…Prédio da Beneficência será devolvido à Santa Casa

Depois de cerca de 25 anos sendo usado pelo município para abrigar instalações de atendimento à Saúde e nos últimos anos a própria Secretaria Municipal de Saúde, o prédio da extinta Sociedade de Beneficência Portuguesa, na Praça Altino Arantes, será devolvido à Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, a cuja entidade pertence.

Para tanto, a Secretaria Municipal de Saúde sairá dali, e suas instalações irão para uma casa “de grande porte”, segundo informou o prefeito Geninho (DEM).

Aquele prédio histórico da cidade pertencia à irmandade portuguesa que tocava ali um hospital beneficente que acabou sendo desativado, a Sociedade dissolvida e o prédio doado para a Santa Casa, como manda o estatuto das filantrópicas.

Ali, atualmente, além da Secretaria da Saúde, funcionam outros setores da área, como a Vigilância e o Centro Odontológico-CEO. Num futuro distante, a Saúde será abrigada no Centro Administrativo de R$ 10 milhões que o prefeito quer construir em área em frente à Daemo Ambiental.

O comodato do município com a Santa Casa venceu no final do ano passado. O provedor da Santa Casa, Mário Francisco Montini, procurou o prefeito a fim de saber qual era o interesse do município: pagar aluguel, comprar o imóvel ou desocupa-lo. Geninho disse que preferiu a última alternativa.

Para tanto a secretária estaria procurando uma casa “de grande porte” para acomodar a estrutura toda do órgão, deixando o prédio. De qualquer forma, essa mudança deve estar concretizada “em 30 a 40 dias”, garantiu Geninho.

CENTRO ADMINISTRATIVO
Quanto ao Centro Administrativo propriamente dito, o prefeito garante que as obras começarão ainda este ano. Para lá irão todas as dependências administrativas do município, incluindo a Saúde. O Centro será para “unificar” o trabalho, porque “centralizar traz economia”, segundo o prefeito. “É uma obra ousada, grande e cara”, observa.

ADENDUM
Acreditamos que cabe aí uma única e fundamental pergunta: se vai pagar aluguel, alugando uma casa “de grande porte” – numa cidade onde casa de qualquer porte está pela hora da morte -, então porque não pagar para a Santa Casa, uma maneira de também ajuda-la neste momento de grande dificuldade, ao invés de, eventualmente, ajudar um amigo ou próximo qualquer?

São certas atitudes de mandatários políticos que a gente não consegue entender. Mas, o mínimo a fazer é ficar de olho para sabermos de quem será alugada a tal casa “de grande porte”. E por quanto.

Até.