A secretária municipal de Saúde, Silvia Forti Storti, disse à imprensa que “a saúde funciona bem em Olímpia”, citando como exemplos o aumento nos atendimentos em exames e o crescimento no número de consultas feitas na rede.

Ela disse até que acabaram as filas para exames especializados. “Conseguimos melhorar todos os indicadores do município”, afirmou, embora reconhecendo que ainda “há vários compromissos, muitas metas” a serem alcançadas. “Mas, tenho a sensação do dever cumprido”, afirma.

Inicialmente, Silvia tratou da questão relacionada ao fornecimento de medicamentos, que tantas críticas gera entre os munícipes. Explicou que existem quatro listas diferentes: uma federal, que faz aquisição em nível nacional e descentraliza para os municípios. A do Estado, que faz aquisição e dispensa pela farmácia de alto custo de Barretos. Neste caso, é feito um processo e encaminhado para lá, e o médico auditor analisa se está dentro do protocolo e dispensa ou não o medicamento.

Tem a lista do município, onde é feita a aquisição e dispensada na farmácia central e nas UBS’s, e tem a lista de medicamentos da farmácia popular, aonde a pessoa vai direto com a receita e pega o remédio de graça. “E quando uma lista não está completa, o que acontece tanto em Barretos quanto no município, é onde temos algum tipo de problema. Mas, na maioria das vezes é tudo normal”, explica Silvia.

QUASE 10 MIL
Segundo ela são atendidas em média no “Postão” (Centro de Saúde) cerca de quatro mil pessoas por mês. Aqui (na Secretaria) a média é de 5,2 mil por mês, fora as UBS’s, onde as pessoas têm acesso. “São cerca de quase 10 mil pessoas por mês nestes dois pontos de distribuição. Este número é cinco vezes maior do que quando assumimos, em 2009. Realmente demos mais acesso à nossa população”, afirmou.

Quanto às ações impetradas na Justiça por cidadãos reclamando medicamentos, sejam os de uso prolongado, sejam os de alto custo, a secretária diz que a Saúde não incentiva este tipo de atitude, como acredita certa parcela da população.

“Não incentivamos, muito pelo contrário, queremos que a população tenha acesso aos medicamentos, sem ter que recorrer à Justiça. O que acontece é que temos o Rename (Rede Nacional de Medicamentos), uma relação de medicamentos, e o município tem que seguir. O problema maior é a receita que vem fora da lista de medicamentos padronizados, e mesmo fora da lista de alto custo”, observa.

“Os médicos da rede prescrevem o que temos na lista, mas os particulares não, e é isso que gera as ações, porque eles (os médicos privados) não têm muito conhecimento da lista e isso provoca o desencontro”, explica.

CONSULTAS
Segundo Silvia Forti, “em 2008, fora a UPA, eram 82.560 consultas. Fechamos 2012 com 137.573 consultas, faltando o mês de dezembro. É inegável, não tem como falar que não melhoramos o acesso à população. É o ideal? Não, sabemos que quanto mais tem serviço à disposição, mais gera demanda”.

A secretária diz ainda que “agora, todos os exames antes feitos fora de Olímpia fazemos aqui. Então, a população está tendo mais acesso. Hoje não temos fila para Tomografia, ela é agendada dentro da semana, no máximo em 15 dias. Ultrassom é dentro da semana. É difícil o município que consegue isso. Mamografia e Papanicolau, nunca na história de Olímpia se conseguiu os índices que temos, e a menor taxa de mortalidade infantil dos últimos 18 anos”, comemora.

“Que nós tivemos melhora significativa, não resta dúvida, mas temos consciência clara de que há pontos ainda a serem melhorados. Tudo pensando na população, que queremos contente e satisfeita com os serviços oferecidos”, finalizou. (Com Planeta News)

Até.