Quem vai ficar com os votos de Walter Gonzalis? Para ser rápida e prática, é esse o pensamento que deveria já estar sendo entabulado pela oposição. Conjecturar sobre se há outras razões senão aquelas alegadas pelo desistente da pré-candidatura a prefeito, é perda de tempo. Até porque isso o tempo vai mostrar. Terceiro colocado quase em situação de “empate técnico” com o segundo nas eleições de 2008, Gonzalis, segundo as últimas sondagens, ostentava algo em torno de 20% das intenções de voto.

Ou seja, de momento há cerca de sete mil votos “flanando” e que, salvo engano, não irá, pelo menos na sua totalidade, para Geninho (DEM), o pré-candidato oficial. A menos que o alcaide detenha levantamentos estatísticos que apontam para si os votos do desistente. Aí as conjecturas sobre a razão da desistência de Gonzalis ganharão corpo de forma negativa, embora isso não queira dizer que ele tenha conspirado com o prefeito, e contra a oposição que em tese representa.

A análise – rasa – que se pode fazer é que esses votos declarados em Gonzalis não seriam votos para Geninho em hipótese alguma, porque se assim o fosse, por que o eleitor deixaria de declará-lo logo de início? Se não  fizeram, não é crível que mudarão seu perfil de candidato – de oposição a situação – em função de Gonzalis ter parado no meio do caminho.

Portanto, o que a oposição tem que ser agora é rápida e prática, deixar a perplexidade de lado e rearticular-se, porque nas hostes do poder é exatamente isso que estão fazendo agora. De quatro candidatos, passam-se a ser três, o dilema fica menor. Lembrando que há um espaço enorme entre as intenções de voto no burgomestre e as intenções de voto na oposição, agora com o “balaio” de Gonzalis solto, à espera de mãos hábeis e de estrategistas de emergências. Espera-se que ambos estejam na oposição.

PS: O blog dispunha desta informação também há horas, mas, atendendo solicitação de fonte confiável, aguardava a liberação de documento oficial confirmando a desistência. Só por isso não comentamos mais cedo.

Até.