O agora ex-provedor da Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, Marcelo Gallette, resolveu abrir o jogo. Chamou a imprensa agora no final da tarde para desdizer aquilo que havia dito na entrevista telefônica à Rádio Menina-AM, ou seja, que não estava renunciando ao cargo, mas, sim, se “afastando” por 30 dias, “prorrogáveis por mais 30”.

Na entrevista, disse que mudou de idéia quanto à situação, “porque poderia prejudicar o processo de obtenção de empréstimo”, para a compra de caminhões para a sua empresa. “Por isso, é melhor me desligar de imediato”, disse ele, procurando não desfazer o que disse, mas apenas tentando fazer crer que houve mudança de postura em relação à sua situação frente ao hospital.

“Me desliguei a partir da zero hora de hoje (quarta-feira, 8), corrigindo informação errada que passei para a rádio”. Mas, não foi só ele quem se desligou. “Me desliguei, o primeiro secretário também se desligou, o segundo secretário também se desligou”, informou. Tratam-se, respectivamente, de Silvio Roberto Pelegrini, seu cunhado, e Sonia Aparecida Najem Gallette, sua mãe.

Agora, quanto ao que fazer, diz: “Até onde os advogados viram, o estatuto (da Santa Casa) é omisso nessa situação. Então, por analogia, o advogado da Santa Casa e diretoria acharam por bem valerem-se do artigo 43, que prevê destituição integral. Mas, como é omisso, se valeram disso e nomearam o Mário Montini interino, com prazo de no máximo 30 dias para realizar eleição e preencher estas vagas”.

O artigo 43 diz: “Se ocorrer destituição que possa afetar a regularidade da administração da entidade, poderá a Assembléia designar administradores provisórios, até a posse dos novos, para cuja eleição haverá o prazo máximo de (30) trinta dias”. Na sexta-feira, leiam a íntegra da entrevista na edição do jornal Planeta News.

Até.