Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: dezembro 2012 (Página 2 de 2)

JUSTIÇA JULGA CAMACHO ATÉ DIA 17 E DIPLOMA ELEITOS DIA 18

O Tribunal Superior Eleitoral-TSE julgará a ação que pode impedir o ex-prefeito e candidato subjúdice de Severinia, Isidro João Camacho, de assumir o cargo de prefeito naquela cidade, até o dia 17, segundo informou o Cartório Eleitoral de Olímpia. E não podia ser de outra maneira, porque a diplomação dos candidatos eleitos a prefeitos e vereadores de toda Comarca de Olímpia foi confirmada para dia 18 de dezembro, uma terça-feira, às 19 horas, na Câmara Municipal.

Inclusive, a pretensão da Justiça Eleitoral local era a de diplomar os eleitos no dia 17, mas teve que mudar de data exatamente por causa do prazo de julgamento de todas as ações eleitorais envolvendo candidatos eleitos. O prazo máximo para a diplomação de todos eles, é dia 19 de dezembro. No dia 21 começa o recesso na Justiça.

Para ser diplomado, o eleito tem que estar com suas contas de campanha em dia, o que é o caso de Olímpia. Por aqui todo mundo já prestou contas, tiveram-nas aprovadas, e estão quites e sem problemas. As contas que ainda não estiverem analisadas – o que não é o caso da Comarca de Olímpia -, terão que estar julgadas oito dias antes da diplomação, ou seja, dia 11.

Estarão recebendo os diplomas de eleitos das mãos do juiz eleitoral Lucas Figueiredo Alves da Silva, que será auxiliado pela promotora eleitoral Daniela Ito Echeverrria, da 80ª Zona Eleitoral, seis prefeitos eleitos ou reeleitos e seus vices (Olímpia, Altair, Guaraci, Severínia, Cajobi e Embauba) e 61 vereadores eleitos ou reeleitos destas mesmas cidades, além dos primeiros suplentes de cada coligação, que, no entanto, terão que buscar os diplomas no Cartório Eleitoral.

Serão no total 73 diplomas, dos quais 67 para eleitos no último pleito de 7 de outubro e seis para suplentes. A cerimônia dura cerca de duas horas. Todos os convocados já foram oficiados pela Justiça Eleitoral.

GUTO É SECRETÁRIO
Desta vez não houve nem discussão e polêmica entre os vereadores por causa do Projeto de Lei Complementar 149/2012, que dispõe sobre modificação de requisito para provimento de cargo em comissão constante da pauta de votação de segunda-feira, 3, da Câmara de Vereadores.

A lei foi modificada para acomodar o vereador Guto Zanette (PSB) na Secretaria Municipal de Esporte, Cultura, Turismo e Lazer. Atualmente é exigido curso superior, mas a partir do ano que vem não será exigida a formação, apenas que o indicado esteja estudando ou em vias de formação superior.

Acontece que o futuro secretário está com duas pendências na Faculdade de Administração de Empresas em que estuda – agora confirmado por ele a este blog -, e não poderia ter o diploma em mãos até o final do ano, razão pela qual o prefeito se antecipou e mudou a lei, adequando-a ao indicado.

E o que antes era senão, agora está confirmado: Guto Zanette será mesmo o secretário, conforme atestou em conversa com o blog agora há pouco.

Sobre suas primeiras ações à frente da Pasta, disse que não pretende mexer em toda estrutura de pessoal que possui, e que vai deixar fluir inicialmente todos os projetos já agendados – Festival de Verão, Carnaval, Aniversário da cidade -, para depois fazer estudos de viabilidades.

Serão mantidos no cargo pelo menos os diretores de Cultura e Esportes, e aguarda-se a manifestação do diretor de Turismo sobre permanecer ou não. As comissões de eventos também continuam as mesmas. Os primeiros três meses, pelo menos, serão assim. Depois se verá o que fazer, segundo ele.

Até.

OLÍMPIA E SEU ÍNDICE FIRJAN

Olímpia está classificada na 186ª posição entre os 645 municípios do Estado de São Paulo em desenvolvimento, segundo informa a edição 2012 do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal-IFDM divulgado pelo Sistema Firjan no final de semana passado, e que toma como base os dados referentes ao ano de 2010. Em nível nacional a cidade ocupa a 357ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros. Olímpia, com índice Firjan de 0,7964, teve crescimento moderado.

O IFDM analisa três áreas de desenvolvimento dos municípios: Educação, Saúde, Emprego e Renda. Para o item Emprego e Renda são analisados geração de emprego formal, estoque de emprego formal e salários médios do emprego formal. Na Educação, a análise inclui taxa de matrícula na Educação Infantil, taxa de abandono, taxa de distorção idade-série, percentual de docentes com ensino superior, média de horas aulas diárias e resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Na saúde, são avaliados os números de pré-natal, mortes por causas mal definidas e óbitos infantis.

O índice é feito anualmente e acompanha a evolução socioeconômica dos 5.565 municípios brasileiros variando de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada localidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento.
O IFDM de Olímpia para a área da Educação foi de 0,9303, índice que indica alto desenvolvimento. Para a Saúde, ele foi de 0,8638, ou seja, também alto desenvolvimento, enquanto para Emprego e Renda, o índice apurado foi de 0,5950, ou seja, o setor teve desenvolvimento regular.

Desde quando teve início o levantamento, em 2000, o setor educacional local manteve-se no nível do alto desenvolvimento, o mesmo observado quanto à Saúde. Já no quesito Emprego e Renda, o crescimento foi regular em 2000, 2009 e 2010, moderado em 2005, 2007 e 2008, e alto somente em 2006.

Foi no ano de 2006 também que Olímpia foi classificada pelo IFDM como cidade de alto desenvolvimento, com índice 0,8538. Nos outros anos, o índice foi moderado. Em 2000, 0,6917; em 2005, 0,7973; em 2007, 0,7805; em 2008, 0,7880; em 2009, 0,7879, e em 2010, 0,7964.

Até.

E PARA 2013, NADA?

Bom, começa dezembro e o clima de fim de festa se avoluma na seara política olimpiense. A Câmara realizou sua última sessão ordinária na noite de ontem, segunda-feira, 3. Deve fazer uma extraordinária qualquer dia desses e depois, recesso. Até fevereiro, quando os trabalhos voltam, com 60% do quadro de legisladores mudado. Até aí, “morreu neves”, como se diz. Missão cumprida (?).

Antes, porém, da próxima entrada em atividade, tem a posse, na noite do primeiro dia do ano vindouro. E com a posse, a eleição da Mesa. Que não promete nenhuma surpresa, eis que o Executivo já “arranjou” tudo por lá, mexendo as peças conforme seus interesses no jogo. Beto Puttini (PTB) será o presidente. Marcão Coca (PPS) será o vice. Becerra (DEM) será o primeiro secretário. Pastor Leonardo (PR), o segundo secretário.

Portanto, muito longe esta Mesa daqueles embates que até pouco tempo atrás se viam naquela Casa, onde o resultado, muitas vezes, não era o esperado, e o nome vencedor, minimamente apostado como tal. Vide eleição 2011/2012, quando Toto Ferezin (PMDB) acabou abocanhando a cadeira principal, em detrimento de um acordo pelo qual outro colega já estava “eleito”. Nestes mesmos moldes, consta que daqui dois anos, Coca será o presidente da Casa.

Bom, ainda há uma questão a ser sanada em relação ao Legislativo, pelo prefeito Geninho (DEM): “promover” dois suplentes a vereadores, são eles Cristina Reale (PR) e Paulo Poleselli (PR), o segundo suplente. Para “subir” Cristina, já está tudo certo, sai Guto Zanette – ocupará a Secretaria de Esportes, Cultura, Turismo e Lazer -, entra a quarta mulher a ocupar cargo no Legislativo na história de Olímpia, mas como outras três anteriores, não-eleita (até agora somente Priscila Foresti, a Guegué [PRB] conseguiu este feito).

Para subir Poleseli, a menos que aconteça algo muito inesperado, sai Bertoco, indo para a Secretaria de Agricultura – o PSDB ainda não esboçou nenhuma reação quanto a isso, mas é coisa dada como certa. Há um terceiro nome, o de Marcão do Gazeta, na conta dos tucanos que, para “subir” seria necessário outro vereador sair. Mas, quem? Na linha de frente estaria Becerra, cotado para a Educação. Ele nega veementemente que tenha sido sondado para tanto, embora terceiros garantam que isso aconteceu.

Disse ao blog ontem que até fez uma visita de cortesia para a atual secretária, Eliana Monteiro, a fim de tranquilizá-la quanto aos rumores e emprestar-lhe solidariedade no cargo. Negou também o vereador que Geninho tivesse feito reunião com todos os sete eleitos em sua coligação, onde o assunto Secretaria da Educação tenha sido ventilado. “Se houve esta reunião não me convidaram”, descartou.

De acordo com Becerra, o prefeito teria antecipado dias atrás que fará uma lista tríplice para que os professores mesmo escolham o próximo ou a próxima ocupante do cargo, lista da qual ele não fará parte, segundo garantiu. Pelo menos até onde saiba. No mais, há que se avaliar qual seria o interesse do alcaide em “plantar” na Câmara uma voz para seu vice, o tucano Gustavo Pimenta.

No mais, tudo indica que Geninho terá uma Câmara dos sonhos. Sete eleitos sob seu manto, e outros três que, convenhamos, não representarão muitos problemas para a máquina de moer opositores comandada pelo burgomestre. Nem oferecerão muita resistência. Aliás, ontem na Câmara, pelos corredores, já se falava em bancada de 9 a 1, ficando apenas o petista Hilário Ruiz na oposição.

Mas, como todo mundo já conhece, ainda assim numa oposição “light”, o que facilmente redundará, a Casa de Leis – aquela que teria que ser de atenta vigilância dos atos do Executivo, a guardiã dos interesses do povo -, uma bela e serena chanceladora das vontades genistas.

Até.

A NOITE DAS DESPEDIDAS

A sessão ordinária da Câmara de Vereadores na noite de ontem, segunda-feira, 3, foi marcada por tocantes discursos de despedidas entre os colegas desta gestão. Despedida dos que ficam para os que ficam, dos que ficam para os que saem, dos que saem para os que ficam, dos que saem para os que saem. Com direito a botões de rosas brancas, mimo levado pela vereadora Priscila Foresti, a Guegué (PRB), e entregue aos “nove cavaleiros”, como ela definiu seus colegas homens.

Entre os discursos, algumas revelações, como a do vereador Bertoco (PRB) afirmando: “Não sou mais candidato a vereador”. Sem dizer que estava nos seus últimos quatro anos na política. Ou seja, vem coisa por aí. O vereador Lelé (DEM), a surpresa do pleito de 2008 que ficou fora da Câmara agora disse pretender voltar na próxima, mas…”Vamos ver se a família deixa voltar.”

Salata, cortez como sempre – se bem que às vezes por puro sarcasmo -, disse que Guegué e Primo Gerolim (DEM) “deixarão saudades”. Zé das Pedras (PMDB) e João Magalhães, também “deixarão saudades”. Lelé, disse Salata, “não perdeu” (a eleição). “Numa derrota você tira o aprendizado”, falou. Quanto a ele mesmo, disse estar “no saldo positivo”.

Com Toto Ferezin (PMDB), o presidente da Casa, brincou: “Agora que o senhor estava ficando bom, está deixando a presidência.” Depois, completou: “É um felizardo, porque terá o pai como representante” (Toto não se candidatou à reeleição, mas o pai, Jesus Ferezin, se elegeu).

Mas, quem dominou a cena mesmo foi a vereadora Guegué, com direito a ser aplaudida de pé pela maioria dos colegas. Fez um discurso homenageando a todos eles, os quais chamou de “nove cavaleiros” (numa alusão à Távola Redonda?). Após a fala, desceu e entregou a cada um deles dois botões de rosa branca, tirou fotos com um por um e depois conclamou a todos para a foto-recordação.

Na fala de Toto Ferezin, a destacar o fechamento do discurso: “Não sairei da política. Mesmo sem mandato. Serei mais atuante e fiscalizador.” Será? A destacar ainda quanto a Ferezin, o fato de ele ter chamado a vereadora Guegué na noite de ontem, por três vezes, de Priscila FOresti. Ao longo dos últimos quatro anos, ela foi sempre Priscila Seno Mathias Neto FLOresti nas chamadas do presidente. Dizia que ela não se importava, porque FLOresti lembrava flor, floresta. Então era mimo e não falha?

Até.

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