Amigos do blog, é claro que o assunto não poderia ser outro hoje – e com atraso, reconheço – se não o nosso Fefol e os “pecados” inperdoáveis que o grupo no poder vem perpetrando contra ele. Desnecessário dizer aqui do desinteresse que é a força-motriz deste grupo, quando o assunto é a nossa festa maior. Isso ficou claramente demonstrado na quarta-feira, quando do lançamento do cartaz, no Thermas.

Ressaltando que o público presente não era minimamente representativo do ponto de vista do interesse folclórico – com certeza estavam ali por causa do concurso da “rainha”-, há que se ressaltar o “esquecimento’ dos organizadores em providenciar – que coisa mais básica! – uma trilha sonora adequada para a noite. Aliás, o mais apropriado seria ‘criminalizá-los” por isso. A própria coordenadora do evento, professora Cidinha Manzoli, manifestou depois seu descontentamento.

A primeira-dama, disseram também depois, teria ficado preocupada com a “gafe”, temendo ser responsabilizada por isso, após alguém ter feito a ela a observação da necessidade de, pelo menos, manter-se o respeito ao Festival do Folclore em alta conta. Porque, embora se queira pensar assim, agir assim, fazer assim, o Fefol não é um evento como outro qualquer. É diferenciado, por suas características, pelo seu gênero e, neste aspecto, é o maior do Brasil, com muito orgulho, sim, senhor.

O olimpiense, principalmente partindo de seus dirigentes, precisam a aprender, urgentemente, a se orgulhar da festa que tem. Porque ela já dura – aos trancos e barrancos e remando contra a maré – 46 anos. Não é para qualquer um. Fazer festas de peão, ou de outro gênero qualquer, onde cabe de tudo que, argumentam, “o povo gosta”, é fácil. Qualquer obtuso consegue, geralmente com sucesso. Principalmente quando o respaldo financeiro vem dos cofres públicos.

Agora, a lógica que não se explica é a da tal falta de verba. Insisto em cobrar aqui: alguém se lembra de ter lido, ouvido ou tomado conhecimento de alguma declaração do prefeito Geninho (DEM) choramingando tostões para fazer a festa do peão? E de onde veio o dinheiro, então? Não consta ser de empresas privadas, porque a própria coordenadora disse que o prefeito tinha como respostas, quando procurava empresas para pedir dinheiro para a festa do peão, que estas não costumavam investir em evento deste tipo mas, sim, em eventos culturais.

Então, primeiro, saiu recurso dos cofres públicos, e seria com uma generosidade tamanha que é difícil mensurar, já que só os shows custaram cerca de R$ 500 mil. Segundo, cadê estas empresas que só aplicam seus recursos em festas de âmbito cultural? Alguma coisa está mal contada aí. Ou o prefeito usou este argumento para poder jogar dinheiro do povo no evento que é a “menina dos seus olhos”, ou as empresas deram-lhe um “passa-moleque”. Caso contrário não haveria, agora, tanta dificuldade para se fazer a nossa principal festa.

E mais: nunca na história desta cidade aconteceu de se estar a exatos 15 dias para o início do Fefol (começa no dia 7 de agosto) e ainda nem se saber quantos grupos veem a Olímpia e, mais ainda, quais grupos virão. Cerca de 70 estão “convidados” para representarem aqui 19 estados, mas ainda não se sabe se virão todos. Ou seja, chegamos às portas da festa sem sabermos exatamente como ela será.

A professora Cindinha Manzoli disse na quarta-feira que a comissão trabalha com três modelos de Festival: “aquele que é o ideal, maravilhoso”; “o médio”; “e o simplesinho”. Acho que por uma questão de respeito à memória do mestre – cuja alma não descansa faz pelo menos 10 anos – os dois últimos modelos devem ser, sumariamente, descartados. Aliás, não devem, sequer, serem aventados. E que o Curupira nos proteja!
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PARA PENSAR:A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, lidera a disputa presidencial deste ano e aparece com 8 pontos de vantagem sobre o rival José Serra (PSDB) tanto no primeiro como no segundo turno, aponta pesquisa Vox Populi/Band/iG divulgada nesta sexta-feira. Dilma tem 41% das intenções de voto, enquanto Serra tem 33% e Marina Silva (PV) 8%. Segundo o Vox Populi, José Maria Eymael (PSDC) tem 1%. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos. O Vox Populi ouviu 3.000 eleitores entre os dias 17 e 20 de julho.

Vox/Band/iG: Dilma 41%, Serra 33%, Marina 8%

Serra e Dilma continuam empatados na
corrida presidencial, aponta Datafolha
Na terceira semana oficial da campanha, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) seguem empatados na corrida presidencial. O tucano está com 37% contra 36% de Dilma, mostra o Datafolha. A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 23, com 10.905 entrevistas em todo o país. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.

* E agora? Haverá um instituto de pesquisas para cada público? Em qual deles acreditar? Vejam que não se trata de uma diferença pequena entre uma pesquisa e outra, que se poderia dizer resultado de algum tipo de oscilação. Nada menos que cinco pontos  – para baixo – separam Dilma de uma e outra, e quatro pontos  – para cima – separam Serra de uma e de outra. Tudo muito estranho. O que deve se ressaltar é que o Datafolha, mesmo ouvindo mais de 10 mil pessoas, não apurou uma oscilaçãozinha, por menor que fosse, na preferência do eleitorado, em quase trinta dias.

Impossível? Parece que não para o Datafolha. E mesmo com todos estes acontecimentos, mesmo com todo palavrório de um lado e de outro, com todos os xingamentos, acusações infundadas ou não, ações na Justiça, condenações no TSE. Mesmo com tudo isso, o Datafolha disse que a preferência do eleitorado não moveu uma palha. E como classificar, então, o trabalho do Vox Populi, contratado por uma emissora insuspeita, a Band, e pelo site igulamente insuspeito, o IG? O Datafolha, por sua vez, foi contratado, em parceria, com a Globo.

E detalhe importantíssimo: os dois levantamentos foram feitos na mesma semana: o Vox Populi entre sábado e terça-feira, e o Datafolha da terça até sexta-feira. Das duas uma: ou o povo está mentindo para os pesquisadores, ou os institutos estão mentindo para o povo. Vai saber. Com a palavra, os “especialistas”.

Até.