Se é que alguém algum dia as teve, e eu espero, sinceramente, que sim, as ilusões sobre a possiblidade de termos uma Casa de Leis isenta, vigilante, atuante e do lado do povo acabam de cair por terra. Depois da malfadada eleição para a Mesa, onde mais uma vez se viu a traição política imperar, e mais que isso, a ingerência do Poder Executivo tomar proporções inimaginável no Palácio da Avenida, tudo ali virou uma “festa” só. O prefeito manda para lá seus projetos da maneira que quer, na hora que quer, e os tem aprovado como quer. E adora o tal “regime de urgência”.

Ali, agora, são um presidente para “rezar” o credo do Executivo, e seis vereadores para dizer amém. Apenas três, num contingente de dez, há que se convir, podem quando muito contestarem e votar contra esta ou aquela propositura que julgarem fora da ordem. Para se ter um exemplo, foram encaminhados para a sessão de logo mais à noite, 14 projetos de Lei e de Lei Complementar para votação, todos em regime de urgência, ou seja, para aprovação em primeira e segunda votações ainda nesta noite.

Coisa que o próprio prefeito, quando presidente da Câmara, não aceitava de forma alguma, e criava caso com o Executivo por causa disso. Mas, ao que se constata, também neste quesito ele percebeu agora que o discurso é diferente da prática. Ou já sabia, mas fazia picuinha na oposição. Coisa que hoje, também, ele execra, por não admitir ser contrariado. Por isso fez de tudo e mais um pouco para que pudesse, nestes dois últimos anos de gestão, ter uma Câmara para chamar de “sua”.

A formatação da Câmara, por sua vez, ganha as feições do mais novo e poderoso assessor, porém, das antigas naquela Casa, Mário Michelli, pouco afeito à transparência e ao bom relacionamento com a Imprensa. As dificuldades passaram a ser muitas este ano para quem trabalha com informação. Diferente do presidente Ruiz (PT), que buscava sempre trazer à luz suas decisões, ações, e a pauta do dia. Doravante, todos ali andam cheio de melindres. E nem o presidente tem força suficiente para mudar isso. É o que fica patente.

IRRITANDO APANIGUADOS
Nunca senti na espinha tanto ódio destilado por apaniguados do prefeito Geninho (DEM) quanto agora, por conta do post de sábado passado “Uma ‘mãozinha’ à ‘natureza implacável”, no qual decifrava as andanças e ‘falanças’ do chefe do Executivo, por conta da tromba d´água que caiu sobre a cidade no começo da noite de sexta-feira passada, 25. Claro que nenhum deles mostrou a cara, outro teve até o desplante de usar nome e prenome invertidos do jornalista e radialista Márcio Matheus, da Rádio Menina-AM, para criticar o blog, numa tentativa clara de confundir o cidadão comum.

Mas, como a desfaçatez, a mentira e o escamoteamento é a tônica deste grupo, e dado o pouco caso com que esta gente se relaciona com o público em geral, nada mais nos espanta. Apenas nos deixa indignados. E cada linha que aqui escrevo, só reflete esta indignação, que é profunda. Nada mais.

Até.