A Daemo Ambiental acaba de “presentear” os olimpienses com mai um reajuste na tarifa de água e esgoto. Os novos valores já estão em vigor desde sábado, quando foi publicado na Imprensa Oficial do Município, o Decreto 5.434, de 25 de abril passado, reestruturando e fixando os preços cobrados pelo fornecimento de água e pela coleta de esgotos.

Entre outras coisas, a autarquia alega que os custos mínimos unitários da Superintendência para os serviços de leitura, entrega de contas, manutenção nas redes de água e esgoto, arrecadação e atendimento são de aproximadamente R$ 33.

Lembrando que os serviços de leitura, entrega de contas e atendimento são terceirizados, e que quanto à manutenção, além de ser a única coisa que se tem feito nos últimos anos no setor, é de baixa qualidade, e que, para baratear um pouco o custo poderia ser reduzido o quadro de comissionados e estagiários a menos da metade, antes de se enfiar a mão no bolso do cidadão.

Diz ainda o decreto que “há necessidade de providências de obras que propiciem o melhoramento e adequação de água e esgoto produzidos na cidade”. Lembrando que isso se faz necessário desde quatro anos atrás, quando o atual Governo chegou ao poder. E nada foi feito efetivamente. Nenhum investimento. Apenas gastos com superficialidades, exemplo do prédio “chique” da Harry Gianecchinni.

Pelo menos a direção da autarquia, numa certa altura do decreto, reconhece que a rede de água da cidade “é antiga e obsoleta, encontrando-se em estado geral de deterioração”, e que a cada dia só vai piorando a situação. Reconhece. Mas nada fez até agora e nada fará. Além, claro, de cobrar, cobrar e cobrar.

Além disso, a direção da Superintendência nos apresenta uma tabela “mágica” de preços, onde a cada metro cúbico consumido o valor do metro cúbico dobra, no mínimo. Por exemplo, para o consumo até 10 mil m3, o valor por metro público custa agora R$ 0.914. Mas, se passar dos dez mil, cada metro cúbico custará então, R$ 1,84. Ou seja, o “segundo” consumo de 10 mil m3 custará R$ 18,40. Mais que o dobro do “primeiro” consumo. Em percentuais, 101% a mais.

O “terceiro” 10 mil metros cúbicos já custará R$ 1,86 a unidade, totalizando R$ 18,60. Depois, a tabela passa a somar a cada 20 metros cúbicos, passando o valor por m3 a R$ 2,33, totalizando este volume, R$ 67,60. Depois volta a contar de dez em dez metros cúbicos, até os 70, a partir do qual cada metro cúbico consumido custará ao cidadão R$ 3,45.

É bom  observar que os valore s citados aqui estão fracionados para melhor entendimento. relatamos o que se paga por consumo a cada “bloco” de dez ou vinte mil metros cúbicos. Mas a somatória é total, inteira, ou seja, quando seu consumo passar dos dez metros cúbicos, por exemplo, ficando em 11,5 m3, sua tarifa não será mais R$ 0.914 mas, sim, de R$ 1,84.

Se passar de 20 m3, por exemplo ficando em 21,5 m3, não será mais de R$ 1,84 mas, sim, de R$ 1.86 e assim por diante, valor que incidirá sobre todo o consumo. Ficou claro?

Lembrando, ainda, que sobre o valor final apurado, será acrescido mais 80% a titulo de tarifa de esgoto. E mais R$ 0.08 por metro cúbico de água consumida, para o Programa Permanente de Manutenção de Hidrômetros, o PPMH, outra “modernidade” implantado pela Daemo Ambiental.

Até.