No começo do ano, lá pelo mês de janeiro, publiquei neste blog que a Câmara de Vereadores da Estância Turística de Olímpia terá que estudar, até obrigatoriamente, com quantas cadeiras se fará o Legislativo a partir de 2021. Ressaltei que trata-se de um assunto espinhoso, mas que terá que ser levado a debate entre os pares, até mesmo por exigência legal.

Muito bem, o assunto teve repercussão geral e inundou as redes sociais de críticas e defesas mil, e na Câmara foi um fuzuê. O presidente Antonio Delomodarme, o Niquinha (Avante), negou peremptoriamente a possibilidade, dizendo até que por sua vontade, a Casa de Leis teria nove e não os 10 edis atuais ou os onze mínimos que a Casa terá que ter a partir de 2021.

Porém, se os brios parlamentares falaram alto daquela vez, como se manifestarão os vereadores e, principalmente o presidente, diante da informação de que a Estância pode vir a ter até 15 vereadores a partir da próxima legislatura, simplesmente para que possam ser, de certa forma, driblados os rígidos critérios eleitorais implantados para o próximo pleito?

Como se recordam os leitores, foi dito aqui que para as eleições vindouras, não haverão coligações partidárias para cargos proporcionais, ou seja, cada partido terá que ter a sua lista própria de candidatos à vereança, e buscar número de votos que viabilize suas eleições.

Para tanto, terão que alcançar o coeficiente que, no caso de dez vereadores, seriam três mil votos para cada cadeira. E aí reside o grande problema. Então, qual a solução que estão pensando para facilitar a vida, principalmente daqueles que já estão na função?

Simples: aumenta-se o número de cadeiras, aumenta-se o número de candidatos e, ao final, diminui-se o coeficiente exigido para se elegerem.

Segundo o blog apurou junto a fontes da Casa de Leis, a dúvida é se serão adotadas 13 ou 15 cadeiras. No primeiro caso, seriam 19 candidatos, e coeficiente eleitoral de cerca de 2,5 mil votos. No segundo caso, seriam 22 candidatos e dois mil votos no coeficiente eleitoral.

Se antes não aumentar número de cadeiras era uma questão ética e de denodo com o dinheiro público, agora passou a existir a necessidade de aumentar, de repente, para que os senhores vereadores tenham seus privilégios garantidos. Ou seja, às favas com a ética e o denodo com a coisa pública, se seus interesses estão em jogo.