Como foi antecipado aqui por este blog, parece que a profecia se confirmou: nada de campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo por aqui. Caso quisesse fazer de Olímpia um polo estudantil, Geninho (DEM) tinha que ter agilizado tudo até este final de semana, afinal, o prazo dado pela coordenadora olimpiense é até dia 13, este domingo, portanto.

Ela diz não saber se alguma coisa foi feita, uma vez que o que lhe competia, foi feito. O resto era com as lideranças (?) políticas locais, prefeito à frente. Mas, quá!, como diziam os antigos. Agora, a coisa fica para após as eleições, porém, se o quadro mudar em Brasília, não há garantias de que o programa educacional, de primeiro mundo, diga-se, continuará.

Para relembrar o assunto, leia abaixo texto sobre as propostas feita pela professora-doutora Andréa Mara Pereira, olimpiense que só queria ver sua cidade contemplada com tão importante polo estudantil. E que teve que mover céus e terra para só após quatro meses de tentativas, conseguir falar com o prefeito.

Caso Executivo Municipal e Câmara de Vereadores somassem esforços tivessem dado prioridade ao interesse público no município, Olímpia poderia tornar-se um polo estudantil com a implantação aqui de um campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo-IFSP, autarquia federal de ensino técnico, tecnológico e de nível superior gratuito. Porém, tudo precisava ter sido encaminhado até o dia 13 de julho, domingo, para a cidade não perder este benefício.

A proposta foi trazida pela professora olimpiense Andréia Mara Pereira, doutora em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp e diretora-administrativa do IFSP em Barretos.

No início do mês de junho ela manteve contato com o prefeito Geninho (DEM) e o vice-prefeito Gustavo Pimenta (PSDB), quando tratou do assunto, após quatro meses de tentativas de agendamento. Na noite do dia 25 de junho, ela fez uma explanação na Câmara de Vereadores, detalhando o projeto. Mostrava-se otimista, pois prefeito, vice e vereadores teriam demonstrado boa receptividade à proposta.

“Como é ano político, se nós não assinarmos rápido e acontecer uma transição de mudança de governo, pode ser que o projeto do próximo governo não seja o mesmo que o atual. Porém, se houver esta transição mas o projeto estiver assinado, não tem como voltar atrás”, ela explica. De acordo com Andréia, “o ideal seria que (o projeto) fosse assinado até o dia 13 de julho”.

E isso dependerá “do poder das nossas autoridades locais e dos seus deputados em articular e negociar com o ministro”, complementa. A professora disse que o prefeito “foi muito receptivo”, a atendeu “muito bem” e até “fez um ofício ao ministro (da Educação, Henrique Paim) pedindo este encontro”. Geninho também já teria acionado os deputados parceiros para que facilitassem este encontro. “Estamos aguardando a resposta do ministro”, diz.

“Precisa-se, na realidade, pressionar estes deputados, e estes pressionarem o ministro para termos este agendamento o mais breve possível, e, depois que tiver tudo assinado, ficarmos um pouco mais tranquilos”, ela enfatiza.

Quanto ao cronograma de instalação, após toda papelada assinada e o “positivo” do ministro, o parecer é transferido para o reitor do Instituto Federal de São Paulo, “que já está sabendo do que está acontecendo”. O reitor marca uma reunião com o prefeito para fazer as negociações referentes à doação da área e apresentar os projetos de adequação.

“Após estes documentos serem assinados e formalizados, começa o processo licitatório, no qual o projeto é apresentado com os valores a serem orçados, os valores a serem transferidos para o Instituto, para que esta reforma seja feita, e aí começa o processo licitatório em si”, explica.

“Se todo este trâmite for cumprido até o final do ano, no inicio de 2016 o campi deve estar funcionando”, estima a professora, apesar do trâmite burocrático. “Primeiro, o projeto precisa ser aprovado pelo Departamento de Obras do Estado. Depois ele passa pela Procuradoria para ver se está tudo adequado, dentro das regulamentações do Governo. E depois disso começa o processo licitatório”, relata.

“A licitação publicada, como ela é de valor acima de R$ 1 milhão, tem que ficar no mínimo 30 dias publicada em jornais de circulação regional, Diário Oficial e assim sucessivamente. A empresa que ganhar esta concorrência tem 120 dias para iniciar as obras”, completa.

Até.