Amigos do blog, como não deve ser mais segredo para a maioria de vocês, foi lançada na noite de quarta-feira passada, 4, uma gestão participativa louvada como “pioneira”, pelo menos na região, para combater a crescente violência nas escolas de Olímpia, sejam municipais, sejam estaduais ou particulares. Em encontro na Casa de Cultura, com a presença de alguns poucos pais de alunos, a juiza da Infância e Juventude, Andréa Galhardo Palma, a promotora da Infância e Juventude, Daniela Ito Echeverria e representantes de organismos como a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Conselho Tutelar e secretárias como as de Promoção Social, Saúde e Educação. Também o supervisor regional de Ensino, Nelson Antunes, e a esposa, Dagmar, e como palestrante, o biólogo e professor Mauri Trevisan (aliás meu professor nos tempos do “Maria Ubaldina”).

Deste encontro, ficou decidido que desde ontem, quinta-feira, 5, “condutas inadequadas de crianças e adolescentes dentro das escolas terão efeitos disciplinares e judiciais”. Vamos ressaltando que nada temos contra a iniciativa, nada contra a intenção, a proposta que, aliás, vem bem a calhar neste momento em que crianças e adolescentes estão totalmente fora do eixo, perdendo cada vez mais suas referências, até de Deus, quanto mais dos pais. E um grupo tão grande assim de pessoas, à frente representantes do Ministério Público e da Justiça, bem como do Poder Executivo, forças maiores no âmbito municipal, não podem estar tratando de coisa tão séria apenas em busca de “holofotes”. Portanto, que vingue tal proposta e não seja apenas mais um “Reaje Olímpia” de tempos idos.
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MAS, O DESTAQUE FOI A PERGUNTA:
CADÊ A IMPRENSA?

Relata o blogueiro que escreve uma página de notícias na internet para a prefeitura municipal, Leonardo Concon, que antes de concluir o seu raciocínio (sim, ele estava falando e raciocinando ao mesmo tempo), o prefeito Geninho (DEM) “demonstrou que, apesar dos esforços de vários segmentos buscarem, juntos, as soluções da cidade, boa parte da imprensa olimpiense não compartilha dessa união, não participa dos eventos, e, justamente a que não comparece em nada, contraditoriamente, é a que mais critica, seja em jornais, seja em emissoras de rádio” (eu pus entre aspas o que no blog não estava, o que é comum quando se atribui falas a outrem em uma reportagem).

Em seguida, diz o blogueiro que “o prefeito fez a ‘chamada’ nominal de cada jornal e emissora de rádio, inclusive as FM, e apenas dois representantes estavam presentes: este repórter, Leonardo Concon, do Blog do Concon e do jornal Gazeta Regional, e Alberto Tófoli, da Folha da Região”. E relacionou: “Não compareceram: Planeta News, Tribuna Regional, Tablóide da Nova Paulista, Rádios Menina AM e FM, Rádio Difusora AM e Band FM”.

* Não sei quanto às outras emissoras e aos outros jornais da cidade, mas posso falar pela emissora onde trabalho e pelo jornal que represento. A atitude do prefeito Geninho é um tanto “bolivariana”, um tanto “chavista”. Mais um pouco e pessoas poderão ser presas por manifestar seu pensamento se não for favorável a tudo o que ele faz. Fazer “chamada nominal” de órgãos de imprensa em eventos oficiais públicos enseja algo de ditatorial, absolutista e intimidatório.

* Por outro lado, tem razão o prefeito quando clama pela responsabilidade social da imprensa.

Mas ele, como uzeiro e vezeiro no desrespeito aos preceitos da informação limpa, transparente e objetiva, não pode cobrar nada da imprensa. Pelo menos não daquela que não vive atrelada ao poder. E que por isso mesmo, muitas vezes fica impedida de cumprir esta função social, a da informação, por preterimento do alcaide, que só se digna falar a veículos que lhe são subservientes – já que a soldo do Erário – assim levando à opinião pública não a informação, ferramenta necessária e indispensável para a formação da imagem sobre os homens públicos, seus atos e decisões, trocando-a, não raro, pela versão oficial dos fatos. E versão oficial, na acepção do termo, não é informação, é propaganda.
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MUDANÇAS
Amanhã a Imprensa Oficial do Município-IOM deve trazer publicado o decreto de exoneração do secretário do Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do município, engenheiro Amaury Hernandes. Diz o próprio Hernandes que a saída se dá por decisão própria, já que irá desenvolver outros projetos em sua cidade, São José do Rio Preto. Hernandes alega incompatibilidade de interesses, principalmente financeiros.

* Em seu lugar, será nomeado Walter Trindade, até então superintendente do Daemo. Ele será exonerado deste cargo para ser nomeado no outro, deixado por Hernandes. Para o cargo de Trindade, será nomeada, não se sabe se temporariamente ou em definitivo, a funcionária de carreira Sandra Regina de Lima, que já ocupou a função por 15 dias, quando das férias de Trindade, recentemente. Sandra era funcionária do setor de Contabilidade da prefeitura. De uns tempos para cá passou a trabalhar no Daemo. E agora deve assumir a superintendência, muito provavelmente em caráter temporário.

* Enquanto isso, falando sobre o assunto hoje à tarde na Rádio Menina AM, o diretor-presidente da Progresso e Desenvolvimento Municipal-Prodem, Vivaldo Mendes Alves, tratou de garantir que por enquanto não há nenhum movimento, que ele tenha percebido, no sentido de apeá-lo do cargo. Rumores dão conta de que pode cair outro alto escalão, e não seria “a pedido” mas, sim, por necessidade urgente-urgentíssima.

* Falando em Vivaldo Mendes, nesta mesma entrevista à Menina AM, ele se negou a informar qual é o faturamento mensal da Prodem, mas negou que ela esteja em estado deficitário, revelando “en passant”, que no ano passado fechou o caixa com sobra de R$ 300 mil. E se negou, também, a revelar quanto a empresa vai pagar de aluguel de um sobrado alugado na Conselheiro Antonio Prado, quase esquina com a Bernardino de Campos, imóvel da família Pereira. “Se você quiser saber vai perguntar para a imobiliária”, disse. Sua argumentação para a negativa: “Não quero dar primazia a vocês”. Então tá. E onde fica a função social da impensa, prefeito?

* Aproveitando a deixa do projeto punitivo a pais e mães que negligenciam com seus filhos, porque não implantar na cidade um programa de controle de natalidade visando preservar as meninas-quase-crianças desta urbe que engravidam a cada instante e, assim, também por ser quase crianças ou adolescentes, não têm estrutura para cuidá-los. Muito menos seus pais, avós destes filhos, que não raro têm outros netos e até filhos ainda pequenos para cuidar. Não seria o caso deste grupo voltar seus olhos para estes problemas, o que poderia significar atacar o problema na raiz, ao invés de se buscar apenas eliminar os “frutos” quando estes já estão podres, por analogia falando?

Até.