Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: agosto 2010 (Página 3 de 3)

O 46º FEFOL COMEÇOU BEM ENCAMINHADO, PELO MENOS!

Grupo do Estado homenageado, o Paraná

Grupo do Estado homenageado, o Paraná

Amigos do blog, estou otimista! Fazendo um julgamento prévio e, confesso, raso do que foi a abertura e o ambiente no Recinto do 46º Festival do Folclore, dá para ter esperanças. No ano passado o baixo astral já se mostrava tão logo “as portas” foram abertas com aquelas invencionices todas. E invencionices “para baixo”, rasgando a caracterização do evento maior do país em seu gênero. Com o que se mostrou ontem à noite, dá para pelo menos imaginar que a ficha caiu. Que o Fefol não precisa de muito, ele não pede luxo, não pede glamour, ele pede carinho, compreensão e valorização pelo que representa frente à cultura e às raízes do um povo.

* Há fatores negativos a serem ressaltados? Sim, os há, como por exemplo a disposição do palco, que deixou o público quase sem opção de arquibancada. De um lado, o palanque isolou um terço dela, de outro, o local dos “camarotes”, que ficou “privê” (não se sabe para quem), tomou outro bom pedaço, além das torres de filmagem e sonorização, que limitaram o espaço mais embaixo das arquibancadas, eliminando pelo menos, talvez, cerca de 100 lugares ou mais.

* Outro senão foi o palco, muito alto, talvez cerca de dois metros de altura, mais que a de um homem de estatura mediana com os braços erguidos. Dificulta em muito o trabalho de fotógrafos e cinegrafistas que não sejam os oficiais – estes têm acesso livre ao palco – que não poderão subir lá, se forem muitos, por uma questão de funcionalidade. Aliás, que palco era aquele! Digno de shows do porte de uma Ivete Sangalo ou coisa maior que isso! É a tal estória: chora-se migalhas para isso e aquilo e de repente, a surpresa: um megapalco que deve ter custado os olhos da cara. A festa não pede isso. Os grupos não pedem isso. A infra-estrutura é mais importante. Número e qualidade de grupos são mais importantes. O aspecto visual, que este Governo preza tanto, as muitas luzes e holofotes, podem ficar para segundo plano.

* O advogado Caia Piton Filho e o médico Selim Jamil Murad formaram dupla de apresentadores. Murad já “escolado” na atividade, Cainha “debutando”. Houve quem reclamasse do comportamento “zen” do advogado, cobrando um pouco mais de vibração. Mas, culto, e passando impressão de saber o que estava fazendo ali, o resto é só questão de tarimba.

* A piada de mau gosto da noite fica creditada ao seu par, Murad. Que tentou fazer graça fingindo que ia explicar o que significa o texto-chave das chamadas para o Festival estampada em outdoors e reproduzidas em emissoras de rádio, “berimbau não é gaita”. A explicação de Selim Murad: “É só por na boca para ver a diferença”. Já que não teve graça nenhuma, fica a expectativa de que, na primeira oportunidade, Selim explique a lógica desta frase. Assim, permanece a questão: por que berimbau não é gaita?

* Não falei do público presente: seguramente cerca de 1,5 mil pessoas, a 2 mil pessoas, se contados os integrantes de gupos que após entrarem na arena se puseram nas arquibancadas até o momento de se apresentarem. Os grupos desceram por uma das escadas, formando uma bela paisagem, cada um com suas características e vestimentas. Um belo visual.

* Mas, já eram 21 horas quando as “autoridades” subiram ao palco para os discursos de apresentação. O secretário de Cultura Beto Puttini, a coordenadora Cidinha Manzoli, o diretor Paulo Mendes e o prefeito Geninho falaram. No palco, fazendo às vezes de “papel de parede”, os vereadores Zé Elias, Salata, Hilário e Lelé. Ainda lá em cima, o vice Gustavo Pimenta, os secretários José Rizzatti, de Agricultura, Paulinho da UVESP, de Governo, e Eliana Monteiro, da Educação, além de Gilson Miranda, da organização dos desfiles, e Vivaldo Mendes, diretor da Prodem.

* Depois, às 21h20, foi a vez dos fogos de artifícios para, aí sim, começar a coreografia de abertura. Quase dez da noite. E mais de uma centena de crianças na faixa etária de sete, oito, nove anos, ali, esperando, esperando e esperando. Consta que estas crianças estavam fora de casa, longes dos pais, por conta da abertura, desde às 16h30. Fecho os comentários com este dado negativo. Mas, no geral, viu-se uma noite alegre, colorida, movimentada, e com recinto recebendo um bom público. Dá para animar.

PS: as grandes barracas, no entanto, ainda precisam pegar o traquejo da coisa. Ontem as coisas estavam meio emboladas por lá. E a comida da barraca do Fundo acabou cedo demais.

PARA VER GALERIA DE FOTOS, ACESSEM MEU ORKUT. ESTÁ TUDO LÁ!

A VENEZUELA É AQUI?

Amigos do blog, como não deve ser mais segredo para a maioria de vocês, foi lançada na noite de quarta-feira passada, 4, uma gestão participativa louvada como “pioneira”, pelo menos na região, para combater a crescente violência nas escolas de Olímpia, sejam municipais, sejam estaduais ou particulares. Em encontro na Casa de Cultura, com a presença de alguns poucos pais de alunos, a juiza da Infância e Juventude, Andréa Galhardo Palma, a promotora da Infância e Juventude, Daniela Ito Echeverria e representantes de organismos como a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Conselho Tutelar e secretárias como as de Promoção Social, Saúde e Educação. Também o supervisor regional de Ensino, Nelson Antunes, e a esposa, Dagmar, e como palestrante, o biólogo e professor Mauri Trevisan (aliás meu professor nos tempos do “Maria Ubaldina”).

Deste encontro, ficou decidido que desde ontem, quinta-feira, 5, “condutas inadequadas de crianças e adolescentes dentro das escolas terão efeitos disciplinares e judiciais”. Vamos ressaltando que nada temos contra a iniciativa, nada contra a intenção, a proposta que, aliás, vem bem a calhar neste momento em que crianças e adolescentes estão totalmente fora do eixo, perdendo cada vez mais suas referências, até de Deus, quanto mais dos pais. E um grupo tão grande assim de pessoas, à frente representantes do Ministério Público e da Justiça, bem como do Poder Executivo, forças maiores no âmbito municipal, não podem estar tratando de coisa tão séria apenas em busca de “holofotes”. Portanto, que vingue tal proposta e não seja apenas mais um “Reaje Olímpia” de tempos idos.
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MAS, O DESTAQUE FOI A PERGUNTA:
CADÊ A IMPRENSA?

Relata o blogueiro que escreve uma página de notícias na internet para a prefeitura municipal, Leonardo Concon, que antes de concluir o seu raciocínio (sim, ele estava falando e raciocinando ao mesmo tempo), o prefeito Geninho (DEM) “demonstrou que, apesar dos esforços de vários segmentos buscarem, juntos, as soluções da cidade, boa parte da imprensa olimpiense não compartilha dessa união, não participa dos eventos, e, justamente a que não comparece em nada, contraditoriamente, é a que mais critica, seja em jornais, seja em emissoras de rádio” (eu pus entre aspas o que no blog não estava, o que é comum quando se atribui falas a outrem em uma reportagem).

Em seguida, diz o blogueiro que “o prefeito fez a ‘chamada’ nominal de cada jornal e emissora de rádio, inclusive as FM, e apenas dois representantes estavam presentes: este repórter, Leonardo Concon, do Blog do Concon e do jornal Gazeta Regional, e Alberto Tófoli, da Folha da Região”. E relacionou: “Não compareceram: Planeta News, Tribuna Regional, Tablóide da Nova Paulista, Rádios Menina AM e FM, Rádio Difusora AM e Band FM”.

* Não sei quanto às outras emissoras e aos outros jornais da cidade, mas posso falar pela emissora onde trabalho e pelo jornal que represento. A atitude do prefeito Geninho é um tanto “bolivariana”, um tanto “chavista”. Mais um pouco e pessoas poderão ser presas por manifestar seu pensamento se não for favorável a tudo o que ele faz. Fazer “chamada nominal” de órgãos de imprensa em eventos oficiais públicos enseja algo de ditatorial, absolutista e intimidatório.

* Por outro lado, tem razão o prefeito quando clama pela responsabilidade social da imprensa.

Mas ele, como uzeiro e vezeiro no desrespeito aos preceitos da informação limpa, transparente e objetiva, não pode cobrar nada da imprensa. Pelo menos não daquela que não vive atrelada ao poder. E que por isso mesmo, muitas vezes fica impedida de cumprir esta função social, a da informação, por preterimento do alcaide, que só se digna falar a veículos que lhe são subservientes – já que a soldo do Erário – assim levando à opinião pública não a informação, ferramenta necessária e indispensável para a formação da imagem sobre os homens públicos, seus atos e decisões, trocando-a, não raro, pela versão oficial dos fatos. E versão oficial, na acepção do termo, não é informação, é propaganda.
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MUDANÇAS
Amanhã a Imprensa Oficial do Município-IOM deve trazer publicado o decreto de exoneração do secretário do Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do município, engenheiro Amaury Hernandes. Diz o próprio Hernandes que a saída se dá por decisão própria, já que irá desenvolver outros projetos em sua cidade, São José do Rio Preto. Hernandes alega incompatibilidade de interesses, principalmente financeiros.

* Em seu lugar, será nomeado Walter Trindade, até então superintendente do Daemo. Ele será exonerado deste cargo para ser nomeado no outro, deixado por Hernandes. Para o cargo de Trindade, será nomeada, não se sabe se temporariamente ou em definitivo, a funcionária de carreira Sandra Regina de Lima, que já ocupou a função por 15 dias, quando das férias de Trindade, recentemente. Sandra era funcionária do setor de Contabilidade da prefeitura. De uns tempos para cá passou a trabalhar no Daemo. E agora deve assumir a superintendência, muito provavelmente em caráter temporário.

* Enquanto isso, falando sobre o assunto hoje à tarde na Rádio Menina AM, o diretor-presidente da Progresso e Desenvolvimento Municipal-Prodem, Vivaldo Mendes Alves, tratou de garantir que por enquanto não há nenhum movimento, que ele tenha percebido, no sentido de apeá-lo do cargo. Rumores dão conta de que pode cair outro alto escalão, e não seria “a pedido” mas, sim, por necessidade urgente-urgentíssima.

* Falando em Vivaldo Mendes, nesta mesma entrevista à Menina AM, ele se negou a informar qual é o faturamento mensal da Prodem, mas negou que ela esteja em estado deficitário, revelando “en passant”, que no ano passado fechou o caixa com sobra de R$ 300 mil. E se negou, também, a revelar quanto a empresa vai pagar de aluguel de um sobrado alugado na Conselheiro Antonio Prado, quase esquina com a Bernardino de Campos, imóvel da família Pereira. “Se você quiser saber vai perguntar para a imobiliária”, disse. Sua argumentação para a negativa: “Não quero dar primazia a vocês”. Então tá. E onde fica a função social da impensa, prefeito?

* Aproveitando a deixa do projeto punitivo a pais e mães que negligenciam com seus filhos, porque não implantar na cidade um programa de controle de natalidade visando preservar as meninas-quase-crianças desta urbe que engravidam a cada instante e, assim, também por ser quase crianças ou adolescentes, não têm estrutura para cuidá-los. Muito menos seus pais, avós destes filhos, que não raro têm outros netos e até filhos ainda pequenos para cuidar. Não seria o caso deste grupo voltar seus olhos para estes problemas, o que poderia significar atacar o problema na raiz, ao invés de se buscar apenas eliminar os “frutos” quando estes já estão podres, por analogia falando?

Até.

SOBRE O ‘MINHA CASA, MINHA VIDA’

Amigos do blog, o secretário de Obras do Município, Gilberto Toneli Cunha, explicou no começo da tarde de hoje que a área da lagoa de esgoto existente às margens do Córrego Olhos D´Água, na estrada do “Baixão” (Avenida Alberto Oberg), também conhecida como “Picadão”, não terá casas construídas. A área pertence ao município e a lagoa terá que ser tirada dali por causa da proximidade com as novas moradias.

 

“A lagoa de tratamento tem lâmina dágua muito pequena, e vai ser removida, vai ser encerrada. Terá obra de aterro, (e a área) terá correção”, disse Cunha. “Esta foi uma das condições para ser aprovado o projeto das casas. Tem que tirar a lagoa de lá. Com o novo sistema (de esgoto a ser implantado nas áreas dos Cutrale), o esgoto daquela região será bombeado para os emissários da lagoa, após a rodovia. A lagoa será desativada, mas não será colocada casa em cima. Não vai ter cheiro, nem dificuldade com o solo”, explicou.

 

O problema do descarte do esgoto tem que ser resolvido antes das casas estarem prontas e habitadas? Cunha disse que sim. “Mas como a construção de 800 casas é demorada, e uma obra de estação de esgoto por sistema elevatório é obra para seis meses, oito meses, então dá para fazer com antecedência”, garante. Até porque, “é condição do projeto”, ou seja, sem lagoa, ou sem solução para o descarte do esgoto, sem casas.

 

Até.

 

CORRIGINDO NÚMEROS

Amigos do blog, só a título de correção, a extensão das áreas que foram inseridas no perímetro urbano do município pelo Executivo Municipal por meio de decretos (a forma legal é opcional, entre Lei e Decreto, segundo a Lei Orgânica do Município-LOM), é na verdade de 56,9682 hectares, ou 569.682 metros quadrados, ou, ainda, pouco mais de 23,3 alqueires.

Até.

A PRESSA, A ARTE, A REVISÃO, A GASTANÇA E O ESTRESSE

Amigos do blog, salvo melhor juízo, vem aí mais um “bem-(em)bolado” do prefeito Geninho. Diz respeito ao programa “Minha Casa, Minha Vida”, que para começar já não será mais composto de 800 casas mas, sim, de 786. Parece que, mais uma vez, repetimos, salvo melhor juízo, o açodamento intrínseco ao chefe do Executivo foi colocado à frente das questões. Acontece que para poder “limpar” a área onde estas casas serão construídas, é preciso remover uma lagoa de tratamento de esgotos, implantada às margens do chamado Córrego dos Pretos, há muitos anos (ainda em meados da primeira gestão Rizzatti [1989-1992]), portanto, aí por volta de 20 anos atrás.

Até aí nada de mais, afinal uma lagoa se aterra até facilmente com alguns caminhões do produto mais encontrável na face da terra: a própria. O que intriga, no entanto, é que, para aterrar e colocar em desuso esta lagoa, aquela região precisa ganhar outra antes. Ou seja, para resolver esta primeira questão, o prefeito pecisa resolver uma segunda, para só então começar a pensar nas casas. E para resolver a segunda – a construção da lagoa substituta – é preciso área, e num tamanho considerável, porque, afinal, a região vai ganhar mais 786 famílias, no mínimo. Esta área terá que ser comprada ou desapropriada. Mas, que área será, e onde?

E mais: para viabilizar tal empreitada, o prefeito teve que deixar em caução, junto à agência da Caixa Econômica Federal, uma verba de R$ 2,1 milhões, sendo R$ 1,2 milhão da prefeitura, e R$ 900 mil do Daemo. Há suspeitas de que estes R$ 2,1 milhões sejam aqueles que o banco teria que pagar ao município pela folha de pagamento que a partir deste mês será gerenciada por ele, que a comprou ao custo de R$ 2 milhões. No projeto de lei (4.263) encaminhado à Câmara, ontem à noite, em regime de urgência (quando é deliberado, discutido e votado na mesma sessão), consta que tal montante é oriundo de dotações próprias do Orçamento vigente.

Mas, se for o dinheiro da folha, então não é dotação própria, até porque nem sequer teria sido contabilizado pelo município. E mais, ainda: se for do Orçamento vigente, onde está a previsão que no Orçamento tinha que estar contida quando da discussão e aprovação na Câmara?

Ou seja, a pressa, o açodamento, a necessidade inexplicável de se querer fazer tudo em alta velolcidade acabam deixando para trás os cuidados necessários com os detalhes de uma decisão que, antes de ser tomada, tem que ter avaliadas todas as suas possíveis consequências. O prefeito Geninho (DEM) tem mania de achar que basta uma lei ou um decreto para serem solucionados quaisquer problemas. Quando na verdade, pode ser a partir de uma lei ou um decreto que uma confusão toda começa.
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VENCEDORES
Reproduzo abaixo, para matar a curiosidade de muita gente, os nomes dos ganhadores e de seus trabalhos no Salão de Pintura e Artes do Fefol, realizado pela Olimpiarte e Comissão Organizadora do Festival do Folclore de Olímpia, no sábado passado, 31 de julho. O Salão está na sua 21ª edição e nestes anos todos sempre levou o nome de “Alvacir Ribeiro de Souza” (para quem não sabe, um célebre e talvez o primeiro “píntor” de publicidades da cidade e também artista dos pincéis).

O corpo de jurados veio de Monte Alto (e não me perguntem por quê). O julgamenrto durou toda a manhã do sábado. As obras selecionadas ficarão expostas no Espaço Cultural “Laura Haidar”, de 7 a 15 de agosto, das 14 às 23 horas. A premiação acontecerá no dia 13, dentro da programação do 46º Fefol (os prêmios em dinheiro variam de R$ 1 mil a R$ 400). Todos receberão certificado de participação e cada artista terá pelo menos uma obra exposta no salão do festival.

Os vencedores: Pintura: Acadêmico, 1° lugar – Rei e Rainha do Congo, de: Maria Cecília Consetino Franco; 2° lugar – Congada, de: Norma Basto Matta. Moderno, 1° lugar – Festa Junina a São João, de Rodrigo Silva; 2° lugar – Festa Junina, de Domingas Assumpção Silvério. Artesanato: 1° lugar – Folião Mirim, de Delfina Ribeiro Marcelo; 2° lugar – O Índio, de Pedro Netto Alves Lima. Escultura: 1° lugar – O cangaceiro e o cachorro, de João Carlos Rocha; 2° lugar – O Palhaço de Carlos Eduardo Finotte. Fotografia: 1° lugar – Descanso de Folião, de Luiz Antônio Arantes; 2° lugar – Máscara do Rei, de Álvaro Aguilar Torrecilhas Filho. Poesia: 1° lugar – (n°20) Festival da Identidade Nacional, de Severina Luciene de Andrade Lopes; 2° lugar – (n°25) Benzedeira, de Marise Aparecida Estabio de Freitas Carvalho.
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REVISÃO
Aqueles mais de 80 mil metros quadrados de área que passaram a fazer parte do perímetro urbano da cidade, conforme contei ontem aqui, podem ser objeto de reavaliação pela Câmara Municipal. O presidente da Casa, Hilário Ruiz (PT) manifestou seu estranhamento que tanta área assim, mesmo aquelas um tanto mais afastadas da cidade (a  nova área, na região do cemitério municipal e Ginásio de Esportes, vai “engolir” mais de um quilômetro da vicinal Natal Breda), sejam incluídas no perímetro urbano da cidade, com uma simples “penada” do prefeito. Ele diz ter dúvidas se isso pode ser feito por simples decretos. E sobre a real necessidade e urgência desta anexação, a ponto de não passar pela Casa de Leis.
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FESTAS DE ARROMBA:
A ESTÓRIA SE REPETE?
Só a título de exemplo, reportamos aqui texto que prova, cabalmente, que quando é do interesse do poder público a festança flui e não tem miséria. Alguém aí pode dizer que o povo precisa de circo e eu vou até concordar, mas vou discordar inteiramente do valor pago por este “circo” que o povo quer. Aliás, pago com o dinheiro dele, povo. Os gastos com as festanças do carnaval e aniversário da cidade, feitas quase simultaneamente, custaram ao cofres públicos – leia-se bolso do povo -, nada menos que R$ 247.400.

Isso mesmo, quase R$ 250 mil, valor que já daria uma boa alavancada no Festival do Folclore, para o qual está se regulando misérias e fartando em queixumes e reclamações. A principal: a de que não tem dinheiro. Pior de tudo é quando se vê que estes gastos não teriam razão de ser se o prefeito desta urbe fosse mais comedido, menos esbanjão e exibicionista. Quando se gasta R$ 54 mil com locação de som, iluminação de palco e geradores é porque alguma coisa está fora da ordem.

E quando se gasta outros R$ 23 mil apenas com “armação estrutural para área reservada”, aí a coisa fica ainda mais absurda. Sem contar os R$ 19,5 mil com mais arquibancadas e mais “estruturas metálicas para fechamento de área”, e outros R$ 42 mil com prestação de serviços de portaria, controlador de acesso e “brigadistas(?)” mantenedores da ordem (traduzindo: grupo de seguranças). Mas a coisa não pára por aí. Tem mais.


Para variar, tem a Carmo&Costa Sonorização Ltda – ME, nossa velha conhecida, contratada para o “agenciamento de diversos shows musicais para a comemoração das festividades do aniversário de Olímpia”, pela bagatela de R$ 65 mil. E outra vez o grupo de seguranças e de portaria, desta feita ao custo de R$ 24.900. Foi feita ainda para aqueles festejos, a contratação de “empresa especializada para realização de show pirotécnico”, por nada menos que R$ 19 mil. Não se sabe se havia algum dispositivo atômico nestes fogos.
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QUE PLACAS SÃO ESSAS?
Prefeito que gasta, numa pancada só, R$ 75.050 com empresa especializada na “prestação de serviços de confecção de placas em aço inox e alumínio fundido” está com planos bem mirabolantes na cabeça, ou não? Estas placas, salvo melhor juízo, seriam aquelas destinadas a nominar autoridades presentes e datas de inaugurações com respectivos nomes de homenageados, a serem descerradas com pompa e circunstância, seriam?
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RODA, RODA, RODA!
Para dar mais um exemplo de que, quando se quer, tudo pode, o município vai gastar nos próximos dias, R$ 1.422.500 em “combustíveis destinados ao atendimento das necessidades  de diversas secretarias desta Administração”, com três postos locais, sendo que um deles irá fornecer  R$ 416.520, o outro R$ 719.580, e um terceiro, R$ 286.400. Um gasto e tanto. Se pagar direitinho, estes empresários podem dormir tranquilos.
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AGORA O PÃO
De novo, o município fechou contrato com a mesma padaria da vez passada, para comprar pães de leite, aqueles mesmos que antes eram feitos na cozinha piloto que o município dispunha e o atual Governo desativou. Vai gastar R$ 119.082.
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FORA DA LISTA
A Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo informou, em nota, que errou ao incluir o nome do deputado estadual Edmir Chedid (DEM) na lista de candidatos que tiveram o registro de candidatura impugnado com base na Lei “Ficha Limpa”. Chedid teve o registro contestado por não apresentar certidões criminais à Justiça Eleitoral, o que não significa que ele está enquadrado na nova lei.
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GLADIADOR
O prefeito Geninho (DEM) parece andar meio estressado. Na tarde de ontem ele protagonizou, em plena Aurora Forti Neves, cenas de luta greco-romana, quando teria dado uma “gravata” num cidadão desesperado que tentava se matar por ter sido abandonado pela mulher que ama. Consta que o alcaide teve de intervir fisicamente para que o homem, de Paulo de Faria, ficasse quieto até a polícia chegar.
Desesperado, o homem ameaçava contra a sua própria vida, se jogando na frente dos carros que passavam na Avenida Aurora Forti Neves, em frente à rodoviária, depois dizendo que se jogaria no Córrego. Quando o prefeito passava pelo local, o cidadão foi para o meio da rua, fazendo com que ele freasse. O prefeito desceu do carro e viu que o cidadão estava incontrolável. Teve então que segurá-lo com força até que mais pessoas pudessem auxiliá-lo e a polícia chegasse.
Há quem veja nisso puro heroismo (chegou a ser comparado a super-homem), ato de cidadania e coisas que o valham. Mas, o blog prefere ver neste gesto do prefeito uma consequência talvez do seu estado de extremo estresse, porque não cabe a uma autoridade do nível do prefeito – o maior mandatário do município – se envolver fisicamente numa situação como essa. Poderia, sim, como cidadão, parar, tomar ciência do que estava acontecendo, e por exemplo, chamar os seguranças da rodoviária para fazer uso da força física necessária. Afinal, são treinados para isso. Por uma simples questão de garantir sua própria integridade física. E se o tal cidadão estivesse armado com uma faca, por exemplo? No desespero que parecia estar, será que pensaria duas vezes antes de usar a arma? Menos, prefeito, menos….

Até.
 

 

 

CIDADE SE EXPANDE E ‘ENGOLE’ PEDAÇO DA VICINAL

Amigos do blog, o assunto em tela ainda continua sendo o Fefol. Estamos a quase cinco dias do início do maior evento do gênero no país e a organização do nosso Festival do Folclore ainda está andando em círculos. Somente os acontecimento “periféricos” à festa parecem estar melhor delineados, ou até mesmo já estruturados e certos.

Mas, tratam-se da parte, digamos, “automática” da festa, aquela que acontece quase que por sí, dependendo apenas de infra-estrutura – barata – e coordenadoria, o que fica sempre sob responsabilidade de voluntários, professores, alunos etc., de nossas redes públicas municipal e estadual. Alguns de escolas particulares também costumam colaborar. São as gincanas de brinquedos tradicionais e infantis, os campeonatos de truco, bocha e malha, a folclorança e, num outro nível, as palestras e discussões sobre folclore, para iniciados.

Pelo menos isso. Quanto ao “miolo” do evento, ou seja, as participações de grupos folclóricos e parafolclóricos, este ainda não está, pelo menos até o momento em que batuco estas linhas, bem resolvido. Não se sabe exatamente quantos e quais grupos virão. A divulgação que se faz ainda é confusa, desencontrada e pouco confiável neste aspecto. Diante de tal situação, fica a impressão de que há divisionismos na organização da festa.

Dá a impressão de que há grupos distintos cuidando dos setores, e cada um parece não estar conectado com o outro, talvez resvalando, esta relação, numa queda de braços. O que não é salutar quando o assunto em tela é o nosso Festival. Que há muita gente no entorno do Fefol, trabalhando, correndo para lá e para cá não restam dúvidas. Mas que deve haver, também, um “puxa-corda”, um “cabo-de-guerra” entre estas forças fica cada vez mais nítido.

Embora a coordenadora do Festival se preocupe sempre em dizer o contrário, nota-se, sim, um certo distanciamento do Executivo Municipal. Diz Cidinha Manzoli que o prefeito Geninho (DEM) está sempre por perto, sempre ouvindo, sendo dando aval para esta ou aquela idéia e iniciativa. Mas, e o resto? E a “força do poder” necessária para fazer caminhar as coisas? O “abre-portas” tão indispensável que nos tempos de Sant´anna já era imprescindível? Estes ainda está o Executivo Municipal a dever.

Sabemos que é contraproducente textos deste naipe principalmente neste meio sem fronteiras de informação. Mas não se pode, também, fazer de conta que está acontecendo coisas que não estão acontecendo. Entre passar uma mensagem de falso contentamento, e deixar aquele cidadão que está lá longe a par do que está, de fato, acontecendo, sob o risco de sermos tachados de derrotistas, preferimos a segunda hipótese.

Porque, se com tanta cobrança, a coisa anda malparada, imagine se todos, indistintamente, aceitarem de alma serena a temerosa possibilidade de vermos mais uma edição do Fefol ficar ainda mais próxima de uma “festa caipira” de grotão paulista, que manter-se na estatura que sempre ostentou, a de maior evento cultural do gênero do país.
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BRIGA FEIA
Até onde a Comissão Organizadora do Fefol vai levar o bate-boca com essa tal Febrarp – Federação Brasileira de Artes Populares, de Montenegro, Rio Grande do Sul? Seu diretor, Regis Eduardo Bastian, reclamou, por meio de ofício estrategicamente encaminhado aos meios de comunicação da cidade, que teria sido preterido pela organização do evento, com seu grupo de danças parafolclóricas, mesmo dizendo que viria de graça.

a Comissão, também por meio de ofício, negou. Disse que não havia firmado contrato com o grupo, apenas mantido contato e nega que o grupo viria de graça, informando que, na verdade, a tal Febrarp havia estimado as despesas em R$ 14 mil. E que nada tinha a ver com a precipitação do diretor em alugar ônibus e praticar outras despesas, porque não era certa a sua confirmação.

Hoje, novamente os meios de comunicação recebem outro ofício do diretor, onde ele conta novos detalhes do “imbróglio” e inclusive revela que há outros grupos descontentes com a organização da festa. Estes grupos, diz ele, “deverão se manifestar nos próximos dias”. O diretor volta a afirmar, no ofício, que o grupo viria de graça, que as despesas seriam pagas metade pela prefeitura daquela cidade e outra metade com recursos do próprio grupo.

Diz mais, o diretor: diz que se desentendeu com o ex-prefeito Carneiro, em 2001, e a partir daí nunca mais foi chamado à festa. Diz ser “amigo fiel” do contratador de grupos Antônio Clemêncio, e se mostra magoado por ele ter assinado nota à imprensa, onde nega esta proximidade. Disse o diretor que, “até o ano de 2000 tudo transcorreu tranquilamente”, na gestão do então prefeito Rizzatti. E reafirma que viria de graça, mas que o seu “amigo fiel” (ou seria ex, a esta altura?) “confirmou que pagaria um grupo do RS para se fazer presente no evento”.

Bom, acreditamos que chega, a Comissão não tem nenhuma satisfação a dar a este senhor, nem a seu grupo. O que tinha que ser feito foi feito, o que tinha que ser falado, foi falado. Não se pode, em momentos de se organizar um festival desta magnitude, ficar discutindo coisas menores. Se foi tomada esta decisão, espera-se que tenha sido baseada em critérios técnicos, artísticos, de resolubilidade. Sendo assim, morre o assunto. A menos que se esconda, por trás deste pequeno episódio, algo que esteja muito além da nossa simples capacidade de compreensão das coisas. Aí será outra história.
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‘BOOM’ IMOBILIÁRIO
O prefeito Geninho acaba de inserir no perímetro urbano do município, doze frações de terras existentes nas imediações do cemitério municipal e do Ginásio de Esportes, pertencentes a famílias olimpienses, por meio de decretos publicados na edição do dia 24 de julho da Imprensa Oficial do Município-IOM. São mais de 8 hectares, ou mais de 80 mil metros quadrados de terras. Informa o secretário de Obras, Gilberto Cunha, que são áreas particulares que foram solicitadas para efeito de abrigarem condomínios residenciais.

As áreas anexadas ao perímetro urbano começam nas imediações do cemitério, alcançam a região anexa ao GE e ainda “engolem” pelo menos mais de um quiilômetro da vicinal Natal Breda. A cidade está apostando tudo e mais um pouco no movimento turístico proporcionado pelo Thermas dos Laranjais. Prova disso é a estatística que aponta vendas de imóveis nestes novos empreendimentos já lançados, para moradores de outras cidades.

“Os olimpienses que podem comprar são pouquíssimos, quem compra mesmo são os de fora”, disse outro dia pessoa ligada ao setor e à diretoria do Thermas. E como compram. Por exemplo, um empreendimento lançado há cerca de três ou quatro meses na cidade vendeu tudo antes mesmo que as obras de construção do estande de vendas terminassem.
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QUALQUER NOTA
O semanário “Gazeta Regional’ tem uma coluna chamada “Metendo o Bedelho”, espaço metido a engraçadinho onde escribas do poder destilam seus amargores e dissabores contra aqueles que não rezam na cartilha de linhas tortas do Governo que eles representam. Entre tantas sandices assacadas todas as semanas, uma bem grave é a que reproduzo abaixo, publicada sábado:
“FESTIVAL DO FOLCLORE
Os integrantes do grupo da Falseta
(como eles chamam o semanário “Planeta News”), metidos a incomparáveis conhecedores do Folclore Brasileiro, apontam os enganos da comissão organizadora do 46º Festival. Deitaram “a lenha” no uso de música não tradicional (na verdade, “não tradicional” é pouco. A música era pop internacional-argh!). Musica é universal (ignorância também). O mínimo toque em uma só nota já é reconfortante (e um mínimo de desvirtuamento no que representa o folclore é preocupante). Isso em pessoas sensíveis que admirem o belo (onde estava a beleza, ali? Talvez na “rainha”?). Aos insensíveis cabe apenas “deitar a lenha” em quem está trabalhando para engrandecer (como é que é?) a festa. Colaborar, nunca. São os mesmos pobres diabos que estão “doentes” de inveja pelo anunciado sucesso que o Festival com certeza alcançará. Cai fora urubu! Cai fora Cará-cará! Cai fora gente inútil que só atrapalha. Xô, Xô….”

E depois dizem que não é para ficarmos preocupados…

Até.

A CONVERSA DO ÍNDIO QUE NÃO É AQUELE…

Amigos do blog, li e não resisti. Dado o primor do texto do editorial do semanário “Planeta News”, edição de sexta-feira, 30. Para ler, se deliciar e….refletir.

Conversa de Índio

30/07/10

Kunta Kintê é o jovem cacique da tribo “Boca Grande”. Não foi fácil chegar aonde Kunta chegou. Tem todo um ritual que envolve luta com outros guerreiros, além da destreza e conhecimento de certas armadilhas colocadas como obstáculos para os pretendentes ao posto. Kunta passou por todas. Os outros foram ficando pelo caminho.

Faz algum tempo que Kunta se casou com a jovem e linda Taka, de boa linhagem e tradição indígenas. Depois de nove luas o guerreiro e Taka viram nascer a robusta “curumim” Nika, saudável e esperta.

Como chefe da tribo Kunta Kintê age com mão de ferro. Não divide nada com ninguém e manda como gente grande. A tribo obedece sempre as ordens do grande chefe.

Depois que Nika nasceu, Kunta voltou para ela toda a atenção. De tudo o que a tribo produz Kunta separa parte substancial e vai enchendo o pote da pequena Nika. Um pote enorme que parece sem fundos, pois por mais que Kunta e Taka depositem oferendas há sempre espaço para mais, e mais, e mais. Parece que nada satisfaz Kunta Kintê quando se trata de favorecer sua “curumim” Nika. Alguns da tribo ficam ressabiados, mas ninguém fala nada. Cacique fala, tribo obedece. Cacique exagera na oferenda, tribo finge que não sente. Até que tudo se transforme em costume.

Alguma vez o visitante estranha a situação e pergunta a Kunta Kintê se é normal desviar tanto para a pequena “curumim” diante das múltiplas necessidades da tribo. O jovem cacique, com a calma que a floresta lhe deu, responde: “Homem branco faz pior e abafa mal feito. Inventa moda pra levar vantagem. Faz tudo escondido e fica rico. Cacique pega da tribo e enche o pote da “curumim” mesmo. É a lei da selva”.

Quem vai contrariar Kunta Kintê? Pelo menos o visitante ouviu do índio que homem branco mete a mão no que não é dele. O cacique quis dizer, mesmo, que homem branco é corrupto e fica rico metendo a mão no dinheiro dos outros, sem meias palavras.

O jovem cacique ordenou uma “pajelança” que, como sugere o nome, só pode ser realizada pelo “Pajé”, feiticeiro da tribo. O ritual é para anunciar que o cacique vai cobrar da tribo pelo uso das águas. Do rio.

A “pajelança” é para anunciar aos índios que será cobrado o uso das águas porque o cacique “Kunta Kintê” precisa ajudar o amigo Grande Chefe a conseguir um lugar no Grande Conselho Tribal. Sem ajuda, Grande Amigo nunca chega ao “Grande Conselho”. Tem que encher alguns potes de oferenda para mostrar poder e conseguir ser “Conselheiro Tribal”.

Outro visitante não esconde estranheza também, pois imaginava que o lugar no Grande Conselho Tribal era obtido por méritos entre os melhores e mais sábios guerreiros. Curioso, pergunta a Kunta Kintê se não é impor sacrifícios demais ao cobrar da tribo pelo uso das águas só para favorecer o “Grande Chefe” amigo. Ao invés de responder, o cacique, com a mesma calma de quem vive na floresta, responde: “Homem branco faz pior. Inventa gasto e tira oferenda escondido pra gastar com “Grande Amigo” dele. Até “Kunta Kintê” sabe como chama isso: “caixa dois”. “Tribo de homem branco nem fica sabendo de onde veio tanta oferenda. Índio sabe que “pajelança” pra cobrar água de rio é para “Grande Chefe” amigo ganhar conselho. Homem branco nunca sabe”.

Quem vai contrariar o jovem cacique, que enche o pote da curumim de oferendas e cobra da tribo o uso das águas, dela exigindo enorme sacrifício só para favorecer “Grande Chefe” amigo? Sobretudo porque ele tem a resposta imediata para mostrar que “chefe homem branco faz pior”.

Jovem cacique, forte e sábio, manda também na floresta. Se chega um estranho querendo explorar a riqueza da mata, Kunta Kintê quer logo saber quanto vai sobrar para o pote sem fundo de sua “curumim” e qual a parte que dividirá com a tribo, já sacrificada com a “pajelança” das águas.

E olha que a floresta esconde verdadeiros tesouros, mas o jovem cacique não deixa passar nada. Apenas cuida de repassar para o pote da “curumim” o que ficou estabelecido, destinando uma parte para os potes do “Grande Chefe” amigo que quer ser “Conselheiro Tribal”, além do que gasta para manter a Oca do cacique e os caprichos da linda esposa Taka.

Se alguém perguntar se a tribo está de acordo, o jovem cacique dirá: “Sim, Kunta Kinté mostra para tribo onde oferendas estão indo. Chefe homem branco faz pior, leva oferendas demais e não mostra pra ninguém” Quem ousa contrariar Kunta Kintê?

Até.

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