Este Blog cantou a bola. E já está todo mundo
aplaudindo o novo governo estadual.
Também, pudera, o que será que mais de
R$ 4 milhões para obras de infraestrutura
turística não resolve, não é mesmo?

Como foi festivamente anunciado em horas poucas passadas, a Estância Turística de Olímpia foi uma das 70 cidades paulistas contempladas com um novo pacote de recursos anunciado pelo Governo João Dória, na última sexta-feira, dia 22 de fevereiro.

Olímpia receberá R$ 4.177.964,07 para obras de infraestrutura turística. Pena que todo este dinheiro, ao que parece, tem como destino aquele projeto estapafúrdio de cobrir a arena do recinto, com uma estrutura “pós-qualquer-coisa” que lá ficará à mercê das intempéries do tempo, para uso uma ou duas vezes no ano, no máximo.

É muito dinheiro para empatar em algo que não terá absolutamente nada a ver com o bem estar coletivo ou, que seja, dos turistas.

Informa a administração municipal que “além do projeto de cobertura do Recinto, o município também tem mantidos os recursos estaduais de 2016 e 2017, destinados à revitalização da praça e implantação do calçadão e para construção do complexo cultural na antiga Estação Ferroviária, respectivamente”.

Essa tal “revitalização da praça” nada mais é que construir ali mais um edifício de proporções monumentais, também no final das contas um desperdício de dinheiro público, pois não só revela-se obra desnecessária, como também um estorvo em local onde os tempos atuais pedem arejamento, verde em profusão, árvores!

Mas o governo municipal prefere “plantar” um monstrengo com aparência de um girino gigante ou coisa assemelhada, que virá “sufocar” ainda mais aquele trecho da praça, onde já se tem pelo menos outros seis prédios de dois pavimentos, mais dois com vários andares em cada ponta.

Isso sem contar a própria Matriz de São João Batista, com sua estrutura monumental.

Quanto ao “calçadão”, há que se ver qual sua utilidade prática e como esse projeto será desenvolvido, pois há meios de fazê-lo integrado ao movimento de veículos, embora em menor escala, ou simplesmente banir do seu entorno os automóveis, resta saber como reagirá o centro com seu fluxo já “empastelado”.

Enfim, de acertado aí neste “pacote”, a nosso ver (e o pensar é livre, ainda!) somente a implantação de um complexo cultural no prédio hoje abandonado da estação ferroviária, que já tinha sido desenhado na gestão passada e cujo projeto, espera-se, não seja esvaziado em concepções “diferenciadas” que a atual gestão adora formatar.

Lembrando ainda que o governo de turno pleiteia outra verba, e a quer também do Turismo, para a duplicação da via de acesso Dr. Wilquem Manoel Neves, que facilitará o acesso de turistas ao Hot Beach, por uma via tranquila que desaguará em suas portas.

Dá para perceber que estamos diante de uma administração “coisificante”, correto? Focada no que é concreto (em ambos os sentidos-antítese e material), já que o abstrato, em tese, seria cuidar do homem, o cidadão pagador de impostos que espera, no mínimo, poder ter a sensação de bem estar, de que está sendo priorizado.

E isso não se faz com obras monumentais mas, talvez, com pequenas e simples coisas, que demandam até mesmo soma menor de recursos, porém com resultado final imensurável.
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*OLÍMPIA, 116 ANOS!
A NOIVA SERTANEJA, HOJE CAPITAL NACIONAL
DO FOLCLORE E ESTÂNCIA TURÍSTICA!
PARABÉNS A TODOS NÓS,
SEUS FILHOS OLIMPIENSES,
QUE AQUI VIVEMOS, DESDE ENTÃO!