O prefeito municipal de Olímpia, Geninho Zuliani (DEM), já há vários dias tem feito circular por meio de sua assessoria de Imprensa, que a cidade se transformou, nos últimos meses, num verdadeiro “canteiro de obras”. Mas, ao relacionar os feitos e seus custos, o prefeito se “esquece” de fazer justiça a uma “herança” superior a R$ 7,44 milhões que recebeu do Governo anterior, para obras. A maioria delas constante da relação do “Canteiro”.

No total, entre obras já licitadas, convênios assinados e valores “em análise”, Zuliani “herdaria” da administração Carneiro, R$ 7.445.042,99, dos quais R$ 1.461.001,60 seria contrapartida da prefeitura municipal. Os repasses, efetivamente, somavam R$ 5.984.041,39. A divulgação foi feita em meados de dezembro, pelo então secretário de Obras Gilberto Toneli Cunha, hoje ocupando o mesmo cargo na atual Administração.

Os convênios seriam assinados com as secretarias de Planejamento e Habitação, Ministério da Integração Nacional, Caixa Econômica Federal, Fehidro, Ministério da Saúde e Secretaria de Segurança Pública, entre outras instituições. Exatamente como está acontecendo hoje. O que permite ao prefeito dizer em seus anúncios que “as obras realizadas pela prefeitura municipal de Olímpia são visíveis em diversos cantos do município, transformando a cidade num verdadeiro ‘canteiro de obras’”.

Da relação de obras anunciada pelo prefeito Geninho fazem parte a readequação do antigo Pronto Socorro(transformado em Centro de Referência do Idoso, obras que se desenrolam desde 2007), construção de creche no Jardim Campo Belo, construção de praça no CDHU II (“em andamento”), obras da UBS do CDHU 3 (“a todo vapor”), obras (de reforma do prédio da ex-Delegacia de Ensino) da primeira ETEC (Escola Técnica Estadual).

Ainda, construção de alojamentos no “Teresa Breda”, reforma do Ginásio de Esportes, e até obras em projeto, como “uma moderna pista de skate no GE”, segundo o anúncio. A Aurora Forti Neves vai ganhar uma Academia ao Ar Livre, enquanto na Cohab IV começou a ser construída mais uma praça. Naquele bairro, o prédio abandonado do Conseb´s vai virar “Acessa São Paulo”, com internet gratuita para os moradores. “O prefeito ainda estuda o melhor lugar para a construção da primeira Unidade de Pronto Atendimento-UPA, de Olímpia. Obra de quase R$ 1,5 milhão”, diz o anúncio.

Área Azul, campanha de limpeza e manutenção de muros e calçadas, pintura de solo na Avenida Aurora Forti Neves, semáforos, recapeamento “recorde”, “operação tapa-buracos”, lixeiras ecológicas, reforma futura da Praça da Matriz, e a obra de construção de um novo portal de entrada na cidade, próximo ao GE, também fazem parte da relação.

A ‘HERANÇA’
A informação sobre o assunto, em dezembro, dizia: “O futuro prefeito de Olímpia, Geninho Zuliani (DEM), quando assumir o cargo, em 1º de janeiro, já terá à disposição, para execução de várias obras na cidade, um montante de R$ 3.716.816,80, segundo números apontados em relatório elaborado pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos. Este mesmo relatório, datado de 15 de dezembro último mostra, ainda, que a administração 2009/2012 disporá de outros convênios totalizando R$ 3.728.226,10, que no momento estão ‘em análise’”.

“O dinheiro está reservado para obras como recape das Cohabs I e II, dos quatro CDHUs, da Vila Nova e Alvorada, avenidas Dr. Andrade e Silva e dos Olimpienses, e pavimentação da Avenida Inácio de Assis Pimenta e da “rua da Fido”. Construção de portais, de praças, de galerias, unidades habitacionais, Centro de Recepção ao Turista, sistema de macrodrenagem e galerias, UBS, reforma da Delegacia de Polícia e do Teresa Breda etc.”, e trazia um quadro detalhando estas e as demais outras obras.

Perguntado sobre a quanto remontaria, então, o caixa deixado pelo ex-prefeito, Cunha preferiu enumerar: “A única, de R$ 840 mil, do ano passado e que ainda não foi feita é a construção das galerias para resolver o problema do Córrego Olhos D´Água, assim que resolver o problema licitatório”. Depois listou o recapeamento no conjunto “Luiz Zucca”, obra de R$ 344 mil; o recape do conjunto vizinho, “Antônio José Trindade”, obra de R$ 205 mil; recape na Vila Nova, obra de R$ 350 mil, e implantação do corredor turístico, obra de R$ 845 mil. Somadas, chegam a R$ 2,584 milhões. E estão “todas concluídas”, segundo Cunha.

(EXTRAÍDO DE ARQUIVO – NOTÍCIA PUBLICADA NO INÍCIO DE 2009 – JORNAL ‘PLANETA NEWS’ – 23/10/2009)