A pergunta aí acima, no título deste post, é uma reprodução da que me fazem pelo menos duas a três vezes no dia. Não se passa um dia sem que alguém a faça a mim, como se tivesse uma bola de cristal ou, por “ser da mídia”, como dizem, imaginam que sei tudo, de tudo e de todos. Mas, infelizmente, não é bem assim.

Neste caso específico de candidaturas à Câmara Municipal (bem como, também, porém em escala menor, à cadeira da 9 de Julho), o que temos, mesmo “sendo da mídia”, são informações esparsas, catadas aqui e acolá, às vezes informações “plantadas”, exatamente por “sermos da mídia” e, ao final, tudo o que podemos oferecer é um exercício de possibilidades, “mixando” o que colhemos pelos cantos da cidade.

São mais de 100 candidatos a uma das dez vagas na Casa de Leis. Portanto, mais de dez candidatos por cadeira. Mas, é sabido que a história eleitoral local no tocante à vereança mostra que ao fim e ao cabo, os votos acabam se concentrando em 15 ou 20 deles com maior intensidade. Os demais fazendo apenas um papel secundário na corrida, ou de “cabo eleitoral” do mais forte, ajudando a elegê-lo na somatória dos votos.

Pesquisa ou enquete ou o que seja visando apurar preferências no que diz respeito à Câmara, nunca são precisas, porque baseadas em citações do nome do candidato. Costuma-se afirmar que quanto mais citado é um candidato a vereador, tantos mais votos ele terá à frente de seu oponente.

Parece lógico? E é. Mas, é resultado garantido? Não se pode afirmar. No tocante a estas candidaturas, não é segredo para ninguém, o quadro pode mudar ao longo das nove horas de votação. Por uma série de razões, a mais importante delas tem relação com o poder econômico do candidato.

Dispensável lembrar que a maioria dos eleitores nem sempre forma convicção sobre em quem votar para vereador. E no dia do pleito, no caminho para seu local de votação são demais os perigos que os rondam. Perigo este que se manifesta ainda antes do dia, pela madrugada, ou horas antes, naqueles “arranjos” engendrados pelos postulantes menos éticos para cima daqueles eleitores ídem.

Mas, para matar a curiosidade do nobre leitor que já deve estar se perguntando, dá para especular – veja bem, especular! – sobre alguns nomes de eventuais eleitos, fora os percalços, ou mesmo as surpresas pós “abertura” das urnas.

Exemplo cabal pode ser tirado das eleições municipais passadas quando um jovem pobre da profunda periferia da cidade, de quem ninguém tinha ouvido falar, emergiu das urnas com seus 1.661 votos, sendo o segundo candidato mais votado – Aguinaldo Moreno, o Lelé. Surpresa geral.

E isso não está descartado acontecer novamente, já que é uma constante nos pleitos municipais desta urbe. Mas, os formuladores de campanha, principalmente da situação, único grupo que faz pesquisas e enquetes toda semana, há os nomes mais, digamos, garantidos, e aqueles que receberão boa soma de votos e, por isso, estarão na “briga” por vagas. Vai haver chiadeira e muita gente dizendo que nada a ver. Mas, reforço: são especulações baseadas no “ouvi-aqui-e-ali”.

Pelos lados do situacionismo, são dados como eleitos Beto Puttini, Bertoco e Guto Zanette, não necessariamente nesta ordem – falam que Zanette seria o mais votado, seguido de Puttini e Bertoco, até contarem os votos da Zona Rural, quando então Bertoco passaria a segundo mais votado. Todos acima da casa dos mil votos – porém, dar os números já seria futurologia.

Ainda na lista situacionista viriam depois Marcão Coca, Salata e Becerra, formando uma bancada de seis vereadores, unindo a chamada “chapona” e a “chapinha”. Mas, ainda estaria prestes a fazer mais dois, a situação, na “sobra” dos eleitos, e neste “bolo” estariam Pastor Leonardo, Marcão do Gazeta, Cristina Reale, Marcelo da Planejar, Jura, Luiz do Ovo, Valtinho Bitencourt, João Luiz Stelari e João Paulo Poliselo (NR: Estes dois últimos não haviam sido incluídos no texto original postado ontem) e até mesmo Lelé, a surpresa, não necessariamente nesta ordem.

Há outros nomes neste “bolo”, com certeza, mas o quadro principal estaria formado aí. Pode ser, pode não ser. Garantidos mesmo desde já, de qualquer forma, só os três primeiros citados, é o que dizem. Bom, faltam quatro, caso a situação não faça mais dois, ou apenas dois, neste caso.

Nos quatro da oposição entrariam, segundo ainda estas especulações, Janeclei ou Marcelo da Branca, Hilário Ruiz ou Ferezin, no caso de dois oposicionistas, ou ela/Marcelo, Ruiz, Ferezin ou Marquinhos Santos, estes dois últimos da coligação de Helena Pereira, no caso de quatro oposicionistas.

E Zé das Pedras?, hão de perguntar. A situação dele é bastante complicada, uma vez que dependerá, e muito, do grupinho de oito candidatos do PMDB, seu partido, que está sozinho na proporcional. As especulações indicam que ele terá votação expressiva, passando da casa dos mil votos, mas o desempenho dos oito é que terá que falar mais alto, afinal o coeficiente é de quase três mil votos.

Feito isso, não valerá de nada candidatos que não constarem desta lista caso eleitos nos olharem de cara feia após o dia 7, ou mesmo querer tirar satisfações porque, repito, são especulações, calcadas em conversas e “informações” colhidas aqui, ali e acolá pelos cantos da cidade. Portanto, sem nenhuma certeza.

Diríamos até, que a lista e os nomes citados aqui são aqueles que estão, mais fortemente, na boca, corações e mentes dos formadores de opinião. Erros ou acertos não serão, portanto, mérito puro deste blog.

Até.