Essa é a triste realidade vivida pela cateoria do funcionários públicos municipais de Olímpia: necessitarão de um reajuste mínimo de 4% em seus salários este ano, para não perderem frente ao Salário Mínimo nacional, que foi reajustado em 9%, passando a ser de R$ 678 este ano.

Isto porquê, com o piso hoje em R$ 658, os 4% de aumento significarão R$ 26,32, elevando o piso para R$ 684,32, ou 0.9% acima do salário mínimo. Porém, com tudo somado – abono-assiduidade e vale-refeição -, o valor iria para R$ 799,32, 16.8% acima do Nacional.

Mas observem que agora é preciso estas “muletas” para que os municipais “ganhem” com certa folga, com seus salários, do mínimo nacional. O presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Olímpia, Jesus Buzzo, não aceita, no entanto, falar-se em apenas 4%. A reivindicação é de um reajuste de 12%, índice nunca concedido até então por qualquer Administração.

A categoria recebeu seus salários na quinta-feira passada, 31 de janeiro, com valores defasados, já que a data-base é janeiro. Porém, conforme manda a lei, a diferença terá que ser reposta em fevereiro, ou em outra ocasião, dependendo do que for proposto e aceito pelos funcionários. A entidade já protocolou, desde outubro passado, requerimento solicitando ao prefeito Geninho (DEM) reajuste de 12% para a categoria que representa.

E desde outubro do ano passado que o prefeito não se manifesta sobre o pedido, nem tampouco recebe o presidente Buzzo para uma conversa. O presidente disse que já esteve na prefeitura por pelo menos duas vezes, e em nenhuma delas foi recebido seja por Geninho, seja por um secretário seu.

Os servidores estão sendo convocados para uma primeira assembléia, na próxima quarta-feira, 6, na Casa de Cultura. Porém, até o momento, ainda não há uma contraproposta do Executivo. Buzzo disse que ela seria feita hoje, segunda-feira, 4, conforme compromisso assumido pelo prefeito Geninho (DEM) na semana passada. Mas até o momento ainda nada aconteceu.

A impressão que dá é a de que o prefeito não está nem aí para o Sindicato, com a segurança de que ofereça o que quiser oferecer, a entidade vai levar para os municipais e, de certa forma, “orientá-los” a aceitar o que for proposto, evitando o confronto.

Assim, o prefeito continuará, nestes próximos quatro anos (ou serão dois, somente?), a tratar os servidores do município, ao que tudo indica, como vem tratando desde o primeiro ano de seu primeiro mandato: com o desprezo que julga devido.

PS: O BLOG ACABA DE MANTER CONTATO COM O PRESIDENTE DO SINDICATO, JESUS BUZZO, QUE DISSE TER MANTIDO REUNIÃO COM OS SECRETÁRIOS CLEBER CIZOTO, DE FINANÇAS, E WALTER TRINDADE, DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO, DOS QUAIS, NO ENTANTO, NÃO RECEBEU NENHUMA CONTRAPROPOSTA. “DE CONCRETO, ATÉ AGORA, SOMENTE A CERTEZA DE QUE 12% NÃO SAIRÁ”, SEGUNDO BUZZO. NESTA TERÇA-FEIRA, 5, ÀS 10 HORAS DA MANHÃ, HAVERÁ NOVO ENCONTRO, PARA ENTÃO DEFINIR O ÍNDICE A SER OFERECIDO PELO EXECUTIVO À CATEGORIA.

A SESSÃO
A Câmara de Vereadores volta hoje aos trabalhos legislativos, com uma pauta sem maiores novidades. A curiosidade fica por conta dos “novos” edis e sobre como eles atuarão frente às questões ali postas para suas análises e decisões. Mas, aí também não deverá haver muitas novidades, uma vez que, historicamente, teremos uma Casa Legislativa 99,9% pró-Executivo Municipal.

O 0,1% que resta credite-se a possíveis arroubos oposicionistas do petista Hilário Ruiz. Assim mesmo, um oposicionismo “light”, com certeza, já que estará sozinho nesta empreitada. Os outros eleitos pelas coligações não-genistas, casos de Marcelo da Branca e Jesus Ferezin, de alguma forma já começam a atuar atrelados indiretamente ao Governo Municipal.

Marcelo da Branca por conta de nomeação que teria emplacado na prefeitura municipal e Ferezin, por conta do imbróglio de sua não-posse após receber o diploma de eleito, direito que reconquistou na Justiça, por intervenção do prefeito Geninho (DEM), indiretamente.

Portanto, não há oposição legislativa nesta legislatura ao alcaide. Pelo menos é o que se vislumbra dado o quadro geral da Casa de Leis. E desta vez nem presidente “birrento” o prefeito terá pela frente, uma vez que Beto Puttini (PTB) tem, antes, como seu maior amigo na política olimpiense, o próprio prefeito e, depois, como seu maior exemplo de como se faz política partidária, o próprio prefeito.

Além do que, Puttini não é político dado a confrontos. Diante dos impasses busca sempre o consenso. Diante das divergências, busca sempre o diálogo. Então, presume-se, não haverá tensão entre Legislativo e Executivo. E como toda a Mesa Diretora é pró-governo, a Casa de Leis será, para os quatro anos (ou serão dois, somente?) de Geninho, o melhor dos mundos.

ERRAMOS
Na postagem de sexta-feira passada, 1º de fevereiro, sob o título “E Maquiavel Sabe Disso?”, dissemos que a insalubridade é paga “até o índice de 20%” do que ganha o funcionário público municipal. Na verdade, a insalubridade é paga em índices que vão de 10% a até 40% sobre dois salários mínimos nacional, sempre, independentemente do quanto ganha o funcionário.

Até.