupo de notáveis marqueteiros.

O eleitor ficará na dúvida sobre a posição ideológica e política de Garcia? Uma certa parcela deles, sim. Porque é do entendimento político que todo candidato deve ter um lado, uma linha ideológica política, seja de extrema-direita, direita, centro-direita, extrema-esquerda, esquerda, centro-esquerda, trabalhista, socialista, comunista, para ficarmos nos formatos mais palatáveis. E Garcia o que é? Ele não diz. Ninguém sabe.

Com postura de não ser nada disso, apenas “para a frente”, Garcia se isola ideologicamente, num formato “caixa vazia”, não entusiasmando o eleitorado. Haja vista os resultados das recentes pesquisas (Datafolha, 11%, IPEC, 9%). Só que Tarcísio, na mesma ordem, teve 16% e 12%. Se crescimento houve e não fora apenas diferenças por metodologia, o governador cresceu de uma para outra, dois pontos, margem de erro. O bolsonarista teria crescido dois para fora da margem de erro.

Vão dizer “cresceram igual”. Nada disso. O carioca cresceu quatro pontos, dois seguros em termos de crescimento, dois dentro da margem de erro. E, vejam bem, dentro da margem de erro seria, então, 9% por 14%. O fato é que Garcia precisa, urgentemente, frear a subida do carioca. De que maneira? Seu “staff” deve estar com tudo definido e seguro para tanto.

Mas depositar todas as fichas no horário da TV acho bastante temerário. Até porque, como governador em exercício, ele vai apanhar bastante nos debates.

E o “paulista-raiz”, não cola, o “isentão” não empolga eleitores e, sejamos sinceros, exibir um Fusquinha de estimação é passadista demais. Sem contar que, como definiu matéria do jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, Geninho vice de Garcia forma um sanduíche de “pão com pão”.

A ver.

Geninho vice de Garcia, ‘jogada de mestre’ ou ‘tiro no pé’?

“Um tiro no pé”, como classificou uma alta figura da política local? Ou “uma jogada de mestre”, conforme classificou um correligionário do alto comando? O fato é que foi uma decisão que pegou a todos de surpresa aqui na localidade. Até seus mais próximos correligionário em nível local. A autoridade máxima da política na cidade, prefeito Fernando Cunha, comemorou, mas só depois de digerir o novo prato que lhe era servido sem que pedira.

Estavam todos, afinal, preparados para mais um embate de Geninho Zuliani na busca pela reeleição, num estágio em que até adesivaço fora feito na cidade, Garcia candidato à reeleição ao governo paulista, Geninho à cadeira na Câmara Federal.

“Dobradinha” oficializada na regiões políticas de seu alcance, tudo voltou à estaca zero. Pode-se dizer que o ex-prefeito de Olímpia, hoje representante rio-pretense no Congresso, deixou seus parceiros “com as calças nas mãos”, para usar expressão chula.

Sim, porque, como consertar isso? Em cada uma dessas localidades ele virá com um novo nome a federal e, sob sua “unção”, será capaz de impulsionar votos aos que nele confiaram de princípio como forte aliado eleitoral?

“A decisão costurada por Rodrigo ao longo da última semana e sacramentada numa reunião na noite de quarta-feira, dia 3, aconteceu depois de uma semana de intensa disputa entre o União Brasil e o MDB pela prerrogativa de indicar quem ocuparia o posto.

Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo pelo MDB, cobrava do governador tucano uma fatura de 2020, quando ficou acordado que os emedebistas indicariam o vice da chapa tucana na disputa pelo governo paulista em 2022.

De lá para cá, no entanto, o DEM de Geninho Zuliani, e também ex-partido de Rodrigo Garcia, se juntou ao PSL formando o União Brasil, que já nasceu com o maior repasse de recursos dos fundos partidário e eleitoral, e também com o maior tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão, quase dois minutos.

O tempo de TV e rádio se tornou o ativo mais preciso da legenda no caso da negociação com o governador, que tem como uma de suas principais dificuldades a ser driblada ao longo da campanha o desconhecimento do eleitorado do Estado.

Diante do risco de perder o apoio do União, uma vez que a cúpula do partido afirmava que não desembarcaria do barco do tucano de jeito nenhum, mas ao mesmo tempo alguns de seus integrantes mantinham conversas com os petistas Lula e Fernando Haddad, o tucano perseverou até convencer o MDB a ficar com a vaga para disputar o Senado, que será, agora, de Edson Aparecido.

A condição do MDB, no entanto, foi de que União Brasil e PSDB declarem apoio à tentativa de reeleição de Ricardo Nunes à Prefeitura da Capital em 2024.

Ao fim e ao cabo, a peleja de Rodrigo Garcia para arrumar uma solução que tirasse do seu pescoço as facas colocadas pelos dois partidos parece que teve um resultado melhor que o esperado. Ele fica com o MDB no palanque, com os minutos preciosos do União e com o amigo de longa dada como vice. Ou seja, não terá, em tese, que temer um “adversário” sob o mesmo teto em seus planos futuros.

Como nada é perfeito, a dupla Rodrigo e Geninho é vista como um sanduíche de pão com pão, uma vez que o vice pouco agrega em termos de capilaridade política ao tucano.

Geninho foi prefeito de Olímpia por dois mandatos, entre 2009 a 2016, e teve como principal padrinho político para a corrida eleitoral de 2018 justamente Rodrigo Garcia, que deixou a reeleição à Câmara Federal para se tornar o candidato a vice de João Doria (PSDB).

Geninho recebeu 89.378 votos para deputado federal. A direção estadual do União Brasil chegou a registrar sua candidatura à reeleição para a Câmara dos Deputados. O próprio parlamentar disse nesta quarta, antes de Rodrigo Garcia bater o martelo no acordo que garantiu sua candidatura como vice, que a ata da convenção pode ser alterada até esta sexta, 5.” (Texto capturado do “Diário da Região”, Rio Preto)

Portanto, o caminho perseguido nos bastidores para que essa união se concretizasse foi árduo e cheio de nuances. Concordam?

É claro que a grande mídia correu atrás dos “pormenores”, como sempre faz. E o que contaram a respeito do ainda pré-candidato a vice que já não soubéssemos? Que ele acumula ações judiciais por improbidade administrativa? Que triplicou seu patrimônio na última década, saltando de R$ 321 mil em 2012, em valores corrigidos, para R$ 1 milhão nestas eleições?

Que os processos judiciais se referem à atuação de Geninho como prefeito de Olímpia, entre 2009 e 2016? E o que poderia responder o talvez futuro vice-governador? Claro, que ele “é transparente em relação a seus bens”, e que “não há nenhuma condenação criminal”.

Mas, a mídia insiste em que “Geninho tem uma condenação pela nomeação, enquanto prefeito, de advogados em cargos de confiança, mas que não faziam parte do quadro de servidores públicos para defender interesses do município”, do que sabemos de cor. E também que “o acórdão em segunda instância manteve sanções da condenação como perda de direitos políticos, mas ainda cabe recurso da decisão”. Esse andamento é que seria a novidade.

Citam outra ação em que foi condenado em primeira instância, aquela da nomeação de pessoas sem concurso público para cargos que formalmente seriam qualificados pela lei como cargos em comissão, mas que, na prática, exerciam funções típicas de cargos efetivos? Quem não se lembra desses temas na mídia local?

Conta ainda a grande mídia que Geninho foi incluído em uma lista da ONG Transparência Brasil com parlamentares com influência no projeto que alterou a lei de improbidade administrativa no país. E que o material lista sete processos em nome dele.

“Um deles versa sobre suspeita de direcionamento de licitação para contratar uma empresa investigada por fraude em concursos públicos”.

Sobre sua trajetória financeira, esta mesma grande mídia diz que “na eleição de 2004, quando se reelegeu vereador, ele não declarou nenhum centavo de bens ao TSE. Já no pleito municipal seguinte, apresentou uma lista totalizando R$ 118 mil em valores corrigidos”. E que “a sua declaração de bens hoje é de R$ 1,031 milhão, conforme informado no registro de sua candidatura ao TSE”.

Impressiona também a arrecadação de sua última campanha, a de deputado federal, em 2018: R$ 617 mil somente com pessoas físicas e R$ 660 mil em doações de partidos”. E, um pouco menos surpreendente é saber quem foi um dos seus patrocinadores-master: Wilson de Almeida Junior, um dos sócios da construtora Pacaembu.

A empreiteira que tornou-se gigante a partir dos núcleos habitacionais implantados por ele quando prefeito de Olímpia. Pode-se dizer que Olímpia foi o “laboratório” da Pacaembu em termos de grandes empreendimentos, uma vez que aqui construiu, salvo engano, perto de duas mil habitações. E o outro, que foi o empresário bilionário Rubens Ometto Silveira Mello, presidente do conselho de administração da Cosan, grupo que dispensa apresentações.

No âmbito interno da campanha, apoiadores de Rodrigo dizem que Geninho não agrega em termos eleitorais e tem perfil muito semelhante ao do governador, o que não seria o ideal, dado que o tucano está empatado com Tarcísio de Freitas (Republicanos) e ameaçado de não ir ao segundo turno. Governista de carteirinha, de acordo com o Congresso em Foco, Geninho votou a favor do governo em 89% das propostas.

“Toda a minha evolução patrimonial consta não só no portal do Tribunal Superior Eleitoral, como também no meu Imposto de Renda e é compatível com meus rendimentos como empresário e como parlamentar”, afirmou Geninho por meio da assessoria.

Em relação aos processos por improbidade, Geninho declarou não possuir nenhuma condenação criminal. “Nos processos cíveis, não fui condenado em nenhuma ação com pena de enriquecimento ilícito, dano ou prejuízo ao erário”, completa.

Sobre o processo relacionado à nomeação de advogados em cargos de confiança, a nota afirma que o processo ainda está em julgamento e que “comprovou-se que os serviços foram prestados, sem qualquer condenação por lesão ao erário ou perda patrimonial”.

Em relação à condenação relacionada à contratação de pessoas em cargos de confiança, a nota admite a sentença, mas diz que “foi afastado ressarcimento de danos ou prejuízo ao erário” e ressalta que o processo está “em fase de apreciação pelo Superior Tribunal de Justiça”.

A respeito da suspeita de direcionamento de licitação, a assessoria afirma ter pedido que o caso fosse julgado improcedente “em virtude do reconhecimento da prescrição da acusação e impossibilidade de condenação” e aguarda decisão.

Enfim, tal decisão de Garcia e Zuliani, por ora, passa a impressão de ser uma decisão que atende aos interesses mais imediatos de ambos. Resta saber se será “uma jogada de mestre” ou “um tiro no pé”.

Já não é hora de um basta às baixezas?

Não estaria faltando personagens na narrativa épico-bíblica desfiada pelo vereador Tarcísio Cândido de Aguiar (MDB) na segunda-feira passada na Câmara? Ao usar da Tribuna no tempo regimental o edil lançou mão de um longo texto onde o maior inimigo de Jesus, Caifás, foi a figura central. Lógico que qualquer ouvinte de sua exasperante declamação vai logo imaginar que ali estava sendo retratado o presidente da Mesa Diretora, José Roberto Pimenta, o Zé Kokão (Podemos).

Porém, como a passagem de Caifás traz consigo Anás, que era também um poderoso sumo-sacerdote, ambos mencionados durante a vida de Jesus, é lícito que incluamos aí também o 1º secretário da Mesa, Márcio Eiti Iquegami (União Brasil)?

Foi Caifás também quem acusou Jesus de blasfêmia e o enviou a Pôncio Pilatos. Bom, então a história bíblica rende homenagem a este terceiro citado no enredo. A quem coube o gran finale bíblico. Mas, este não estava no texto lido por Aguiar aos gritos ensaiados da Tribuna. Não teve protagonismo. Assim, o nobre edil truncou a passagem.

O que não é justo. Dar protagonismo do mal feito a apenas um personagem, quando a própria passagem pinçada da Bíblia relaciona três figuras proeminentes à traição e morte de Jesus. E depois à perseguição de seus seguidores.

Mas, seria muito mais palatável a todo público se o vereador deixasse de lado esses axiomas religiosos quando fizer suas críticas, uma vez que da forma que faz, dificulta o entendimento geral do que realmente quer dizer e, assim, sua fala, por mais contundente (gritada) que seja, perde força no resultado político buscado nela.

Outro ponto a se destacar nesta contenda, foi o fato denunciado também da Tribuna pelo colega de Tarcísio Aguiar, Hélio Lisse Júnior (PSD), dando conta de que o presidente da Câmara esteve no Gabinete do desembargador Lofrano Filho, para um tête-a-tête que só ambos sabem sobre o que versou exatamente.

Lisse afirmou que Kokão tinha ido até lá na qualidade de advogado, o que caracterizaria uma gritante ilegalidade, uma vez que a Casa de Leis tem seu procurador jurídico para as ocasiões jurídicas, o que parece não ter sido o caso.

Mas, talvez para piorar um pouco a situação, Kokão foi à Tribuna para responder ao vereador que não, ele não esteve no Gabinete do desembargador enquanto advogado mas, sim, enquanto presidente da Câmara.

Só não explicou o que um presidente de Câmara, principal articulador da Comissão Processante para a cassação do mandato de Alessandra Bueno (PSDB), tinha a conversar com o magistrado responsável por dar um desfecho na decisão liminar anteriormente tomada e que reconduzira Bueno à sua cadeira.

“Eu encaminhei o ofício enquanto presidente da Mesa Diretora da Câmara solicitando uma audiência e deixando claro que se ele não pudesse me atender, tudo bem”, relatou Kokão, mostrando cópia do ofício encaminhado. Atitude bastante estranha e desprovida do senso da imparcialidade, nos parece.

O que fora fazer naquele Gabinete, de fato, o presidente da Câmara? O que pensara a respeito da tal visita o desembargador para não ligar uma coisa com outra? Que assunto pensou se tratar? Ou, que assunto exatamente foi tratado entre ambos? Se foi sobre a matéria jurídica sobre a qual o desembargador se debruçaria em seguida, qual nível de suspeição estaria embutido na situação?

Se Kokão e seu braço direito Iquegami denunciaram quando da liminar favorável a Bueno que a juíza havia sido “induzida a erro” pela defesa, o mesmo direito assiste agora a Lisse e Aguiar, mormente pela visita e conversa de Kokão com Lofrano Filho.

Longe de querermos julgar a lisura do desembargador, mas muito melhor faria Lisse se exigisse do presidente a íntegra, registrada em ata (queremos crer que o Gabinete do Desembargador possua uma de cada encontro mantido ali), para dirimir qualquer dúvida, ou para embasar qualquer possível denúncia de interferência política indevida na decisão judicial.

O que reputamos tratar-se apenas de uma conjectura deste blog, haja vista que um magistrado do porte e com a idoneidade de um Lofrano jamais se apequenaria diante de um político qualquer, o que dirá de um presidente de Câmara de Vereadores de uma ainda pequena urbe.

Então, o que Kokão foi fazer no gabinete do desembargador momentos antes de uma tomada de decisão tão politicamente crucial para ele?

Bom, pelo visto este blog deixa para esta semana as duas questões postas acima para a reflexão dos nobres leitores que ainda se aventuram por estas mal-traçadas linhas.

Se bem que no segundo caso, caberia não só a reflexão dos nobres leitores mas, também, ações no âmbito político-jurídico-legislativo de Lisse, no sentido de deslindar essa, talvez desídia do presidente do Legislativo.

Para a segunda-feira, primeira sessão ordinária de agosto, ainda teremos as migalhas deste imbróglio, que parece não ter fim. Um contenda onde há mais a se lamentar do que a se engrandecer. Infelizmente o povo está tendo que engolir este cardápio político indigesto, desnecessário e pouco lisonjeiro a todas as partes envolvidas.

Ao final de tudo, todos sairão menores do que entraram. Muito menores. E eu disse todos. Porque vão deixar uma mancha indelével no universo da política olimpiense que, malgrado pequenos acontecimentos, nunca se viu tanta baixeza moral escancarada.

Página 4 de 161

Blog do Orlando Costa: .