Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: janeiro 2011 (Página 2 de 3)

SILVIA NÃO ‘CAI’, É O QUE GARANTE GENINHO

Classificando como “boato” (já está se tornando cansativa esta classificação) texto postado aqui hoje de manhã, dando conta da “queda para o alto” da secretária municipal de Saúde, Silvia Forti Storti, o prefeito, como sempre faz, procurou o blog oficialesco para garantir a permanência da técnica à frente da Pasta. A própria secretária também falou por aquele “canal quase-oficial (não o é por certas contingências), negando que estaria de saída. O noticiarista da corte diz mais: que o “boato” foi lançado “sem checar”. 

Se o escrivinhador a serviço das “fontes oficiais” tivesse lido o que postei hoje de manhã, veria que consultei sim, o “outro lado” (que para ele é um só – o oficial). Consultei quem hoje considero de maior confiança dentro da administração pública quando se trata de buscar informações, o secretário de Administração, Walter José Trindade. E está lá, bem escrito, tudo o que ele disse a este ordinário e independente blogueiro.

“Só se ela teve um infarto ontem depois das oito da noite”, brincou Trindade. Isto porque, segundo ele, Silvia esteve em reunião no Gabinete do prefeito Geninho (DEM) até àquela hora. Depois, reafirmou sua negativa, dizendo que acabara de receber um despacho assinado por ela, relatando a falta de determinado medicamento na rede. Isso é ouvir o outro lado, ou o quê? Portanto, se é isso que estão cobrando, aí está, o “outro lado”. O demais publicado é extraído de fontes externas, um direito que nos assiste. Compete ao leitor formar seu juízo (dãããã, princípio básico do jornalismo até de província).

Peca muito mais na lida com a informação, quem se alimenta na fonte do poder, e traz tudo o que lá é externado, como se a absoluta verdade fosse. Quando, aos olhos do bom jornalismo, não deveria passar de “versão oficial”. Talvez por que grande parte do público leitor de jornais olimpiense esteja habituada a ler material de segunda categoria – aquele que só enaltece e não admite que se aponte falha nos poderosos de turno, eis que sempre sobreviveram à soldo – pode estar a exigir que este blog trabalhe com a mesma filosofia, que é a de tornar verdade absoluta, o que, repito, não passa de “versão oficial”. 

A secretária disse ao notiacirista da casa: “Não tenho nenhum plano de deixar a Secretaria da Saúde de Olímpia”. E aí, eu também não tenho planos de morrer amanhã. E antes de afirmar que minhas ‘fontes’ são ‘furadas’, é melhor esperar um pouco. Devemos nos mirar no caso da secretária de Assistência Social, que também era “boato”, que também provocou a mesma fúria no alcaide, que também veio à público dizer que “não tinha planos de deixar a secretaria”.

E, ademais, qual é o absurdo de ver o médico Luiz Fernando Rímoli secretário – será que Concon sabe de fatos desabonadores a respeito do médico que nós, mortais, não sabemos? Se ele hoje dirige o “postão” é porque o prefeito, seu meio-patrão, viu nele méritos para tanto. Ou não? O prefeito Geninho (DEM), se é que ele disse isso mesmo (sei porque faço o reparo), incorre em falso, porque, naturalmente, sabia que este blog havia consultado Trindade. Porque foi em seu Gabinete.

“Mais um boato que esse jornalista, a serviço de políticos que não querem o bem da cidade, vive publicando sem ouvir o outro lado”, teria dito o prefeito ao serviçal escrivinhador. “É mais um boato que é lançado. Vou continuar até o final do mandato, se depender de mim”, reforçou a secretária ao bate-pau. Aí, o prefeito garante: “Não há, nunca houve, e nem haverá, a intenção deste governo de abrir mão da competentíssima secretária da Saúde Silvia Forti. Só é contra ela quem sente saudades dos velhos tempos. O desenvolvimento da cidade é reconhecido até por ferrenhos críticos do passado e de momentos presentes, também”.

Como sempre – e já nos acostumamos a isso – exagerado o prefeito.

Portanto, a ira, o contraditório é natural. Mas taxar o post de boato é tentar desqualificar a informação. O objetivo do blog é também o de trazer à tona as pulsações da rua, porque nelas, via de regra, está a verdade. Que, mais cedo ou mais tarde, por bem ou por mal, acaba aparecendo, vindo à tona. É quando todos se calam. Ou criam uma “versão oficial” para dourar o fato e dizer que “não, não era o que estava previsto, o que houve foi mudança de plano” quando, na verdade, a ‘vox populi vox dei’ fez ali mais um pouso rasante, estava fundamentada. Mais ou menos demorado, não importa.

E, ademais, não há porque tanta ira, uma vez que o publicado aqui, ao contrário de denegrir enaltece a figura da secretária, ao aludir que ela “cairia para cima”, já que os rumores davam conta de que ela estaria prestes a assumir um cargo na Diretoria Regional de Saúde, em Barretos, onde, se a secretária não sabe (mas é claro que ela sabe), esta informação também estava circulando forte no dia de hoje.

Quanto a nós, fecho com o dito popular mais apropriado em casos como estes: “Gato escaldado tem medo de água fria”. O resto é servilhismo.

Até.

UMA QUEDA PARA O ALTO?

A partir da tarde de ontem surgiram fortes rumores na cidade dando conta de que a secretária de Saúde, Silvia Forti Storti, teria deixado ou estaria prestas a deixar o cargo e, em seu lugar, assumiria o médico Luiz Fernando Rímoli. As conversas davam conta de que Silvia assumiria um cargo regional em Barretos, na Divisão de Saúde, de onde é egressa, de anos atrás. Na prefeitura, o blog não conseguiu confirmação. Melhor, recebeu um desmentido do secretário municipal de Administração, Walter José Trindade.

“Só se ela teve um infarto ontem depois das oito da noite”, brincou Trindade. Isto porque, segundo ele, Silvia esteve em reunião no Gabinete do prefeito Geninho (DEM) até àquela hora. Depois, reafirmou sua negativa, dizendo que acabara de receber um despacho assinado por ela, relatando a falta de determinado medicamento na rede. Mas, os rumores não cessaram. E há quem garanta que sim, Silvia Storti vai “cair”, no que seria uma “queda para o alto”, já que deixaria uma secretaria municipal para assumir uma função regional.

Da mesma forma que agiu com a ex-secretária Carmem Bordalho, da Assistência Social, Geninho pode estar agindo com Silvia. Ou seja, mantendo-a em “banho-maria” até a próxima edição da Imprensa Oficial, ou até mesmo o final do mês. Resta esperar.

Até.

UNIFORME A R$ 151, TÊNIS A R$ 36 CADA?

Ao que tudo indica, os alunos da rede municipal de Ensino vão entrar em aulas em alto estilo desta vez. Depois de uma solução tardia para que obtivessem seus uniformes ano passado – eles foram entregues só em agosto – desta vez a solução veio de forma antecipada, mas a um preço que à primeira vista parece um tanto quanto fora dos padrões. Cada aluno vai custar ao município, entre R$ 147,9 a R$ 151 no caso dos uniformes. Cada um ainda deverá receber um par de tênis a preço de loja: R$ 36 cada um.

Pelo menos é o que dá a entender a leitura de extrato de contrato do pregão 78, publicado no Diário Oficial do Estado, dando conta da adjudicação para a empresa E.J.V. de Moura Uniformes-ME, para o fornecimento de “kits” (materiais e produtos) com fins escolares para utilização nas creches, pré-escolas e Ensino Fundamental no ano letivo que se iniciará em fevereiro. Valor da compra: R$ 710 mil. Apesar da forma subjetiva com que a compra é discriminada, não pode ser outra coisa esta despesa, se não uniformes. Ou pode?

Só para lembrar, no ano passado, os uniformes para a rede municipal só foram comprados em meados do ano, e entregues aos alunos em agosto, depois de muita cobrança pública dos pais. A secretária de Educação informou que estavam sendo entregues 7.606 camisetas escolares aos alunos, professores e funcionários, além de 2.850 bermudas, destinadas aos alunos “menores” da rede. A despesa com a compra ficou em R$ 78 mil. Portanto, foi gasto, em 2010, apenas 11% do que se vai gastar agora, aparentemente.

O que mais além de uniformes – bermudas e camisetas, talvez até meias – se poderá estar comprando, se para outros tipos de material usado na Rede, a começar do material didático, há uma fornecedora contratada desde o ano passado, o Sistema Positivo? Para completar o uniforme das crianças do Ensino Fundamental e da Educação Infantil – creches, Maternal e ciclos I e II, incluindo 147 crianças das creches filantrópicas – foram comprados mais R$ 170 mil em tênis.

Segundo ainda o Diário Oficial do Estado, que trouxe publicado o extrato de contrato do Pregão nº 79, adjudicando pelo valor total de R$ 170 mil à empresa Leandro de Souza Soria – ME, para que esta forneça tênis escolar para utilização dos alunos das creches, pré-escola e ensino fundamental, da rede de ensino. Os  cálculos foram feitos sobre um contingente de 4,7 mil alunos, conta arredondada, já que até agora estão matriculados 4.761 alunos, número que pode ser acrescido, ainda, em mais ou menos 100.

Então, para os uniformes fizemos as duas contas. Sobre 4,7 mil matrículas, cada aluno vai custar para o município este ano, R$ 151; sobre 4,8 mil matrículas, custaria R$ 147,90. Para os tênis, os valores auferidos seriam de R$ 36 ou R$ 35,40, respectivamente. São 3.016 alunos no Fundamental, 1.529 no Infantil – creche, módulos I e II e Maternal – mais 147 nas filantrópicas. Estamos excluindo os 69 do EJA (alfabetização de adultos).

Detalhe interessante foi o cancelamento, já relatado aqui, sem maiores explicações, da licitação na modalidade Pregão Presencial nº 77/2010, que tinha como objeto exatamente a contratação de empresa para fornecimento de material e mão-de-obra, para a confecção de uniformes escolares (camisetas, bermudas e meias), para a rede municipal de ensino de Olímpia, para o ano letivo de 2011. A abertura dos envelopes estava marcada para dia 10 passado, às 9h30. O aviso de suspensão veio publicado na edição de sábado, 8, da Imprensa Oficial do Município-IOM, à página 8, sem nenhum detalhamento.

Vai entender.

PLACAS DE PROPAGANDA
A prefeitura de Olímpia também vai contratar empresa para fazer aquelas placas que anunciam obras por antecedência. Para tanto, um aviso de licitação já foi publicado no DOE. Trata-se do Pregão Presencial nº 01/2011, com o fim de Registro de Preços. A escolhida irá fornecer material e mão-de-obra para confecção de “placas para obras”, para atender as necessidades das secretarias municipais de Olímpia. A abertura dos envelopes está marcada para dia 27, às 9h30. Não há detalhamento sobre valores.

HOSPEDAGEM DE QUEM?
Mais uma da série “Estranho, não?”. A prefeitura publicou Aviso de Licitação para contratar, pela modalidade pregão presencial (03/2011), “empresa para prestação de serviços de hospedagem/pernoite em hotéis/pousadas no município, para atender as necessidades das secretarias municipais de Olímpia”. A abertura dos envelopes está marcada para dia 31, 9h30 horas. Não há valores.

Até.

COMEÇOU A CORRIDA CONTRA O TEMPO

Estamos entrando no terceiro ano do Governo Geninho (DEM). Que já começa atribulado e barulhento. Nestas ocasiões observa-se sempre uma correria doida para aparar uma aresta aqui, outra ali e, invariavelmente, a culpa nunca é do Governo Municipal. A culpa, via de regra, é de quem levanta as questões prementes do município, ou por meio de denúncias, ou por meio de opiniões emitidas, ou ainda por meio da busca do auxílio do Ministério Público, que outra função mais imprescindível não tem senão a de cuidar dos interesses do cidadão.

É sempre assim, por meio do cerceamento à liberdade de opinião, expressão, pensamento, crítica e, se bobear, até do ir e vir, que se tenta escamotear fatos e acontecimentos. Nunca explicando de forma convincente. Vamos entrando num terceiro ano de administração demotucana na cidade, e já com percalços, já com a desconfiança do povo aguçada ainda mais. E não é culpa dos detratores ou críticos deste Governo. Porque se tal Governo não desse motivos, não haveria o que detratar, muito menos o que criticar.

Este Governo se diz democrático e tolerante, mas pede ao MP que puna um cidadão só por que este levanta uma bandeira em defesa do Meio Ambiente. Este  Governo se diz transparente, mas faz ameaças veladas a quem ousa contestar determinadas posturas ou comportamentos flagrados em seu seio. Este Governo se diz justo mas sacrifica categorias de pessoas e de trabalhadores, com sua política de não resolução de problemas primários, básicos e urgentes. Este Governo se diz realizador, mas nunca, até agora, enfrentou, e venceu, uma obra de fato imprescindível e que venha a atender os reais interesses da comunidade que administra.

É um Governo que caminha para o fim – terá pele frente, no máximo, um “ano limpo” de gestão – e ainda não mostrou a que veio. Até agora foi um Governo de realizações exparsas e pulverizadas, que na comparação ao passado, não leva muita vantagem, como já disse aqui, porque até então tem feito “obrinhas” corriqueiras e outras por necessidades física e/ou localizadas, exemplo de creches, escolas e praças. Como no Governo anterior. Obra de grande vulto? A implantação de galerias na Floriano Peixoto, obra “novelística” que, a bem da verdade, ainda não terminou, quase um ano depois.

Deste mesmo tamanho foi a obra idêntica realizada pela gestão passada, na região da 7 de Setembro. Só a título de comparação. De diferente da gestão passada, só os equipamentos instalados com finalidade mais propagandísticas que de solução técnica, exemplos do sistema de semáforos – que nada mudou naqueles locais onde estão -, fonte que jorra água em um cruzamento da cidade, portais que nada acrescentam ao dia-dia do cidadão e, de resto, tudo, tudo que mais interessar ao clube Thermas dos Laranjais. Ressalva feita à Etec que, se estiver cumprindo realmente com sua finalidade, sem vazios operacionais, terá sido um benefício, espera-se que perene.

No mais, o quadro do emprego-desemprego, se mudou, foi para engrossar o segundo ítem, com fechamento de empresas, incluindo uma de grande porte, o entreposto do Minerva, que deixou mais de 280 sem ocupação. E o mantra governamental turismo-geração-de-empregos não se mostra assim tão poderoso, porque não comporta toda ou a maior parcela, pelo menos, da demanda. É certo que a “avalanche” marquetológica do Executivo Municipal tem levado muitos a pensar de forma diferente de tudo o que está postado aqui. Até cabeças tidas como “feitas” na cidade, sucumbiram.

Veículos de comunicação praticamente todos levados pelo círculo concêntrico do atual governo. Um deles, que na gestão passada acordava todo sábado com a faca nos dentes, acorda agora aos sábados com uma flor nas mãos. Talvez daí o inconformismo do mandatário de turno e seus asseclas, quando há opiniões diferentes sobre “o melhor dos mundos” desenhado por eles, em certos veículos que ainda estão “libertos” do jugo deste que é, sem dúvida, no âmbito político, uma espécie de laboratório do protofascismo.

Mas, nem tudo são cinzas para os ocupantes do Palácio da 9 de Julho. Como disse, ainda falta um “ano limpo” para ser percorrido. Só um ano porque apenas em meados de 2011 é que o país começará a andar de fato. Governo Estadual e secretarias estão na fase de reconhecimento de área. Governo Federal e ministros, idem. Portanto, sobrarão, teoricamente, seis meses à frente. Em  2012, tudo já assentado, é ano eleitoral. E é sabido que ano aleitoral, administrativamente falando, só tem seis meses. Portanto aí está o “ano limpo” para governar.

E por enquanto a administração Geninho Zuliani está assentada em projetos, propostas, intenções e promessas. E nestes quesitos, não se está economizando. São projetos, propostas, intenções e promessas, diga-se, mirabolantes. Grandiosas. Que se forem de fato concretizados, não restará nem a este blogueiro resistir, porque aí estará demonstrada a capacidade realizadora do Governo. E a ele, temos a impressão que restará, de fato, colocar no chão tais objetivos, para que seu próprio sonho de menino – aquele de alçar vôos mais altos – não vá, ele sim, para o chão.

O tempo, porém, conspira contra. A contagem regressiva já começou. Hora dos tropeços acabarem. Dos atropelos aquietarem. Da volúpia dar lugar ao racional. Hora de por ordem na casa. E, para que não se esqueçam, paralelamente, é hora de um Governon democrártico e tolerante, transparente, justo e, de fato, realizador.

Até.

”MINHA CASA, MINHA VIDA’ ESTÁ A TODO VAPOR’, O PREFEITO DIZ

O prefeito Geninho (DEM), encaminhou à imprensa local e a quem mais interesse tiver, comunicado sobre o “Minha Casa, Minha Vida”, que mais parece um ataque contra desafetos que propriamente uma explicação sobre o fato – o que, aliás, ainda está carecendo. Ele classifica como “boato” o que foi dito e escrito até agora sobre o fato, mas não apareceu no local onde eles se registraram em momento algum. Diz que são “pessoas mal intencionadas” que estão espalhando estes “boatos”. Leiam abaixo:

“Não bastassem os problemas causados pelas chuvas, que atrasam as obras de recapeamento e tapa-buracos, agora a cidade se vê tomada por pessoas mal intencionadas que vem espalhando boatos junto à população.

A verdade é que NENHUM ATRASO OCORREU NO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA

Entrei em contato com a empresa Pacaembu e com a Superintendência da Caixa Econômica Federal, hoje pela manhã e eles garantiram que as obras encontram-se dentro do cronograma de execução e todos os empreiteiros e funcionários estão recebendo rigorosamente em dia.

Talvez esta conquista incomoda alguns que não tiveram competência para realizar vital empreendimento em nosso Município e órgãos de imprensa descomprometido com a cidade e totalmente dependentes a grupos interessados em voltar ao poder. Ajude a acabar com os boatos, por favor repassem!
A Prefeitura de Olímpia, agradece – Geninho Zuliani – Prefeito Municipal.”

Sendo assim, faço ao prefeito Geninho as mesmas perguntas que fiz ao noticiarista oficial Leonardo Concon, que embora agora classifique – como quer o prefeito – de “boatos”, o que foi publicado aqui,  também publicou no site oficial de notícias a mesma informação, inclusive jogando para o prefeito a responsabilidade de resolver a questão. Ele, Leonardo, não checou as fontes? Por que não foram ouvir os trabalhadores, como fizemos?

O que aconteceu para que eles ficassem dias na frente do escritório acusando o não recebimento de 22 dias trabalhados? Eles mentiram? Eles estavam ali por que não queriam simplesmente trabalhar? O que aconteceu, de fato? O prefeito foi conferir? O escritório disse? Por que o proprietário da empresa não foi à Rádio Menina dar entrevista, conforme havia se comprometido? Enfim, o que está acontecendo, de fato?

Portanto, com os devidos esclarecimentos destas questões é que poderemos classsificar como “boatos” ou fatos o que foi escrito aqui, narrado pela emissora e visto e acompanhado por várias e várias pessoas. Uma coisa é certa: do nada não saiu tudo o que foi escrito, dito e comentado. Há algo a ser devidamente explicado. E talvez por aqui mesmo. Seriam problemas de ordem interna, conforme aventou o próprio secretário Gilberto Toneli Cunha. Aguardemos.

Até.

A PACAEMBU, DO ‘MINHA CASA, MINHA VIDA’, RESPONDE

NOTA AO BLOG DO ORLANDO COSTA

 

Em resposta ao post “‘Caso inédito e de sucesso local’ pode ‘micar’”, a diretoria da Pacaembu Empreendimentos e Construções Ltda, responsável pela construção do Village Morada do Verde na cidade de Olímpia, esclarece:

1) A Pacaembu Empreendimentos e Construções Ltda é uma empresa sólida, com tradição no mercado, e que mantém obras e projetos em todo o estado – a maioria delas em parceria com a CEF (Caixa Econômica Federal);
 
2) As obras do Village Morada do Verde seguem em ritmo acelerado de construção, mesmo com o excesso de chuva.  Parte das moradias já foram erguidas e estão recebendo a laje. Os dias de chuvas, que impedem momentaneamente a terraplanagem do terreno, serão compensados futuramente, sem comprometer o cronograma;

3) O Village Morada do Verde é hoje uma das obras modelos da Pacaembu. A última medição realizada pela CEF, no dia 23 de dezembro de 2010, não encontrou nenhuma irregularidade na obra. Esta informação pode ser confirmada pela assessoria de imprensa do órgão na região. Ainda segundo a assessoria da instituição, uma nova mediação está agendada para o final de janeiro;

4) A Pacaembu atua hoje em Olímpia juntamente com várias empresas parcerias, que oferecem mão-de-obra especializada nas diversas etapas da construção das 786 moradias. Com isso, gera cerca de 700 empregos diretos e indiretos na região;

5) A Pacaembu desconhece qualquer manifestação salarial feita por funcionários de empresas parceiras. A Pacaembu também mantém os pagamentos para as empreiteiras em dia, bem como realiza a fiscalização de seus parceiros de forma a verificar se estes estão cumprindo com suas obrigações contratuais e trabalhistas;

6) Diferentemente do noticiado, a empresa MPM (parceira da Pacaembu) não é subcontratada para a construção total das unidades habitacionais, mas sim para realizar serviços específicos, sendo que estes serviços vêm sendo normalmente executados pelos seus funcionários, sem interrupções ou paralisações que não sejam decorrentes do excesso de chuvas no período;

7) A empresa Pacaembu mantém um endereço na internet sob o domínio www.pacaembuconstrutora.com.br, o qual atualmente está em reformulação para adicionar novas funcionalidades, sendo a principal, propiciar aos clientes e parceiros acompanhar ao vivo o andamento das obras;

8) A Pacaembu reforça seu compromisso com a cidade de Olímpia, com a CEF, e os futuros moradores de entregar as obras do Village Morada do Verde em 2011, oferecendo eficiência e qualidade na construção das moradias.
Mais informações para a imprensa:

Lacerda Comunicação Empresarial
Assessores de imprensa: Cláudia Lacerda e Wiliam Batista
Tel. (17) 3222-1168 / 9113-1825 / 9601-2066
Email: claudia@lacerdapress.com.br

‘CASO INÉDITO E DE SUCESSO LOCAL’ PODE ‘MICAR’

“Se deu certo em Olímpia, vai dar
certo em sua cidade também”

“Esta será uma das campanhas que a CEF lançará em todo
o País para o programa
federal ‘Minha Casa, Minha Vida’,
utilizando-se do caso inédito e de sucesso local”.
(Blog do
Leonardo Concon)

Assim teria se manifestado em Olímpia, eufórico, um dos representantes da Caixa Econômica Federal quando do lançamento do programa de comercialização de casas por meio de empréstimos facilitados junto àquele banco, na Casa de Cultura, no finalzinho de novembro do ano passado. Naquela ocasião, prefeitura e CEF assinavam o contrato do módulo II, com mais 350 unidades. A euforia com a novidade era tanta, que a Construtora Pacaembu, contratada pela CEF, já havia até iniciado as obras, que tem prazo de um ano para terminar.

Porém, o que se vê, até o momento, é pura indefinição. Mais de 30 dias de obras depois, eis que – para variar – ela acaba de parar. Por falta de solvência da empresa subempreitada pela Pacaembu. Faz hoje 22 dias que os peões da obra estão sem receber. E, o que é pior, sem a menor perspectiva de quando isso vai acontecer. Todos os dias, desde a semana passada, pelo menos uma dezena ou mais de trabalhadores da obra faz “plantão” em frente ao escritório de empresa, na 9 de Julho.

Se o leitor se lembra, ainda ontem reproduzimos aqui conversa mantida por telefone com o secretário municipal de Obras e Meio Ambiente, Gilberto Tonelli Cunha, que afirmava não ter o município qualquer responsabilidade sobre o fato, que ele ainda desconhecia – mas, soube-se que logo após o contato mantido, ele foi ao escritório se inteirar. De acordo com Cunha, quem tem que fiscalizar a obra é a própria construtora. À prefeitura e à CEF cabe apenas esperarem o cumprimento do prazo.

A CEF vem periodicamente fazer a medição e o consequente pagamento. Acontece que a JPM, que seria a empresa subempreitada para a construção das casas, revelou-se sem lastro para “bancar” a peonada enquanto a medição e o cheque não chegam. O responsável, segundo contou um dos peões, seria um “tal de Milton”. Mas, antes dele teria sido responsável pela obra outro cidadão, também olimpiense, mas cuja empresa teria endereço de Rio Preto. Deste, ninguém mais teria ouvido falar já faz alguns dias.

Os peões abandonaram a obra, segundo um deles afirmou ao blog. Eram mais de 30. Estão a 22 dias sem receber. Deram prazo até esta quarta-feira, 12, para isso acontecer. “Nem se for um cheque, a gente se vira”, disse. O movimento ali no escritório foi intenso na manhã e tarde desta terça-feira, ligeiros bate-bocas, corre-corre do responsável. Mas nenhuma solução. “Geralmente este tipo de obra se ‘arranca’ em seis ou oito meses. Mas, deste jeito aí, vai levar três anos”, avisou o peão.

Impossível localizar a Construtora Pacaembu via internet, o que é estranho, já que uma empresa de grande porte como é, segundo Cunha, esta seria uma primeira providência a tomar: ter endereço eletrônico e constar das redes sociais. Mas uma vasculhada pela net resultou em zero referências a ela.

O que soa estranho, muito estranho, é esta insistência em “quebrar” que as empresas contratadas pelo município para obras têm. Esta já é a segunda, embora subempreitada. Espera-se, pois, que a Pacaembu faça jus ao nome. E seja forte. Bem forte. Nada menos que 786 famílias torcem por isso.

Os vereadores Aguinaldo Moreno, o Lelé, (DEM) e Gustavo Zanette (PSB), estiveram no oba-oba da assinatura do contrato com a CEF, na Casa de Cultura, à frente de centenas de pessoas. Portanto, têm, de certa forma, um compromisso assumido com este povo esperançoso, uma vez que tudo o que foi dito e feito ali teve o aval moral e de autoridade constituída de ambos.

“A felicidade só será maior no dia que entregarmos as chaves das casas aos moradores”, disse, entre outras coisas, o prefeito, naquele início de noite. Ele estava feliz, conforme se pode entender de suas falas. E quer ficar mais feliz ainda. Mas, se não tiver pulso firme, vai ficar na vontade de ser feliz. Porque o encaminhamento que se está dando para aquela obra parece repetir a UPA, coincidentemente também do PAC, coincidentemente também do Governo Federal.

Uma funcionária pública recebeu a oportunidade de ter um imóvel próprio como “um presente de Natal mais que especial”. Ao visitar a obra, o prefeito, empolgado, ajudou um dos peões a assentar tijolo. Bom que ele tenha adquirido algum conhecimento, porque talvez possa ser ele a ter que dar continuidade às obras e assim tornar concreto o “presente de Natal” da funcionária pública.

O valor de cada imóvel está estimado em R$ 54,9 mil, com previsão de entrega em 12 meses, a partir da assinatura dos contratos, portanto em setembro próximo. Mas, a obra já está parada há pelo menos uma semana. O que pode comprometer o organograma dela. O conjunto chama-se “Village Morada Verde” e tem um custo total de R$ 48,2 milhões.

Portanto, bastante alto para que qualquer empreiteira se responsabilize por construí-lo. Pois é sabido que quanto maior e mais cara a obra, maior o lastro a ser exigido de quem vai disputar a licitação. Portanto, se há garantia de que a Pacaembu “é grande”, esta não se cercou de todas os cuidados na hora de subempreitar, tendo que se submeter a este tipo de constrangimento. O que é estranho, muito estranho, repetimos…

Até.

ESPERA-SE O RESPEITO À CASA E À VIDA

Desde sexta-feira passada, 7, e com mais força na manhã de hoje, estão borbulhando os comentários em torno da construção do “Minha Casa, Minha Vida”, obra a ser erigida com reursos do Governo Federal, cujos trabalhos encontram-se em fase de alicerçamento. Tais comentários dão conta de que a empresa responsável pela obra a teria abandonado, por falta de caixa para executar os serviços e “bancar” a peonada até cada medição e repasse a ser feito pela Caixa Econômica Federal.

Consta que na sexta-feira, um grupo de trabalhadores teria ficado sem receber a semana. A responsabilidade pela obra teria sido passada para outra empresa ainda não identificada, que estaria hesitando em aceitar ou não a responsabilidade. Consta que até mesmo o encarregado da contabilidade estaria revendo sua posição de responsável junto à empresa.

O secretário municipal de Obras e Meio Ambiente, Gilberto Tonelli Cunha, disse que a fiscalização e responsabilidade pela obra são da Construtora Pacaembu, da capital paulista, “que deve ter subempreitado serviços”. Ele garantiu que a empresa paulistana “é idônea, tem lastro financeiro, é empresa muito grande e tem muitas obras também grandes”.

Assim, busca descaracterizar qualquer suspeita de falência, a exemplo daquela contratada para a construção da UPA, obra também do Governo Federal. “Ela subempreitou alguns serviços”, informou. À prefeitura e à CEF cabem apenas a expectativa do cumprimento dos prazos estipulados, segundo Cunha. E se algum problema estiver acontecendo,seria “problema de ordem interna”, entre a empreiteira responsável e a empresa subempreitada.

Cunha disse que iria conhecer o problema de perto, para ter certeza de que as coisas vão se arrumar.

O que se espera é a não repetição do que houve com a Unidade de Pronto Atendimento-UPA, que teve seu cronograma de construção e entrada em funcionamento totalmente “estourados”, porque a empresa contratada, a JNP, “quebrou” e deixou o serviço apenas no emparedamento. A prefeitura agora contratará outra empresa – a licitação acontece dia 13, quinta-feira – para concluir a obra. A UPA era para já estar em funcionamento desde o mês passado.

Também neste caso, quando houve o episódio da empresa fornecedora de lajes retirar material da obra, Cunha disse que o problema era entre a fornecedora e a JNP, e a prefeitura nada tinha a ver com isso.

OS NOMES DA CÂMARA
A nova Mesa Diretora da Câmara Municipal já nomeou para cargos em comissão, seis dos dez que tem para serem preenchidos. Para a Assessoria Administrativa da Secretaria, volta, após anos afastado, o bacharel Mário Michelli, que tempos atrás comandava a Casa de Leis com “mãos de ferro”, o que, parece, começa a se repetir agora.

Como Chefe Administrativo e do Gabinete (Chefe de Gabinete) foi nomeado Jordano Antonio Ganâncio, que num passado recente foi motorista nomeado pela Mesa, quando foi presidente Jesus Ferezin, pai do atual mandatário, Toto Ferezin (PMDB). Ganâncio vem a ser esposo da advogado Edely Nieto Ganâncio, hoje lotada na Procuradoria Jurídica do Município.

Para a Assessoria Legislativa e Jurídica, foi nomeado, aliás, renomeado, o advogado Gilson David Siqueira, que já ocupou esta função na Mesa passada e permanece, não só pelo reconhecimento ao seu trabalho mas, também, por ter sido indicado por Guto Zanette (PSB), hoje 1º secretário da Mesa, dentro daquela acordo firmado há dois atrás, que Zanette não cumpriu.

A jovem recém-formada advogada Aline Spegiorin Zanirato foi nomeada para a Assessoria Parlamentar. Murilo Garcez Novais foi nomeado – também dentro da ‘cota’ de Zanette – para a Assessoria de Gabinete da 1ª Secretaria. E André Luiz Brocanelo é mais um que continua, agora como assessor de Gabinete da 2ª Secretaria, no caso, vereador Lelé (DEM).

Faltam ainda para serem preenchidos, seis cargos em comissão, entre eles o de Assessor de Comunicação que, dizem, é da ‘cota’ do vereador e líder do prefeito na Câmara, Salata (PP). Dias atrás surgiram na cidade fortes comentários de que ele estaria articulando para a volta da jornalista rio-pretense Danielle Jammal, que foi “militante” incansável do então candidato Geninho (DEM), na emissora que hoje já não fala mais do prefeito com a mesma ênfase positivista.

O presidente, no entanto, negou peremptoriamente a este blog que isso iria acontecer. E que a vez em que ele e seu primeiro secretário, Guto Zanette, foram vistos com ela saindo do consultório do médico Nilto Martinez, foi apenas um encontro “por coincidência”. As suspeita aumentaram quando ela teria sido vista junto com o prefeito Geninho e mais duas outras figuras não identificadas em um posto de combustível da cidade, num noite dessas. Aguardemos.

UNIFORMES CANCELADOS
A prefeitura muicipal, sem maiores explicações, suspendeu a licitação na modalidade Pregão Presencial nº 77/2010, que tinha como objeto a contratação de empresa, com fornecimento de material e mão-de-obra, para a confecção de uniformes escolares (camisetas, bermudas e meias), para a rede municipal de ensino de Olímpia, para o ano letivo de 2011. A abertura dos envelopes estava marcada para hoje, 10, às 9h30. O aviso de suspensão veio publicado na edição de sábado, 8, da Imprensa Oficial do Município-IOM, à página 8, sem nenhum detalhamento. O aviso vem assinado pelo pregpeiro Alaor Tosto do Amaral.

No ano passado, os uniformes para a rede municipal só foram comprados em meados do ano, e entregues aos alunos em agosto, depois de muita cobrança pública dos pais. A secretária de Educação informou que estavam sendo entregues 7.606 camisetas escolares aos alunos, professores e funcionários, além de 2.850 bermudas, destinadas aos alunos “menores” da rede. Eliana Bertoncelo Monteiro disse também que esperava ver aqueles uniformes sendo usados ainda neste ano.

“Os uniformes deverão ser usados no ano que vem, também. Se conseguirmos duas camisetas, de início não há necessidade de fazer (no ano que vem). Vamos planejar em janeiro, porque as camisetas podem atravessar até mais de um ano. Pedimos um fio mais resistente para não deformar na primeira lavada. E assim foi garantido”, disse a secretária na ocasião. O investimento foi da ordem de R$ 78 mil, segundo ela, e a confecção foi de uma empresa de Olímpia – “Vani da Cecap” – que ela não soube precisar o nome.

Pode ser que, após levantamento, o Executivo concluiu que não há necessidade de nova compra, uma vez que as crianças conservaram tão bem as camisetas e bermudas que dispensa mais esta despesa. Mas, ao mesmo tempo, a prefeitura abriu mais um pregão (79/2010), desta vez para “contratação de empresa para fornecimento de tênis escolar para utilização dos alunos das creches, pré-escola e ensino fundamental da rede municipal, neste ano letivo. A abertura dos envelopes está marcada para esta terça-feira, 11, às 9h30. Vamos aguadar. Outra despesa que pode não acontecer este ano diz respeito às merendeiras, que no ano passado receberam 80 uniformes, feitos por outra empresa local, ao preço de R$ 6 mil.

Até.

AO ‘MESTRE’, COM AS DEVIDAS DEFERÊNCIAS

Engraçado como aquelas mesmas pessoas que criticam a intransigência dos outros, a falta de democracia política dos outros sem querer, ou querendo, as pratica. É o caso do “professor” de jornalismo Antonio Arantes, que em sua coluna deste sábado – “Coluna do Arantes”, jornal Folha da Região – atacou de forma virulenta profissionais de rádio só porque estes questionaram as falas derramadas a bel-prazer pelo prefeito Geninho (DEM), nas páginas do seu semanário, sábado passado.

Ele não admitiu ser questionado. Ao contrário, postou-se de “mestre” na função do jornalismo, com a finalidade de desmerecer a contextualização que foi dada no programa “Cidade Aberta”, da Rádio Menina-AM, esta semana. Para ele, mera “conversa fiada”, puro “achismo”. Pede que antes de se fazer questionamentos sobre a atual administração, que os profissionais de rádio “informem-se sobre o que já existe sobre o assunto para, aí sim, esboçar uma opinião e não mero ‘achismo'”.

Confessando que sua edição passada “praticamente foi sustentada pela entrevista do prefeito”, razão da estranheza do “âncora” do programa – no caso específico, eu -, ele começa dizendo que o caso envolvendo o possível corte de árvores na Praça da Matriz “tinha passado batido” por nós, quando na verdade apenas esperávamos as coisas se definirem, com as atitudes do artista plástico Willian Zanolli, para depois entrarmos no assunto. Ademais, esta “jogada” manchete principal-represdentação no MP já conhecemos de antemão. Ele devia se lembrar disso. Está a sinalizar que é “material” exclusivo.

Arantes classifica a função jornalística em três formatos: informativa, interpretativa e opinativa, esta última, segundo sua ótica é a que praticamos “às avessas”, porque, segundo ele, antes é preciso “esmiuçar os fatos”, “buscar informações sobre o assunto para depois comentar”. O que ele prega, na verdade, é a não-crítica, a não-interpretação dos fatos. Porque, ao constar que exercemos o jornalismo opinativo – uma das três premissas apregoadas-, ele não se conforma e passa a detratar o feito.

E, mais uma vez, usa daquele viés, aí sim carente de embasamento, de que tudo o que se fala e faz naquela emissora é dirigido, ordenado por alguém “superior”, o que ele chama, de forma ofensiva aos profissionais, de “senhores do engenho”. E aí vai ao cerne da questão (dele): a defesa intransigente do prefeito pelo qual inexplicavelmente (?), caiu de amores de forma repentina. E chancela outra vez que Geninho “é o melhor prefeito que Olímpia já teve”, o que, mais um pouco, se tornará um mantra.

Indo mais fundo – onde já se viu falar uma coisa dessa! – manifesta sua irritação porque nós enfatizamos no programa, que o prefeito está mal com a população. Diz que colocamos pessoas no ar para tentar desqualificar e fantasiar – reparem: fantasiar! – uma situação que realmente não existe! Ele argumenta que para afirmarmos tal coisa, teríamos que, antes, nos basearmos em pesquisa científica criteriosa, “não naquelas que dão resultado que o comprador deseja, para dizer que El Gênio esteja mal com a população”. Impressionante.

Aí, quem fantasia é ele, ao afirmar que “partidários” do prefeito (incoerência, partidário não é “povo”) estava “cortando” a bola que levantávamos, e começamos a “selecionar os ouvintes” que colocávamos no ar”. De onde ele tirou esta conclusão não sabemos, porque naquela ocasião falou quem quis e o que quis. Aliás, se ele suspeitava de alguma “maquinação” telefônica, poderia ele próprio ter ligado e emitido sua opinião. Porque o mal do colega Arantes é esse mesmo. A omissão pública.

Ele só se manifesta por tortas linhas em seu semanário. Não participa, não discute coisas banais, tipo a visão que o povo tem deste governo, com  as figuras mundanas do dia-dia- da cidade. Cerca-se de três ou quatro “formadores de opinião” mais “formadores” que os demais, e ali também “vomita teses e conceitos” – pior -, para agradar a si mesmo. Mas, não contente, enerva-se, acha burro e sem noção quem não concorda com seu pensamento, seu ponto de vista.

E mais: diz que quem não acha o prefeito Geninho “o melhor que Olímpia já teve” é porque é ignorante. Não fez comparação histórica -história esta, claro, escrita pelo seu jornal-, não conhece de postura política – dele ou dos poderosos de turno?-, etc. E diz mais: que agimos “com ódio”. O mais pungente ainda, vem a seguir, quando ele cobra de outros o que poderia ter feito naquela mesma edição da entrevista, o que, aliás, foi cobrado por mim no programa criticado por ele.

Diz que o prefeito soltou “duas pérolas”, “sem perceber”, claro, que “compromete um mandatário que almeja trilhar um camiho longo na política e que é presidente da entidade ambiental que cuida da Bacia dos rios Turvo e Grande”. Uma dizia respeito ao não cumprimento da jornada de trabalho pelos médicos, o que seria uma “confissão de ilegalidade”, sujeita a um inquérito de investigação, “se existisse algum fiscal da lei na cidade”. Por definição de ofício, não poderia ser ele este fiscal da lei, já que é advogado e jornalista?

Além disso, se é tão grave assim a autoconfissão do prefeito, por que então a manchete do seu jornal não foi nesta linha, ao invés de destacar uma mera pretensão de Geninho, que é a extensão da Aurora Forti Neves para os confins, margeando o Thermas dos Laranjais? Sendo assim, concordo com ele quando diz que “o que parece estar faltando nesta cidade realmente é jornalismo”. Porque devia estar se olhando no espelho e, espero, se autorecriminando por perder um tema de tamanha dimensão, mais “real”, e de interesse do “povo de verdade”, em lugar de uma mera promessa.

A outra, de menor “peso”, tratou das árvores da Praça Rui Barbosa, no tópico em que o prefeito disse que ia arancar dali somente “as àrvores que não têm significado nenhum”. Seguem críticas pelas colocações e cobrança pela figueira cinquentenária do Campo de Aviação, cortada sem dó nem piedade. Se tamanha indignação causou ao ilustre “mestre”, então ele perdeu uma segunda oportunidade de “manchetar” tema tão caro ao “povo de verdade”.

Ao invés disso, preferiu dar como submanchete as “adivinhações” de um vidente que nada mais fez, ano passado, que causar tremendo constrangimento e celeuma junto à Administração Pública e “povo de verdade”, quando “previu” um acidente com o prefeito. Fora isso, para nada mais serviu seu “trabalho”. Assim, Arantes nunca disse algo tão acertado: “O que parece estar faltando nesta cidade realmente é jornalismo”.

Até.

HILÁRIO/EXPLICANDO/ARMÁRIO É RIMA. NÃO SOLUÇÃO

Pois é, às vezes boa vontade demais em fazer a coisa certa acaba se tornando um revés, tendo um efeito contrário daquele pretendido. É o caso recente da compra, por R$ 65,7 mil, de um armário “com 16 faces” feita pelo ex-presidente da Câmara, Hilário Juliano Ruiz de Oliveira (PT). É claro que vai uma longa distância entre sua compra e a de seu antecessor, Chico Ruiz (PMDB), mas a comparação é inevitável para o cidadão comum. Que jogou ambos, agora, na mesma vala comum.

Se Chico Ruiz foi execrado pela opinião pública por comprar um painel eletrônico de votação para uma casa com 10 vereadores somente, pela bagatela de R$ 128 mil, gasto comprovadamente inútil, Hilário Ruiz comprou equipamento até justificável do ponto de vista da necessidade da Casa de Leis, mas esta mesma opinião pública entende que pagou um preço muito alto por ele. Assim, por mais que o ex-presidente tente justificar, mostrar que o gasto não foi em vão, que a Câmara necessitava guardar melhor seus arquivos, preservar documentos oficiais e históricos, vai ter cravada em si a pecha de “gastão”, como seu primo terceiro.

O caso ainda vai ganhar repercussão regional. Hoje mesmo a TVTem já havia agendado reportagem sobre a compra, para cujo repórter Ruiz preparara uma batelada de documentos e até filmagem de como era antes e como ficou a guarda dos arquivos após a compra do armário. Mas, é certo que Hilário Ruiz poderia “dormir” sem um barulho desses. Poderia, por exemplo, ter jogado a responsabilidade de resolver o problema da guarda dos arquivos para Toto Ferezin (PMDB), o presidente que assumiu dia 1º passado.

O desgaste, em qualquer decisão que tomasse, ficaria nas costas do atual presidente. Sim, porque se decidisse pela compra do armário, iria ter que explicar isso. Se optasse por deixar as coisas como estavam, poderia, mais tarde, ser responsabilizado por negligência com documentos oficiais. Ou seja, fosse um pouco mais esperto – ou mal intencionado politicamente -, Ruiz teria jogado uma tremenda “batata quente” nas mãos de Ferezin. Mas, preferiu ele mesmo, com toda galhardia, chamar para si esta responsabilidade.

Agora, está pagando o preço. Não o do armário, que este já foi pago à vista. Paga agora Ruiz o preço político de ter que se explicar sobre a compra. Talvez até junto ao Ministério Público, que seu primo terceiro não perdeu tempo em perpetrar uma vingançazinha básica, correndo a recolher informações e documentos na Câmara, para representar contra o ex-presidente, da mesma maneira que este representou contra aquele por causa do painel eletrônico. Pode ser que o MP entenda haver gasto indevido e instaure inquérito civil, pode ser que aceite as justificativas de Ruiz e mande arquivar a representação. Se aceitar, pode virar Ação Civil Pública, como a que Chico responde hoje, já tendo condenação para devolução do dinheiro gasto.

O tópico principal da justificativa de Hilário Ruiz para a compra é a comparação entre o preço pago pelo arquivo de “16” faces que comprou com o que foi pago por outras câmaras para equipamento idêntico. Diz Hilário Ruiz que o tal arquivo é comprado por faces. Como o de Olímpia tem 16, cada uma delas saiu a R$ 4.106,25. O arquivo é maior que um homem – tem 2,45m. de altura por 1m. de largura. Foi comprado da empresa D. Palmeira de Lima Móveis-EPP, de Catanduva. O pagamento foi à vista – R$ 65,7 mil -, no dia 21 de dezembro de 2010.

Exemplos usados por Ruiz são as Câmaras de Lorena, onde cada face do “armário de segurança com trava eletrônica e abertura por senhas programáveis e chave mecânica para abertura emergencial” custou R$ 9,44 mil (a fornecedora é de Tabapuã); Osasco, onde cada face custou R$ 4.367,65 (cujo fornecedor foi o mesmo de Olímpia); Poá, onde cada face custou R$ 5,935 mil (fornecedor de Tabapuã); Cotia, cuja face custou R$ R$ 4.533,46 cada (fornecedor? O mesmo de Olímpia); Monte Mor – R$ 5.074,46 cada face (o mesmo fornecedor de Olímpia); Itatiba – R$ 4.743,75 a face (comprada do fornecedor de Tabapuã); e a única onde o valor por face ficou menor, Mogi-Guaçu – R$ 3.977 (do mesmo revendedor de Olímpia). Compras estas, todas feitas entre 2008 e 2009.

Portanto, é assim que Ruiz justifica sua compra. Atestando que ela foi feita a preço de mercado, e abaixo daquele pago por quase todas as demais câmaras onde pôde obter documentos. Mas, o cidadão há de se perguntar: e daí? Forçando-nos a concluir que Hilário Ruiz deu-se um bem calibrado “tiro no pé”, depois de fazer uma gestão sem reparos à frente do Legislativo. E ele vai ficar “mal na fita” mesmo alardeando que devolveu à prefeitura, no final do mês passado, R$ 290 mil. Porque o cidadão, incontinenti, vai sentenciar: se não comprasse o tal arquivo, teria devolvido R$ 355.700! E, como é sabido, ‘Vox Populi Vox Dei’….

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