Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: julho 2019 (Página 2 de 2)

QUAIS SERÃO OS NOMES PARA 2020? (PARTE I)

Na medida em que se aproxima 2020, começam a crescer as especulações sobre quem é quem, ou será quem nas eleições majoritárias vindouras. Quem será candidato, quem não será candidato, quem apenas lança “balão de ensaio” para ver se cola?

E, sobretudo, a grande especulação é sobre quem será o “ungido” do deputado federal Geninho Zuliani, hoje ainda o grande eleitor da Estância Turística de Olímpia. Hoje ainda reúne forças eleitorais suficientes para alavancar um nome, desde que, claro, este nome esteja viabilizado.

E é sabido nos meios políticos que o deputado não vai mergulhar novamente num barco quando sabidamente “furado” como fez, a contragosto, nas eleições municipais passadas.

Por isso mesmo, urge que alguém de seu entorno se coloque no páreo da disputa com o atual prefeito Fernando Cunha (Sem partido), ou quem este indicar, caso não consiga modificar a situação negativa na qual hoje se encontra, dada a sua performance pífia à frente da administração.

Consta que Geninho quer um nome forte, para não correr riscos. Nas rodas mais “filtradas” da política local há uma certa apreensão com a possibilidade de o deputado se juntar a Cunha, caso não tenha opção viável dentro do seu quadro político. Lideranças negam, no entanto, e de forma peremptória, esta possibilidade.

Mas sempre resta a possibilidade.

Hoje, no entorno do deputado Geninho gravitam três nomes, pelo que o blog apurou: Flávio Augusto Olmos (DEM), Luiz Gustavo Pimenta (PSDB) e, até então mantido a sete chaves, o ortopedista Márcio Henrique Eiti Iquegami que, consta, estaria também filiado ao DEM.

Os três correm, cada um na sua “pista”, em busca da viabilização. Claro está, também, que ambos os lados -de Geninho e de Cunha, têm feito pesquisas. Assim, tanto Cunha quanto Geninho sabem como está a situação de momento.

Cunha tem trabalhado seu próprio nome, e intensificou suas aparições nos últimos tempos, visando melhorar sua imagem junto à opinião pública. Aumentou sua presença em vídeos na internet, alguns até piegas e constrangedores demais pela obviedade.

Liberou seus secretários para, digamos, pavimentar o caminho da futura campanha e deu um “chacoalhão” nos vereadores de sua base, para que estes o defendam e o elogiem de forma mais constante e enfática.

Porém, não há quem descarte a possibilidade de Cunha estar “formando” um candidato, e muitos apostam em Selim Jamil Murad (PTB), seu secretário de Turismo, Cultura, Esportes e Lazer onipresente.

A menos que este esteja sendo forjado para ser o “laranja” eleitoral, arriscam dizer que pelo menos o vice de Cunha viria a ser (Fábio Martinez estaria se recolhendo à medicina).

E antes que perguntem, Hilário Ruiz (PSD) não será candidato, nem poderia, ainda que quisesse. Muito menos a vice, pois como já disse seriam dois a ter que dar explicações sobre o caos na Saúde -ele e Cunha. E o prefeito já lhe deu a Secretaria de Saúde exatamente para eliminar um concorrente forte, pois o ex-petista ainda aparece bem nas pesquisas com o afastamento voluntário de Martinez.

No entanto, Ruiz pode vir a ser candidato a vereador, com o fim de colaborar com seus dois representantes na Câmara, Hélio Lisse Júnior e Fernando Roberto da Silva. Afinal, cada cadeira vai precisar de pelo menos dois mil votos para ser preenchida.

O presidente da Câmara, por sua vez, vem sendo incensado por um jornalista “chorão” que vive apregoando a possibilidade dele ser candidato a prefeito. Não será. Niquinha (Avante) vai para onde Cunha mandar. A menos que seja ele o “laranja”, mas aí todos vão saber qual o seu papel na disputa. Vai ficar feio.

(O assunto continua amanhã. Não percam)

O SILÊNCIO DOS CONIVENTES

É impressionante que se faça tamanho silêncio em torno da questão. Mais impressionante ainda foi a Câmara de Vereadores sequer tocar no assunto, chamar para sí a responsabilidade por tal ato de destempero e proferir uma desculpa pública em nome da Casa.

Impressionante não haver qualquer manifestação oficial por parte da direção da Unidade de Pronto Atendimento, ou do secretário municipal de Saúde ou, ainda, em última análise, do próprio prefeito Fernando Cunha.

Claro que todo mundo já percebeu que falo aqui daquele ato de total destempero verbal e emocional do vereador Antônio Delomodarme, o Niquinha (Avante) e seu grande escândalo na Unidade de Pronto Atendimento-UPA 24 Horas, na tarde de sábado passado, 6 de julho.

O que nos leva a crer que o vereador deve ter razão quando diz à boca pequena que na política olimpiense todos “têm medo da sua língua”. Há até quem entenda ser esta prudência necessária, porque Niquinha seria uma espécie de “Destróier” destrambelhado que, para atingir um desafeto, não mede gestos, palavras e ações.

Vide o caso recente contra seu colega Hélio Lisse Júnior (PSD). Vide as palavras corrosivas que lança sobre seu colega de Mesa, Gustavo Pimenta (PSDB), a cada sessão. Vide suas ameaças a outro desafeto, Flávio Olmos (DEM). Vide seus embates com Salata (PP). Vide o verdadeiro “gulag” que impingiu aos funcionários da Câmara, sob o manto do “terror da língua”.

“Ele não tem medo de se autodestruir, desde que destrua quem julga seu desafeto”, disse pessoa próxima ao presidente. “É um Kamikase da política que muitos preferem ficar longe e outros não têm como se distanciar, exatamente por causa deste temor infundado”, complementa.

Mas, voltando ao tema do descontrole, o vereador, no mínimo, infringiu o Artigo 331 do Código Penal, e o Decreto-Lei 2848, que reza: “Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela”, e prevê pena de detenção de seis meses a dois anos, ou multa. Há possibilidade de as atendentes serem funcionárias terceirizadas. Mas estavam a serviço público.

Tamanha foi a agressividade do vereador contra funcionários do local, a ponto de quase agredir uma enfermeira, que a situação continua a exigir pronta reação da Secretaria de Saúde e do próprio prefeito Fernando Cunha, uma vez que a Câmara se omitiu vergonhosamente.

O que faltou em relação ao vereador na UPA, foi a mesma atitude que funcionários tomaram em relação a uma senhora que alguns dias depois estava ali acompanhando o marido enfermo e, irritada com a demora, começou a ofender funcionários em altos brados. A polícia foi chamada, ela foi levada à Delegacia, liberada em seguida mas deverá responder a Termo Circunstanciado.

Por que dois pesos e duas medidas? O ato infracional em si foi o mesmo. E talvez a senhora até tenha sem inspirado no vereador para fazer o que fez.

Está entre as funções principais do vereador, a fiscalização dos atos e decisões do Executivo e seu entorno, incluindo até mesmo a prestação de serviços públicos, mormente na Saúde, que no caso da Estância está um caos generalizado.

Mas, entre as obrigações de um representante do povo, se quiser ser digno deste título, está a necessidade de tratar a todos com respeito e dignidade, seja a pessoa quem for, seja a situação qual for com que se deparar o edil.

Mas, jamais, em hipótese alguma, pode o vereador praticamente partir para cima de uma enfermeira que apenas lhe pedia que se contivesse, porque estava deixando as pessoas todas ali apavoradas, assustadas, dado o seu destempero e seus gritos.

E, mais espantoso ainda, e isso foi dito pelo próprio Niquinha, é que ele, embora tenha usado do expediente do direito à fiscalização, estava ali “prestando serviço para uma pessoa” que aguardava atendimento. E, consta, não se tratava de um caso de urgência ou emergência.

E por mais nobre que pudesse ter sido a intenção do vereador, ele perdeu completamente a razão ao agir como agiu, agredindo, denegrindo e ofendendo quem ali estava apenas cumprindo ordens de seus superiores.

Não, a UPA não está mil maravilhas, não tem este texto o objetivo de isenta-la de culpa, ou quem tem a responsabilidade de fazê-la funcionar. Mas agindo como agiu, Niquinha fez a opção pelo marketing político, pela bravata barata e pela destemperança.

Transgrediu, ferozmente, a liturgia do cargo.

E LÁ VEM O P.D.E.O., QUE DESTA VEZ SERÁ APROVADO

Está de volta à pauta de votações da sessão ordinária de logo mais à noite da Câmara Municipal da Estância Turística de Olímpia (adiada devido ao ponto facultativo de segunda-feira), com pedido de Urgência para Primeira Discussão e Votação, o projeto de Lei que agora recebe o número nº 5.504/2019, avulso nº 94/2019, que dispõe sobre o Programa de Desenvolvimento Econômico de Olímpia-P.D.E.O. Esta é a terceira vez que o Projeto de Lei muda de número de tramitação.

O projeto já chega ao Legislativo com mudanças que poderiam ser feitas pelos senhores vereadores por meio de emendas. Por exemplo, no artigo 9º, que trata do valor dos lotes, a ser estabelecido com base no preço por metro quadrado, que em seu parágrafo 1º agora não concede mais os 10% de desconto para pagamento à vista, o que seria inconstitucional e feria a Lei 8666, conforme apontado nos primeiros movimentos em torno do assunto.

Agora, diz: “Os lotes poderão ser pagos à vista, ou em até 60 (sessenta) parcelas mensais e sucessivas, corrigidas anualmente pelo IPCA do exercício anterior, de acordo com a proposta vencedora no processo licitatório”.

Antes, dizia: “Os lotes poderão ser pagos à vista, com desconto de 10% (dez por cento), ou em até 60 (sessenta) parcelas mensais e sucessivas (…)”.

BANCADA INDEPENDENTE ESPERA QUE O PREFEITO CUMPRA O QUE SEUS VEREADORES ESTÃO PROMETENDO: TRAZER 21 EMPRESAS PARA O DISTRITO INDUSTRIAL, DE IMEDIATO.

Este projeto foi o mais polêmico a surgir nos últimos tempos, devido ao uso político que o Executivo e a bancada atrelada ao governo estão fazendo de sua rejeição por quatro votos a seis (eram necessários sete votos, em sessão no mês de junho). A bancada independente houve por bem votar contra devido a algumas questões constantes do documento, que julgaram prejudiciais aos eventuais interessados.

Logo após esta decisão, não se falou de outro assunto nas redes sociais e nas rodas de conversas, com a opinião pública dividida em torno da questão. O projeto volta agora, já com as “sutis” mudanças feitas pelo Executivo, aliás contrariando o presidente da Casa, Antonio Delomodarme, o Niquinha (Avante), que disse que só pautaria o projeto se ele viesse “como o original, o primeiro que foi votado”.

Além da mudança citada acima, não se vê mais no texto a questão da terraplanagem, que anteriormente constava como desobrigação do município. O parágrafo foi suprimido do projeto atual.

Informações chegadas ao blog dão conta de que desta vez a bancada independente irá votar favorável à propositura, diante das mudanças feitas por antecipação. Há possibilidade de serem apresentadas emendas visando retornar ao município a obrigatoriedade da execução de terraplanagem, e prazo maior de concessão de benefícios e para pagamento, o que, seguramente, não vai adiantar de nada. Porém, mesmo assim, os votos serão favoráveis.

Vereadores da base, à frente Hélio Lisse Júnior (PSD) e o presidente Niquinha (Avante) garantiram que se o projeto for aprovado, 21 empresas virão para Olímpia de imediato. E é esta a pauta da bancada independente: não obstruir esta prometida pujança empresarial que o município deverá experimentar após o projeto aprovado.

Mas, os quatro vereadores dizem que irão anotar em suas agendas, a data da aprovação, a fim de mensurar o prazo em que estas empresas virão -se de fato vierem -, para Olímpia.

NIQUINHA DESQUALIFICOU A LITURGIA DO CARGO

O termo “liturgia do cargo” foi cunhado para expressar o comportamento que se espera de ocupantes de altos postos, em especial na função pública, e assim como a ética, deveria ser um conceito natural, facilmente perceptível e de entendimento tranqüilo por quem recebe a missão de representar ou conduzir seus pares, os demais cidadãos.

Acima de qualquer coisa, é a consciência do significado de se ocupar uma posição de destaque, de representatividade, de mando, de responsabilidade.

Mas assim como não tem a noção do conceito de ética, alguns desses afortunados detentores de posições relevantes na estrutura estatal, também são levados a ter uma visão toda particular do que seja a tal “liturgia do cargo”.

Passam a entender esse conceito como as condições materiais que lhes são alcançadas pelo contribuinte (quem paga a conta, ou seja, nós) e colocadas à disposição para “fazerem bonito”

O vereador Antonio Delomodarme, o Niquinha (Avante), presidente da Câmara de Vereadores, não fugindo à regra do seu destempero verbal e emocional, provocou grande escândalo na Unidade de Pronto Atendimento-UPA 24 Horas, na tarde de sábado.

Tamanha foi a agressividade do vereador contra funcionários do local, a ponto de quase agredir uma enfermeira, que a situação está a exigir pronta reação da Secretaria de Saúde e do próprio prefeito Fernando Cunha (Sem partido).

Está entre as funções principais do vereador, a fiscalização dos atos e decisões do Executivo e seu entorno, incluindo até mesmo a prestação de serviços públicos, mormente na Saúde, que no caso da Estância está um caos generalizado.

Mas, entre as obrigações de um representante do povo, se quiser ser digno deste título, está a necessidade de tratar a todos com respeito e dignidade, seja a pessoa quem for, seja a situação qual for com que se deparar o edil.

Se de roubo flagrante, impedir que se consuma; se de algum ilícito funcional, comunicar ao superior imediato do funcionário público; se desvio de conduta, da mesma forma.

Mas, jamais, em hipótese alguma, pode o vereador praticamente partir para cima de uma enfermeira que apenas lhe pedia que se contivesse, porque estava deixando as pessoas todas ali apavoradas, assustadas, dado o seu destempero e seus gritos.

E, mais espantoso ainda, e isso foi dito pelo próprio Niquinha, é que ele, embora tenha usado do expediente do direito à fiscalização, estava ali “prestando serviço para uma pessoa” que aguardava atendimento. E, consta, não se tratava de um caso de urgência ou emergência, situações em que o paciente fica à frente na fila de atendimento.

“São incompetentes aqui e sobra tudo para a gente na Câmara”, gritava Niquinha no guichê para duas atendentes não identificadas. A pessoa para quem ele “prestava serviço” estava ali, segundo ele mesmo disse, “há uma hora e meia e não foi atendida” (Não houve confirmação, mas informações extra-oficiais davam conta tratar-se de um caso de alcoolismo).

“Se tem preguiça não fica atrapalhando quem quer trabalhar, incompetência do capeta”, esbravejava o vereador e presidente da Câmara. Mas, um dos motivos que levaram o vereador à UPA para destratar funcionários ao que consta TERCEIRIZADOS, foi que ele estaria “cansado de levar pau como vereador por causa da incompetência” daqueles funcionários, “que desligam o telefone na cara do vereador”.

“Tem preguiça não vem trabalhar, pede as contas e vai embora”, prosseguia ele, no vídeo de 1 minuto e 18 segundos distribuído pelas redes sociais. Feito isso, outro vídeo menor, de 44 segundos, mostra o vereador se aproximando da porta de entrada de pacientes, e sendo abordado por uma funcionária, que seria uma enfermeira.

Esta apenas pedia que ele se acalmasse, para não desesperar os demais pacientes que estavam à espera de atendimento também, exatamente como aquela pessoa à qual ele fora “fiscalizar” o atendimento. “Eu sou vereador e tenho o direito de fiscalizar”, dizia ele encarando a funcionária. “Todo mundo tem o direito de fiscalizar”, respondia ela.

“Eu sou um vereador”, vangloriou-se. “E daí, é precioso ter educação também”, respondeu a funcionária, que em seguida pediu que ele se retirasse daquele espaço, momento em que alterou ainda mais a voz, bateu fortemente as mãos no peito e gritou: “Me tira daqui, então, vamos ver!”, e foi para cima da moça, sendo contido por alguns presentes.

Curioso que uma paciente, chegando ali e vendo aquele barulho todo, disse ao vereador: “Tenha educação, tenha educação, tenha educação”, por três vezes.

A degravação deste vídeo chocante cumpre o objetivo de mostrar aos cidadãos, até onde pode chegar o poder de ação em defesa de determinadas questões de uma autoridade fiscalizadora, e a partir de que momento esta personalidade extrapola de seus limites.

Porque, por mais nobre que pudesse ter sido a intenção do vereador, ele perdeu completamente a razão ao agir como agiu, agredindo, denegrindo e ofendendo quem ali estava apenas cumprindo ordens de seus superiores.

Seriam funcionárias terceirizadas. Se queria mais competência por ali, que recorresse ao proprietário da empresa e cobrasse dele, podendo até gritar na orelha dele, mesmo que correndo o risco de um processo.

Não resolveu gritar com o dono da empresa? Que fosse então gritar com o diretor-geral da Unidade; não adiantando, que fosse gritar com o secretário de Saúde do município, a quem cabe a responsabilidade final pelo bom funcionamento daquele setor.

Nada disso adiantou? Bom, restam então os dois ouvidos (moucos?) do prefeito Cunha, que seria o “mannagger” disso tudo aí, e a ele competiria fazer as coisas funcionarem nas pontas, para evitar estes tipos de acontecimentos chocantes.

Mas o vereador optou pelo mais fácil: atacar simples funcionárias de atendimento que, se são mal formadas, a culpa não é delas; se são orientadas a agir daquela forma, cumprem o que lhes passam seus superiores.

Não, a UPA não está mil maravilhas, não tem este texto o objetivo de isenta-la de culpa, ou quem tem a responsabilidade de fazê-la funcionar. Mas agindo como agiu, Niquinha fez a opção pelo marketing político, pela bravata barata e pela destemperança.

Atitudes de quem acredita que é assim que se age sempre que estiverem do outro lado, pessoas simples, cumpridoras de seus deveres, que passam por muitas situações, a fim de garantirem seus sustentos no final do mês.

A menos que o vereador saiba de algo que nosotros não sabemos. Algo como apadrinhamentos generalizados que alçam à condição disso e daquilo pessoas que não têm a menor condição de estarem onde estão, mas têm padrinhos fortes. Aí já é outro assunto. Mas que deveria ser trazido à tona por tão diligente político.

O CHORO E O RANGER DE DENTES QUE ESTÃO POR VIR

Parece escancarado no panorama político local dos últimos tempos, certas atitudes que denotam puro desespero de certas figuras fáceis. São publicações, vídeos, discursos, todos tratando de questões atinentes a suas “incansáveis” buscas por soluções de problemas.

Há casos de certas figuras serem tão presentes nas redes sociais narrando seus feitos que deixa a impressão de que prefeito não é necessário, basta si, que a tudo resolve. Todas as soluções tiveram seus dedos, sugestões, opiniões ou mesmo ações diretas.

Mas, o que fica claro para a opinião pública melhor informada sobre determinadas questões da política, de gestão pública, etc., que apenas estariam estes senhores, extrapolando seus limites e invadindo terreno que a outro poder pertence.

Estas intromissões, via de regra atravessa a fina linha divisória entre o fazer e o fiscalizar quem o faz, razão primeira de suas obrigações. Não há nada que obsta, no entanto, que assim atuem, mas fica sempre a impressão de que um pouco menos de “atrevimento” não lhes seria de todo ruim.

Porque se por um lado preenchem expectativas de cidadãos mais afoitos por resultados, por outro lado deixam lacunas visíveis para quem tem um outro olhar sobre a cena político-administrativo-legislativa.

Enfim, soa arrogante, prepotente, enquanto o outro lado a tudo assiste sem poder pedir prudência àqueles que assim agem, pois deles precisa para chancelar seus interesses mais imediatos.

Ao tomarem conhecimento em detalhes ou serem chamados à atenção para o que está por vir, mais ainda o desespero tomou conta de tantos deles, mas todos devem ter em conta que não será fácil, nem eventualmente, com um “caminhão” de votos, voltarem para mais uma temporada à cadeira à qual se apegaram. E saber disso é devastador.

Saber que as eleições ano que vem serão o apogeu dos caciques endinheirados faz com que se comportem feito baratas tontas, sem ideia de como agir junto ao eleitorado, do que mostrar a este eleitorado e, pior de tudo, que decisão tomar para brigar por uma vaga em condições igualitárias e não apenas ser mais um em um sistema que irá privilegiar, sem dúvidas, os mais fortes, com maior apelo popular, seja por quais motivos forem.

De resto, é esperar o momento crucial. A hora da verdade. Esperar o tempo em que haverá muito choro e ranger de dentes.

ELEIÇÕES 2020, APOGEU DOS CACIQUES ENDINHEIRADOS

2020 tem tudo para ser o ano em que o dinheiro, definitivamente, seja o ponto máximo das eleições. A tentativa de se “purificar” o pleito a partir dali, vai redundar apenas e tão somente, se assim o for, no fortalecimento das legendas partidárias e, quiçá, dar maior espaço às mulheres, embora Olímpia, “sui generis” como ela só, não valorize as mulheres politicamente.

Porque de resto, será o ano em que os caciques endinheirados vão dar o tom e as cores das candidaturas, uma vez que, se o “rabo” do monstro eleitoral foi cortado, a “cabeça” permanece viva e sacolejante, com a permissão das coligações para as candidaturas majoritárias – no caso, para prefeito.

Porém, imaginem só: um candidato a prefeito vai precisar de pelo menos dois a três partidos coligados, por questões de tempo de rádio e TV -na Estância, só rádio. Cada partido desses, terá que ter 150% em relação ao número de cadeiras na Câmara, de candidatos a uma cadeira na Casa de Leis.

Permanecendo as dez cadeiras, seriam 15 nomes; indo para 13, seriam 19 nomes e, com 15, número mais provável para derrubar o quociente eleitoral, seriam 22 nomes. Assim, o candidato a prefeito teria sob sua “aba” eleitoral de 45 a 66 nomes de interessados em se tornar um legislador.

O quociente eleitoral variando de 3 mil a 2 mil votos, ou seja, a cada valor desse se elegendo um vereador, conforme o número de cadeiras que se adotar, as chapas a serem montadas terão que ter seus “puxadores” de votos e aqueles que vêm à reboque, apenas para somar.

Imaginem os senhores que por este novo critério eleitoral, um “puxador” com mil votos, por exemplo, pode ficar de fora, se a soma do partido não alcançar ou ultrapassar o quociente eleitoral.

O que terá que fazer o candidato a prefeito, então? Procurar aglutinar em torno de si as melhores legendas e os melhores nomes, na tentativa de garantir maioria na Câmara. Como isso será feito, somente ele e seus buscadores de votos saberão. E quanto aos caciques partidários, como estes ficarão ano que vem?

Interessante que nenhum deles sabe com segurança qual o potencial de votos de suas legendas. Quantos votos pode arrebanhar o PSDB, de Gustavo Pimenta? O PP, de Salata? O PTB, de Beto Puttini? O PR, de Bertoco? O PSD, de Hilário Ruiz? O PPS, de Marcão Coca? O Avante, de Niquinha? O DEM, do deputado Geninho? o MDB, de Magalhães?

Com certeza, nesse turbilhão de siglas vai haver um troca-troca infernal, porque tem muito cacique para poucos partidos, exemplo do sempre bem votado Zé das Pedras, hoje no PR, mas é incógnita se fica nele, embora digam à boca pequena que ele não gostaria de seguir Cunha em um novo partido.

Nesta sigla está, também, Cristina Reale, de quem se espera, igualmente, boa votação. Dizem estas mesmas más-línguas que ela também já teria dito a gente próxima que não gostaria de seguir com Cunha em sua nova sigla partidária.

Ambos não chegam a ser caciques, mas desequilibrariam bem em favor do partido em que tiverem juntos.

Na sigla de Beto Puttini, temos Selim Jamil Murad que, tudo indica, a menos que seja o vice dele, seguirá com Cunha para onde ele for. E se for o vice, com certeza terá que sair do PTB. O PSDB de Pimenta, que o tem atualmente como único expoente ativo mas, por si só, incapaz de arregimentar votos necessários para sua reeleição -caso não seja o candidato a prefeito do deputado.

Salata padece do mesmo mal. Magalhães, idem. Marcão Coca, ibidem. E Niquinha? Sem cotação. O DEM, do Geninho, está na expectativa de fazer um bom papel, mas quantos votos arregimentará para formar uma bancada que tenha peso na Casa de Leis?

Ainda que mais adiante ele venha a somar forças com Cunha para o pleito eleitoral, precisará de uma bancada que o represente na cidade, pois uma maioria cunhista não seria nada interessante para ele. Mas, o contrário também não seria nada interessante para Cunha, caso se reeleja.

A peleja vai ficar mais forte entre os dois no tocante à briga pelo Legislativo? Muito provavelmente, sim.

E, convenhamos, como o pleito de 2020, pelas características já destrinchadas aqui não será uma disputa comum, será necessário, acima de qualquer outro quesito, caixa. Cunha, dizem seus bate-paus, estaria com o seu, abarrotado. O deputado, por sua vez, tem lá os seus contatos. Mas, e os demais “caciques”?

Vão se juntar todos, num salto suicida, vão se aglutinar no entorno dos dois maiores, uma vez que esta será a tônica de ambos, ou seja, juntar quem tem mais votos, ou cada qual procurará honrar sua sigla, formar sua chapa e ir à luta?

Mais do que nunca, as eleições de 2020 será a briga do tostão contra o milhão. Aquele mercado onde 50 votos terão peso de ouro e valerão tanto quanto. Perdoe o leitor, mas se esperávamos o fim da “putaria” eleitoral com o novo formato, eis que ele se apresenta ainda mais lascivo e indecente.

Porque, para tristezas mil, a palavra-chave das eleições no ano que vem será dinheiro, dinheiro, dinheiro, e dinheiro… O resultado terá sido mera consequência.

CUNHA, SECRETÁRIOS E APANIGUADOS ESTÃO EM PLENA CAMPANHA, DENUNCIA VEREADOR

Não é segredo para ninguém, ou pelo menos para os mais antenados, que o prefeito Fernando Cunha (Sem partido), está com baixa aceitação popular. Também não é segredo para ninguém, até para os menos antenados, que o alcaide quer ser reeleito. Mas, reeleição e baixa aceitação popular não combinam. Diante disso, o que o governante faz?

Segundo o vereador Luiz Antônio Moreira Salata (PP), desencadeia sua campanha eleitoral mesmo faltando 16 meses para as próximas eleições. Ele próprio correndo contra o tempo com ações de puro marketing, sem nada haver com o ato de administrar, e alguns seus assessores e apaniaguados políticos, praticando “bondades” aqui e ali.

De acordo com o vereador Salata, um dos pontos da ação eleitoreira antecipada de Cunha estaria na contratação de mão-de-obra terceirizada, por meio da qual o governo estaria contemplando cidadãos de modo geral. Há informações de que o saguão do Gabinete mai se parece com um RH de tanto “currículo” que estaria recebendo.

“O Tribunal de Contas não sabe, o Ministério Público não sabe, mas este governo está extrapolando todos os princípios estabelecidos na Carta Magna (no que diz respeito à lisura frente a cargo público)”, disse o vereador.

Salata informou que seu foco está em duas secretarias, “que estão fazendo campanha política antecipada”: a primeira é a Saúde, “que tem um secretário oculto (no caso ele se refere ao ex-vereador Hilário Ruiz), que entrega medicamentos e exames a seus eleitores”.

A segunda “é a de Assistência Social, um verdadeiro absurdo”, diz o vereador. Segundo ele, o setor “tem funcionários para todo lado, você chega lá e ‘tromba’ com as pessoas”. Além disso, a secretária Cristina Reale, no seu entender, “tem um comportamento que afronta os princípios da administração pública, além do que persegue quem não concorda com ela, é nepotista e merece intervenção desta Casa (de Leis)”.

Outra acusação grave de Salata foi a de que Reale estaria “há dois anos e meio fazendo campanha” e teria aberto sua “caixinha de maldades contra aqueles que considera seus desafetos”.

Salata entende que “é muito grave, gravíssimo, e nós, como agentes políticos que temos representação popular outorgada pela população, temos que combater estes excessos, porque não é possível que aqui, sendo a caixa de ressonância da comunidade, venhamos admitir estes fatos imorais e ilícitos”, conclamou.

Sobre sua acusação contra Hilário Ruiz, o vereador Fernando Roberto da Silva, o Fernandinho (PSD), parceiro político de Ruiz contestou, dizendo que, se Salata tem denúncias a fazer, que as leve ao Ministério Público. Salata, por sua vez, respondeu dizendo que, para ele, não haveria problema em fazer tais denúncias no MP, mas observou que não gosta de entulhar outros poderes. “Prefiro resolver por aqui (na Câmara)”.

“Que há excesso, evidentemente que há, e o nobre vereador sabe, porque está sempre lá na (Secretaria da) Saúde. Há excesso de apaniguados na UBS, e na própria Secretaria”, disse, ressaltando, no entanto, que “o mais grave é na Assistência, onde há uma verdadeira campanha eleitoreira, partidária e antecipada. Estou denunciando aqui, e vou tomar todas as providências”, finalizou.

CÂMARA DEVE AUMENTAR CADEIRAS PARA ‘DRIBLAR’ CRITÉRIOS ELEITORAIS

No começo do ano, lá pelo mês de janeiro, publiquei neste blog que a Câmara de Vereadores da Estância Turística de Olímpia terá que estudar, até obrigatoriamente, com quantas cadeiras se fará o Legislativo a partir de 2021. Ressaltei que trata-se de um assunto espinhoso, mas que terá que ser levado a debate entre os pares, até mesmo por exigência legal.

Muito bem, o assunto teve repercussão geral e inundou as redes sociais de críticas e defesas mil, e na Câmara foi um fuzuê. O presidente Antonio Delomodarme, o Niquinha (Avante), negou peremptoriamente a possibilidade, dizendo até que por sua vontade, a Casa de Leis teria nove e não os 10 edis atuais ou os onze mínimos que a Casa terá que ter a partir de 2021.

Porém, se os brios parlamentares falaram alto daquela vez, como se manifestarão os vereadores e, principalmente o presidente, diante da informação de que a Estância pode vir a ter até 15 vereadores a partir da próxima legislatura, simplesmente para que possam ser, de certa forma, driblados os rígidos critérios eleitorais implantados para o próximo pleito?

Como se recordam os leitores, foi dito aqui que para as eleições vindouras, não haverão coligações partidárias para cargos proporcionais, ou seja, cada partido terá que ter a sua lista própria de candidatos à vereança, e buscar número de votos que viabilize suas eleições.

Para tanto, terão que alcançar o coeficiente que, no caso de dez vereadores, seriam três mil votos para cada cadeira. E aí reside o grande problema. Então, qual a solução que estão pensando para facilitar a vida, principalmente daqueles que já estão na função?

Simples: aumenta-se o número de cadeiras, aumenta-se o número de candidatos e, ao final, diminui-se o coeficiente exigido para se elegerem.

Segundo o blog apurou junto a fontes da Casa de Leis, a dúvida é se serão adotadas 13 ou 15 cadeiras. No primeiro caso, seriam 19 candidatos, e coeficiente eleitoral de cerca de 2,5 mil votos. No segundo caso, seriam 22 candidatos e dois mil votos no coeficiente eleitoral.

Se antes não aumentar número de cadeiras era uma questão ética e de denodo com o dinheiro público, agora passou a existir a necessidade de aumentar, de repente, para que os senhores vereadores tenham seus privilégios garantidos. Ou seja, às favas com a ética e o denodo com a coisa pública, se seus interesses estão em jogo.

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