Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: abril 2010 (Página 2 de 2)

QUANDO NADA TEM QUE SER PORQUE É

Amigos do blog, não restam dúvidas de que o empresário Benito Benatti, presidente do Clube Thermas do Laranjais, é um divisor de águas e de sentimentos. Há os que o amam de paixão, há os que o admiram sem ressalvas, há os que veem nele a capacidade realizadora e a inventividade, há os que veem nele um homem com grande senso de oportunidade, há os que veem nele um homem de muita sorte, e há os que preferem o distanciamento crítico, a observação detalhada dos seus atos, e até aqueles que o colocam num patamar acima, porém não muito distante, de todos aqueles que o rodearam e estiveram a seu lado quando dos “rabiscos no papel” de sua idéia de dotar a cidade de um clube hoje com as dimensões do que a cidade dispõe. E, para o Blog, todos estes seres, com seus sentimentos e posturas diante da magnânima figura do emperesário estão plenos de razão. Porque, como disse acima, Benito Benatti é um divisor de águas. Porém, sem ser o senhor de todas elas. Por isso razoabilizo aqueles que preferem o distancimento crítico. Mas ele é o “pai da matéria”, também. Por isso, da mesma forma, razoabilizo aqueles que o amam, sem ressalvas, e os que o vendo, não resistiriam em “beijar suas mãos”, como colocado por uma leitora deste blog em comentário recente. “Pode ser que para você Benito nem seja tudo aquilo que todos dizem”, escreve a leitora no trecho final do seu comentário (leiam no post anterior, ‘Elucubrações antes dos ovos de Páscoa’). Assim, ela coloca este blog como um espaço de antagonismo ao empresário-presidente, o que não corresponde à realidade.

MEDIAÇÃO
Os questionamentos e as ponderações aqui feitas são de moderação apenas a um clima de absolutismo que não convém a uma cidade como um todo, a uma população ou mesmo a qualquer estrato social isolado. Não há a menor intenção em diminuir tudo o que Benito Benatti representa, até porque este Blog é bem pequeno diante da enormidade figurativa do presidente. Mas, o que se coloca sempre, aqui, é a opinião desassombrada, não-deslumbrada, não-totalitária de que uma pessoa só possa representar o todo e mais o que vier. O próprio Benito reconhece que não é eterno, tanto que já antecipou que deverá ficar ‘só mais quatro anos’ à frente do clube. Se há um reconhecimento de que o momento é para mudanças na própria peça central a ser movida caso algo mude de fato, não há por quê nos intimidarmos diante da questão.

SILÊNCIO
O problema, em Olímpia, é que as pessoas que rodeiam os poderosos – em sua grande maioria – têm medo de fazer uso da legítima liberdade de expressão, da opinião sincera, medo este de perder esta proximidade ou, até, alguma eventual ‘boquinha’. Talvez até o próprio poderoso assediado gostaria muito de ouvir opiniões sinceras, verdadeiras, acerca de seu comportamento e decisões. Mas a ‘turma’ do assédio prefere o silêncio. E o que o Blog faz é apenas romper este silêncio, e chamar as pessoas de bem e que amam a cidade e seus benfeitores, ao debate, em âmbito geral. E por ser quem é, Benito Benatti não pode ficar fora dele. Ele administra um empreendimento que é praticamente uma cidade, dado o montante de seu faturamento anual – R$ 12 milhões a R$ 15 milhões, talvez (o clube não revela em detalhes). É um ‘orçamento’ de um município de porte considerável. Imaginando que seus 15 mil sócios sejam seus habitantes, o Thermas seria, numa comparação exagerada, a maior “cidade” da micro-região de Olímpia. Tanta grandiosidade assim não passaria nunca, e nem poderia passar, despercebida.

POR FIM
Só se comenta, se observa, se faz reparos, elogios e etc. e tal, a quem se sobrepõe à maioria, por seus atos, decisões e realizações, seja para o bem ou para o mal, que o ser humano é falível. Por isso, quanto mais pessoas discutindo estas questões prementes, mais contribuições estarão dando para que, aquele, ou aquilo que é focado, cresça em si, sempre respaldado na fé e credibilidade da opinião pública. Por outro lado, também, é preciso que tenhamos em mente que não é porque determinada coisa é assim ou assado, que precisa, necessariamente, ser como é. E não é porque pessoas agem assim, ou assado, que precisam, necessariamente, agirem como agem, e assim por diante.

FICHA SUJA
O ex-prefeito José Carlos Moreira é o único político – por enquanto? – a figurar lista pública do Conselho Nacional de Justiça, o CNJ, como político “ficha suja”. Ele tem várias condenações na Justiça, inclusive com prisão decretada. O site do CNJ, para quem ainda não sabe, colocou à disposição do cidadão a relação de todos os políticos – e são mais de 2 mil – que estão com a ficha e outras coisas mais, sujas. Da região, além de Moreira, também o ex-prefeito de Rio Preto, Toninho Figueiredo, já falecido, faz parte.

ATO ÉTICO
O blog acredita que muitos dos que acessam estas mal traçadas linhas já viram, ouviram ou leram por aí que há países onde os políticos valorizam sobremaneira – mais que isso, respeitam sobremaneira, o cidadão pagador de impostos. Casos de Japão, China, Estado Unidos e muitos da Europa profunda. Assim, quando são flagrados em um ato ilícito – muitas vezes uma simples ‘pulada de cerca’ – veem a público se justificar, pedir desculpas a estes cidadãos e, não raro, renunciam ao cargo político que ocupam. Não que se precisasse chegar a tanto por aqui, já que o político brasileiro está pouco se lixando para o cidadão, que para ele representa apenas um voto em períodos eleitorais. Mas, não seria o caso de o hoje vereador Salata (PP) pedir desculpas publicamente aos munícipes pelo uso eleitoral que fez da ação popular movida contra o município, contra o ex-prefeito Carneiro e outros, e contra a empresa concessionária dos serviços funerários da cidade? Não pelo ato em si, que aliás ele estava pleno de direito em praticá-lo, como de resto qualquer cidadão. Mas, pela maneira como o usou. Ao dizer que o pobre não iria ter onde enterrar seus mortos, ou que o cidadão terá que pagar para entrar em um cemitério com roleta, ele não teria extrapolado a linha da ética e da razão? E mexido com o imaginário popular, levado sofrimento àqueles menos conhecedores da realidade das coisas? Ainda que vá recorrer, como parece que vai, da decisão em Primeira Instância, o resultado adverso obtido por ele já não ensejaria que pelo menos junto ao seu eleitorado ele se desculpasse? Ou o Blog está fora da realidade? É até capaz de uns e outros dizerem que sim. É só esperar.

ELUCUBRAÇÕES ANTES DOS OVOS DE PÁSCOA

QUÃO PLENO É O VOO TUCANOAmigos do blog, pelo pouco que pude ler, ouvir e conversar com as partes interessadas no assunto, acho que, espertamente, alguém, na atual diretoria do Thermas dos Laranjais, proporcionou uma bela de uma ‘rasteira’ na oposição. Com um simples movimento, uma “simples” mudança no estatuto. Das 13 efetivadas, uma delas foi crucial: aquela que trata da eleição direta para a diretoria executiva do clube. Agora ela passa a ser direta já a partir da próxima eleição, em 25 de abril. E o ponto é o seguinte: o presidente também terá que ser eleito diretamente, certo? Mas ninguém disse, nem ninguém perguntou, se a chapa concorrente tem que ser completa ou se o cargo de presidente pode ficar vago e ser preenchido depois. Detalhe: a chapa de oposição não tem o menor interesse em que o atual presidente, Benito Benatti, seja substituído por outro nome. Mas, se houver exigência de que a chapa seja completa, terão que adotar um nome para a vaga. E ainda que seja à altura do cargo, não deverá ser páreo para o atual presidente. E ainda vai facilitar em muito a campanha da situação que, com certeza, deverá jogar com o ‘fantasma’ da troca de presidente. Apesar de que o blog não veja qualquer problema, porque na condição em que o Thermas está, hoje, pode ser administrado por qualquer alguém versado na área, e com visão de mercado, de investimento, que seja empreendedor e sério, como o atual presidente. O Thermas, hoje, pela sua grandiosidade, pode ser comparado a uma cidade. E uma cidade não troca de prefeito a cada quatro ou oito anos? Mas, os sócios-votantes, em sua esmagadora maioria não vai raciocinar por este ângulo, com certeza. E é por aí que as pretensões da oposição podem ir por água abaixo. É só um palpite.

OBRA DEMORADA
Engana-se quem pensa que a duplicação da Avenida Harry Giannecchinni será uma obra fácil, rápida e barata. Não será fácil, por causa dos entraves que tem pela frente, sendo um deles a negociação de uma área quase na Gastão Vidigal, que pertence ao espólio de uma família tradicional da cidade, que precisa ser comprada pelo município. Se não, a duplicação pára por ali mesmo, ou a segunda pista terá que ter um desvio….para a própria avenida. Não será rápida porque será feita em etapas. No momento há disponíveis apenas R$ 150 mil, o que dá para fazer um pedaço dela, mais ou menos até a altura da sorveteria ali existente. Dali para baixo começa o tal terreno. Há garantias de que ambas as etapas serão cumpridas ainda este ano. Mas, alguém aí está sabendo se a tal burocracia governamental foi pro espaço? E não será barata por causa destes investimentos outros que são, além do terreno, a possível desapropriação até mesmo de imóveis fronteiriços à segunda pista, na Gastão Vidigal. O próprio Governo Municipal reconhece que não sabe ainda como resolver aquelas questões levantadas pelo vereador João Magalhães. Quais sejam, a resolutividade do encontro da Harry com a Gastão. Dali vai para onde? Direita ou esquerda? Se para a esquerda estão de nada terá resolvido, porque volta o trânsito para a Conselheiro. Só que mais atravancado, porque vai exigir manobras de veículos maiores, como caminhões e ônibus. Se for para a direita, como veículos maiores vão fazer o contorno? E vão sair onde, na José Piton, já que seguir reto não pode? O secretário de Obras do município, Gilberto Cunha, não foi claro ao tentar explicar. Preferiu dizer que numa segunda etapa é que este “detalhe” será tratado. O que se espera é que o molho não saia mais caro que o frango.

VÃO ACEITAR
Na bolsa de apostas por aí é barbada para quem vê como certa a aceitação, por parte dos funcionários municipais, os 4% de reajuste mais o abono de R$ 30 oferecidos pelo prefeito em contraposta ao Sindicato da categoria. Os funcionários não vão ficar regateando, com certeza, é a aposta. O presidente da entidade, Jesus Buzzo, diz que se não aceitarem volta e ‘peita’ o Executivo. Mas, quanto vai querer a categoria se não os 15% pedidos anteriormente, mais os R$ 150 em vale-alimentação? Buzzo não falou se tem um ‘plano B’. Acredita-se que não. E por quê? Porque simplesmente ele acredita que vai ser possível ‘bater o martelo’ nestes índice e valor. Funcionários mais críticos dizem até que não passa de jogo de cena este vai e vem de Buzzo nas conversações. Dizem, que, na verdade, sindicato e poder público são ‘compadres’.

SALVE!
O blog saúda a nascente democracia brasileira, sobretudo o direito por ela concedido à livre manifestação do pensamento, da opinião e da palavra. E manda uma bela banana para os intolerantes, os inconformados, os que acham bonito propagandear atos e feitos sem se ater aos detalhes obscuros que há em toda esfera de poder que emana do povo. Aqueles que têm como jornalismo o que é pura propaganda. E se ufanam disso, inocentes úteis que são. Porque servem a quem sequer os valorizam enquanto profissionais. Ao contrário, os têm como apenas mais uma peça a ser mexida no tabuleiro do poder, a bel prazer do poderoso de turno. Salve, Salve, Democracia!

TUCANINHA
A campanha de Bruna Furlan em Olímpia, parece ter ganhado estes dias, adesão de ‘peso’, para maior desespero ainda do alcaide, que queria ver todo mundo pedindo votos para Rodrigo Garcia. Em busca de uma cadeira na Câmara Federal, a tucaninha é uma pedra, e das grandes, no sapato do prefeito. Porque agora, além do vice-prefeito Gustavo Pimenta e correligionários, também tucanos de primeira linhagem da cidade já se engajaram na campanha e outros estão prestes a fazê-lo.

FORÇA OCULTA
Também neste aspecto há fissuras, e profundas, no seio do Governo Geninho (DEM). Pode ser que as coisas nem voltem aos seus devidos lugares após o pleito de outubro. Mas, recomenda-se ao todo poderoso cautela numa eventual queda-de-braço. Deve olhar em torno de si, primeiro. Talvez consiga vislumbrar – se o poder já não lhe turvou a visão – a ‘colcha de retalhos’ que costurou, inconscientemente, talvez, ao seu redor. Para bom entendedor….

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