Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: janeiro 2017 (Página 2 de 3)

MOMENTO DE DECISÃO: PS NA SANTA CASA, OU UPA MINI-HOSPITAL?

Diante de comentário postado na página social Facebook, a pergunta que surge é: como ficará a Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, nesta nova gestão, e com a “nova” ideia de implantar lá um Pronto Socorro?

Já tratamos aqui do hospital, logo após entrevista à imprensa concedida por Fernando Cunha (PR), jurando aos quatro ventos que a Santa Casa “agora vai”.

Mas, partindo do pressuposto básico de que o alcaide, juntamente com seu vice, mais o pai deste, maturam a ideia de um PS nas suas imediações, há controvérsias sobre se o hospital “vai” mesmo. Ou, pode até ir, mas talvez não por um caminho almejado por todos os olimpienses.

Hoje a Santa Casa recebe elogios de tantos quantos ali são internados ou atendidos. Sua estrutura interna mudou, e bastante, para melhor. Seu corpo de enfermagem nem de longe lembra aqueles tempos sombrios que aquele hospital viveu.

Quem ali se interna, vai sempre com o espirito armado, esperando alguma surpresa desagradável. Mas, as surpresas sempre acabam sendo boas, mesmo para aqueles que não têm a sorte de ficar em um quarto privado ou dividido em dois a, no máximo, três pessoas. Surpreendem-se, no entanto, aqueles que ficam na enfermaria, que deixou de ser a antessala do “inferno”.

Questões outras, como a viabilidade econômica do hospital, que todos sabemos, é precária, não estão sendo discutidas aqui. Falemos da estrutura de atendimento-internação que evoluiu bastante.

Haja vista que não se ouve mais tantas reclamações como se via tempos atrás, aquele clima de guerra, de enfrentamento não mais existem por lá. Que milagres seus diretores operaram? Nenhum.

Essa nova imagem hospitalar que a Santa Casa desfruta foi forjada após a saída dali dos atendimentos de urgência e emergência. Do corre-corre com acidentados, dos desfalques médicos e instrumentais, da falta de pessoal qualificado e “humanizado” ao ponto certo. Temos que a tranquilidade na tomada de decisões foi primordial para que mudanças estruturais profundas pudessem ser feitas.

E o que possibilitou isso? Não restam dúvidas, o anteparo fornecido pela Unidade de Pronto Atendimento-UPA, construída de impulso pelo então prefeito Geninho (DEM), louvada à época de sua inauguração exatamente por quem hoje a acha inadequada, embora não no todo, o médico Nilton Roberto Martinez.

É ele o principal idealizador de um projeto que instalaria na Santa Casa um Pronto Socorro, para receber os casos de urgência e emergência, que Martinez-pai entende ser mais seguro para quem está nesta situação.

Ele deve ter lá suas razões, como profissional renomado e respeitado que é, e o que é este blog para contesta-lo.

Porém, sugerir cautela e um maior cuidado com a ideia nos faculta a condição de cidadão-usuário e também observador do cotidiano urbano. Quem viveu o filme de terror que foram aqueles tempos, parecido um longa-metragem saído das entranhas mentais de um Stephen King, vai entender o que estamos tentando dizer.

A menos que seja um projeto inquestionavelmente inovador, que não abale as estruturas alcançadas a duras penas por aquele hospital, será válido.

Do contrário, que se promova na UPA muito mais ações do que simplesmente eliminar suas teias de aranha do teto e musgos nas paredes, para que ela seja um anteparo ainda melhor e mais eficiente para o hospital.

Por que, por exemplo, ao invés de levar um provável desassossego àquele nosocômio, não se trabalhar a ideia de fazer da UPA um mini-hospital? E olha que ela já está bem perto disso.

E, ao mesmo tempo, gastar as energias (e os $$) que dispuserem, para dotar a Santa Casa dos equipamentos que faltam, como UTI e Hemodiálise?

Contudo, porém, não nos acanharemos a vir aqui, daqui um tempo, reconhecer que nossas projeções estavam erradas, que o PS na Santa Casa foi o grande achado, etc e tal. Mas nos deem, de momento, o direito à mais profunda desconfiança quanto a isso.

CUNHA DETERMINA ‘DEVASSA’ NOS ATOS DE GENINHO?

Pode ser só impressão de quem lê. Pode ser só questão de formalidade. Pode ser só para desencargo de responsabilidade. Mas o prefeito Fernando Cunha (PR) determinou, por meio de Decreto (6.678, de 10 de janeiro), uma devassa nas contas da prefeitura relativas aos últimos 90 dias de Governo Geninho (DEM)?

Pelo menos é o que deixa antever o tal Decreto, que “Dispõe sobre a criação da Comissão Municipal com a finalidade de rever todos os atos da Administração Pública Direta (Prefeitura/Gabinete) e Indireta (secretarias/órgãos/Prodem/Daemo).

Diz o Decreto que há “necessidade de rever todos os atos da Administração (…)” neste período de outubro, novembro e dezembro. O documento, publicado na edição de sábado passado da Imprensa Oficial do Município-IOM, não desce a detalhes do que realmente será feito e que atos são estes a serem revisados, e por qual razão.

A tal Comissão foi formada pelo advogado Luiz Carlos Rodrigues Rosa Júnior, pela Secretaria Municipal de Gestão e Planejamento; Luiz Martin Junqueira, secretário de Obras, Engenharia e Infraestrutura; Quele Fernanda Furlanetto, pela Secretaria de Finanças; Bruno dos Santos Guzzo, pela Secretaria de Governo; Cristina Reale, pela Assistência Social; Charles Amaral Ferreira, Cultura, Esporte e Lazer; Luciana Maria Morales Nunes Alves Teixeira, pela Educação; Patrícia Bassi Bitencourt Gobbi, pela Finanças também; Gilson David Siqueira, pela Saúde; Cristina Prado Rodrigues, pelo Turismo; Otávio Lamana Sarti, pela Daemo Ambiental e Luis Carlos Benites Biagi, pela Prodem.

Rosa Júnior a presidirá. Os trabalhos terão que se encerrar em 60 dias, portanto, em 10 de abril, a contar da data da publicação. Mas, se houver dificuldades, este prezo poderá ser prorrogado por igual período.

Bom, como o Decreto não entra nos pormenores, fomos buscar no dicionário o significado lato de rever, um verbo transitivo: 1. Tornar a ver; 2. Examinar cuidadosamente; 3. Fazer a revisão de; 4. Corrigir. E no sentido figurado, bem pouco usado: Suspeitar, presumir, antever. (in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa).

UM INUSITADO USO DO RECINTO PARA O CARNAVAL-2017?

No dia 10 de janeiro passado, publicamos aqui um texto que indagava a quem de direito, em qual local seria realizado o festejo de Momo este ano, já que o próprio prefeito havia dito não gostar do uso que se faz da praça, seja lá o que isso queira dizer.

No final de semana surgiram fortes rumores, aliás quase confirmação (falta a palavra oficial) de que a festa seria mesmo realizada no Recinto do Folclore. O Carnaval começa no dia 25 de fevereiro. De qualquer forma, uma coisa é certa: na praça não será mais.

Provavelmente a vetusta burguesia habitante dos “espigões” centrais deve ter feito um apelo ao prefeito para que a mudança ocorresse. Nunca aprovamos o Carnaval na praça, de qualquer forma, mas com certeza por razões diferentes das do prefeito.

Inicialmente ele chegou a cogitar a Avenida Aurora Forti Neves, onde por muitos anos os festejos se realizaram e, depois, por sugestão do prefeito de então, a festa foi trazida para a praça, com anuência das escolas.

Lembrando que foi há exatamente 10 anos que a festa saiu da Aurora Forti Neves e voltou para as praças da Matriz e Rui Barbosa.

E agora, ao que se comenta, de novo as escolas estariam concordando com a mudança para o Recinto, um inusitado e inapropriado local, sem sombra de dúvidas, por “ene” razões. A começar pelo trajeto pensado, de cerca de 300 metros no máximo. Também há questões de infraestrutura sérias para serem resolvidas lá.

Mas, isso parece ser o de menos (ou tanto faz). Iluminação é uma delas. Acomodação do público é outra. Arquibancadas? Tem pra todo mundo?

Temos a impressão de que a sanha minimalista do prefeito Cunha contaminou o Carnaval de rua. Ou a ideia digna de um “jerico golden award” ainda não está em suas mãos de forma oficial.

O Recinto do Folclore pode ser ainda o local tanto para os desfiles quanto para os bailes diurnos e noturnos. Houve um tempo em que os desfiles carnavalescos eram realizados na avenida, e os bailes na “barraca da Fenossa”, no Recinto, então chamado “Wilson Zangirolami”.

Era o famoso “puxa-teta”, “risca-faca”, “baile dos pobres” e toda sorte de alcunha que o ferino linguajar popular destilava. Talvez seja um “revival”, então, uma atitude saudosista, daquelas tipo trazer o passado para o presente, “tradicionalismo”, entendem?

Contudo, um argumento possível será o da necessidade de se fazer algo mais simples (e o reducionismo financeiro faz sempre vítima aquilo que é do povo, da cultura, da manifestação popular), do tipo, “qualquer coisa serve, vamos fazer por fazer”. E fazer o Carnaval no Recinto já é “qualquer coisa”.

Mas, se não se quiser fazer o “qualquer coisa serve” ali, não há que se falar de economia. Porque investimento em infraestrutura será a pedra de toque naquela localidade, acreditamos, pois ali precisa-se de tudo. A começar pela iluminação. Não se faz Carnaval no escuro, pelo que saibamos.

Uma das muitas razões também para a mudança há dez anos da avenida para a praça (reforçando: com o que não concordamos) foi para atender pedido da Polícia Militar, em função da necessidade de uma vigilância maior, uma segurança maior aos foliões e às pessoas que para a festa iriam.

Lembrando ainda, que quando o Carnaval, na era Carneiro (2001-2004/2005-2008), era realizado na Avenida, esta era totalmente cercada com tapumes de latão e o carnaval se realizava “lá dentro”, por medo da violência. Até que se decidiu pela sua transferência para a praça, em fevereiro de 2007. E toma-lhe grades e “curralzinhos”.

Mas, é preciso aguardar para ver o que será feito este ano em torno do evento, sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer. Até o final de semana, a informação oficial que se tinha era a de que não havia nada definido, ainda se estaria em busca de parcerias e que nesta semana, em coletiva, se anunciaria o projeto.

Veremos que surpresas nos aguardam.

O MOVIMENTO COMEÇOU…

Só a fim de fazer justiça com o próprio Blog reproduzo abaixo dois releases encaminhados pela Assessoria de Imprensa do prefeito Fernando Cunha (PR), dando conta de que há mutirões pela cidade fazendo limpeza de ruas, terrenos e próprios públicos.

A publicação se faz necessária a fim de que nossos leitores não sejam induzidos a interpretações erradas baseados no que aqui vai publicado. E como na postagem de ontem à tarde havíamos ressaltado que o início da gestão Cunha estava muito silencioso, tais informações, com certeza, têm o condão de dizer o contrário. Menos mal.

Vamos a elas:

A Prefeitura da Estância Turística de Olímpia, por meio da Secretaria de Obras, Engenharia e Infraestrutura, e a Prodem – Progresso e Desenvolvimento Municipal estão realizando podas e capina de ruas, avenidas, praças e canteiros. A ação teve início na última semana e já passou por diversos bairros da cidade.

Hoje, dia 12 de janeiro, os funcionários da Secretaria de Obras estão executando a roçada no prolongamento da Avenida Aurora Forti Neves (ciclovia – sentido Thermas dos Laranjais). Já a Prodem, está realizando a roçada no bairro Quinta das Aroeiras.

Durante toda a semana, vários locais receberam as equipes como: Praça da Cohab IV, Avenida Constitucionalista de 32, Ginásio de Esportes, Recinto do Folclore, Tiro de Guerra, Avenida Govenador Ademar Pereira de Barros, Estádio Teresa Breda, além de todas as praças das Cohabs I e II. E o serviço não para. Todos os locais, públicos, com mato alto serão roçados em breve.

. A Secretaria de Saúde da Estância Turística de Olímpia iniciou, nesta quinta-feira, um mutirão de limpeza da Unidade de Pronto Atendimento – UPA e das dependências do SAMU. A ação conta com a parceria de funcionários das secretarias de Educação e Administração.

Ao todo, são 10 auxiliares de serviços diversos espalhados por cada sala da UPA efetuando a limpeza de ventiladores, de equipamentos e das salas. Segundo a diretora da UPA, Yara Ribeiro e Silva Moreira, estruturalmente, os banheiros e a recepção são os locais com mais sujeira, além dos ventiladores que estão em situação precária.

“Encontramos uma estrutura muito suja, e como forma de iniciarmos os trabalhos e promover melhorias imediatas à população, decidimos fazer uma limpeza estrutural tanto na UPA quanto no SAMU. Esse é apenas o começo de muitas ações que precisam ser feitas no prédio”, ressalta a diretora.

A unidade atende diariamente de 150 a 200 pacientes. Além disso, também recebe cerca de 40 mil habitantes de cidades vizinhas e uma média de 300 turistas por mês.

DEZ MEDIDAS EM DEZ DIAS? HÁ CONTROVÉRSIAS…

O prefeito Fernando Cunha (PR) usou a rede social ontem, terça-feira, 10, para divulgar “as principais medidas adotadas por ele e sua equipe nos primeiros dez dias de governo”. Segundo o prefeito, “são 10 medidas que trazem avanços na maneira de administrar e geram economia aos cofres públicos”.

Entre as mudanças econômicas divulgadas estão a redução em 21% de cargos comissionados, fusão de três secretarias, extinção de 33 cargos de chefes de setor e 10 de diretores de divisão, reavaliação e renegociação dos contratos com redução em até 15% e readequação de espaços públicos para economia de aluguéis.

Vamos por partes.

No tocante aos cargos comissionados, houve redução de 12 vagas dentre as 72 disponíveis, mas nem todas preenchidas. Dentre as secretarias fundidas, a de maior repercussão foi a de Agricultura, que o atual prefeito reputa como de pouca importância no panorama econômico atual do município. O imóvel que a acomodava foi devolvido ao dono.

A extinção de 33 cargos de chefes de Setor e de 10 diretores de Divisão não demora muito “começa a fazer água”. É preciso estar atento para se saber se esta sanha reducionista de Cunha não está sendo imposta em detrimento dos serviços a serem prestados ao cidadão.

Esta tentativa de “demonizar” os ocupantes de tais cargos é uma falácia, já que especificamente aí são funcionários efetivos a ocupar tais funções. Não os designando, tais necessidades não serão atendidas, daí decorrendo eventual enfraquecimento de estruturas e sobrecarregamento de funcionários.

Uma constatação há que ser feita: a estrutura montada por Geninho (DEM) era grande? Sim. Era cara? Em termos. Mas, indubitavelmente, funcionava. Pode-se alegar que uns e outros não cumpriam condignamente com  a função para a qual era nomeado, no caso dos comissionados, mas estes se contavam nos dedos de uma das mãos.

Palpiteiros opinam que o alcaide bem podia tomar assento na principal cadeira da Praça Rui Barbosa, e com o correr dos dias, fazendo as adaptações que julgasse necessárias. Assim a máquina não parava, como dá a nítida impressão de estar nestes primeiros dias de novo Governo.

(Se não nos falha a memória, Geninho fez bem mais barulho nos primeiros dias de sua primeira gestão, incluindo um mutirão de limpeza e o corte dos matagais que haviam tomado conta de várias regiões da cidade, mormente a beira do rio central -como agora, aliás). O prefeito anuncia como uma das medidas a força-tarefa neste sentido. Mas ainda está invisível.

Outras duas medidas que também fizeram parte dos dez dias de governo são referentes ao IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), como a criação da comissão para rever a planta genérica do município (já comentada aqui) e a redução do valor final cobrado no imposto com a redução da taxa de coleta de lixo (decisão que contou com o beneplácito do Executivo e Legislativo anteriores).

Atenção especial à UPA e a reativação da Ouvidoria na Saúde são outras duas medidas anunciadas pelo prefeito. Nestes casos, força a barra, porque são atividades menores e, digamos, corriqueiras, e da obrigação, no primeiro caso, pelo menos.

O prefeito ressaltou que “ainda há muito o que fazer, e que essas são as primeiras medidas”. “Muito” o que fazer é pouco, prefeito. “Tudo” por fazer, seria melhor. Não se esqueça que o senhor tem uma ingrata missão: a de ser, no mínimo, melhor que o seu antecessor que, já foi dito aqui, queiram ou não, é uma referência para o município.

A PESQUISA SOBRE O TURISMO EM OLÍMPIA

Se o caro leitor tiver um pouco de tempo e interesse, pode abrir o link abaixo para conhecer em detalhes o que pensa a respeito de nossa Olímpia o turista que para cá vem, desfrutar das águas termais de um dos maiores clubes do gênero no país e, quiçá, na América Latina.

São números bastante interessantes, numa pesquisa muito estruturada, com  perguntas lógicas e diversificadas, e cujo resultado traça um panorama fiel de como a cidade se apresenta ao turista, e como o turista a vê; se os serviços oferecidos atendem a demanda do turista, e como o turista vê esta oferta.

Enfim, é um trabalho que serve de parâmetro a todos os segmentos locais, cujo interessado pode apenas analisar aquele perfil que lhe interessa -hotelaria, pousadas, restaurantes, ofertas de serviços, apuração de demanda reprimida etc.

O blog recomenda a leitura dos gráficos com as respostas dos pesquisados, por julgá-las de extrema importância. A pesquisa vem jogar luz onde ainda impera uma grande mancha de sombras.

PESQUISA PERFIL DA DEMANDA TURÍSTICA_RELATÓRIO 1_DEZEMBRO 2016

QUAL SERÁ O LOCAL DA FESTA DE MOMO ESTE ANO?

Começa no dia 25 de fevereiro o Carnaval 2017. Por aqui somente a partir desta semana as escolas de samba deram início ao baticundum. Por parte do Executivo Municipal nenhuma decisão sobre como e onde será realizado o festejo de Momo.

Falam-se em Recinto do Folclore, falam-se em Avenida Aurora Forti Neves. Na praça, ao que parece, estaria descartada a festança. O prefeito Fernando Cunha (PR) disse em entrevista na semana passada que “não gosta” do carnaval na praça. Que entende ser o melhor local a avenida.

Informações outras, no entanto, dão conta de que o Recinto do Folclore pode ser o local tanto para os desfiles quanto para os bailes diurnos e noturnos. Lembrando que foi há exatamente 10 anos que a festa saiu da Aurora Forti Neves e voltou para as praças da Matriz e Rui Barbosa.

Quando voltou a administração de turno disse que o fazia, antes, para atender dirigentes de escolas de samba, que reclamavam do cruzamento das baterias, quando uma passa de um lado e outra do lado oposto na avenida.

Depois, para atender pedido da Polícia Militar, em função da necessidade de uma vigilância maior, uma segurança maior aos foliões e às pessoas que para a festa iriam.

Lembrando ainda, que quando o carnaval, na era Carneiro (2001-2004/2005-2008), era realizado na Avenida, esta era totalmente cercada com tapumes de latão e o carnaval se realizava “lá dentro”, por medo da violência. Até que se decidiu pela sua transferência para a praça, em fevereiro de 2007.

Mas, é preciso aguardar para ver o que será feito este ano em torno do evento, sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer. Até este momento, a informação é a de que não há nada definido, ainda se está em busca de parcerias e somente na semana que vem, em coletiva, se anunciará o projeto.

OU CUNHA DERRUBA A PLANTA GENÉRICA OU A PLANTA GENÉRICA DERRUBA CUNHA

O prefeito Fernando Cunha (PR) publicou decreto (6.683, de 6 de janeiro) na edição de sábado passado, 7 de janeiro, da Imprensa Oficial do Município-IOM, dispondo sobre a criação da “Comissão Municipal com a finalidade de rever a Planta Genérica do Município da Estância Turística de Olímpia”.

Um compromisso de campanha. Uma missão espinhosa, com o intuito de provocar redução no valor do Imposto Predial e Territorial Urbano, o malfadado IPTU. Seus integrantes têm prazo inicial de 60 dias, prorrogáveis por igual período, para apresentar relatório final.

Criticados por dez entre dez contribuintes desde 2014, quando foram implantados, os valores do imposto teriam sido os responsáveis quase direto pela vitória de Cunha e a derrota do representante situacionista, claro, guardados os outros motivos e situações.

O reforço de campanha de Cunha, todos sabem, foi o compromisso de baixar o IPTU. Por isso esta decisão já de imediato. Mas, caso consiga seu intento -e há fortes dúvidas quanto a isso-, um valor menor só terá validade a partir de 2018.

Quando apresentou o resultado do seu trabalho e de sua equipe ao então prefeito Geninho (DEM), em meados de 2014, o secretário de Finanças, Cleber José Cizoto discorreu sobre o que chamou de “método utilizado para determinar e delinear os cálculos de IPTU’s do município de maneira coerente”.

Disse ele, então, que haviam sido feitos “cálculos exaustivos, pesquisas, para podermos determinar valores pertinentes”. E prosseguiu: “Loteamentos de alto padrão estavam pagando taxas mínimas, por exemplo, e isso foi ajustado. Mais de 3 mil famílias tiveram suas alíquotas diminuídas, outras 4 mil foram isentadas, porém outras tiveram ajustes justos para um município com grande crescimento de investimento no setor imobiliário”.

A partir daí, a Secretaria de Finanças iniciou, exatamente dia 10 de março de 2014, a distribuição da “Carta de Notificação” com as informações sobre o valor venal do imóvel dos contribuintes, este valor consolidado com a Planta Genérica do município que, multiplicados com os índices de 0,25% para imóveis construídos e 1% para terrenos, foram os fatores determinantes do novo valor do IPTU para aquele ano.

A Planta Genérica de Valores atribui valor aos terrenos em cada região da cidade. Segundo Cizoto disse à época do lançamento, “foi feito todo um cadastro, revisamos o valor do metro quadrado e também o padrão das construções, classificando-as em cinco, que vão de R$ 400 a R$ 1.500 o metro quadrado. Esta reavaliação do padrão de construção dos imóveis, mais o metro quadrado do terreno é o que nós chamamos de Valor Venal, que vai ser base para a cobrança do IPTU”.

E mais, explicou ele: a alíquota será permanente para imóveis, mantendo-se 0,25%, de acordo com Projeto de Lei Complementar votado na Câmara Municipal. Já os terrenos iniciam com a alíquota de 1% em 2014. “Se a pessoa não construiu dentro do prazo, ela pode chegar até 3% do valor do terreno”, disse Cleber.

Assim, o Valor Venal do seu imóvel, multiplicado pela alíquota resultará no valor a ser pago no IPTU. Hoje são bem mais do que os 16,7 mil imóveis prediais que estão inscritos no cadastro fiscal, e bem mais que os 4,1 mil que ficarão isentos do imposto, aqueles classificados na faixa cuja metragem é de até 65 metros.

Sendo assim, tão fortemente responsável pelas alíquotas do famigerado IPTU de Olímpia, das duas uma: ou Cunha derruba a Planta Genérica e, consequentemente, o valor do IPTU, conforme compromissado, ou a Planta Genérica derruba Cunha e, consequentemente, suas eventuais pretensões pós-2020.

DÚVIDA
Quando o prefeito Fernando Cunha diz: “Não vamos administrar para ser reeleito”, devemos nos ufanar de seus bons princípios, ou nos preocupar com suas eventuais futuras decisões administrativas?

E quando ele complementa com: “Não adianta projeto para fazer bonito”?

Devemos pedir a alguns secretários que coloquem as barbas de molho? Se bem que a expressão, no caso do secretariado cunhista fica restrita a poucos, já que há uma saudável maioria feminina e somente dois deles usam a barba como acessório rotineiro.

SOBRE NOMEAÇÕES E OUTRAS MEDIDAS

Como antecipamos na semana passada, a corrida às bancas foi grande dos curiosos em saber quem é quem dentro das primeiras nomeações do prefeito Fernando Cunha (PR).

Não houve muitas novidades, uma vez que aqueles incluídos na primeira lista de 26 diretores e assessores, tratam-se dos correligionários mais próximos do prefeito, batalhadores em sua campanha. Além dos secretários, já conhecidos por antecipação.

Aliás, um detalhe: provavelmente por se tratar de um secretariado saudavelmente composto em sua maioria por mulheres, provavelmente um ato falho fez com que o secretário Luiz Antonio Moreira Salata, de Turismo e Desenvolvimento Econômico, tenha sido nomeado como “secretária”, no Decreto 6.672.

Foram nomeados no sábado, conforme a Imprensa Oficial do Município de 7 de janeiro, dois diretores e 24 assessores. Cunha dispõe de 60 vagas nestes níveis.

Um detalhe chama a atenção: os cargos de diretor de área.

No que corresponde aos distritos, eram chamados antes de subprefeitos, depois diretor de distrito e agora diretor de área. Mas, o que eram apenas duas vagas, passou a serem quatro. As do distrito estão com Heleno da Costa Mendes e João Paulo Moreli, respectivamente Baguaçu e Ribeiro dos Santos.

As outras duas vagas estão com José Roberto Pimenta (O Zé Kokão), ex-candidato a vereador pelo DEM, mas trabalhou ao lado de Cunha na campanha (recebeu 336 votos), e José Nilo Netto Bizzio (O Zé Nilo), um dos principais ativistas pró-Cunha na campanha. A pergunta que fica é: que áreas vão gerenciar ambos?

De acordo com lei aprovada recentemente na Câmara de Vereadores (189/2016), a função do diretor de Área é “assessor o respectivo titular do órgão em que exerce suas funções, quanto à verificação das condições de infraestrutura do município, emitindo informações e pareceres, quanto às atividades a serem realizadas, elaborando estudos, pesquisas e relatórios conclusivos referentes às questões que envolvam as atribuições da Pasta, para subsidiar o agente político titular do órgão na tomada de decisões” (entendeu?).

No caso dos distritos, esta atividade será bastante visível, até porque haverá a vigilância constante e próxima dos moradores daquelas localidades. Nas outras duas nomeações, resta saber em que áreas vão atuar, e como. A propósito, o vencimento para a função é de R$ 3.452,98.

RENEGOCIAÇÕES À VISTA
Conforme o prometido dias atrás, o prefeito Cunha já providenciou a primeira medida visando renegociar preços de contratos de prestação de serviços ou mesmo de licitações em curso ou a serem realizadas.

Fez publicar na edição de sábado da IOM, o Decreto nº 6.682, de 6 de janeiro, dispondo sobre a “reavaliação e a renegociação dos contratos em vigor e das licitações em curso (…)”. Cunha quer uma “quebra” de pelo menos 15% nos preços finais. Os pregões presenciais estão fora da lista. O prefeito tem pressa: quer resultados em sua mesa até dia 2 de março.

Criou um Grupo de Trabalho formado pelos secretários de Administração, Gestão e Planejamento e de Finanças, além do Controlador da Controladoria Geral do Município (aliás, Sandra Regina de Lima, que fora secretária de Gestão nos anos finais da administração Geninho [DEM]).

Cunha se mostrou particularmente incomodado com o contrato da Merenda Escolar. “R$ 9 milhões por ano com merenda não dá”, contestou. Uma conta simples revela que por este valor anual, a despesa mensal seria em torno de R$ 900 mil, se contados apenas 10 meses. Por dia, R$ 45 mil, se contados 20 dias/mês.

O que, divididos por cerca de 5,3 mil alunos, daria um custo por aluno/mês de R$ 169,8. Por dia, a alimentação de cada aluno estaria custando ao município, R$ 8,49. O prefeito acredita que é possível alimentar este contingente por valor menor.

Esperar para ver em que nível uma redução de preço vai interferir na qualidade da merenda do município, hoje uma das melhores da região.

Cunha também se queixou do valor pago ao aterro sanitário de Onda Verde, onde é depositado nosso lixo. Quer renegociação. Mas garante que Olímpia não terá aterro sanitário (isso dito quando do debate na ACIO, durante a campanha). Geninho queria. Até área comprou, às margens da SP-322. “O valor do aterro está salgado”, queixou-se. Mas a coleta está com “preço razoável”, disse.

O Gepron, aquela empresa que administra a Unidade de Pronto Atendimento-UPA, também vai passar por um “pente fino”. Cunha quer preço mais acessível. Esperar para ver como isso se dará e se não vai comprometer a estrutura de atendimento um tanto já delicada por ali.

O Decreto cunhista diz que não poderá destas renegociações resultar “aumento de preços, aumento de quantidades, redução da qualidade dos bens ou serviços” ou qualquer outras modificações contrárias ao interesse público. A ver.

DE NOVO?
Só uma pergunta: revitalização das praças da Matriz e Rui Barbosa, de novo? O prefeito quer uma “concha acústica” instalada ali. Disse que não está satisfeito com o uso que se faz daqueles locais. Vamos ver no futuro, então, como é que se usa uma praça. E o calçadão no centro parece que vai sair junto à revitalização.

E uma das primeiras medidas visando dar “adequação” ao uso da praça foi tirar dali o carnaval de rua e os bailes a céu aberto. Vão voltar para a Aurora Forti Neves, local mais adequado, de acordo com Cunha.

Mas, quem quis o carnaval ali foram as próprias escolas. Veremos se medidas impositivas se farão presentes nas conversações carnavalescas.

Um começo de semana a todos.

 

 

 

 

 

SANTA CASA, DE NOVO, A ‘BOLA DA VEZ’!

Política cá, política lá, e a Santa Casa de Misericórdia de Olímpia nada de encontrar o seu caminho de solidez. Ela é sempre a “bola da vez”, mas acaba sempre sendo a “bola reserva”.

Com este novo Governo municipal, parece que não será diferente. O prefeito Fernando Cunha (PR) vive a manifestar preocupações com seu estado precário de agora e sempre. E promete acabar com isso.

Sua medida drástica para enfrentar o problema? Instalar ali nos seus arredores, um Pronto Socorro. Acha necessário. Entende que a UPA está muito longe do hospital e isso compromete o socorro a vítimas urgentes. Não criminaliza a UPA, no entanto. Acha fácil, aliás, equacioná-la.

“O que falta lá é um trabalho de gestão, com isso vai melhorar a qualidade do atendimento, tem  que atender melhor as pessoas”, disse. Bom, então está fácil (e a gente aqui, quebrando a cabeça, hein?).

Acusou o ex-prefeito Geninho de agir politicamente em relação ao hospital (no que não está inteiramente errado, mas corre o risco de cair na mesma tentação), ao construir a UPA do outro lado da cidade.

“O governo anterior investiu mais na UPA para ficar menos dependente politicamente da Santa Casa”, analisou. Mas o governo anterior também agiu politicamente para colocar lá gente de sua confiança.

Talvez este “agir politicamente” de Cunha refira-se à administração Helena de Sousa Pereira, que havia sido sua parceira (de Geninho) de campanha eleitoral. E hoje os que lá estão? Nas rodas dizem que estão prestes a cair. Seria o “agir politicamente” de Cunha?

Para quem a Santa Casa não foi incorporada como um elemento da política de Saúde do município? “Pode ter sido um acerto de ordem política”, insiste Cunha, em seu descontentamento. “Do ponto de vista da oferta de Saúde foi muito ruim”, complementa.

Em síntese: Cunha disse que vai “enfrentar”, que vai “ajudar” o hospital. Não deixou claro se vai aumentar o repasse (de onde viria o dinheiro?). Arrisca dizer que a economia que pretende fazer iria parte para o único hospital de Olímpia.

Um PS ao lado facilitaria resolver estas questões ou apenas tumultuaria um ambiente que hoje, para o bem e para o mal, vive situação de total calmaria? Quem se lembra do que era aquilo antes da UPA sabe muito bem do que estou falando.

Cunha garante resolver outras questões, como a falta da UTI, do centro de hemodiálise e, mais importante que tudo, então, a falta de dinheiro crônica da qual a Santa Casa padece.

Só faltou ele dizer – e isso ninguém lhe perguntou – se sua ideia é municipalizar a Santa Casa de Misericórdia. Porque o nível de envolvimento a que se propõe, temos a impressão de que só será possível por meio de alguma espécie de municipalização. E aí, haja economia para sustentar aquele nosocômio.

Com a palavra, Lucineia Santos, “a gestora”, e Fábio Martinez, “o especialista em Saúde”, conforme definição de Cunha.

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