Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: junho 2012 (Página 2 de 2)

A CÚPULA DOS POVOS

Bom dia, Orlando…
segue abaixo uma primeira contribuição à respeito da Cúpula dos Povos, foi enviada pela minha amiga Cristiana Ribeiro. Eu chego por lá amanhã de manhã, teremos uma reunião da equipe (RECID) e participaremos de uma Roda de Conversa na terça-feira, com Gilberto Carvalho (Sec.Geral da Presidência) e a Pres. Nacional do CONSEA (Cons. de Seg. Alimentar), Maria Emilia Pacheco. Daí te mando um “textinho” e fotos… abraço!

Boa noite

Para aqueles e aquelas que estão de plantão esperando notícias da CÚPULA, estive hoje com o meu grupo do IFHEP ( INSTITUTO DE FORMAÇÃO HUMANA E EDUCAÇÃO POPULAR) e fizemos uma Oficina lá. Bom, o espaço para as oficinas é muito pequeno e tivemos que fazer do lado de fora, acho que nós da RECID teremos o mesmo problema.

Quanto a Cúpula, sinceramente eu esperava mais, achei muito “cara de RIO+20” do que CÚPULA DOS POVOS, mas eu espero que de amanhã em diante seja mais  a cara da gente…mais militância do que só falar em “meio ambiente” ” sustentabilidade” …Acredito que na quarta-feira com as mobilizações que acontecerão, possa ser melhor.

Vocês acreditam que tem um grupo que está lá fazendo propaganda a favor da BELO MONTE? Pois é, tem e eles alegam que estão lá para o caso de surgir dúvidas e questionamentos sobre esse assunto, pois eles são de ALTAMIRA e acham que os progressos que estão acontecendo lá por conta dessa construção está sendo muito bom pra cidade.

Bom gente esse é só um resuminho básico do que vi lá…quem quiser ver as fotos e tiver facebook eu postei no meu álbum. Beijos. Cristiana Ribeiro.

PS: Trata-se de uma contribuição do amigo José Bento Souza Vasconcelos dos Santos, que está participando da Cúpula e vai abastecer estes espaço com informações de lá, para quem se interessar por este assunto tão importante e estratégico para o país e seus cidadãos. Acompanhe.

Até.

CONVENÇÕES E CINISMO DO ‘JORNAL DO GENINHO’

Não há um mínimo pedaço de chão desta urbe onde não exista alguém preocupado com o  desenrolar das próximas convenções municipais, principalmente aquelas dos partidos tidos como de oposição ao governo atual. No tocante às convenções situacionistas, que serão realizadas no mesmo local – Câmara de Vereadores, e no mesmo período – das 8 às 13 horas, a expectativa é saber quais nomes estarão na disputa por uma cadeira na Câmara. Porque a candidatura majoritária já está sacramentada – Geninho (DEM) e Pimenta (PSDB).

Até mesmo nas hostes genistas a indagação sobre quais serão os nomes à majoritária na oposição é presença constante entre os membros do estafe e seus próximos. Prova disso é o “editorial” deste sábado, 16, do Tribuna(l) Regional, semanário também conhecido como “O jornal do Geninho”. Nele, de uma forma enviesada e cínica, o redator cobra uma definição da oposição, tachando as marchas e contramarchas de “dança das cadeiras” e/ou “da vassoura”, como se não soubesse ele que este tipo de entendimento, quando envolve grande número de pessoas e muita vaidade pessoal, é mesmo dificultoso e necessita muito tato nas tratativas.

O jornal genista exala ansiedade nas suas entrelinhas. Para o editorialista, toda essa demora seria em decorrência “da completa ausência de propostas sérias de governo”. Esquece-se o escriba do rei que seu mentor financeiro também não tinha e continua não tendo, “uma proposta séria de de governo”. Haja vista que se tem na cidade, nestes três anos e meio, um arremedo do que seria um bom governo. Um governo materialista preocupado com o “make-up” urbano, e não com o senso comum, o bem estar de seus cidadãos.

Ademais, não será preciso ir muito longe no “debate político ético”, como cobra o semanário prefeitural. É só lembrar à população os malfeitos desta turma que hoje ocupa o Palácio da 9 de Julho e hastear a bandeira da honestidade, da probidade e do respeito à coisa pública. Temos que o eleitor verdadeiramente preocupado com o futuro desta urbe, com os destinos de seus moradores, principalmente os jovens, que herdarão edificações ou ruínas, vão saber discernir e se decidir pelo que é limpo, claro, transparente.

Porque ao contrário do que muitos afirmam aqui e ali, acredita-se que o principal requisito para que alguém se julgue à altura de uma cadidatura ao cargo político máximo de uma cidade é a honestidade. Já se houve muito por aí o tal do “rouba mas faz”. Não é por aí. O governante tem que fazer sem roubar. E se rouba, por mais que faça, deve ser alijado do universo político. Pior ainda é quando rouba e ostenta. Pior ainda é quando rouba e “maqueia” a si e a cidade que governa. Estes são políticos cujo destino futuro teria que ser a lata do lixo da história.

De maneira que não há atenuantes: ou o político é comprovadamente honesto e bem intencionado, ou deve ser relegado ao esquecimento, ao ostracismo. O “rouba mas faz” é a mais cínica interpretação popular de um estado de coisas, de um comportamento político. Do que muitas vezes o político se aproveita. A “virtude” como justificativa do “pecado”. Ou vice-versa. A indulgência do olhar cego ou da visão turva popular, das quais políticos inescrupulosos fazem tanto gosto.

Mas, enfim, o tema desta postagem são as convenções partidárias. Já se sabe que onze partidos de oposição estarão reunidos no próximo dia 30, no período de 9 às 12 horas e das 8 às 17 horas, sete deles na Câmara Municipal, para as convenções partidárias que oficializarão as candidaturas a vereador, prefeito e vice. Desta megaconvenção, espera-se, sairão os nomes dos candidatos a prefeito e vice, cuja espectativa é a de que seja candidatura única.

Estarão escolhendo também os nomes à vereança o PMDB, do vereador e pré-candidato a prefeito João Magalhães; o PRB, presidido pela ex-primeira-dama Rosane Carneiro; o PMN, de Fabiano Garcia Trinca, sigla na qual está abrigada a também pré-candidata a prefeito, a ex-provedora da Santa Casa Helena Pereira; o PTN, do ex-vereador e presidente da Câmara, pai do atual presidente, Toto, Jesus Ferezin; o PT do B, presidido pelo ex-vereador e presidente licenciado da AFPMO, Antonio Delomodarme, o Niquinha; o PRTB do comerciário Lupércio Bonin; o PSC, do comerciante Marco Antonio dos Santos, que deve se lançar candidato a uma cadeira na Câmara; o PSL, que tem à frente Leandro Marcelo dos Santos, o “Marcelo da Branca”, outro que porá seu nome na disputa à Câmara; o PT presidido por Marcos Sanches, pelo qual o atual vereador Hilário Ruiz buscará a reeleição; o PV, presidido pelo contabilista Paulo César Ferri, que também deverá disputar uma vaga à Câmara, já que obteve uma boa soma de votos na eleição passada, e o PSD, que tem à frente o conselheiro tutelar Fernando Roberto da Silva, e que abriga a pré-candidatura de Ubirajara Teixeira, o Bira da Ki-Box, a prefeito.

PT, PSD e PV farão suas convenções na subsede do Sindicato dos Bancários local, a partir das 9 horas da manhã. Já o PSL fará a convenção em sua sede própria, na Cohab II, das 9 da manhã às 17 horas. Os demais ocuparão o plenário e salas da Câmara de Vereadores, em horários variados das 9 às 12 horas e das 8 às 17 horas.

Um dia antes, em 29 de junho, serão realizadas as convenções municipais dos partidos aliados ao prefeito Geninho Zuliani, 12 no total. Será a última sexta-feira do mês, véspera do prazo legal estipulado pela Justiça Eleitoral. A convenção será no período da manhã, na Câmara Municipal.

Os partidos que integram a coligação da chapa situacionista são os seguintes: o DEM, presidido pelo próprio prefeito Geninho, candidato à reeleição; o PSDB, do vice também candidato à reeleição Gustavo Pimenta; o PTB, do vereador Beto Puttini, que tentará voltar à Casa de Leis; o PP, do vereador suplente e líder do prefeito na Câmara, Salata, que não ficará de fora da disputa; o PR, do Dirceu Bertoco, outro que continuará na luta; o PSB, agora dirigido por Guto Zanette, que espera poder voltar, embora tenha sido “puxado” por Hilário Ruiz na eleição passada; o PPS, também dirigido por um ex-vereador, Marcão Coca, outro candidato a uma das dez vagas, e que já foi preterido na eleição passada; PDT, presidido pelo pastor Leonardo, que vai buscar seu “lugar ao sol”; PRP, do secretário de Gabinete Paulo Marcondes, que não será candidato (?); o PSDC, do ex-vereador e presidente da Câmara, Alcides Becerra Jr., que volta à luta após uma tentativa frustrada na eleição passada; o PTC, de Gustavo Marques – sem informações, e o PHS, que já foi sigla de muito peso em eleições passadas, hoje nas mãos do pai de vereador Beto, Aldo Puttini.

Até.

TODO MUNDO FARÁ CONVENÇÃO NA HORA FINAL

Onze partidos de oposição estarão reunidos no próximo dia 30, no período de 9 às 12 horas e das 8 às 17 horas, sete deles na Câmara Municipal, para as convenções partidárias que oficializarão as candidaturas a vereador, prefeito e vice.

Ainda não se sabe qual o número de candidatos a uma cadeira na Casa de Leis que surgirá desta provável junção de partidos, nem quais nomes serão homologados para encabeçar a coligação como prefeito e vice. Estas questões estarão todas sanadas, garantem os líderes partidários, até o dia das convenções.

PMDB, PRB, PMN, PTN, PT do B, PRTB, PSC, PSL, PT, PV e PSD são as siglas reunidas nesta convenção do dia 30, um sábado. PT, PSD e PV farão suas convenções na subsede do Sindicato dos Bancários local, a partir das 9 horas da manhã. Já o PSL fará a convenção em sua sede própria, das 9 da manhã às 17 horas. Os demais ocuparão o plenário da Câmara de Vereadores, em horários das 9 às 12 horas ou das 8 às 17 horas.

O jornal Planeta News, edição desta sexta-feira, 15, traz a publicação de todos os editais de convocação.

Um dia antes, 29 de junho, serão realizadas as convenções municipais dos partidos aliados ao prefeito Geninho Zuliani (DEM), 12 no total. Será a última sexta-feira do mês, véspera do prazo legal estipulado pela Justiça Eleitoral. A convenção será no período da manhã, na Câmara Municipal. Os partidos da chapa situacionista integram os seguintes partidos: DEM, PSDB, PTB, PP, PR, PSB, PPS, PDT, PRP, PSDC, PTC e PHS.

Os partidos que integram a coligação, por enquanto, da chapa situacionista, são os seguintes: DEM (Geninho), PSDB (Gustavo Pimenta), PTB (Beto Puttini), PP (Luiz Salata), PR (Dirceu Bertoco), PSB (Guto Zanette), PPS (Marcão Coca), PDT (Pastor Leonardo), PRP (Paulo Marcondes), PSDC (Alcides Becerra), PTC (Gustavo Marques), e PHS (Aldo Puttini).

Até.

REAFIRMANDO O PENSAMENTO

Desenha-se no horizonte político-eleitoral olimpiense, o mais do mesmo de todos os últimos pleitos realizados por aqui. A repetição da fogueira de vaidades. Todo mudo querendo ser, e todo mundo achando que pode ser, que tem cacife para ser.

Em nome de uma democracia da distensão, lançam-se ao léu duas ou três candidaturas à cadeira da 9 de Julho, contra um candidato à reeleição que, se tiver muito ruim, terá no mínimo 35% das intenções de voto. A isso somam-se a máquina administrativa e os aludidos milhões que teria amealhado ao longo do tempo, conforme a boca do povo.

Muito mais que o pensar democrático, o raciocínio a se fazer é matemático. Em 100% dos votos válidos, a divisão por dois, teoricamente, daria 50% para cada um dos lados, certo? Divididos estes 100% por três, teoricamente, cada qual poderia alcançar 33% e uns quebrados que o resultado é uma dízima periódica. Sendo assim, quem seria o grande favorecido, neste último calculo? É claro que quem já está no poder, por motivos óbvios.

Já no primeiro cálculo, também teoricamente, ainda que o candidato à reeleição saia para a disputa com até 40%, seu oponente, ainda dentro do universo das teorias, buscaria os 60% dos votos restantes. Estamos falando de votos válidos, observem bem. Seria a disputa entre quem já está, com todas as suas forças e fragilidades, contra quem quer chegar lá, com toda força e fragilidade de seu discurso e projeto de governo.

Este “atirando pedras” e prometendo fazer mais e melhor. Aquele defendendo seus feitos e acrescentando novas promessas. Mas, forçosamente, se expondo muito mais às críticas, às “pedras” oposicionistas, vidraça que é.

No meio, o eleitor que optará por um ou por outro, pesando ambos na balança da razoablidade. Não quer manter o que está por tantas e tais razões ou, ao contrário, há razões suficientes para dar-lhe mais quatro anos. Quer trocar de mandatário por tantas e tais razões ou, ao contrário, melhor deixar como está para ver como fica.

Entendo ser esta a melhor forma de se colocar o eleitor para se dicidir. Escolher entre dois fortes nomes, o que já está e o seu oponente – e este nome tem que ser de consenso e apoiado por todo o espectro oposicionista sem distinções -, também é incontestavelmente democrático.

Porque democracia, em política, imaginamos, não vislumbra somente a distensão, a pluralidade, quando o asunto é eleição, seja em que nível for. Vislumbra, também, a coesão, o ajuntamento, ainda que momentâneo, das idéias e ações, em favor de um projeto mais amplo e necessário. Abandonar esta forma possível de ver a democracia, é relegar o futuro da cidade ao Deus-dará, ao dê-no-que-der, o importante é que as vaidades e a soberba sobrevivam.

Até.

MP FEDERAL QUER SABER COMO ESTÁ O ‘MARANATA’

Conforme publicação com data do dia 6 passado no Caderno “Diário da Justiça de São Paulo”, do Diário Oficial do Estado-DOE, na Seção Judiciária – Subseção de São José do Rio Preto, o juiz federal da 2ª Vara daquela cidade, Roberto Cristiano Tamantini, em consequência de uma Ação Civil Pública (nº 0005164-53.2011.403.6106) movida contra o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN, Ministério Público do Estado de São Paulo e Oswaldo Faganello Engenharia e Construção Ltda., em deferimento ao que foi requerido pelo MPF federal, determinou a expedição de ofícios ao IPHAN e ao Município de Olímpia, buscando informações sobre como está atualmente o Cemitério Maranata em termos de conservação.

Por meio do ofício nº 71/2012, encaminhado ao presidente do IPHAN, com endereço na SEPS – Quadra – 713/93 – Sul/Bloco D – Edifício Lúcio Costa, 5º andar, em Brasília/DF, disse o seguinte: “. Peço a V.Sa. que INFORME este Juízo, inclusive com a juntada de documentos, se o caso, sobre a atual situação do Sítio Arqueológico denominado Cemitério Maranata, encravado no Município de Olímpia/SP., BEM COMO se houve salvamento arqueológico ou tombamento do mesmo e se a empresa requerida está promovendo a conservação do bem, no prazo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento deste Ofício. Seguem em anexo cópias de fls. 02/44 e 270/272.”

Ao município de Olímpia foi encaminhado o ofício nº 72/2012, endereçado ao prefeito, com teor semelhante: “Peço a V.Sa. que INFORME este Juízo, inclusive com a juntada de documentos, se o caso, sobre a atual situação do Sítio Arqueológico denominado Cemitério Maranata, encravado no Município de Olímpia/SP., BEM COMO se houve salvamento arqueológico ou tombamento do mesmo e se a empresa requerida está promovendo a conservação do bem, no prazo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento deste Ofício. Seguem em anexo cópias de fls. 02/44 e 270/272.”

“Com a vinda das informações abra-se vista às partes para ciência, devendo ser requerido o que de direito, no prazo de 10 (dez) dias. Cópia da presente servirá como Ofício. Intimem-se, inclusive pessoalmente a PGF (Representante legal do IPHAN). Cumpra-se.”, concluiu o juiz.

Passados quase 20 anos desde o início das obras do que seria um conjunto habitacional destinado a evangélicos, aquele terreno continua abandonado, servindo de pasto para cavalos. Lá ainda estão os pisos das casas, o chamado radiê (sem alicerce) e algumas paredes haviam sido erguidas, mas depois foram demolidas.

Um pedaço daquela área, medindo 16 mil metros quadrados, havia sido doado ao município pelos seus proprietários Osvaldo Faganello Engenharia e Construções Ltda. e Ricardo Pacheco Faganello, em 1994, conforme ofício encaminhado ao então prefeito José Carlos Moreira, datado de 14 de junho daquele ano. A área serviria para a construção de um CAIC, escola de tempo integral dotada de área de lazer e de esportes. Mas, não houve o aproveitamento da área cedida. Nem se sabe se foi formalizada a doação.

Depois, em meados de 2009, uma outra área, com 12 mil metros quadrados, foi desapropriada pelo prefeito Geninho (DEM), que pagou por ela, judicialmente, R$ 267 mil, para a construção de uma nova escola municipal. A escola estava prevista para ser entregue a partir de fevereiro de 2010. Seriam, no mínimo, 12 novas salas de aula, com quadra poliesportiva e estrutura moderna. Mas, até hoje, nada há ali, senão mato, animais pastando e escuridão.

Aquela área ainda, em sua totalidade de 432,8 mil metros quadrados, correu o risco de ter ido a leilão judicial no ano passado, mas o ato foi cancelado pela Justiça no dia de sua realização. O imóvel estava avaliado em R$ 4.328.484,60.

E agora, com esta movimentação do Ministério Público Federal, não se sabe como a siotuação vai ficar. Nem se sabe, exatamente, a razão pela qual o MPF Federal quer saber do cemitério indígena. Se vier uma nova intervenção judicial na área, como ficará a desapropriação feita e, segundo consta, já paga pelo município?

NÃO É BEM ASSIM
o vereador do PT de Olímpia, Hilário Ruiz, observa ao blog que a colocação feita pelo pré-candidato desistente do partido a prefeito, Walter Gonzalis, não quer dizer exatamente o que dá a antender que ele disse. De acordo com Ruiz, Gonzales apenas se manifestou no sentido de não ser candidato nestas eleições, e não havia tomado a decisão. “Não tinha decisão formada, ele só havia manifestado a intenção”, disse o vereador ao blog agora a pouco.

O que foi tentado, diz ainda Ruiz, é reanimá-lo a disputar. “Levei-o até nossas lideranças, trouxe para cá o pessoal da Plenária, mantivemos contatos diversos até com ministros, mas infelizmente não consegui estimulá-lo”, explicou. “Não é que já sabíamos e estávamos protelando. É que não era uma decisão, algo definitivo. Inclusive havia nos dito que ia analisar melhor”, completou.

PS: Agora há pouco surgiram rumores de que PT/PV/PSD realizariam convenções hoje à noite, para definir candidaturas, inclusive majoritária.  Mas, o vereador Ruiz disse que não há nada marcado ainda. O prazo é até 30 de junho, a partir do dia 10 passado, domingo. “Ainda não terminamos as conversações”, observou.

Por enquanto há um cheiro de coligação entre estes três partidos e o PMN de Helena Pereira, com esta sendo a cabeça de chapa à prefeitura, tendo um vice indicado dentro dos três outros partidos. Tudo indica, também, que se o caminho a ser tomado for esse, seria resultado de uma articulação do “Grupo da David 12-25”, que nas eleições passadas esteve à frente da candidatura Gonzales.

Excetuando Helena e o PSD, que chegou agora, aqueles dois partidos faziam parte daquela coligação, que “correu por fora”. E como sabem ser difícil serem hegemônicos numa candidatura que abarcasse Magalhães, estariam promovendo – e apostando -, no dissenso.

Até.

A DURA JORNADA DE 42.63 HORAS NO ANO

Trata-se de uma brincadeira com números, talvez. Que podem, inclusive, não conferir exatamente com a contagem do tempo trabalhado anotado pela Secretaria da Casa de Leis – embora se possa garantir que a diferença não será assim tão grande, a ponto de invalidar esta análise.

Mas, pela cronometragem de tempo feita pelo blog, no que se relaciona ao ano passado, nossos nobres edis trabalharam em nove meses, menos do que um trabalhador comum o faz em uma semana. Foram 42.63 horas, de fevereiro a novembro. Na iniciativa privada, aquele cidadão que os elege e ainda paga os vencimentos dos senhores edis, trabalha 44 horas por semana.

Para todos os fins legais, admitidas pela jurisprudência e fiscalização, um empregado que trabalha oito horas por dia e no máximo 44 horas na semana, tem carga mensal de 220 horas. E dos vereadores, qual a carga mensal? É de 4.77 horas, segundo o levantamento do blog.

Trata-se da hora mais cara de que se tem notícia, uma vez que, por este tempo de “trabalho”, cada vereador recebe R$ 708,59. O vencimento de cada um dos dez edis é de R$ 3.380 por mês. Eles, que trabalham somente, em média, 0.19 minutos por dia.

 Se fossem para a iniciativa privada, o vereador teria que trabalhar nos nove meses, 1.980 horas, ou seja, mais de 46 vezes do que trabalham. Além disso, têm três meses de férias – que chamam de “recesso parlamentar” -, já que a Casa fica sem expediente nos meses de dezembro, janeiro e julho. Mas, os senhores legisladores não deixam de receber nestes três meses de doce far niente, viu?

E não vale vir o edil com aquela velha conversa de que “trabalha o dia todo na Câmara, ou nas ruas, atendendo à população, visitando os bairros para saber dos problemas existentes”, que todos sabem não ser bem assim. E que não é para isso que foram eleitos.

A verdade é que os vereadores acabam por se tornar uma casta de bem pagos cidadãos, para trabalhar bem menos ou quase nada do que um cidadão trabalha, para no final legar a estes mesmos cidadãos resultados pífios do seu trabalho – quando tem resultado este trabalho -, além de gozarem de toda mordomia possível.

Essa casta dispõe de telefone pago com dinheiro público, internet, sala refrigerada, viagens custeadas, correspondências pagas e a tranquilidade de saberem que a “empresa” nunca vai “quebrar” e seus vencimentos nunca deixarão de cair em suas contas. Nem com minutos de atraso.

Estes números foram elaborados com base nas anotações feitas pelo blog do horário em que as sessões se iniciam e do horário que elas terminam, todas as segundas-feiras de trabalhos legislativos. Houve noite em que os trabalhos duraram meia hora, houve noite que duraram pouco mais de 40 minutos, 53, 55 minutos, como houve noites – raríssimas! -, que duraram quase três horas, ou mais de uma hora e meia. Mas, pela média dá para se perceber quão dinâmica e aprofundada é a atividade legislativa na cidade.

CONVENÇÕES
No período de 10 a 30 de junho, os partidos políticos deverão realizar suas convenções para indicação dos seus candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereadores e deliberar sobre coligações com demais partidos para a eleição do dia 7 de outubro.
Os partidos podem celebrar coligações, para a eleição majoritária, para a eleição proporcional ou para ambas, sendo que a formação de diferentes coligações para disputar as eleições proporcionais só poderá ocorrer entre os partidos que integram a coligação majoritária.

Por exemplo, eleição majoritária: partidos A-B-C-D-E; eleição proporcional: Coligação A-B; Coligação C-D e partido E – não coligado ou, ainda, outras composições dentre os mesmos partidos.

As convenções municipais devem respeitar as normas estatutárias e as diretrizes estabelecidas pelo diretório nacional do partido, em especial sobre as coligações partidárias, sob pena de anulação dos atos dela decorrentes, inclusive com a possibilidade de indicação de novos candidatos, situação que só poderá ocorrer se comunicado à Justiça Eleitoral até o dia 4 de agosto de 2012.

Quanto ao número de candidatos para a Câmara Municipal, a lei estabelece que cada partido poderá registrar até 150% do número de lugares a preencher. No caso de coligação, poderão ser registrados até o dobro das vagas. Como tudo indica que Olímpia deverá ter pelo menos duas megacoligações, poderemos ter na praça cerca de 40 candidatos a vereador, no mínimo, que aumentará na medida em que for grande o número de partidos não coligados.

Que Deus nos proteja e ilumine.

Os partidos devem ter especial atenção quanto à exigência legal de preencher o número mínimo de vagas com candidaturas do sexo feminino. Assim, das vagas requeridas, deve ser preenchido o mínimo de 30% com candidaturas de mulheres, observando que, neste caso, qualquer fração resultante será igualada a um no cálculo do percentual mínimo

Até.

GONZALIS NÃO ERA CANDIDATO DESDE FEVEREIRO?

Mais que a renúncia à pré-candidatura a prefeito de Olímpia, o que causou espécie nos meios políticos foi a informação constante da carta-renúncia publicada pelo candidato desistente Walter Gonzalis e por seu prócer político Hilário Ruiz (PT) em suas páginas no Facebook, dando conta de que a decisão já havia sido tomada desde fevereiro passado. Ou, pior, que a decisão em si tinha sido tomada no final de 2011, e a comunicação ao grupo petista feita em fevereiro.

A pergunta que repercutiu durante todo o dia desta quarta-feira é: Por que o PT guardou isso para si? E mais: Por que insistia em colocar o nome de Gonzalis entre os pré-prefeituráveis, inserindo-o nas discussões e nas entabulações com vistas à coalizão? Há quem duvide que a desistência tenha este tempo todo, encarando como jogo de cena do desistente, e que algo mais haveria por trás dessa decisão.

Da parte deste blog, não há a intenção, mínima que seja, de duvidar do que escreveu Gonzalis. Afinal, homens podem dizer mentiras. Escrevê-las, poucos têm coragem. Mas, cabe um “puxão de orelhas” no grupo que o rodeia e sabia de sua decisão irreversível. Caso todos estivessem cientes de que Gonzalis estava fora, as conversas teriam tido outro rumo, as pesquisas teriam tido outros resultados e as entabulações já poderiam estar bem mais adiantadas. O pré-candidato do Partido dos Trabalhadores-PT alegou problemas pessoais e de saúde. Que seja, vamos respeitar.

“A decisão que tomei quinta-feira passada (31.5) já caminhava comigo desde o final de 2010 –conversei muito com minha esposa e familiares a respeito. Em fevereiro deste ano (23.2.2012) enviei e-mail ao companheiro Hilário Ruiz, comunicando minha renúncia e apenas não a tornei pública porque alguns amigos tentaram convencer-me a desistir dela. Aliás, minha filiação ao PT também foi uma (auto) tentativa de reanimar-me, mas restou infrutífera esta ação”, narrou ele em sua carta aberta, ou carta-renúncia.

É sempre bom lembrar que Gonzalis recebeu 8.678 votos em outubro de 2008, ficando em terceiro lugar na disputa, com 1.216 votos a menos que o vitorioso, Geninho (DEM), e a apenas 614 votos que o segundo colocado, Dr. Pituca (PMDB). Ele recebeu 31% dos votos do eleitorado.

Segundo fontes oposicionistas e até do situacionismo, o candidato desistente estava cravando índices de até 20% nos levantamentos de intenção de votos do eleitorado da cidade. Um universo em torno de seis mil votos, depurado o total de votantes.

Para quem irão agora estes votos? Se dividirão igualitariamente? Um dos três pretensos candidatos – Bira da Ki-Box, Helena Pereira e João Magalhães – levará a maior fatia? Qual deles? É sabido que Bira é o único nome fora do eixo político atuante, ao contrário de Helena e Magalhães, que estão “na roda” há tempos. Poderia ser ele o fator-surpresa e aparecer com mais nitidez dentro da próxima pesquisa de intenção de votos? Ou haverá uma disseminação dos votos de forma igual, ou um tantinho para cada um?

É certo que muitos poderão engrossar os “nulos”, “brancos” e “abstenção”, mas em que volume? Este eleitorado que pendia para Gonzalis dá mostra de que pelo menos está disposto a votar em um nome. E que este nome não é o do atual prefeito. Se não, já teriam se decidido por ele. Geninho pode ser aquinhoado por um certo tanto destes votos? Pode. Mas não é de todo crível que isso vá acontecer.

Portanto, depende agora dos próceres da oposição detectar que tipo de eleitor é esse que está órfão de candidato no momento e conseguir captá-lo, convencê-lo de suas qualidades. Porque votar ele quer.

Leia, abaixo, a íntegra da carta-renúncia de Gonzalis.

 

A CONSCIÊNCIA: IDEAL x REAL
[“Não é desistir, é recomeçar.”]

Ricos, pobres e mendigos; workaholics, desempregados e vagabundos; religiosos, cientistas e ateus; ingleses, indianos, brasileiros, japoneses, russos… Realidades diferentes? Não! Situações diferentes dentro da mesma realidade; situações diferentes que tumultuam essa realidade: preconceito, intolerância, corrupção, diferenças e indiferenças, mandos e desmandos, prepotência, arrogância, escravidão (da carne e dos sentidos), politicagem, ditatorialismo, coronelismo, exploração, depredação. Ética? Moral? Justiça? Direitos humanos? Res publica? Meio Ambiente? Hospitalidade? Comensalidade? Paz? O real muito distante do ideal.
Estas reflexões trago comigo há anos e me levaram a entrar na política em 2003 – filiei-me ao Partido Verde (PV) e participei de todas as eleições: em 2004 como candidato a vereador; 2008, prefeito; 2006 e 2010, deputado federal – conquistei a suplência. Depois de muito contribuir com o PV, em termos local, regional e estadual, em 2011 filiei-me ao Partido dos Trabalhadores (PT). Antes da política partidária, servia a comunidade por intermédio de associações que ajudei a fundar ou reinaugurar: Clube de Ciclismo (CICLO), Rotaract Club e Racionalismo Cristão, oportunidades em que debatia o plano ideal.
Assim, a partir de 2003, atuei concomitantemente na comunidade e na política. Na comunidade, voluntário na prestação de serviços. Na política, o instrumento para promover, no município e na região, a abertura política que possibilitaria a mais pessoas, em diversas áreas e setores (rural, empresarial, social e cultural …), se manifestarem politicamente, profissionalmente e socialmente.
Na política atuei com a necessidade da (auto) propaganda – currículo, panfletos etc. Na comunidade, sob o manto do axioma “o que uma mão faz, a outra não precisa saber” – assim procedi com muito afinco, gosto e movido pela preocupação com o outrem. Porém, no momento necessito preocupar-me comigo, pois minha saúde está abalada. Nada grave, mas um problema sério que exige cuidados e parte do tratamento recomenda o afastamento da disputa eleitoral.
A decisão que tomei quinta-feira passada (31.5) já caminhava comigo desde o final de 2010 –conversei muito com minha esposa e familiares a respeito. Em fevereiro deste ano (23.2.2012) enviei e-mail ao companheiro Hilário Ruiz, comunicando minha renúncia e apenas não a tornei pública porque alguns amigos tentaram convencer-me a desistir dela. Aliás, minha filiação ao PT também foi uma (auto) tentativa de reanimar-me, mas restou infrutífera esta ação.
Sim, afirmo agora, publicamente, que não sou mais pré-candidato nem serei candidato nestas eleições municipais de 2012. E porque pensava mais em retirar-me do que permanecer na política é que evitei entrevistas a rádios e jornais.
A decisão tomei após ser julgado pelo Tribunal da Consciência (claro, da minha própria consciência) e tomar ciência de que não estou mais preparado, ao menos por ora, para encarar uma campanha nem a prefeitura. Na condição espiritual (ou psíquica, ou moral) em que me encontro, não posso me dar ao capricho de levar adiante uma campanha eleitoral e prejudicar um grupo de pessoas (militantes e coligação); não posso arriscar um resultado positivo nas urnas e depois não honrá-lo na administração do município – o prejuízo seria de 50.000 habitantes, diretamente, e de toda uma região, indiretamente.
Em 2010, problemas pessoais me fizeram perceber alguns erros que eu vinha cometendo desde o ano de 2007 e que me trouxeram dificuldades financeiras, desavenças conjugais e um problema de saúde que desencadeou hábitos que me tomam tempo e energia anímica. Diagnosticado por um respeitável médico da cidade, aceitei o problema, confirmei o diagnóstico com outros profissionais e refleti bastante. Reconheci, então, que eu estava errado e comecei a lutar, desta vez não contra os mandos e desmandos que vemos todos os dias nos noticiários, mas contra os meus próprios mandos e desmandos. Ao refletir, compreendi que esses problemas foram ocasionados, em parte, por severidade, ansiedade, frustrações (profissional, política e social), perdas e pressa. Sim, acho que tive pressa e ela me embotou os sentidos.
Assim, do final de 2010 e durante todo o ano de 2011 me afastei de inúmeras atividades, especialmente aquelas que envolviam política; não participei de discussões/debates nem da formação de um projeto de governo – e sei que para ser mandatário de um município não basta apenas ter boas intenções. Minha literatura no ano passado não foi nem um pouco voltada para a política, questões partidárias ou Direito e ainda tenho dificuldade de voltar a estes tipos de texto e assunto. Registro que até festas, comemorações e divertimento eu perdi.
Os problemas estão controlados, mas não resolvidos – ainda luto todos os dias. Carrego dúvidas e dívidas ocasionadas, em parte, pela vida política, pois procurei financiar-me nesse meio a fim de não ficar “de rabo preso” com ninguém. Assim, se vencesse (prefeito ou deputado), poderia iniciar um processo de abertura política na cidade e na região, em que novas lideranças teriam a oportunidade de surgir e atuar – vindas da iniciativa privada ou mesmo do setor público, sem medo de retaliações e perseguições. Nunca me considerei melhor do que ninguém, mas tinha comigo o propósito de fazer mais e melhor por nossa cidade (se eleito prefeito) e pela nação (se eleito deputado).
A administração pública necessita que homens e mulheres (e elas estão se destacando), corajosos e dignos, participem diretamente da política e assumam o comando. É óbvio que para chegarem lá necessitam ser reconhecidos pelos eleitores, responsáveis, com sua escolha, pela mudança política ou hegemonia de um grupo político… ou politiqueiro. Sou humano e errei e, no presente, não me vejo mais apto a subir em palanque, gravar voz em rádio ou posar para fotos pedindo algo tão valioso para uma comunidade: o voto.
Peço desculpas aos amigos que me incentivaram nesta jornada política e aos muitíssimos cidadãos e eleitores que desde 2004 me deram seu voto de confiança. Não posso mais continuar nesta atividade, sinto muito. Vou me retirar para reeducar-me como indivíduo e cidadão e no futuro restabelecer-me como político (não necessariamente a figura que busca um mandato).
Neste ponto da minha jornada não teço críticas a ninguém, antes agradeço a todos que caminharam comigo, que me deram oportunidades, conselhos, patrocínio. Fiz amigos, perdi contatos, sofri com animosidades – dei causa a muitas delas, perdi dinheiro, gastei tempo, quase desfiz o meu lar. Ganhei, entretanto, muita experiência, maturidade e coragem suficiente para, agora, declarar que não disputarei as eleições municipais, porque atualmente não me julgo merecedor de um mandato – por isso não vou pleiteá-lo.
Agradeço também ao Diretório de Olímpia do Partido dos Trabalhadores (PT), que me acolheu e sustentou meu nome como um bom projeto político. Há questões políticas, eleitorais e sociais que me incomodam e também ocasionaram o meu afastamento. Por princípio ético, serão tratadas apenas internamente e levadas ao conhecimento apenas do meu atual partido (PT).
Agradeço, especialmente, à minha esposa, pela paciência, carinho e coragem com que tratou as questões, a minha condição e a nossa situação. Agradeço aos parentes e amigos mais próximos que, conhecedores do meu caráter e cientes dos meus problemas, muito me apoiaram nestes dois anos. Agradeço as orações que fizeram por mim e por terem me apoiado na decisão que ora exponho.
Hoje compreendo e aceito a afirmação popular de que “se Deus quiser…” serei prefeito, ou deputado, ou vereador. Mas, dadas as minhas condições e dúvidas que ainda carrego, a única certeza que tenho é que necessito retirar-me do cenário político. A hora não é agora. E se estiver nos desígnios de Deus que um dia eu seja prefeito deste Município, naturalmente voltarei à disputa – não importa quando – e mais preparado para enfrentar tudo isso.
 “Não é desistir, é recomeçar.” Esta frase, escrita no colchete abaixo do título desta carta, está entre aspas porque não é minha. Li uma vez no Orkut (ou MSN?) de uma amiga. Achei-a muito interessante e precisa, pois representa algo que muitas pessoas não querem entender: as coisas mudam para melhor quando nos propomos a fazer parte da mudança. Para isso, às vezes temos de assumir erros e mudar a direção. E mesmo noutros caminhos, sempre buscar “fazer o bem sem olhar a quem”. É o que farei agora… desta vez, sem pressa.
Agradeço a compreensão e mais uma vez peço desculpas a todos.
Agradeço amigos, agradeço Olímpia!
Grande e fraternal abraço a todos.
WALTER GONZALIS

Até.

VAI-SE GONZALIS, FICAM OS VOTOS

Quem vai ficar com os votos de Walter Gonzalis? Para ser rápida e prática, é esse o pensamento que deveria já estar sendo entabulado pela oposição. Conjecturar sobre se há outras razões senão aquelas alegadas pelo desistente da pré-candidatura a prefeito, é perda de tempo. Até porque isso o tempo vai mostrar. Terceiro colocado quase em situação de “empate técnico” com o segundo nas eleições de 2008, Gonzalis, segundo as últimas sondagens, ostentava algo em torno de 20% das intenções de voto.

Ou seja, de momento há cerca de sete mil votos “flanando” e que, salvo engano, não irá, pelo menos na sua totalidade, para Geninho (DEM), o pré-candidato oficial. A menos que o alcaide detenha levantamentos estatísticos que apontam para si os votos do desistente. Aí as conjecturas sobre a razão da desistência de Gonzalis ganharão corpo de forma negativa, embora isso não queira dizer que ele tenha conspirado com o prefeito, e contra a oposição que em tese representa.

A análise – rasa – que se pode fazer é que esses votos declarados em Gonzalis não seriam votos para Geninho em hipótese alguma, porque se assim o fosse, por que o eleitor deixaria de declará-lo logo de início? Se não  fizeram, não é crível que mudarão seu perfil de candidato – de oposição a situação – em função de Gonzalis ter parado no meio do caminho.

Portanto, o que a oposição tem que ser agora é rápida e prática, deixar a perplexidade de lado e rearticular-se, porque nas hostes do poder é exatamente isso que estão fazendo agora. De quatro candidatos, passam-se a ser três, o dilema fica menor. Lembrando que há um espaço enorme entre as intenções de voto no burgomestre e as intenções de voto na oposição, agora com o “balaio” de Gonzalis solto, à espera de mãos hábeis e de estrategistas de emergências. Espera-se que ambos estejam na oposição.

PS: O blog dispunha desta informação também há horas, mas, atendendo solicitação de fonte confiável, aguardava a liberação de documento oficial confirmando a desistência. Só por isso não comentamos mais cedo.

Até.

AS CORES, A MORTE, PIMENTA, OS PADRES E O ‘JORNALÃO’

A desfaçatez como marca de campanha. Parece ser este o mote mais apropriado para a gestão Geninho (DEM), em função de recente decisão de “maquiar” a mudança de cores e seu slogan, que “é uma marca” de sua administração, como adimitiu para um semanário local. Agindo assim, o prefeito demonstra não temer a Justiça comum, mas respeitar sobremaneira a Justiça Eleitoral. Porque esta, agindo sob os parâmetros de Justiça Especial, pode jogar por terra o seu sonho político da reeleição. E sua reeleição, ao que tudo indica, no momento é o que interessa, o resto não tem pressa.

“A única coisa que tem é (sic) as placas de obras, onde tem os números, aquele slogan: ‘Olímpia cada vez (é “cada dia”) melhor para você’, que é uma marca da minha administração. Vou ter que fazer um adesivo com o Brasão do município e colar em cima, no período eleitoral. Só Isso”, explicou o prefeito à Folha da Região. “Só isso”, disse ele, perceberam?

Ou seja, para o governante de turno, desrespeitar leis municipal, estadual e até federal, ignorar símbolos, transgredir no uso das cores em próprios municipais, móveis e imóveis, e criar slogan de Governo para desfilar nestes mesmos próprios ao longo de três anos e meio para depois simplesmente “fazer um adesivo com o Brasão” para disfarçar o mal feito, é algo sem nenhum significado, sem nenhuma importância.

E tem mais: o temor do alcaide frente à JE é tamanho, que ele vai recolher todos os telefones celulares (e são muitos), bloquear todas as contas de e-mails da prefeitura, porque teme alguém “da oposição” pegar um deles e pedir voto “por sacanagem”. E mais: vai tomar todos os carros dos secretários. “No dia 4 de julho não tem mais nada”, garantiu. Papel timbrado também terá que ser trocado (e são milhares de milhares) por causa do slogan. Estes também passarão a ter o Brasão do município.

“São detalhes, mas tem que ficar atento porque a lei eleitoral é rígida”, comentou ao jornal. Detalhes não, prefeito. É crime. De improbridade administrativa. E quanto a temer mais a Justiça Eleitoral que a Justiça comum, tem razão. A esta foi delegada a responsabilidade de apurar o caso quando de denúncia feita ao Ministério Público Eleitoral, e nada foi feito. Mas, com a Justiça Eleitoral não se pode brincar, não é isso que, mais ou menos, o prefeito deixa antever?

Enfim, é como se estivesse a dizer que cada um teme aquilo que julga ser necessário temer. Ou que basta a um homicida declarado esconder o corpo da vítima que o crime deixa de existir.

MAIS UMA MORTE?
Enquanto isso, mais uma família da cidade chora a morte de um ente-querido por excesso de burocracia do sistema municipal de Saúde, segundo afirmaram. Trata-se de uma jovem de 27 anos, vítima de Lúpus, que morreu por falta de um medicamento que teve que buscar na Justiça, como é praxe neste Governo Municipal, quando se trata de remédio de alto custo.

A secretária Silvia Forti Storti tem por norma, conforme ela mesma já disse de público, deixar que o requerente entre com reclamação junto ao MP, que se transforme a denúncia em ação judicial para só depois do final de tudo – geralmente com antecipação de tutela ou liminar -, passar a fornecer o medicamento. Diz ela que é para depois ser ressarcida pelo órgão cedente, seja Estado ou União.

Pouco importando o sofrimento de quem necessita do remédio para continuar vivendo, ou para simplesmente continuar respirando, como era o caso da jovem moça que deixou “um filho inteligente de cinco anos”, conforme relatou um acabrunhado avô no dia do sepultamento.

Ela havia falecido no início da noite de quarta-feira passada, dia 30, exatamente nas mesmas horas em que o prefeito Geninho e sua secretária Silvia Forti capitaneavam um convescote auto-elogioso na Casa de Cultura, à frente de quase 400 funcionários, praticamente obrigados a comparecer naquela que seria uma noite de gala para ambos, com seus números frios e discursos enviesados.

A continuar assim não demora muito e o burgomestre manda para a Câmara projeto de lei proibindo olimpiense de morrer por falta de assistência médica ou remédio na rede municipal de Saúde. E, não duvidem se não seria aprovado por seis votos a três.

POR QUÊ? JÁ NÃO
ESTAVA CERTO?
Texto publicado no prestativo “Diário de Olímpia” no final da semana passada dá conta de que “Geninho manterá a mesma chapa original de 2008, ou seja, com Gustavo Pimenta (PSDB) como candidato a vice-prefeito”. Mas isso já não estava acertado? Ou havia alguma dúvida por parte do alcaide? É certo que houve uma quase ruptura entre os dois dias passados, mas tudo acabou se acomodando, passado o “fogo” do prefeito em sair por aí, a bater de porta em porta, em busca de um vice. Ou, quando não, de ter alguém batendo em sua porta oferecendo o próprio nome.

Informado disso, Pimenta e os próceres do PSDB, partido que deu sustentação à candidatura, eleição e agora ao Governo Geninho esperavam, pacientemente. Mas não sem se movimentarem para a necessidade de se executar um “Plano B” qualquer.

Segundo aquele mesmo prestativo site de notícias, “até o momento os partidos da chapa situacionista são DEM, PSDB, PTB, PP, PR, PSB, PPS, PDT, PRP, PSDC, PTC e PHS”. E mais: “Ficou decidido que serão duas coligações nas proporcionais (vereadores) e uma só majoritária”, com Geninho e Pimenta.

A coligação de Geninho hoje é composta basicamente de “nanicos”, excetuando PSDB, DEM e PTB, por suas tradições e ramificações em níveis estadual e nacional. Mas, se vistos com lupa, na cidade até estes acabam por serem também partidos “nanicos”. Se não, vejamos:

O DEM é o próprio Geninho e mais nada além de uma dezena de dirigentes; o PSDB é Gustavo Pimenta e o grupo que hoje gravita em torno do poder, exceção a um ou outro “dissidente”; o PTB é Beto Puttini e os dirigentes, além de não mais que uma dezena de filiados; o PP é o vereador Salata e seus dirigentes; o PR de Dirceu Bertoco idem; o PSB de Guto Zanette até que já foi grande; o mesmo se podendo dizer do PPS, de Marcão Coca), e do PDT, antes nas mãos do então vereador Valtinho Bitencourt, hoje nas mãos do Pastor Leonardo; o PRP passou para o comando do secretário Paulo Marcondes, e não há informações de que dele faça parte mais que seus  diretores; e o que dizer do PSDC, do ex-vereador Becerra, que jogou por terra uma promissora carreira política e agora tenta voltar à lide? E do PTC de Gustavo Marques (?)?. O PHS, hoje nas mãos de Aldo Puttini, já foi importante no cenário político local, antes de ser o “penduricalho” do poder em que se transformou.

PADRES PARA
QUE OS QUERO
Sob o pretexto de anunciar que Olímpia recepcionará cerca de 10 mil jovens católicos da região no dia 28 de outubro, o prefeito Geninho (DEM) posou para as câmeras de sua assessoria de imprensa e, ato contínuo, teve publicada em todos os órgãos atrelados ao Governo uma foto em que aparece abraçado a nada menos que três padres das paróquias locais, quais sejam, Ivanaldo Mendonça, da Paróquia de São José; José Antônio Quissoto, da Paróquia de São João Batista, e Frei Fernando dos Santos, da Paróquia de N.S. Aparecida.

Noves fora nada, nos meios políticos comentava-se que o alcaide estava a demonstrar ali que também tem o apoio dos católicos da cidade, na medida em que aqueles párocos representem e orientem seus rebanhos. Esta cena, aliada à “informação” de que Pimenta é seu vice, postadas numa mesma tarde no prestativo site de notícias e depois replicadas nos jornais “da casa”, visaria dar ao prefeito a visibilidade que os pré-candidatos de oposição ganharam nos últimos dias, é o que se comentava nas rodas.

ESTRANHAS ILAÇÕES
O semanário “Tribuna(l) Regional”, também conhecido como “o jornal do Geninho” (aliás, belo slogan para ser ostentado no fólio da primeira página, não acham?) fez publicar um editorial, sob o título “E Agora, João” que, salvo melhor juízo, é uma peça de defesa dos vereadores da “bancada dos sete” que também assinaram requerimento denunciando ao Ministério Público a situação de caos vivida pelo Pronto Socorro da Santa Casa local.

O editorialista se mostra preocupado com o fato de o tal requerimento ter sido “divulgado de forma destacada por semanários tidos pelos editores como ‘imprensa livre'”. Diz o texto que, quando estes jornais davam veracidade ao objeto da denúncia, “não foi publicada a existência de qualquer prova do alegado”. Aí vai para o surreal ao dizer que, a partir da negativa do Ministério Público em levar a fundo a questão, estes mesmos semanários iniciaram a operação “cair fora”.

Isto porque os demais edis que assinaram a petição junto com Magalhães, foram nominados nos textos publicados. O que é meramente uma questão de justiça àqueles legisladores que, mesmo sob os tacões do alcaide – o dono do jornal em questão -, assinaram o documento. Mas o jornalão genista não quer que se escreva ter os demais vereadores, “amigos da casa”, aposto seus nomes no requerimento. Não deu para entender o que o jornalão realmente quis dizer com aquele editorial tão nervoso e agressivo. Aliás, esta gente anda tão nervosa ultimamente…

Até

UMA DISPUTA DE NERVOS

Os nomes a concorrer pela oposição já estão postos. São quatro: Helena Pereira, advogada e ex-provedora da Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, pelo Partido da Mobilização Nacional-PMN; João Magalhães, advogado, vereador à Câmara Municipal de Olímpia, pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro-PMDB; Walter Gonzalis, cartorário, pelo Partido dos Trabalhadores-PT, e Ubirajara Teixeira, o Bira da Ki-Box, pelo Partido Social Democrata-PSD.

Por hora, cada qual corre em raia própria, cada um buscando amealhar o máximo possível em apoio político-partidário, para se viabilizar no momento do “encontrão” e sair dele como o candidato majoritário.

Independentemente da forma de pensar de cada um, da forma de conceituar o que é democracia e como ela deve ser exercida em momentos assim, o caminho mais provável é o da coalizão, da somatória de forças para, pelo menos, dar um “suadouro” no canditato natural à cadeira da 9 de Julho, o prefeito Geninho (Democratas-DEM). Não sendo assim, o fracionamento de votos fatalmente o manterá no cargo, eis que seu potencial eleitoral, atualmente, é o suficiente para elegê-lo, se houver dispersão.

Pelo que se comenta nos bastidores, tanto de um lado quanto do outro, Geninho teria hoje um percentual de votos batendo nos 40%. Não é muito e nem garantem o alcaide no cargo, dependendo do que a oposição fizer. Principalmente levando-se em conta seu índice de rejeição (quando o eleitor diz que não vota no candidato “de jeito nenhum”), que estaria batendo nos 30%. Assim, teoricamente, o prefeito teria um universo de votos para trabalhar para aumentar seu cacife, muito reduzido.

Na teoria, também, estariam “sobrando” outros 60% de votos que em sua maioria não tem destino certo, não se concentra. Mas, somados os números das intenções de votos dos quatro pré-candidatos oposicionistas, o resultado final praticamente levaria a um empate com aqueles já destinados ao mandatário. O problema é que cada um é “dono” de seus próprios votos. E de cada um teria que haver um esforço concentrado para que esta intenção se voltasse para aquele nome que emergir do “encontrão”. A tão propalada transferência de votos. Que nem todo político consegue fazer.

O prefeito e seu grupo, todos sabem, estão de olhos e ouvidos atentos às conversações que estão sendo travadas na oposição, cada passo, cada movimento é monitorado pelo “radar” de humanos a seu serviço, a seu soldo. Sabe o burgomestre que, havendo a coalizão nos termos estritos da palavra e do que ela significa, ou seja, um acordo ou aliança de partidos para um fim determinado, uma coligação, que por sua vez significa “liga de vários para um fim comum”, terá que talvez lançar mão de um expediente muito usado em situações como essa, quando a política não é exercida com fins nobres: lançar mão de um “candidato-laranja”.

O outro lado, o da rejeição, se mostraria mais favorável à oposição. Eis que rejeição não se transfere. Cada qual fica com a sua. Na somatória dos quatro candidatos pode até ser que se supere os índices do alcaide, mas esta se desfacelará quando o nome majoritário for escolhido, caso este não a tenha, também, em profusão. Se esta for baixa, muito bom porque as dos outros não se somarão à dele.

Nos meios políticos da cidade, nas rodas entre os formadores de opinião, sejam eles favoráveis ou não ao atual prefeito, a conversa segue sempre nesta mesma trilha, a da união de forças para fazer frente ao candidato oficial. Que, dizem, além da máquina, tem muito dinheiro para gastar. Uns e outros nas rodas até arriscam dizer de onde e como se juntou tanto, mas isto não vem ao caso, agora. Estes observadores comentam também sobre o inevitável temor que o prefeito manifesta nos bastidores quanto a esta possibilidade, a da coalizão bem “amarrada” e, consequentemente, forte.

Sabedor que é, dizem, o quanto difícil será encontrar um “candidato-laranja” e, se encontrado, o quão difícil será torná-lo convincente, imune às desconfianças do eleitor quanto à sua legitimidade. E, mais aida, encontrar alguém com um perfil que agrade eleitores de oposição a ele, e que não vá sacudir os galhos de sua “árvore” de votos. Situação enormemente complicada, porém não impossível, dada a “destreza” político-eleitoral do chefe de turno.

No seio destes observadores há também uma certeza, a de que o prefeito não está tranquilo com a situação reinante. Dizem que quanto mais se alonga um final para esta definição, mais ansioso, mais preocupado fica Geninho. Ele precisa conhecer logo seu oponente, para armar sua estratégia de campanha. Por enquanto ele estaria esboçando quatro quadros possíveis, e isto o estaria deixando muito inquieto.

Não se trata de temor político-elitoral, observam, mas de necessidade de estratégia de campanha. Sem saber contra quem vai “guerrear”, não tem idéia de que armas deve usar. Ao passo que toda a oposição já sabe as armas que vai empunhar, alguns de seus integrantes já usando algumas delas, e sabe-se que novas ainda serão acrescidas ao “arsenal”.

Assim, por enquanto a cidade vive uma disputa de nervos. À espera da disputa de homens. Ou, melhor, de políticos. Já que é deles que tratamos aqui.

Até.

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