Desenha-se no horizonte político-eleitoral olimpiense, o mais do mesmo de todos os últimos pleitos realizados por aqui. A repetição da fogueira de vaidades. Todo mudo querendo ser, e todo mundo achando que pode ser, que tem cacife para ser. Em nome de uma democracia da distensão, lançam-se ao léu duas ou três candidaturas à cadeira da 9 de Julho, contra um candidato à reeleição que, se tiver muito ruim, terá no mínimo 35% das intenções de voto. A isso somam-se a máquina administrativa e os aludidos milhões que teria amealhado ao longo do tempo, conforme a boca do povo.
Muito mais que o pensar democrático, o raciocínio a se fazer é matemático. Em 100% dos votos válidos, a divisão por dois, teoricamente, daria 50% para cada um dos lados, certo? Divididos estes 100% por três, teoricamente, cada qual poderia alcançar 33% e uns quebrados que o resultado é uma dízima periódica. Sendo assim, quem seria o grande favorecido, neste último calculo? É claro que quem já está no poder, por motivos óbvios.
Já no primeiro cálculo, também teoricamente, ainda que o candidato à reeleição saia para a disputa com até 40%, seu oponente, ainda dentro do universo das teorias, buscaria os 60% dos votos restantes. Estamos falando de votos válidos, observem bem. Seria a disputa entre quem já está, com todas as suas forças e fragilidades, contra quem quer chegar lá, com toda força e fragilidade de seu discurso e projeto de governo. Este “atirando pedras” e prometendo fazer mais e melhor. Aquele defendendo seus feitos e acrescentando novas promessas. Mas, forçosamente, se expondo muito mais às críticas, às “pedras” oposicionistas, vidraça que é.
No meio, o eleitor que optará por um ou por outro, pesando ambos na balança da razoablidade. Não quer manter o que está por tantas e tais razões ou, ao contrário, há razões suficientes para dar-lhe mais quatro anos. Quer trocar de mandatário por tantas e tais razões ou, ao contrário, melhor deixar como está para ver como fica. Entendo ser esta a melhor forma de se colocar o eleitor para se dicidir. Escolher entre dois fortes nomes, o que já está e o seu oponente – e este nome tem que ser de consenso e apoiado por todo o espectro oposicionista sem distinções -, também é incontestavelmente democrático.
Porque democracia, em política, imaginamos, não vislumbra somente a distensão, a pluralidade, quando o asunto é eleição, seja em que nível for. Vislumbra, também, a coesão, o ajuntamento, ainda que momentâneo, das idéias e ações, em favor de um projeto mais amplo e necessário. Abandonar esta forma possível de ver a democracia, é relegar o futuro da cidade ao Deus-dará, ao dê-no-que-der, o importante é que as vaidades e a soberba sobrevivam.
UM GRANDE HOMEM, UM GRANDE EMPRESÁRIO
Olímpia perdeu, na manhã de ontem, domingo, 22, um grande homem, um grande empresário que, acima de tudo, amava sua terra e sua gente. Trata-se de um dos mais históricos cerealista-empreendedor local, reconhecido em todo Estado, Walter Zucca. Tinha 88 anos de idade. Seu corpo foi sepultado nesta manhã de segunda-feira, no cemitério local. Casado com Lurdes da Silva Zucca (já falecida), teve três filhos: Vera Lúcia, Netinha e Waltinho Zucca, oito netos e oito bisnetos. A família chegou em Olímpia em 1916.
Zucca foi pioneiro no empacotamento do arroz em pacotes de 5 quilos, o “Arroz Palmirinha”, em homenagem à filha de David de Oliveira, seu sócio no emprendimento cerealista. Com o irmão Alfredo Zucca, fundou a terceira rede de supermercados do Estado de São Paulo, a Zucca Serv, em 1966. Somente São Paulo, PIracicaba e Bauru tinham supermercados, no formato daquele então instalado.
Era maçom e tinha atividades sociais intensas, como por exemplo, na presidência do Olímpia FC, por três anos. Foi fundador da Cidade Mirim. E juntamente com funcionários do David de Oliveira e Maçonaria, da Escola Santo Seno. Foi também sócio-fundador do Lions Clube de Olímpia, permanecendo sendo sócio até etão. Walter Zucca teve título de Cidadão Honorário Olimpiense provado na Câmara, mas não ouve tempo de recebê-lo. (Editado sobre texto original do Diário de Olímpia.com)
À FAMÍLIA, AS CONDOLÊNCIAS E VOTOS DE CONFORTO.
Até.
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