O vereador Zé Elias de Morais, o Das Pedras, “bateu bola” na sessão de ontem com o “blogueiro do bem-só-do-bem” Leonardo Concon, para que hoje este, bem ao seu estilo “jornalismo de aluguel”, pudesse repercutir de forma desrespeitosa e jocosa, para seu público-leitor, as falas do edil. Creio que ainda ontem à noite mesmo ele já tinha alimentado o seu lambe-botas eletrônico. “Blogueiro leva vários puxões de orelhas por suas ilações, inclusive da patroa-vereadora”, foi o título pouco jornalístico e muito “puxassaquístico” (sic) do “penduricalho” de políticos de segunda mão.

Das Pedras não gostou do que foi postado aqui no sábado, dando conta de suas articulações de bastidores em torno da votação para o aumento ou não do número de cadeiras na Câmara. E misturou alhos com bugalhos, na falta de argumentos mais convincentes. E os leitores deste blog podem dormir tranquilos que não ficaram “desinformados”, isso eu garanto. Quem leva “puxões de orelha” são moleques de recado, situação na qual não me incluo, mas na qual o colega LCC pode muito bem se encaixar.

O blogueiro escreve que “Zé das Pedras é conhecido por ser contra reajuste salarial para vereadores”, mas nem ele nem o vereador que defende, disseram onde, então, Das Pedras põe a diferença entre o que ganha agora e o que ganhava antes de 2008.  “Recusou celular corporativo”, mas isso foi coisa do então presidente Geninho, hoje prefeito ao qual ele de pronto aderiu, como é a sua praxe. “Não faz viagens com carro e dinheiro público”. Aliás, não faz viagem alguma, porque seu “modus operandi” político é outro. “Não usa sala e nem funcionário na Câmara”, mas já teve o seu sim, usando a sala que estava reservada para ele, por um certo tempo, na gestão passada.

Quanto às palavras da “minha patroa”, que ele diz ter me desmentido em comentário no blog, ele não publicou os elogios primeiro feitos a mim por ela, nem o trecho em que ela diz ser este blogueiro “experiente e conhecedor da história política de Olímpia”. Eu digo mais, conhecedor, também, da história dos políticos de Olímpia. Sei como agem, sei quais interesses e grupos defendem e, se bobear, nomeio, um por um, os apaniguados beneficiados por suas “ligações perigosas”.

Entre o que a vereadora Guegué diz, no comentário, destaco o “pouquíssima vez se falou na possibilidade do aumento de cadeiras na Câmara de Olímpia, pelo menos com essa vereadora. E nessas poucas vezes, o primeiro a se manifestar contrário foi o meu colega vereador, Zé das Pedras (…)”. Guegué diz que jamais foi ventilada a possibilidade de assessores.” E só por ela ter dito, vou me fiar nesta versão.

Das Pedras disse que esta foi “uma das poucas vezes que ocupa a Tibuna”. Ponto para o blog, que ajudou-o a sair da inércia legislativa. Já o blogueiro lambe-botas enfatizou que o vereador “foi com a carga toda sobre o blogueiro (eu), tachando-o de ‘maldoso’, relembrando fatos do passado, ‘como a invasão que ele fez à minha empresa, anos atrás, para tirar uma foto'”. O vereador mente. Primeiro, que nunca houve invasão à sua empresa, que sequer era dignamente fechada, isolada.

O que ele chama de “invasão” foi uma reprodução de um trecho de um filme, ainda em VHS, do seu sistema de abastecimento de água, que não tinha hidrômetro e, portanto, não registrava o quanto era consumido de água diariamente. Lembrando que ali se trabalha com lapidação de pedra, o que demanda água a escorrer a todo instante. E o foco da denúncia no “jornal que fechou porque era distribuído de graça” foi a suspeita do não-pagamento de água por um vereador do município, quando todos ali no Distrito Industrial cumpriam com sua obrigação de cidadãos. O vereador, que tinha que ser o exemplo, estava se negando a tanto.

Pois bem, esta denúncia, feita em 2004 se a memória não nos trai, acabou virando um processo do vereador contra o jornal. Processo esse que, claro, nos foi favorável, pelas circunstâncias narradas acima. Restou provado que realmente a situação de Das Pedras em relação ao Daemo não estava regularizada. Ao que consta, ele sequer tinha cadastro naquela autarquia. Ou seja, consumia, de graça, água que todos pagavam. O jornal foi vitorioso na Justiça local e também na estadual, para onde Das Pedras recorreu. Hoje não se sabe a quantas anda o assunto. Mas acredito que o vereador deve ter regularizado sua situação perante a autarquia.

Vale lembrar, já que falamos em “puxão de orelhas”, o esbregue que ele ouviu da juiza responsável pelo processo, na frente de todos ali na sala, que o cobrou nos termos de sua responsabilidade enquanto homem público e sua falta com obrigações de cidadão. Fato hiperrelevante.

Quanto ao aumento de salário em 2008, Das Pedras diz que votou favorável, sim, mesmo sendo contra. “Votei, sim, a favor do reajuste a pedido do meu prefeito à época, Dr. Carneiro, mas todos sabem que sou contra aumento de salário para vereador.” Muito bem, votou a favor sendo contra, votou porque o prefeito mandou, mas está usando, devolvendo ou doando a diferença, que não é pequena? Isso ele não disse. E como presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara, por ocasião da votação, Das Pedras avalizou o reajuste de 27%, que elevou o salário para os quase R$ 3,4 mil de hoje. No mais, Das Pedras sempre foi assim: politicamente subserviente.

Ainda sobre a alegada “invasão na empresa”, o vereador disse: “Tome cuidado. Você sabe que eu sou defensor dos animais e tem um pitbull bravo que chegou no canil que fiz lá dentro, que se chama ‘Júnior’, mede mais de 1,5 metro, então cuidado, não vá entrando sem ser convidado”. Que ele tem o pitbull para defendê-lo estamos cansados de saber, mas o conheço por outro nome, e sei que ele escreve, também. Além do mais, ele leva os cachorros para sua empresa com o fim de protegê-los, ou ser protegido por eles?

Quanto ao tempo em que pratico jornalismo nesta e em outras localidades, lá se vão 32 anos, dos quais pelo menos 25 em Olímpia. Tempo suficiente para conhecer todas as figuras que pululam no universo político local, saber de suas mazelas e seus feitos, seus interesses pessoais e familiares, os problemas que causam a terceiros dada sua ganância pessoal, e até mesmo saber de atitudes firmes de políticos-parceiros que seguram tremenda “barra-pesada” para não prejudicar aquele que, vem a saber depois, não era merecedor de tamanho sacrifício. E em troca ainda recebe desaforos.

Quanto à sua desconfiança sobre se há um vereador dentro da Casa que é nosso informante, pode dormir sossegado, se puder. Seus atos “secretos” sempre ganham as ruas. E se ele tem diferença com algum vereador ali dentro, que se resolvam. E ele deve saber de quem fala, porque o acusou de ser bom em “passar rasteira nos outros”. Ali deve ser um terreiro de capoeira, então.

Já sobre “trabalhar numa rádio onde o dono é parceiro, e ficar escrevendo bobagens”, uma coisa nada tem a ver com outra. Este blog representa o meu pensamento, minha opinião, minha livre expressão. Este blog não é “tele-políticamente-guiado”. Nem precisa que se lamba botas para ser mantido. O que ele quer, censura prévia? Sinto informá-lo, nobre edil, terás que conviver com o meu inconformismo por muito, muito tempo. E com minhas liberdades de expressão e pensamento, por tempo igual. Com ou sem seus “pitbulls” de plantão.  

Até.